[Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

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Antonywillians
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[Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 18 Jan 2020, 23:12

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CRÔNICAS DE ANTONYWILLIANS
O IMPÉRIO DE SCKHARSHANTALLAS


Autor: Antonywillians

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SINOPSE


Zoolk, um halfling clérigo de Tanna-Toh, relata em primeira pessoa suas desventuras ao tentar escrever o melhor best-seller de Arton, tendo como protagonista o elfo swahbuckler Antonywillians. O fanfarrão impetuoso e impulsivo mais sem noção que já conhecera. Assim relata quando o espadachim vê-se imerso em uma confusão dentro de Sckharshantallas, desafiando o Rei Dragão Sckhar para salvar a pele de uma jovem e bela princesa noiva-sacrifício que seria oferecida ao tirano. Com muita ação, aventura e comédia, a história irá apresentar várias áreas de Sckharshantallas descrevendo-as, enquanto organizações secretas, intrigas e tramas de rebeldes desenrolam-se apenas causando mais problemas que somam-se aos que o elfo arruma naturalmente.

Este conto foi iniciado em 2003 e nunca foi terminado, agora retorno para que possa ser apreciado e criticado! Colocarei aos poucos os capítulos antigos e peço que sempre que lerem nos tragam críticas que possam nos ajudar a construir e melhorar as técnicas de escrita.



__________________________________
Editado pela última vez por Antonywillians em 28 Jan 2021, 04:29, em um total de 2 vezes.


ASS: ANTONYWILLIANS, O MAIOR ESPADACHIM DE ARTON


TÓPICO CENTRAL DOS CONTOS DE ANTONYWILLIANS

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PARTE 01: A LENDA DE NIATHALLASS

Mensagem por Antonywillians » 18 Jan 2020, 23:24

PARTE 1
A LENDA DE NIATHALLAS


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Sckharshantallas é conhecido como o Reino do Dragão das Chamas, seu regente máximo é o próprio Rei dragão Vermelho Sckhar. A psicologia dos dragões diz que eles não admitem outros em seu território, sendo uma raça possessiva e territoralista, mas neste caso, o regente aceita que todos ali vivam, contanto que se submetam a suas ordens e ao seu poder, como se tudo em seu grande reino fosse sua propriedade, inclusive a vida da população. Em seu Império enorme há alguns mini territórios feudais que foram dominados pela força real do dragão, um desses é o reino de Logus, conhecido durante a era em que os primeiros bárbaros dominaram o conhecimento sobre assuntos que envolvem dragões.

Neste momento, sobre uma colina na fronteira de Logus, repousava, observando o castelo ao longe, um jovem elfo e chapéu emplumado, longos cabelos verde-metálicos, capa esvoaçante e roupa brilhante. Seu nome era Antonywillians, um companheiro meu! Ah, sim, sou Zoolk, um halfling clérigo de Tanna-toh e acompanho o elfo espadachim em suas missões na esperança de que eu escreva a melhor dentre todas as lendas. Hoje vou contar-lhes neste livro, como Antonywillians criou fama no reino mais perigoso de Arton. Nas terras onde o próprio regente tirano é o rei dos dragões vermelhos.


Antony observava o longe, como se buscasse encontrar algo além da barreira de nosso plano. Devo salientar que penso que seja um olhar de um filho que busca o colo inalcançável de uma mãe que morreu ou ao menos foi para longe. O espadachim era alegre, destemido e puramente sem noção, mas mesmo assim, nas raras vezes que se sentia sozinho, entristecia, como se lembrasse coisas ruins, algo bem possível, afinal como muitos elfos que caminham pelo Reinado, ele era um dos poucos sobreviventes de Lenórienn, a cidade élfica que caiu e foi dominada por goblinoides.

– Senhor Willians, desculpe a pergunta... – interrompi os pensamentos dele para assim retirar a expressão séria dele, pois a resposta para minha pergunta eu já sabia – Mas... O que realmente viemos fazer no reino de Logus?

Antony sorriu, como se entendesse minha real intenção por trás da pergunta. Ele se levantou, bateu na roupa para tirar a poeira e sacou o sabre que vinha embainhado em seu cinto, erguendo-o em direção ao sol, soltando um brilho mágico que refletia a coragem e determinação daquele elfo.

