[Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

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Antonywillians
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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 22 Fev 2020, 14:26

PARTE 5
A FORTALEZA


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Nossa viagem durou por volta de meia hora, Dranarios disse que era por estarmos evitando a aperfeiçoada vigilância do forte que possuía uma segurança extrema e bem inteligente, com patrulhas e magias de localização que a certos horários eram ativadas para encontrar invasores, algo que aprendera anos antes. Isso nos dava um certo período de tempo para conseguir planejar algo e agir. Antony já tinha uma idéia em mente, e que Nimb, o Deus da Sorte, role bons dados para que não seja mais uma das ações imprudentes do espadachim sem noção. Sem querer nos contar de imediato, apenas agimos. Henk foi enviado como bode expiatório, caso morresse acho que o senhor Willians não daria muita importância mesmo, mas saliento que não penso ser esse o caso, aquele goblin já passou pelas situações mais radicais saindo sempre vivo, às vezes aos pedaços, mas vivo. Era como se nada fosse capaz de matar aquele bicho.

Nós encontramos uma das patrulhas de três soldados que folgavam àquela hora da noite, talvez por pura preguiça ou por acreditarem que ninguém ia enfrentá-los. Pela negligência acabaram por caírem em nossa armadilha. Henk primeiro se aproximou de um e deu-lhe uma paulada enquanto dormia, em seguida veio Antony que com uma rosa mágica (se é que aquilo pode ser chamado de magia) a fez liberar um aroma nauseante que mexeu com a mente de cada um da patrulha, fazendo-os ser controlados inconscientemente por Antony. Eles despiram um guarda hipnotizado para dar sua armadura ao elfo que a vestiu de pronto, em seguida um deles foi amarrado com nó cego a outro e por fim o soldado que sobrou se uniu a mim e Antony sobre as costas de Dranarios, por ficar muito pesado, deixamos o goblin escravo para ir por terra.

Agora estamos voando em direção ao forte e aproveito para adiantar esse livro o qual está lendo. A nossa frente ergue-se uma magnífica construção. Construído na encosta do sopé de uma pequena montanha, o forte traz várias torres e muros altos preparados com incontáveis seteiras e maquinas de guerra. Dranarios nos contou um pouco sobre ela. Há muito tempo, na época em que o Rei Logus XI descobriu a existência do príncipe dragão e aprisionou sua esposa, mãe de Dranarios, sob o intuito de proteger o tesouro real ele tinha uma segunda intenção. Declarando que a dragoa era uma traidora, pediu a Sckhar que lhe permitisse escravizá-la, o Rei Dragão aceitou e ordenou que ali fosse guardada uma porção de seu tesouro: o pergaminho do Suplicio Dragoniano. Assim o rei de Logus ganhou vários benefícios da coroa e com o ouro da recompensa construiu uma poderosa fortaleza que era capaz de abater até mesmo dragões.

Por terra ela era impenetrável com tantos inspetores, guardas treinados e detetives ocultos, por meios mágicos era suicídio, pois uma magia na fortaleza e na câmara do tesouro faria qualquer teleporte levar o visitante para a praça central cheia de soldados armados até os dentes com armas mágicas, invasores voadores seriam abatidos por catapultas e balestras poderosíssimas capazes de atravessar as escamas de um dragão, isso sem contar das patrulhas pela região, os magos e os clérigos sempre ativos. Os anos se passaram, mas a soberba cresceu incrivelmente. O forte já fora atacado diversas vezes por aventureiros atrás do Suplicio, mas jamais saíam vivos. Com isso as invasões foram menos intensas e logo todos procuravam outros meios de enfrentar o governo do dragão-rei. Após anos sem qualquer ataque ou notável invasão, os guardas e a própria vigilância se tornara ociosa, ninguém acreditava mais que alguém fosse capaz de invadir suas paredes de mármore, e mesmo que conseguisse não sairia vivo… Devo salientar que saber disso não me deixou em um clima muito agradável. Enfim, Dranarios contou-nos que atualmente invadir com uma boa estratégia era fácil, o difícil seria escapar, as antigas averiguações rígidas flexibilizaram dando espaço para a soberba negligencia dos militares.

Apesar dessa história toda ter sido contada em tom de preocupação, Antony (que provavelmente não ouviu uma palavra) gargalhava e contava vantagem sem parar em cima do dragão, se divertindo muito com o que acontecia. Tive até que dar uma prensa nele quando nos aproximamos. Não queria servir de alvo para catapultas e balestras preparadas contra elfos matraqueantes montados em dragões.

