[Conto] Eastern Party

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Atmo
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[Conto] Eastern Party

Mensagem por Atmo » 18 Dez 2013, 21:22

Um conto que tentei fazer para Arton/Tormenta com personagens de uma série que todos devem estar muito bem cientes de que sou fã incontestável.

Atmo
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Re: [Conto] Eastern Party

Mensagem por Atmo » 18 Dez 2013, 21:22

Primeira Valsa

Era uma vez uma bela manhã em Vectora, muitas nuvens passando por dentro da cidade e causando um certo receio nos habitantes. O frio e água congelada que as nuvens eram compostas faziam suas vítimas serem encharcadas completamente e correrem de volta para suas casas para trocarem de roupa e se aquecerem, ou mesmo correr para a casa dos outros e tentar se abrigar. Este fenômeno único não era algo que o prefeito tinha preparado para acontecer ou pensara que poderia acontecer, era o que todos acreditavam; Vectorius não estava em lugar algum.

- Acho que é esse o lugar. Meus poderes estão atraindo as nuvens, que estranho...

Uma bela mulher de roupas brancas e azuis flutuava por sobre um prédio, observando as reações dos habitantes e rindo de alguns que desafiavam as nuvens. Ela não parecia querer causar algum mal real para eles, apenas observava tudo e ria. Num piscar de olhos uma bomba de fumaça estoura do lado dela e alguém vestido como um ninja surge.

- Você ai! Você que está causando isso, não é!?

- Ara, me descobriram.

O ninja parecia bem irritado, e a mulher ria um pouco para si mesma com a coragem do rapaz.

- Pare com isso agora! Se não o fizer, terei de tirar a sua vida aqui mesmo! - Ele desembainha sua kodachi e a aponta para a mulher do gelo, esta levitando a alguns metros de onde ele estava.

- Que tal isso: se me vencer num Duelo justo, eu paro.

- Claro, desafio aceit-

- Cold Sign "Lingering Cold -Easy-".

Flocos de neve se formam ao redor da mulher e voam para todos os lados sem ordem ou objetivo. Então bolas de gelo tão sólidas quanto diamantes voam na direção do ninja, que consegue esquivar com certa facilidade. Uma, duas, cinco, dez, ele sequer cansa.

- Que tipo de magia fraca é essa? - Ele ri. - Não dá nem pra me aquecer com isso!

- Se aquecer com frio, interessante. - O sorriso da mulher do gelo passa de zombeteiro para mortal, quando ela levanta sua mão e fala novamente o nome de seu poder, com uma leve diferença. - Cold Sign "Lingering Cold -Lunatic-".

Os flocos de neve ficam ainda mais randômicos e numerosos, e as bolas de gelo também se multiplicam insanamente. Sem ter para onde correr após quase não evitar duas saraivadas, o ninja é pego em cheio por uma terceira e é jogado quase que para fora do terraço do prédio se não fosse pela ação rápida de uma garota de cabelo, olhos e vestido azul, que voa até o rapaz e o pega no ar. Estacas de gelo voam perto das costas dela, como se fossem asas. O jeito infantil dela também é algo que chama bastante a atenção, além de da aparência de uma garota de 15 anos.

- Letty, não é pra machucar tanto essas pessoas! - Grita a garota enquanto segura o braço do rapaz. - Se matarmos muita gente ela vai acabar batendo na gente!

- Opa. Me desculpe por isso, Cirno. - Respondia a mulher do gelo. - Acabei me empolgando, isso não vai se repetir. Mas, quando você disse "muita gente", significa que posso me saciar com alguns?

- Hã, alguns? - A fada do gelo pousa o ninja no telhado em segurança e olha para a mulher do gelo. - Acho que sim, mas não podemos passar disso. - Mostra as duas mãos abertas, como se não soubesse contar.

Letty ri, achando graça do jeito infantil de Cirno e se lembrando de quando ela ainda era aquela pirralha barulhenta e que dizia ser a mais forte de todos. Eram boas memórias, mas talvez não fossem o que ela achava que fossem. Sem ter tempo de se deixar levar pelas lembranças, ela nota que mais pessoas começam a subir os prédios e ir de encontro a elas.

- Cirno, parece que nos descobriram.

- Então vamos desafiá-los! Quanto mais vencermos... quanto mais vencermos...

- Não estamos aqui para medir nossas forças, já que é fato que eu sou a mais forte.

A fada do gelo olha para sua amiga e dá a língua, notando que quase caíra numa armadilha para "pagar mico" na frente de tantos desconhecidos irritados.

- Não sou mais criança, Letty, e não vou ficar pra trás!