- Heh! Glórienn me enviou um sonho. Ela deseja que eu salve a princesa daquele reino, antes que ela caia nas garras de Sckhar! – ele guardou o sabre e se virou para seu goblin escravo que dormia encostado em um tronco de árvore próximo, ao lado das bolsas com nossos equipamentos – Acorda logo seu imprestável! Vai se preparando para partirmos! – e deu um chute no goblin, ah sim, o nome do escravo é Henk!



Andamos um pouco pelo campo de relva amarelada. O clima neste reino era quente, uma influencia dos vários vulcões em atividade que ao longe era possível até vê-los soltando eternamente a cinza nuvem de fúria. À nossa frente estava uma grande cidadela construída na encosta de um deles, enorme e solitário em meio ao campo de relva, em seu topo a fumaça era liberada calmamente, diferente de um geralmente em fúria vermelho-cinzenta. A capital deste mini reino, Lasttela era um esplendor da arte anã de arquitetura, quando chegamos aos portões de entrada na cidade, ao pé da montanha podemos ver o trabalho minucioso com a pedra que fez a parede da muralha mesclar-se a terra da montanha e parecer refletir uma aura rubra.

- Por favor, identifiquem-se! – disse um guarda de armadura prateada com elmo em forma de cabeça de dragão.

- Sou Antonywillians, este ao meu lado é zoolk, e o goblin é meu escravo, Henk! – Antony realizou uma reverencia e deixou cair uma rosa aos pés do guarda – Sou um filho de Glórienn e vim descansar em vossa cidadela antes de retornar a minha jornada!

O guarda o observou, junto aos outros três, cada um com uma poderosa lança na mão que brilhava contra a forte luz do sol.

-Por favor, sejam bem vindos à Lasttela! – ele fez uma reverencia e ao bater com o cabo da arma no chão a grade do portão se abriu.

Antony agradeceu e começamos a adentrar a cidadela.

  

A cidade era algo que chegava perto do indescritível. Erguida por mãos anãs, o trabalho com a pedra era algo que faria qualquer arquiteto se emocionar com tal habilidade e talento, cada casa, templo, palácio, mansão e até tavernas sujas eram uma explosão de beleza. As pilastras, duras e firmes, pareciam vivas e até trajadas, a pedra que compunha a tudo era a mesma das torres e da parede da muralha. Cada casa tinha uma forma, e ainda que feita de uma pedra vermelha rústica, o rubro fazia um show de cores fortes no céu quando batia a luz do sol. Nas ruas haviam várias estatuas em homenagem aos anões que ergueram a cidade, e nada era menos contraditório que a própria população: em uma estimativa tinha uns 50% de humanos, uns 40% de elfos e uns 10% de anões. A moda da cidade era vestir túnicas leves (por causa do calor) vermelhas e com jóias. Todas as ruas eram bem vigiadas, com guardas como os do portão de entrada por todos os cantos que se olhava, mas o mais medonho de lindo era a grande fortaleza no extremo norte da cidade, próximo ao topo do vulcão, local onde vive o rei deste mini reino.

- Como é belo... Não é, senhor Antony?

- Devo alegar que realmente os anões fazem um bom trabalho! – ele sorriu – Heh! mas só tenho uma coisa a indagar sobre essa cidade...

- o que, senhor Willians?

- Cadê as mulheres... – ele fez cara de triste – só tem anão barbado e mulher casada!

- Ninguém merece... – disse vendo, calado, um grupo de jovens e belas elfas saindo de uma escola.

- Bem, vamos até uma taverna! – disse sorridente enquanto passávamos ao lado de uma fonte onde havia a estatua de um dragão marinho cuspindo uma rajada d’água.


Taverna Vulcão Prateado. Dentre as muitas belezas da cidade está esta taverna, na forma de um belo vulcão composto de paredes de prata pura, com seu interior cheio de mesas abarrotadas de gente falando alto e se divertindo, tudo envolta de um balcão no centro cercando vários grandes caldeirões (a fumaça sai pela abertura no topo, que parece uma cratera vulcânica).

Sentamo-nos em uma das poucas mesas vazias. Estou a reler o que escrevi até agora, Henk está fazendo os pedidos e Mestre Antony está em uma mesa cercada de mulheres que em alguns segundos irão esbofeteá-lo ou se apaixonarem por ele, como de costume...

- Bonjur, belas donzelas! Poderia fazer uma pergunta?

- Claro! – elas sorriram envergonhadamente.

