Kalevala

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Padre Judas
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Kalevala

Mensagem por Padre Judas » 18 Mar 2017, 19:55

Vou postar aqui o reino de Kalevala, que criei para meus pbfs e alguns personagens.
Kalevala, o Reino de Kalevi

O Reino de Kalevala trata-se de uma nação encravada no extremo ocidente das Montanhas Uivantes. Com vinte por cento do território das Uivantes e população fundamentalmente composta por goblinoides (com minorias orcs, humanas e outras), o reino possui sua economia baseada na criação de animais e no extrativismo mineral, principalmente o material conhecido como Gelo Eterno, utilizado na confecção de armas e armaduras (uma técnica cuidadosamente guardada pelos armeiros kalevalanos) – e em menor medida em joalheria e fabricação de itens mágicos.

O reino está estruturado em um sistema de classes sociais mais ou menos rígidas regido por princípios meritocráticos, mas com fortes bases raciais.

Kalevala possui acordos comerciais com Petrinya e uma rota parcialmente subterrânea liga o país à Deheon. Embora não faça formalmente parte nem do Reinado ou do Império, possui inúmeros tratados comerciais e diplomáticos com ambos, além de uma lei de neutralidade que proíbe que a Coroa forneça qualquer apoio a um dos lados.
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Padre Judas
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Re: Kalevala

Mensagem por Padre Judas » 18 Mar 2017, 19:56

HISTÓRIA

A história de Kalevala começa com a chamada Primeira Guerra do Disco, ocorrida antes da Grande Batalha, quando um exército veio de Arton-Sul em perseguição a seguidores de Sartan que planejavam trazer seu deus de volta. Kalevi era um hobgoblin nativo das Uivantes que uniu-se ao exército, junto com outros bárbaros da Arton de então. Segundo a tradição, ele era filho de Ukkonen, o Deus da Nevasca e da Força, e Akka, Deusa da Noite e da Fertilidade. Após a vitória na batalha, o herói goblinoide retornou à sua terra natal e reuniu os goblinoides locais sob seu comando. A região seria então chamada Kalevala, “Terra de Kalevi”.

Auxiliado por outra semideusa, Samya, Deusa Menor da Igualdade, e com o apoio de seus pais divinos, Kalevi civilizou seu povo e criou as bases legais da sociedade kalevalana. Eventualmente o herói fundador partiu para reunir-se ao seus genitores divinos nos reinos celestiais, deixando o governo para seus descendentes. A Casa de Kalevi, cuja principal característica física é serem todos albinos como seu ancestral, governa o reino até os dias atuais.

Hobgoblins, goblins e alguns bugbears foram os primeiros súditos da Coroa e a sociedade estruturou-se em cima deles. Posteriormente, humanos e orcs das Uivantes vieram a ingressar o reino, seja por livre vontade, seja pela expansão territorial ou pelo apresamento de escravos. Para os primeiros kalevalanos era um ato nobre trazer estes “bárbaros selvagens para a civilização” e a escravidão era o preço a pagar por sua “fraqueza”. Como Kalevala nunca praticou a escravidão hereditária, os filhos destes escravos nasciam livres e tornavam-se cidadãos plenos do reino.

O reino sempre teve uma relação complicada com Beluhga. Por um lado, após a partida de Kalevi (e a abstenção de Samya, envolvida em missões extraplanares contra males ancestrais), o reino não tinha meios de enfrentar o poder da Rainha dos Dragões Brancos. Por outro, os kalevalanos nunca se consideraram parte das Uivantes, afirmando uma identidade cultural e política própria. Na prática, o reino reconhecia Beluhga e lhe pagava tributos, mas nunca sujeitou-se à suas regras. Aparentemente a dragonesa nunca se importou com isso.