Começa, finalmente, um combate em larga escala. Duas garotas com poderes de criar gelo contra dezenas de aventureiros irados com a brincadeira delas. O por que de estarem fazendo isso e o por que de estarem ali era um relativo mistério.

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Atmo
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Re: [Conto] Eastern Party

Mensagem por Atmo » 18 Dez 2013, 21:23

Segundo Tempo

Brilhando com os últimos raios do dia, o sol se esconde no horizonte, banhando a terra de Valkaria em sombras e deixando um céu escuro e estrelado em seu lugar. Algumas pessoas começavam a recolher suas coisas e a preparar a refeição noturna para logo ir dormir, outros faziam justamente o contrário ao colocar mesas para fora, ajeitar as garrafas de cerveja e vinho, limpar os copos e abrir suas portas para os clientes noturnos virem se divertir.

- Hoje vou beber até cair! - Fala um homem.

- Quero é nem saber, vou dançar até meus pés doerem! - Fala uma jovem garota.

Ninguém percebe a aproximação de uma garota levemente estranha. Capa vermelha, roupa negra, costuras de cor escura, laço azul atrás da cabeça e cabelo vermelho. O olhar dela era o de alguém que estava pronto para algo, e a gola da capa era alta o bastante para esconder o pescoço. Ela também segurava a parte da frente da capa para evitar que se soltasse do nada, talvez...

- Cair, hic! Cair, beber e levantar!

Um apressado tomou todas e já se encontrava ébrio, entoando músicas de baixa qualidade que reforçavam a necessidade de ingerir alcóolicos para sentir-se realmente feliz. Pura baboseira, na verdade. Caminhando e quase caindo a cada novo passo, ele termina por esbarrar na garota de capa.

- Opa, foi mal ai! Não estava vendo...

A mão livre dela segura um ombro do bêbado, evitando sua fuga. Os olhos de ambos se encontram, e ela começa a se aproximar mais e mais do rosto dele, parecia emanar uma aura tão ameaçadora que poderia matar um animal pequeno caso esse fosse alvo por alguns poucos segundos de exposição. Tremendo como vara verde, as pernas do bêbado começam a reagir antes mesmo dele entender o que está acontecendo.

- Mo-moça, o que vo-você está fazendo!?

- Apenas retribuindo o gesto.

Como se não fizesse parte do corpo, a cabeça da garota começa a levitar para longe do corpo, como se não houvesse conexão com o pescoço. O movimento em arco começa a deixar o bêbado ainda mais apavorado quando ela para logo acima, 90º para o alto, causando um ataque de vertigem tão forte no homem que ele desaba com peso e barulho.

- E ainda tem Youkai que se alimenta desse tipo de gente...

Ele grita como se estivesse sendo esmagado por uma pedra gigante, chamando a atenção de vários curiosos. A garota de capa continua lá, sua cabeça volta ao lugar de origem e ela permanece em pé, esperando, até que a concentração é grande o suficiente para encher um salão.

- A festa vai começar!

Outra voz feminina é ouvida, agora no centro de um palco improvisado naquela rua. A garota de capa aproveita a nova confusão e faz sua cabeça levitar novamente, mas por algum truque faz com que ela se multiplique em nove!

- Essa música é para todos vocês de... ah, dessa cidade aqui!

A nova estranha do palco possuía asas de pardal, um vestido simples e rosado com vários enfeites de asas, e suas orelhas tinham a forma de asas de pássaro. Sua bela voz dá vida a uma canção adorável, que termina não sendo escutada pelas pessoas em pânico enquanto elas correm desesperadas para todos os lados. A cena da outra cidade se repete: vários aventureiros começam a vir para ou socorrer as pessoas da cidade ou para punir as baderneiras, esperando alguma recompensa em troca de sua prisão.

- "Blind Nightbird"!

No momento que todos estavam focados na garota de capa, a pardal invoca sua habilidade na brecha que sua música permite, estava aguardando que todos não mais lhe dessem atenção para poder "atacar". Todos os aventureiros que estavam na área ficam cegos ao mesmo tempo que uma grande quantidade de projéteis mágicos se formam ao redor da pardal e são disparados em várias direções, atingindo facilmente seus alvos. Um bárbaro fica com tanto medo de estar cego que começa a brandir seu machado de batalha enorme sem saber que começara a cortar seus próprios amigos; a clériga ao seu lado perde um braço, o bardo é cortado no meio, o discípulo do dragão perde a cabeça, e um guerreiro ganha mais uma cicatriz nas costas.

- Ótimo timing, Mystia. - Dizia a garota de capa, Sekibanki, preparando o seu próprio momento de "brilhar".
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