- Qual de vocês é a princesa deste reino? Ou melhor, com tal beleza – disse olhando profundamente em seus decotes – qual de vocês é a deusa deste reino? – colocou uma rosa na mecha do cabelo de cada uma.

- Tee-hee! – uma delas, de pele morena sorriu – quéisso seu bobo, somos apenas filhas dos conselheiros da corte!

Logo um meio-orc alto se aproximou da mesa. Sua feição era severa e seus olhos desejavam punir o elfo inoportuno. Ele agarrou o braço de Antony.

- Deixe-as em paz, orelhudo!

Antony se livrou daquela mão verde.

- Ora ora um meio-orc... acho que devia ter sentido seu fedor!

O meio-orc estremeceu de raiva e sacou o machado. As meninas colocaram a mão na boca segurando um gritinho, até que a morena interveio e se pôs entre os dois.

- Por favor, sem brigas!

- Permita-me aniquilar esse monstro, milady! – disse Antony sacando o sabre e colocando uma rosa entre os dentes.

- Ele é nosso guarda-costas, senhor! – disse outra das meninas.

- Um meio-orc!? – o espadachim pareceu confuso.

- Sim, somos a oferenda ao nosso deus!

Antony realmente ficou confuso...

- Como assim? Ele é servo de algum cultista?

- Não, senhor! Nosso deus não é como o de vocês dos reinos mornos, nosso deus é – o olhar de cada menina ali brilhou e cada nativo na taverna ao ouvir nome fez uma mesura com a cabeça e colocou a mão no peito – o Rei Sckhar!

Antony arregalou os olhos.

- Portanto as deixe em paz! - disse o meio-orc.

- E vocês aceitam ser oferendas????

- Sim, é uma honra, só a princesa Niathallas que se recusa, mas ela será o inicio do tratado deste reino com a Capital Ghallatrix! Ai, ai... que inveja dela...

- Mas Sckhar é um maldito dragão tirano!!!!!

“Maldito” só as palavras dele naquele momento e lugar errado. Ignorando a comida que ainda seria servida, fechei o livro, corri até ele e puxei-o até a porta junto ao goblin, enquanto todos os guerreiros sacavam as armas e magos espiões o observava com ódio.

- Que loucura... – ele disse já a dois quarteirões dali.

- Que loucura mesmo, senhor Antony! Estas são as terras de Sckharshanttallas, o Rei dos Dragões Vermelhos, apesar de tirano é venerado, adorado e amado por todos aqui, e criticar ele ou seu governo nestas terras é pura burrice. Há espiões e guardas da grande Capital por toda parte!

Antony fechou o punho no sabre.

- Droga, isso me faz lembrar de Mitkov e os Yudenianos! Venha, Zoolk, temos uma princesa a salvar das garras de um dragão rei!



Que estas palavras fiquem gravadas em vossos corações e vossas mentes para provar o quanto Antonywillians é sem noção...

Enquanto andávamos pela cidade em direção ao castelo, chegamos a uma avenida principal cheia de lojas das mais variadas coisas. O movimento ali era grande, principalmente por que na praça principal estava um grande templo em honra a divindade do regente Dragão, todo feito de um de metal vermelho conhecido como Lava-Rubi (metal natural do reino similar a lava cristalizada), cheio de estatuas e gárgulas na forma de um dragão imenso do olho esquerdo com três cicatrizes. Antony cuspiu em escárnio ao olhar os clérigos do dragão entrando no templo. Nós fomos fazer umas compras: ração de viagem, amolar a lamina do sabre de Antony, tochas, umas poções de cura feitas por elementalistas das chamas, Sckharluziss (uma espécie de guloseima doce feita de uma fruta parecida com cacau, na forma de um dragão) e eu comprei uma das túnicas vermelhas, bem confortável devo dizer. Este é um de nossos mais prazerosos passa-tempos, gastar ouro de outras aventuras em mercados de coisas diferentes.

No final das compras seguimos para a praça, onde um grupo de pessoas se reunia envolta de um jovem bardo de roupas rubras como o magma que lhe encobriam todo o corpo, inclusive um chapéu vermelho de abas longas (cheguei achar estranho de tão grande que era) que entoava uma canção com sua guitarra vermelha que fazia todos dançar freneticamente. Eu fiquei a dançar junto a Henk, e Antony logo se enturmou com uma humana.

Após um bom tempo de diversão o bardo parou e começou a falar, numa voz chiante e sibilosa.