Chegando próximo ao portão, Dranarios desceu até o chão e o soldado hipnotizado desceu enquanto Antony permaneceu com um semblante falso de seriedade militar e rígida disciplina. Ele realmente conseguia parecer um grande soldado heróico trajando aquela armadura de lava - rubi, com o emblema do dragão vermelho no peito, que pertencia à bandeira daquela nação, com um elmo alongado em um focinho reptilineo e duas asas saídas de cada lado. A armadura tinha uma capa longa e roxa que brilhava enquanto esvoaçava heróica e imponente. Dranarios, apesar de parecer um pseudo-dragão (e tinha em habilidade apurada para se disfarçar de um), continha o orgulho e a aparência respeitosa de uma linhagem pura. Eu por outro lado parecia mais um bobo da corte… usava o chapéu emplumado do elfo (que era duas vezes maior que minha cabeça halfling) e a capa que fiz em um manto que encobria todo meu corpo.

Ao chegarmos diante dos portões, centenas de seteiras na muralha foram abertas e todo tipo de armas de projeteis nos foram apontadas letalmente. Até fechei os olhos esperando a morte iminente pela ação imprudente (algo que você aprende a fazer por instinto depois de passar tantos anos andando com certo elfo espadachim tresloucado e “tamtam” da cabeça!). Duas portinholas nas torres de vigia se abriram e desceram dois homens, trajados de togas clericais vermelhas com dragões bordados a fios de ouro, sem duvidas clérigos do Deus Dragão regente da nação, escoltados por cinco guardas cada, que seguravam lanças perigosas e espadas afiadas.

- Identifiquem-se! – ordenou o clérigo à esquerda que possuía uma meia idade cheia de cicatrizes do passado, um semblante militarmente disciplinado e uma fé imbatível à Sckhar. Ele ajeitou o longo cabelo ruivo e repetiu – Ordeno que se identifiquem!

- Sou Antonywillians! – disse meu odiado amigo elfo que quase foi esganado por mim em uma repentina vontade berserker que se aflorou em meu interior – Inspetor Real do Reino de Sckharshantallas! Fui enviado para examinar a fortaleza! Temos rumores sobre vocês estarem escondendo um traidor em suas fileiras. Um que deseja roubar o ouro do Rei de Logus e do nosso magnífico imperador!

Os militares se agitaram pavorosos, não pareciam ser daqueles que tinham a consciência limpa para receber felizes um inspetor, principalmente enviado pelo próprio Sckhar! Realmente esse espadachim me surpreende…

- Esse halfling ao meu lado se chama Bolofofo, meu ajudante real! – ele continuou, ainda que eu tenha entrado em minhas vestes como uma tartaruga, de tão corado, tive que agradecer por não dizer meu nome verdadeiro – Esse jovem soldado nos escoltou até aqui! Peço que nos deixe entrar logo, pois não devo demorar!

- Sim, senhor! Só vamos averiguar que não há magia nenhuma sobre os senhores! – disse um dos sacerdotes erguendo a palma de sua mão para nós e o mesmo fez o outro e juntos oraram – Oh, magnífico, que a todo esse reino governa! Saudamos seu poder e clamamos para que nos revele mágicas que possam ter sobrecaído sobre esses fiéis!

Nesse momento pensei que fossem descobrir sobre o feitiço da rosa de Antony sobre o soldado que trouxemos, mas nada aconteceu com ele (pelo jeito essas rosas realmente não são magia, o que serão então?!). Em contrapartida, os dois braceletes de ouro de Antony brilharam intensamente emanando um brilho dourado reconfortante.

- Ah, não é nada! Só os meus braceletes mágicos! – Antony explicou sob os olhares curiosos.

- Certo,entrem por favor! – disse o clérigo fazendo um sinal para a torre acima aonde guardas puxaram um mecanismo na forma de manivela que ergueu o primeiro portão, de grade, e abriu o segundo de madeira. Enfim, estávamos dentro da fortaleza e a idéia do elfo dera certo.