O único empecilho real causado pela presença de Beluhga eram as restrições ao expansionismo. Os primeiros monarcas kalevalanos expandiram as fronteiras do reino até certo ponto e depois foram obrigados a cessar suas investidas territoriais pela “pressão sutil” da deusa. Os monarcas seguintes carregaram esta restrição como uma trave na garganta até a morte da rainha. Eles consideravam um absurdo a Rainha dos Dragões Brancos insistir em manter os demais habitantes da região na ignorância e na barbárie e a viam como uma força maligna no mundo, cujo único interesse era manter os nativos das montanhas fracos para poderem ser controlados mais facilmente. Kalevi ensinava que “um senhor forte não teme o empoderamento de seus subordinados”.

Azog Ihrkhazad foi o primeiro rei kalevalano a retomar o processo de conquista territorial das Uivantes após a morte da rainha pelas mãos do Paladino. Ele faleceu enquanto viajava por Zakharov em missão diplomática, engolfado pela Área de Tormenta no local. Sua filha, Heiddi, deu continuidade a este processo, que teve que ser interrompido pelas Guerras Táuricas, quando o Império tentou invadir o pequeno país. Kalevala conseguiu resistir, mas sofreu muitas perdas em recursos pessoais e materiais, sendo obrigado a interromper seus esforços de conquista. Recentemente, entretanto, a Coroa tem instaurado novos planos e seus soldados já podem ser encontrados fora de suas fronteiras, realizando “missões de patrulha” em territórios que, tecnicamente, não fazem parte do reino. O antigo sistema de bandeiras, que existia nos primórdios da nação e consistia de pelotões de aventureiros com a missão de explorar as Uivantes (e capturar escravos) tem sido retomado e mesmo pessoas de fora do reino podem se oferecer para servir nelas, como mercenários. O objetivo é aumentar a população através dos escravos e reiniciar a colonização dos ermos gelados, além de deixar claro a nativos e estrangeiros que a Coroa de Kalevala se considera a “legítima herdeira” da deusa morta.
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Re: Kalevala

Mensagem por Padre Judas » 18 Mar 2017, 19:57

EDUCAÇÃO & ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL

Kalevalanos são muito piedosos e sua sociedade é resultado da combinação entre quatro princípios de origem religiosa. O primeiro deles é introduzido pelos sacerdotes de Ukkonen, Deus da Nevasca, Senhor da Força e Patrono do Estado Kalevalano. Segundo seus mandamentos, existe uma ordem natural hierárquica baseada entre os mais capacitados e os menos capacitados e a estrutura social deve se adaptar a esta natureza. Por conta disso, o fraco deve servir ao forte que, por sua vez, assume maiores responsabilidades e deve governar.

O segundo mandamento vem de Akka, Deusa da Noite, da Fertilidade, que é a Mãe de todos os kalevalanos, o que os faz irmãos entre si. Como irmãos, eles devem cuidar uns dos outros, ajudando-se mutuamente pelo bem estar comum da família. Assim, embora o fraco deva servir ao forte, é esperado que o forte proteja o fraco, assim como um irmão maior protege e zela pelos menores.

O terceiro mandamento vem de Samya, Deusa da Igualdade e Fiadora da Justiça. Os kalevalanos não conhecem Khalmyr diretamente, reverenciando-o através desta que é considerada sua filha. Samya ensina que as pessoas são fundamentalmente iguais entre si. Como este ensinamento entra em choque direto contra os mandamentos de Ukkonen, a sociedade kalevalana “equalizou” a situação impondo encargos maiores sobre os ombros dos mais fortes, que acabam arcando com mais responsabilidades do que os considerados fracos (dentro da lógica local, claro) e também através da introdução de um sistema de ascensão social considerado meritocrático. O culto de Samya, embora importante, sempre foi minoritário em Kalevala até a ascensão de Azog Irkhazad, que tinha maior devoção por ela e patrocinou o crescimento da Sagrada Ordem Militar de Samya, um grupo de elite dentro do exército kalevalano composto por paladinos e monges-guerreiros, com suporte de auxiliares leigos.