- Vou contar-lhesss uma história... Uma lenda antiga sssobre a princccesssa de Logusss! Sssaibam que esssta historia é sssecreta, e apenasss os bardosss essspecialissstassss e a corte sssabem!

Todos pararam para escutá-lo e sentaram na grama.

- Issto tudo eu desscobri desscendo até a parte mais profunda de uma catacumba nosss ssssubterrâneos desssta cidade! Contava nos hielogrifoss sssobre a era em que os bárbaross invadiram esssste reino, já dominado por Ssssckhar. O deusss dragão teria permitido que aqui resssidissem sse o venerassem, pagassem tributos e mulheresss. Asssim foi por muitoss anoss, até o sssurgimento do Rebelde Lassstimus Dragonfang, um grande guerreiro que odiava o Deus e sssse revoltou. Esste era apaixonado pela filha do líder da tribo, a Lady Arthelles, a qual foi entregue ao Rei Dragão como noiva-sssacrificio. Enraivecido, o jovem viajou pelo reino até o covil de Sssckhar e o desafiou para um combate em nome da mão da princesssa."

"Lutariam sssobre um vulcão, chamado pelos bárbaros de Morada das Chamas. O combate apesssar de tudo foi difícil, poisss o jovem lutava com todass asss forçasssss de sseu amor que queimava maiss que a lava daquela montanha de magma, e quando esstava para ser derrotado por um cone de fogo, a jovem princesssa Arthelles apareceu e o sssalvou-o se lançando sobre ele. Infelizzzmente elesss perderam o equilíbrio e caíram cratera adentro até falecerem os trêss, derretidosss por amor em meio a um magma de agonia. Dizzem que os trêsss nem sssentiram dor, poisss o amor os teria anestesiado em um terno beijo de ultimo ssusspiro de uma paixão eterna..."

- Perdão, senhor, você disse os três? – eu o interrompi sedento por informação, mesmo com o olhar de desaprovação de Antony.

- Sssim, jovem clérigo do conhecccimento! A princesssa Arthellesss, o guerreiro Lastimus Dragonfang e o bêbe que ela esssperava do próprio Sckhar! - todos arregalaram os olhos - Na fúria Ssssckhar resssolveu exxxterminar a tribo do jovem bárbaro, masss o líder e osss xamãss proporam um acordo... Apóss 300 anoss a princessa reencarnaria novamente e ssseria uma meio-dragoa, podendo lhe dar uma prole poderosssa e de sssangue puro, e asssim a tribo realizzzou um ritual de sssete dias e sssete noitesss! A princessa Niathallass nassceu exatamente 300 anos apósss aquele dia na cidade que fica encossstada na messma montanha de fogo em que os trêss morreram, sssssimplificando, foi nessste vulcão da capital de Logusss em que esstamosss que a Lady Arthelles morreu e nassceu a princesssa...

Ele sorriu com os rostos entusiasmados.

- E de acordo com ass essscriturasss, o esspírito de Lasstimuss Dragonfang retornaria junto ao dela para ressgatá-la mais uma vez das garrass do regente! Espero que tenham gossstado! Adeuss a todoss e que Tanna-toh esssteja com vossssco!

Então tocou uma nota no instrumento e uma grossa nuvem de fuligem o encobriu para logo se dissipar junto a presença do bardo.

As expressões eram de terror, excitação, entusiasmo e espanto com a saída do bardo. Antony ficou pensativo, assim como eu...

  

Assim que todos já haviam retornado a seus afazeres e voltavam a caminhar pela bela cidade, eu e Antony nos sentamos próximos a uma fonte, sob a sombra de uma árvore.

- Interessante a história do bardo! – ele comentou pegando um dos sckharluziss e comendo – Daria uma ótima aventura!

- Eu desconfio na veracidade desta estória! – eu disse enquanto escrevia este conto – Se ela é uma meio-dragão, o rei ou a rainha é um dragão e o próprio Sckhar rejeita dragões em seu reino!

- Mas parece que ela já nasceria meio-dragoa por um ritual!

- Sim, mestre Willians, mas ainda sim tenho minhas duvidas...



De repente trombetas tocaram ao longe, uma multidão de gente correu para a avenida deixando um caminho aberto, curiosos de natureza, eu, o espadachim e o goblin fomos ver o que acontecia.

