Ação!!! - Feranor Meio-Elfo e a Masmorra Sombria

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Fënrir
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Ação!!! - Feranor Meio-Elfo e a Masmorra Sombria

Mensagem por Fënrir » 21 Dez 2013, 07:31

Este é um conto despretencioso e sem as complicações morais e filosóficas que agora parecem acompanhar quase tudo. Visa apenas proporcionar um pouco de diversão.

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Ação!!!

Feranor conferia seu equipamento uma vez mais, enquanto observava a escuridão a sua frente. A espada fora comprada recentemente, depois que a antiga e desajeitada arma de seu pai quebrou na carapaça de um besouro gigante. O metal ainda reluzia, e trazia felicidade ao jovem guerreiro. Os sulcos do escudo já empalideciam seu brilho, e poderia ser comparado com seu dono: forjado em material de boa qualidade, já com algumas batalhas e cicatrizes, mas ainda inexperiente. O arco, segundo ouvira várias vezes da boca de sua mãe, pertencera a seu tio, um elfo como ela. A armadura fora trocada por um cavalo com um soldado aposentado, e protegia apenas o peito, onde Feranor tinha gravado a palavra “meio-elfo”, como que para confirmar o que a aparência já denunciava. Mochila, tocha, cantil e corda completavam os apetrechos, além de uma série de pequenas bugigangas atadas aqui e acolá.

De pé, Feranor olhou uma vez mais o brilho do sol matutino antes de descer as escadas cheias de poeira e ameaças veladas à sua frente. Qualquer um que o observasse não vislumbraria qualquer sinal da glória e pompa que era cantada pelos bardos sobre os aventureiros, mas certo olhar selvagem se denotava. Finalmente, o Guerreiro avançou em direção ao desconhecido.

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Quatro horas haviam se passado desde que Feranor adentrara as ruínas. Segurava a tocha no braço esquerdo, estendendo-a a frente em busca de algo animador. Um inimigo que ele jamais esperava encontrar ali, o tédio, começava a lhe arrebatar, fazendo companhia a uma leve e incômoda dor no ombro direito, devido ao peso da espada. Começava a achar que os rumores sobre um bando de orc’s que ocupavam o local era falso, alguma brincadeira dos habitantes daquela vila com os aventureiros, ou talvez fosse fruto de uma fofoca criada para dar alguma cor àquela vida pacata.

Sua mente devaneava nestes pensamentos quando um som abafado chamou sua atenção. Um frio percorreu sua espinha e algo em sua mente o alertou do perigo, fazendo-o saltar para a esquerda milésimos de segundos antes de uma lâmina de machado atingir violentamente o chão, se estilhaçando no processo. Feranor fez um pequeno giro com seu corpo, e um movimento do braço direito fez com que sua espada atingisse o inimigo, descrevendo um arco que fez jorrar sangue da barriga desnuda, e depois do braço esquerdo do orc, que gritou de dor e fúria. Em seguida o som do forte impacto da tocha no rosto do orc foi ouvido, quebrando sua presa e incendiando seu cabelo seboso, derrubando-o, por fim, desmaiado.

Feranor moveu-se, então, colocando-se de costas para a parede, quando pode ver outros dois orc’s que o observavam, um tanto assustados devido a rápida queda de seu companheiro. Entretanto, o susto não durou mais que alguns centésimos de segundo, e os orc’s partiram para o ataque, pelos flancos. O Guerreiro desviou do golpe do primeiro, mas o segundo o atingiu em cheio no ombro com a maça, e teria provocado graves ferimentos não fosse a armadura. O Meio-Elfo abaixou-se, então, para estocar com a sua espada, cuja ponta penetrou 10 cm entre as costelas do orc, fazendo o sangue jorrar farto e verde.

Um golpe de maça atingiu a mão esquerda de Feranor, lançando longe sua tocha, que por sorte não apagou, a luz distante ainda lhe permitindo ver seus inimigos, com certa dificuldade. O Guerreiro firmou a mão ferida no cabo da espada bastarda, segurando-a com as duas mãos, e desferindo um golpe furioso contra o orc que o atingira, provocando-lhe um profundo corte de baixo para cima, atingindo barriga, peito e rosto, decepando o maxilar inferior, que caiu no chão pouco antes de seu dono, agonizando. A espada continuou seu movimento, até atingir o outro orc, que finalmente tombou.

Feranor ainda se manteve em guarda por alguns instantes, observando a passagem por onde os orc’s vieram e aguardando que sua respiração voltasse ao ritmo normal. Em seguida limpou a lâmina da espada com um trapo retirado da roupa de um dos orc’s, e recuperou a tocha, reacendendo a chama já quase apagada. Quando o sangue esfriou, sentiu que sua mão doía muito, quase o fazendo ignorar a dor no ombro. Improvisou uma atadura, e continuou depois de certificar que os ferimentos não eram assim tão graves, e de recolher as 15 moedas de cobre que encontrou com os três orc’s. O tédio não mais o acompanhava, agora substituído por um frio no estômago.
"O que não me mata me fortalece." - Friedrich Nietzsche

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