Raça: Humano
Classe: Shugenja 3
Sexo: Masculino Idade: 19 anos Religião: Lin-Wu Tamanho: Médio Deslocamento: 9m Idiomas: Ningo, zhao Honra: Honrado.
Habilidades:
FOR 18 (+4), DES 14 (+2), CON 14 (+2), INT 10 (+0), SAB 16 (+3), CAR 10 (+0), HON 18 (+4)
CA: 20 (+1 nível, +2 Des, +4 Hon, +3 armadura) PV: 30 PM: 25
Resistências:
Fortitude: +5 Reflexos: +7 Vontade: +6
Ataques:
Corpo-a-corpo: +6
Katana +7 (1d10+8, 19/x2, corte).
Wakizashi +7 (1d6+4, 19/x2, corte).
Distância: +4
Perícias:
Atletismo +10, Conhecimento (religião) +6, Conhecimento (arcano) +6, Identificar Magia +6, Iniciativa +8, Intuição +9.
Talentos:
Classe: Usar Armas (simples), Fortitude Maior, Vontade de Ferro.
Raciais: Ataque Poderoso, Golpe com Duas Mãos.
Nível 1: Usar Arma Exótica (katana).
Nível 2: Usar Armaduras (leve).
Nível 3: Abrir Chacra (braços).
Habilidades Raciais:
- +2 em Força e Sabedoria.
- 2 perícias treinadas extras.
- 2 talentos extras.
Chacras: For, Sab.
Limite de PMs: 10 (3 nível + FOR +SAB)
Jutsus Básicos (1 PM, CD 15): Toque curativo (luz), coragem dos ancestrais (abjuração), percepção elevada (adivinhação), espírito guardião (invocação), proteção dos ancestrais (abjuração) [espírito]; arma incendiária (fogo) [braços].
Dinheiro: 63 ¥o e 9 ¥p
Equipamentos:
- Katana [3 kg, 350 ¥o]. Arma exótica de uma mão, arma marcial de duas mãos, 1d10, crit. 19, tipo corte, arma obra-prima.
- Wakizashi [1 kg, 310 ¥o]. Arma marcial leve, 1d6, crit. 19, tipo corte, arma obra-prima.
- Armadura ashigaru [10 kg, 25 ¥o]. Armadura leve, CA +3, bônus máximo de DES +5, penalidade de armadura -1. Composta por uma placa peitoral e várias tiras metálicas justapostas, além de um elmo cônico que lembra um chapéu de palha.
- Dai’Zenshi-fuku [2 kg, 50 ¥o]. Indumentária da nobreza, inclui um quimono de seda elaborado, com mangas muito longas, uma larga faixa obi para a cintura, e um tipo de colete sem mangas que enfatiza os ombros, trazendo o símbolo dos Yamada.
- Algemas [1 kg, 15 ¥o]. É capaz de aprisionar uma criatura Média. Uma criatura presa pode escapar com um teste de Acrobacia (CD 30) ou Força (CD 26).
- Algibeira [0,25 kg, 1 ¥o]. Para guardar pequenos objetos e moedas.
- Corda de seda (15m) [2,5 kg, 10 ¥o]. Dar um nó firme exige um teste de Destreza (CD 10). Dar um nó especial (capaz de deslizar, soltar-se lentamente ou se desfazer com um tranco) exige um teste de Destreza (CD 12). Arrebentar uma corda de seda exige um teste de Força (CD 25), e ela oferece +2 em testes de Destreza para dar nós.
- Futon [2,5 kg, 1 ¥p]. Para dormir.
- Lanterna [1 kg, 7 ¥o]. Ilumina área de 9m.
- Carga de lanterna [0 kg, 5 ¥p]. Duram 6 horas cada.
- Mochila [1 kg, 2 ¥o]. Feita de bambu, comporta 25 kg.
- Pederneira [0 kg, 1 ¥o]. Para acender a lanterna, ação completa.
- Ração de viagem x7 [3,5 kg, 3 ¥o e 5 ¥p]. Carne defumada, frutas secas e onigiri (bolinhos de arroz).
- Tokkuri [2 kg, 1 ¥o]. Garrafa de cerâmica para transportar 1 litro de água.
- Jitensha [10 ¥o]. Bicicleta que aumenta o deslocamento de viagem em +3m.
- Cão de guarda: Isamu [50 ¥o]. cão akita, companheiro para batalha: CA +1 e RD 2.
História de Kenji Yamada
Kenji nasceu em Nitamu-ra um ano após a queda da Tormenta que devastou o reino de seus pais. Seijurou e Megumi Yamada pertenciam à casta Dai'zenshi em Tamu-ra e, portanto, tinham alguma posse e regalias mesmo em Nitamu-ra. Um casal honrado que decidiu perseverar frente à tragédia de seu povo, decidindo ter um filho para prosseguir a linhagem de sua família. Kenji nasceu em um seio familiar amoroso e rígido, tendo pouco ou nenhum contato com a cultura dos outros povos que viviam em Valkaria. Sua criação tradicional o levou a reproduzir certos preconceitos e a seguir um destino escolhido por seus pais: ser um nobre shugenja, um devoto de Lin-Wu.