Vindo da direção do castelo tinham vários cavaleiros montando Pseudodragões (criaturas similares a dragões, mas sem inteligência, sem fala, magia e tamanho colossal), e aquelas damas da taverna, cercando um Besour (um besouro enorme e manso que é encontrado como montaria em varias partes do reino) que trazia em suas costas uma tenda de seda rósea onde se encontrava uma dama sob panos e véus luxuosos que acenava a todos. Antonywillians ficou estático, como de costume, claro... Ela realmente parecia ser linda, mesmo com aquelas vestes todas. Enquanto ela passava, a cidade vibrava e bradava vivas a ela.

- Esta deve ser a princesa prometida Niathallass da qual o bardo falava em sua história! – eu disse sem poder conter meus conhecimentos e idéias, e não deu outra, logo a multidão começou a bradar seu nome.

- Heh! A prometida, pela lenda, à Sckhar... – disse Antony.

- Nem pense em corteja-la, meu caro, digamos que o marido dela é meio poderoso e possessivo! Hohoho! – eu ri junto ao espadachim.

Logo os céus da cidade começaram a chamuscar com tiros de fogos de artifícios que estouravam em varias cores e formatos, nossos corações pareciam pular de felicidade e serpentinas com confetes caiam dos céus. Envolta do Besour se reuniram quatro bardos que formaram uma banda estupenda com tambores e trombetas que começaram a entoar um hino, o hino de Skharshanttallas. Em resposta eu vi que todos da cidade entravam em posição de continência, era algo que via apenas em reinos muito ufanistas, como o que vi, quando eu fui com o senhor willians para Yuden.

Tudo parecia perfeito, mas então... um dos fogos de artifício não subiu e caiu sobre um dos guardas que entrou em labaredas junto à bandeira do reino que possuía a imagem de sckhar.

- Protejam a Princesa! É uma emboscada!!!!!! – gritou um guarda enquanto a multidão entrava em pânico e vários pés e pernas começaram a me empurrar para longe.

Antony me pegou e colocou em seu colo (cena deploravelmente vergonhosa devo alegar...) e conseguimos escapar da confusão aparecendo na área vazia aonde passava a princesa e os guardas. As filhas dos conselheiros, prometidas para o harém de Sckhar pareciam ter se misturado a multidão e se escondido de pavor.



Cinco guardas altamente armados estavam cercando o Besouro assustado, os bardos haviam fugido e Antonywillians sacou o sabre. O espadachim correu até eles e lançou uma rosa no ar que chamou a atenção dos guardas (um impulso nem um pouco sadio). Vendo a aproximação do estranho apontaram suas armas para ele.

- Sou Antonywillians, um dos Maiores Espadachins do Reinado e desejo ajuda-los!

- Parado aí... – eles ordenaram até que de súbito veio o grito da princesa.

Assim que olharam para cima do besouro gigante, havia um homem de trajes verdes, com longos cabelos ruivos e uma mascara sem rosto que agarrava os braços da princesa que tentava resistir.

- Socorro!!!

- Vem comigo, sua idiota! – disse o homem que percebeu os guardas os olhando – Sszzéss!

Logo se aproximaram três homens que estavam escondidos em becos. Seus corpos eram escondidos por mantos, incluía um pequeno como eu, um grande e robusto com chifres saindo do capuz, provavelmente um minotauro, e um de tamanho normal com um cabo de couro na mão o qual com um movimento liberou uma corda famejante. Eu fiquei assustado com o chicote mágico de chamas, se acertasse alguém devia doer...

Os guardas tentaram subir no besour, mas o homem do chicote os impediu açoitando um que caiu ao chão gritando pois o chicote atravessara sua armadura e queimara sua pele. Antony não se conteve e com um impulso deu uma cambalhota aérea e caiu de pé sobre o monstro. Colocou um pé sobre o trono onde a princesa se sentara, ajeitou o chapéu emplumado com um dedo e apontou a lamina do sabre para a cara do sujeito seqüestrador. Sua capa esvoaçava num efeito heróico incrível.

- Liberte-a e permito tua fuga com vida!

- Nunca!