Crianças kalevalanas são enviadas para educação em regime de internato ao atingirem o fim da primeira infância (seis ou sete anos para humanos e goblinoides). O primeiro ciclo corresponde à alfabetização e matemática básica, assim como introdução à História, Geografia, Religião e Leis da nação. Durante o processo os alunos são testados física, mental e moralmente. Os reprovados encerram sua educação aí, por volta dos treze a quinze anos (início da maioridade) e serão para sempre Latyuri, palavra derivada do goblinoide arcaico para “carregador”. Essas pessoas exercem trabalhos braçais ou físicos sem necessidade de treinamento especializado: carregadores, mineiros, serventes de pedreiro, prostitutos, lixeiros, etc. Não pagam impostos diretos, mas devem trabalhar se quiserem sobreviver – a mendicância e a vadiagem são proibidas. Alguns latyuri oferecem-se como servos para os mais ricos. Embora o servo seja de um estatuto inferior ao latyuri livre, o senhor deste é obrigado a lhe garantir alimento, abrigo, roupas e outros itens básicos até o fim da vida. Outros latyuri entregam-se ao crime, o que pode reduzir os capturados à escravidão. Enquanto um servo ainda é considerado pessoa e tem direitos garantidos (e obrigações do senhor para com ele), um escravo é uma não-pessoa, colocado a serviço da pessoa que ofendeu ou, na maioria dos casos, do monarca, e que pode ser maltratado sem penalidades. O dono de um escravo pode transferi-lo a outro (o monarca costuma conceder escravos como prêmio por serviços prestados ou pode vender o excesso para cortar custos e aumentar o tesouro), enquanto um servo permanece ligado a seu senhor (e ao herdeiro deste) pelo resto de seus dias. Aliás, a própria terminologia empregada marca a diferença: servos têm senhores, enquanto escravos têm donos.

Passando o primeiro ciclo os estudantes já são formalmente adultos e não estudam mais em internato, mas são bancados pelo Estado e não precisam trabalhar (diferente dos reprovados). Há mais liberdade, mas também mais cobranças e os exames são mais rigorosos. Esta etapa aprofunda o que já foi estudado previamente e prepara os jovens para a vida adulta plena como membros produtivos da sociedade. Ao final há novas provas. Aqueles que não são aprovados (ou que escolhem não seguir adiante) são encaminhados para a classe dos Tuottajat ("produtores"), responsáveis pela produção de riquezas. Sustentam o Estado e as classes superiores com impostos. Tuottajat são livres para se casar e podem escolher dentro de uma grande gama de profissões. Ao terminar o segundo ciclo são enviados para uma guilda apropriada para seus interesses e vocação e o Estado continua bancando sua educação nesta parte. Ao final desta etapa ele é inserido pela própria guilda no mercado de trabalho e sai da tutela estatal, devendo agora produzir riqueza na forma de bens e tributos. São proibidos de discutir política em público, devendo apenas resumir suas atividades à sua função social. Os mais bem sucedidos podem chegar a ter escravos (um sinal de status), mas aqueles que se mostrem incapazes de pagar seus impostos e quitar suas dívidas podem ser eles mesmos reduzidos à escravidão.

Alternativamente, alguns que completam o segundo ciclo podem tornar-se burocratas, bastando passar em concursos próprios para isso. Eles são considerados tuottajat (tem o mesmo nível), mas não pagam impostos, tendo a missão de manter as funções administrativas do Estado funcionando. Mas eles também não tomam parte em processos decisórios finais e nem podem discutir política. Entretanto, na prática muitos burocratas experientes acabam se tornando conselheiros informais para seus superiores soturi.

Os que seguem para o terceiro ciclo irão se tornar Soturi, a classe militar. Os soturi são os soldados do reino e formam a base de sua classe governante. O terceiro ciclo é constituído de treinamentos marciais, mas também de filosofia, ciência política e outras áreas mais intelectuais. É esperado (e incentivado) que comentem sobre as decisões do governo. Kalevalanos entendem que a força militar deve caminhar junto com a sabedoria – aqueles que só possuem talentos físicos acabam ficando para trás, deixando para os militares somente os mais intelectualmente desenvolvidos.