Porém, Kenji acabou conhecendo Satoshi Yamada, seu tio. O homem vivia na parte mais empobrecida de Nitamu-ra, como um nai'nin, um pária. Kenji o viu certa vez na rua andando com um quimono meio aberto, desleixado, com o símbolo de sua família, portando uma katana, ao lado de um rapaz um pouco mais velho que ele. Um valkariano que ele soube mais tarde se tratar de Aldred C. Maedoc III, o herdeiro dos Maedoc, uma família de aventureiros famosos no Reinado. Munido de curiosidade infantil, Kenji perguntou para seu pai Seijurou sobre seu tio e levou um tapa na boca.
Foram semanas até que seus pais decidiram contar quem era Satoshi Yamada.
Há vários anos, antes da Era Akumishi, Satoshi era um proeminente samurai do clã Yamada. O melhor guerreiro, o mais sábio e competente. Seguia fielmente seu senhor quando foi enviado para uma missão nas terras bárbaras do Reinado. Após anos perseguindo um antigo ninja inimigo de seu daimyo, Satoshi cumpriu sua missão. Porém, nos anos vivendo no Reinado mudaram-no completamente. Antes, era um homem sério, rígido, e cheio de emoções reprimidas, se tornou relaxado, brincalhão e divertido. Aprendera a rir em Valkaria. Conheceu outros deuses e, fugindo da pressão da honra imposta por Lin-Wu, aproximou-se de Nimb, o deus dos caos e das chances. Satoshi simplesmente queria ser livre. Fez amizade com um grupo de aventureiros chamado o Protetorado do Reino e decidiu continuar sua vida no Reinado entre os "bárbaros". Satoshi desgraçou seu clã, sua família e seu senhor, mas estava feliz ao lado de seus verdadeiros amigos, principalmente do casal Aldred C. Maedoc II e Therese Incarn. Os três realizaram várias missões juntos para o Protetorado do Reino.
Porém, os akumushi vieram e destroçaram Tamu-ra. Satoshi enlouqueceu quando soube. De sua família restara apenas seu irmão mais novo, Seijurou e sua esposa Megumi. Satoshi acreditou que era uma punição cósmica à sua traição ao seu povo. Naquele mesmo ano trágico, Aldred e Therese se aposentaram do Protetorado para cuidar de seus dois filhos pequenos, incentivando o velho samurai a também se aposentar das aventuras. Passou anos recluso em uma casa arranjada em Nitamu-ra. Nunca procurou seu irmão mais novo, tomado pela vergonha. Nem mesmo quando seu sobrinho nascera. Eventualmente Satoshi acabou aprendendo que a culpa da queda dos demônios da Tormenta não fora dele, mas sua mente estava irremediavelmente perdida para sempre. Tornara-se um pária, um pouco mais que um mendigo e era ignorado por toda a gente de bem.
Kenji descobriu que Satoshi passou a sair mais de casa depois que começou a treinar Aldred, o filho de seus melhores amigos, no caminho do estilo da família, o Yamada-Ryuu. Ao contrário do que Seijurou e Megumi pensaram, Kenji não desenvolveu ojeriza ou pena por Satoshi. Mas a perigosa admiração pelo errado, típica da fase rebelde da juventude. Kenji queria ser um guerreiro samurai e não mais seguir o caminho traçado por seus pais. Ele queria aprender as técnicas do estilo Yamada-Ryuu, mas seu pai não era versado na arte da guerra, era um homem honrado, mas um simples administrador. E aprender com Satoshi estava totalmente fora de cogitação.
Em 1405, ou 1098 no calendário de Tamu-ra, sua terra natal fora salva das mãos dos akumushi e o povo começou a reconstrução. Boa parte dos moradores de Nitamu-ra voltaram para sua terra natal, inclusive seus pais. Kenji por pouco não conseguiu fugir de casa para morar com Satoshi. Foi pego no último momento e levado para Shinkyo, a nova capital. Longe da influência de Satoshi e das histórias, Kenji acabou aceitando seu destino, acalmando seu coração rebelde ao longo dos anos e se tornando um exemplo de shugenja treinando em Meiyo’Dera, tendo como professor o próprio Shiro Nomatsu, o sumo-sacerdote de Lin-Wu. Sua honra foi totalmente restaurada e ampliada, porém, aquele desejo íntimo de ser um samurai nunca o abandonou. Sempre deu ênfase nos treinos físicos e na prática com a katana, arma tipicamente de samurais. Para sua eterna frustração, entretanto, não aprendera o estilo de sua família, perdido para sempre com Satoshi Yamada, um nai'nin de Valkaria.
Após se formar shugenja com apenas 17 anos, Kenji foi delegado pelo Imperador a cumprir pequenas missões pela costa sul de Tamu-ra, onde há nova aglomeração de vilas e aldeias. Por sua dedicação e eficiência, recebeu a especial missão de auxiliar e servir Bai Long, a atual daimyo de Zhaoyang, uma ilha próxima de Tamu-ra. Apesar do estranhamento de uma mulher ocupando um cargo tão importante, Kenji estava aprendendo, aos poucos, a aceitar o novo e o diferente. Tal como ele mesmo, em seu íntimo, aceitava Satoshi Yamada como seu tio.