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Por dentro a fortaleza viamos uma mistura de ordem, disciplina, culto a imagem dos dragões e vigilância com ociosidade, tédio, falta do que fazer e negligencia. Os corredores de pedra com os estandartes da nação e tapeçarias com a imagem de Sckhar mais as de antigos responsáveis pela fortaleza, eram palco para soldados despreocupados que andavam rindo e conversando ou jogados pelos cantos cansados, apenas mantendo a disciplina com rotineiras mudanças de vigília e divisão de afazeres. Era um exemplo de soldados que não tinham nem guerras nem treino, só uma eterna espera. Eles só tentavam manter a pose quando Antony passava na frente de cada um. Se erguiam, pegavam as armas e estufavam o peito ridiculamente acreditando que ele era realmente um inspetor. Principalmente pelo espadachim conseguir caminhar fingindo com fidelidade rígida a disciplina militar, a seriedade de um guerreiro e trazendo no rosto o semblante de um duro punidor. Neste momento faço uma pausa para gravar uma idéia que me surgiu! Antony vive falando sobre ter pertencido a um tal clã da Rosa em sua cidade élfica, Lenórienn, e algumas vezes também conta sobre o pai que pertencia aos espadachins de elite da caída nação elfica… Será que Antony já fora um guerreiro? Bom, espero um dia descobrir, pois ele raramente conta-me esses fatos dolorosos que são as lembranças de sua cidade antes do massacre à sua raça pelos goblinoides.

- Rapaz! – Antony me acordou de meus pensamentos ao gritar a um soldado que passava por ali rindo indisplicente, o qual se assustou ao vê-lo e reconhecê-lo como o que estavam falando por todo o forte sobre um inspetor que acabara de chegar – Leve meu pseudo-dragão para o estábulo!

Dando a ordem nem esperou a reverencia do soldado, simplesmente caminhou enquanto o soldado correu para levar Dranarios sem saber que na verdade era um dragão disfarçado.

Saindo das paredes de pedra para o pátio aonde um grupo treinava (começara há alguns minutos apenas para impressionar o inspetor, provavelmente), nos deparamos com a encosta da montanha e um imenso orifício que era a caverna onde deveria estar o pergaminho do Suplicio, meu coração pulsava cada vez mais forte pela ânsia de eu querer lê-lo. Antony esboçou um sorriso, parece que a qualquer minuto daria a ultima cartada. Então chegou o comandante, escoltado por três soldados recém acordados da ociosidade, responsável pelo forte. Era um humano gordo e com um vasto bigode louro de leão marinho, com um cabelo perfeitamente arrumado e bochechas rosadas. A armadura o fazia parecer ridículo com partes da banha escapulindo sempre por onde era possível.

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- Boa dia, senhores! – disse o comandante batendo continência – Sou o Comandante Roswald, responsável por essa fortaleza e a caverna do tesouro de Logus! Desejam algo em especial?

- Não, comandante! – o elfo respondeu sem expressão – Só devo dizer que minha inspeção é quanto ao ouro! – o comandante se assustou – Parece que temos informações da fortuna de Logus XI e Sckhar estar diminuindo aqui! Então vamos inspecionar!

O homem gordo enrubesceu, pelo jeito deve ter sido pego de surpresa. Ele devia tirar do tesouro real para proveito próprio.

- Err... Certo! Podem ir! Já enviarei o mago que controla a dragoa guardiã! – disse o gordo como se quisesse fugir.

- Sim, dispensado! – disse Antony caminhando para as entranhas da caverna.

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Dranarios foi levado pelo pátio de uma forma pouco digna a sua raça orgulhosa. O homem que Antony ordenou que o levasse para o estábulo de pseudo-dragões o fazia na má vontade, resmungando e puxando Dranarios pelo chifre como se fosse uma vaca com escamas.

- Hunf! Maldito inspetor! Tomara que a dragoa mate ele! Se bem que aquela bicha anda muito asanhada sem ter mais um reizinho para satisfazê-la! HAHAHAHAHAH!

Dranarios parou. Como dragão ele nunca poderia permitir agir tão humilhante como estava, em nome de um dia vingar-se de Sckhar se humilhava por necessidade, todavia, suportar a difamação da própria mãe por um mero humano fracote era demais para ele.

- Humanos... Como são tolos! – disse em voz alta.

O soldado deu um pulo e fez um xingamento no susto por Dranarios ter falado.

-V-VOCÊ FALA????

- Não só falo como mato! – o dragão pareceu rugir em meio a um sorriso, e em instantes sua garra trespassava o corpo do humano que tombou no chão cuspindo sangue, e não satisfeito cuspiu chamas em seu corpo carbonizando-o.
De repente a fortaleza pareceu ter parado no tempo. Ninguém se movia, nem o vento. Os olhos só se fixavam naquele ponto do pátio aonde jazia o corpo do soldado diante de um dragão.

-DRAGÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – berrou um homem de cima das muralhas em um desespero que pareceu contaminar cada pessoa naquela fortaleza.

Em instantes a bela e disciplinada fortaleza explodiu em caos. Soldados corriam para todos os lados. Uns pegavam em armas, outros se escondiam, alguns ainda, por tão desesperados, se tacavam das janelas e ameias. O pavor aumentou mais ainda quando Dranarios ergueu-se no ar voando e cuspindo fogo sobre uma torre de vigia que incendiou-se estalando até ceder e cair sobre o pátio matando mais alguns. Ao ver aquilo o comandante apenas ordenou que abrissem os portões, e como um covarde que era saiu correndo para fora da fortaleza fugindo do dragão.

Dranarios gargalhava. Fazia um bom tempo que não matava humanos servos de seu odiado pai por livre e espontânea vontade, e o mais incrível era como aquela fortaleza se tornara fraca. Os soldados corriam desesperados por todos os cantos, pois estes jovens que residiam na torre nunca foram atacados por sequer um pequeno exercito, quem dera simplesmente um dia acordar da ociosidade sob o ataque massacrante de um dragão. Dranarios gargalhava.



Quando o caos tomou a fortaleza, Antony e eu já estávamos bem abaixo da fortaleza. As paredes escavadas na pedra (sem duvida por mágica, como reparei ao perceber a perfeição que era feita e a própria escada que era de degraus iguais) nos levava cada vez mais para baixo. Ao menos essa caverna possuía tochas nas paredes que davam uma iluminação suficiente para sabermos aonde pisávamos. Enfim chegamos ao último degrau aonde havia um portão de ferro protegido por dois guardas que tinham o rosto todo encoberto por um elmo.

- Quem são vocês? – indagou um homem de manto que apareceu atrás de nós, nos surpreendendo junto a um parceiro que provavelmente estavam invisíveis até agora.

Antony pegou o elmo e tacou na cabeça de um dos magos nocauteando-o e em seguida pegando de mim o chapéu emplumado e colocando a mão no sabr...

Eh, o sabre quebrou, lembra?

- Os salvadores da dragoa que vocês aprisionam! – sorriu lançando uma rosa no ar que caiu aos pés do outro mago que não entendeu o significado da ação.

Antony aproveitou a distração para saltar sobre ele e misturando acrobacia e esgrima tentando acertá-lo com um soco como se fosse seu sabre, mas a armadura o atrapalhou e o mago desviou.

- Ziarum Margotis! – disse o mago que possuía um manto rubro que lhe encobria de panos até o nariz deixando só os olhos roxos de fora e os cabelos negros espetados – Bola de fogo!

Das mãos do mago saltou um globo flamejante que veio em nossa direção. Bom, achando que mostrei pouco minhas habilidades como clérigo de Tanna-toh, a Deusa do Conhecimento, intervi.

- Mãe da Palavra, Me ensine o funcionamento desse poder para cancelá-lo!

Neste momento uma aura branca envolveu meu corpo iluminando minha mente, que como se encaixasse, a informação completa sobre aquela magia permeou meu cérebro, e em um segundo sabia como funcionava, e apartir disso consegui com o olhar cancelar a magia antes que atingisse Antony.

Em seguida os guardas investiram com suas lanças de lava rubi. Antony desviou de um, mas o outro acertou-lhe raspando do lado da armadura, e descobrimos que aquele metal protetor era como papel para a lava-rubi das armas. Os magos começaram a recitar de novo novas magias de bola de fogo, eu cancelei uma e a outra Antony desviou, mas a explosão fez a caverna toda tremer.

O elfo espadachim investiu contra um dos guardas que tentou estocá-lo com a lança. Correndo imprudentemente em sua direção, o guarda tinha todas as chances para acertar o senhor Willians, mas como bom swashbuckler que era, deu um grande pulo e com sua acrobacia e equilíbrio impecável, caiu em pé sobre o corpo da lança, surpreendendo o guarda que levou um chute no elmo (algo que faria meu parceiro elfo sem noção reclamar por dias pelo inchaço nos dedos) e deixou a arma cair. Antony a pegou, mas ele era espadachim, não lanceiro.

- Deusa do conhecimento que eu saiba usar os poderes de meu adversário!

- Ziarum Margotis! – disse o mago que lançou nova bola de fogo. Suas palavras entraram em minha mente de tal forma que me senti como se soubesse aquilo há anos!