Aqueles que demonstram particular talento para liderança e comando passam por um quarto ciclo, onde recebem aulas extras de filosofia e política. Então retornam à função normal dos demais militares até abrir uma vaga para o comando e eles serem chamados a servir. O mais alto posto de um soturi é o Conselho Real, que propõe e vota leis (que devem ser ratificadas pelo monarca) e fiscaliza a burocracia estatal.

Um soturi que cometa crimes graves costuma ser condenado à morte por traição, pura e simplesmente. Esta morte não é rápida, muito pelo contrário – o condenado será executado de forma lenta e dolorosa, sob alguma forma excruciante de tortura. A maioria dos soturi pegos em crime costuma se matar antes de serem presos – e é esperado que façam isso.

Acima dos soturi está a Casa de Kalevi, a família real em si. Membros da Casa passam pelo mesmo processo educacional do povo e é esperado (e exigido, aliás) que façam por alcançar o nível de soturi. Se algum por acaso fracassar, costuma ser banido, mas é esperado que tire a própria vida antes de expor a família à vergonha. Entretanto, isto nunca aconteceu. Pelo menos não nos registros.
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Re: Kalevala

Mensagem por Padre Judas » 18 Mar 2017, 20:01

CLIMA E TERRENO

O reino está dentro das Uivantes e compartilha do clima glacial. O terreno é montanhoso, mas há diversos vales, rios e lagos que permitem a pesca dos nativos. No sul, na fronteira com Petrinya e Fortuna, há tundra e alguns pequenos bosques de coníferas, de onde é extraída a madeira do reino. Há uma forte fiscalização sob esta atividade para evitar a extinção destas matas.
FRONTEIRAS

À sudoeste e sul o reino faz fronteira com Petrinya e Fortuna. À oeste está o Rio dos Deuses (e Tapista além dele). As Uivantes cercam todo o resto.
POPULAÇÃO

Cerca de 25.000 habitantes. Hobgoblins (30%), goblins (30%), bugbears (5%), humanos (15%), orcs (10%), meio-orcs (5%), minotauro (1%), outros (4%).
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Re: Kalevala

Mensagem por Padre Judas » 18 Mar 2017, 20:02

REGENTE

Imagem

Heiddi Irkhazog da Casa de Kalevi é a atual Rainha de Kalevala, desde a morte de seu pai, Azog Irkhazad, em Zakharov. Trata-se de uma hobgoblin alta e forte, albina como todos os de sua família.

Heiddi é dura como o gelo das Uivantes e sua moral é inflexível como um carvalho. Sendo bem mais velha que seus outros quatro irmãos (três homens e uma mulher), ama-os como uma mãe (ela perdeu a sua quando ainda era nova, em um acidente de caça, e teve que “assumir o papel” para os irmãos menores). Agora ela se vê como a herdeira da vontade expressa de seu pai: conquistar as Montanhas Uivantes.

Heiddi governava há pouco tempo o país quando este foi alvo da tentativa de invasão por Tapista e o liderou heroicamente até a Batalha das Kenora, quando ela e seus irmãos lideraram os exércitos do reino em um combate final. Ao término deste Tapista reconheceu a força de Kalevala e desistiu de continuar combatendo, assinando a paz. Mas Heiddi sabe que os tapistanos não são confiáveis e que bastará uma pequena demonstração de fraqueza para que eles venham novamente. Ela não pretende lhes dar este prazer.
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Re: Kalevala

Mensagem por Padre Judas » 19 Mar 2017, 20:30

lucaswakai escreveu:Judas, tem uma lista de talentos regionais para o seu reino?
Talentos regionais? Não pensei nisso, afinal de contas isso é coisa de TRPG... A VR é a das Uivantes mesmo ("Coração Gelado").

Quando tiver terminado talvez eu pense em Talentos regionais.
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