- Ziarum Margotis! – repeti apontando-lhe as palmas de minha mão que arderam prazerosamente e cospiram um globo de chamas que se chocou com do oponente, explodindo e criando uma baita cortina de fumaça que obscureceu nossa visão.

Antony aproveitou a distração e deu uma rasteira nos dois guardas (um já havia se levantado), derrubando-os, e aproveitando para pegar suas armas.

- Argum mani! – a voz do mago soou de dentro da confusão e uma poderosa lufada de vento (que ridiculamente me lançou contra a parede como se eu fosse uma folha seca de arvore) dissipou a cortina gasosa revelando a todos. Antony havia sumido do local em que estava, me surpreendendo inclusive!

Os magos se entreolharam confusos e avançaram contra minha posição. “Por que sempre tem que sobrar para mim?”, pensei com um desespero que faria Mestre Arsenal ter pena. Logo uma rosa vermelha disparada como um dardo atingiu a nuca de um mago matando-o, Antony aproveitara para se esgueirar para trás deles, e de lá aproveitou para chamar a atenção. O mago preparou outra magia, mas caiu na armadilha. Quando começou a recitar as palavras, não conseguia falar, nenhuma palavra sequer saía. Cheguei então à conclusão que aquela rosa na nuca do mago era uma rosa-dardo do silencio, que exala um aroma insensível por nós que é capaz de paralisar as cordas vocais. Ninguém, inclusive eu e o elfo seríamos capazes de falar nada ali, nem mesmo o mago que precisa recitar palavras mágicas para atacar. Desesperado, a ultima coisa que o mago viu foi o cabo da lança de Antony que o atingiu na testa e o fez desmaiar, o mesmo valeu para os guardas. Pronto, e assim derrotamos os 4 guardiões da dragoa.

A rosa se auto despetalou e em um minuto já éramos possibilitados de falar novamente, tempo em que aproveitei para ver se havia alguma magia ou armadilha na porta de pedra que levava para à câmara seguinte.

- Então? – Antony indagou.

- Uma magia de tranca arcana e uma armadilha mágica de coluna de chamas, mas a armadilha já foi gasta há tempos, alguém deve ter entrado e a desfez esquecendo de refazê-la! Devo salientar que acho que este atuante fora o suspeito comandante deste forte!

Antony pôs as mãos atrás da cabeça em gesto de impaciência.

- Bom, então vamos logo que temos uma dama a salvar!

- Deusa do conhecimento, conceda-me a benção de poder abrir os caminhos fechados que levam ao meu triunfo! – em seguida a frecha da porta brilhou, a runa mágica que trancava a porta se revelou e dissipou-se.

O elfo apoiou seu pé direito na porta e empurrou com toda a força, após um breve período de inércia, a porta de pedra rangeu e abriu revelando o interior de uma enorme e magnífica câmara subterrânea que emanava uma luz quase mágica de tanto ouro.



-Por Glórienn! – proferiu Antony assistindo a cena.

A gruta era enorme e bem antiga, feita com estalagmites e estalactites espalhadas aleatoriamente como a própria natureza de Allihanna faz. Por todo local que se olhasse havia em meio a pedras, buracos e poças de água, montes e mais montes de ouro, brilhantes, diamantes, pedras preciosas, lava - rubi purificado, além de obras legendárias como estatuas, armas de metal precioso, jóias etc., mas nenhum dragão.

Caminhamos um pouco e aproveitei para analisar o tesouro e encontrar algo que fosse uma armadilha, mas parecia haver nada, isto é, até que a praga de meu companheiro elfo sem noção e imprudente até o colarinho da armadura de Khalmyr, Antonywillians, subir impulsivamente no maior monte de ouro fazendo uma onda de moedas descerem causando um estrondo, que acordaria um surdo, e em seguida gritar beeeem mais alto:

- ZOOOOOOOOLK, ACHEI O PERGAMINHO E UM SABRE!!!!!!!!!!!!

Eh, devo salientar que o sabre era o que mais queria para matar aquele elfo, principalmente quando a montanha de tesouro começou a se mover depois que todas as moedas rolaram. Primeiro saíram enormes chifres, depois asas coriáceas, em seguida duas garras e sujei as calças quando a enorme dragoa ergueu-se em um rugido que tremeu toda a caverna enquanto faíscas saltavam de sua garganta.

- Vixi! Heh! Acho que acordei ela! Que coisa, não? - Antony comentou com o susto, mas não maior que o meu…


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