Em resposta Antony saltou sobre ele descendo a lamina que foi aparada pelo açoite do chicote de fogo que a prendeu e quebrou na metade. Assustado caiu lá de cima sobre mim, que tentei fugir sem chance... O seqüestrador segurou a princesa firmemente e uma luz de teletrasporte o envolveu sumindo em um clarão flamejante, os capangas fugiram para os becos e a guarda (os dois que continuaram conscientes) não os alcançaram. O Besour assustado irrompeu pelas ruas em alta velocidade. Antony permanecia inconsciente por bater com a cabeça no chão. Hunf! E adivinha quem teve que arrastá-lo até a estalagem mais próxima... Sorte que tínhamos o Henk!



*Sim, sei que a foto é referente a Savannah de Holy Avenger, mas o semblante não é claro e o chapéu emplumado deixa bastante a marca do elfo espadachim.

**Com o tempo irei buscar revisar todo esses capítulos e renová-los, afinal tinha uns 12 anos quando comecei a escrever, e já se passaram quase 20 anos hahah Aproveitem
Editado pela última vez por Antonywillians em 21 Jan 2020, 21:13, em um total de 1 vez.


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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 21 Jan 2020, 21:13

PARTE 2
O ESPADACHIM DA LÍNGUA CHAMUSCANTE


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Os raios de sol já falhavam no véu azulado do crepúsculo do lado de fora da Estalagem do Magma quando eu vi Antony abrir os olhos após ter desmaiado o dia inteiro.

- o que houve?

- Nada demais, só você que caiu de uns 2 metros bateu com a cabeça no chão e chamei uma noviça do culto de Lena na cidade para te curar...

- E a princesa? – deu um pulo da cama, sentiu tontura e caiu de volta.

- Foi raptada!

- E a clériga? Cadê?

Eu o observei com seriedade, mas não pude agüentar e cai na gargalhada com ele. O espadachim elfo não tinha jeito, mesmo com a cuca quebrada continuava mulherengo...

Antony se levantou (lentamente dessa vez), colocou sua capa, ajeitou o chapéu e deu uma conferida final no espelho. O goblin Henk, caído em um sono profundo, foi acordado de súbito com um golpe da bota do senhor elfo e começou a recolher as sacolas onde estavam nossa bagagem de viagem.

- Bora trabalhar, seu energúmeno!

...

- Para onde iremos senhor Willians? – eu perguntei temendo a resposta.
Fez-se um tempo de silencio no qual ele permaneceu pensativo...

- Vou procurar um ferreiro e comprar um sabre novo, depois vejo na milícia se vão me contratar pra caçá-los!

- E se não quiserem?

- Ae faço por esporte e vou atrás dos malditos pra me vingar da humilhação! Sem contar a chance de uma nova boa aventura! – ele ergueu o sabre sobre a cabeça.

- Esse é o Antonywillians que eu conheço! – então ele perdeu o equilíbrio, ficou tonto e desabou no chão aonde começou a roncar – Sem duvidas... É o que conheço!

...

Assim que descemos do segundo andar para a taverna, que no caso estava vazia, encontramos três guardas da cidade falando com o taverneiro que parecia nervoso.

- Algum problema senhores? – Antony indagou.

Os guardas se voltaram para ele e se espantaram.

- É você que estava durante o ataque dos rebeldes? – um deles perguntou de súbito.

- Sim, sim... mas... – ele começou.

Os guardas sacaram as armas com uma agilidade incrível e realizaram um golpe que as laminas pararam ao lado de seu rosto, então apoiaram-nas em seus ombros.

- Por favor, senhor, queira nos acompanhar!

- T-tudo bem!

Dali fomos, levados por mais três guardas que esperavam do lado de fora, por toda cidade até subir a encostada montanha em direção ao castelo. Uma esplendorosa fortaleza habilmente trabalhada em lava-rubi com muitas torres e gárgulas na forma de dragões, ao aproximarmo-nos, os portões foram abertos e chegamos a um belo jardim de arbustos cristalizados, grama seca e rochas que há muito suportaram o magma da montanha. Entrando, seus grandes salões possuíam mais estatuas de lava-rubi e tapeçarias representando formas dragoninas. Os guardas nos levaram até a sala do trono aonde o rei Logus XI se encontrava observando-os. Era um homem velho, magrelo, calvo, narigudo e de olhar amedrontador que segurava um cajado feito do mesmo material que é o palácio. Antonywillians e eu nos ajoelhamos em reverencia.

- Fui avisado pela guarda que estavam no local em que ocorria o seqüestro... – a voz do homem era poderosa, e eu reparei que a orelha dele era pontuda, porém pequena, era um meio-elfo.

- Sim, majestade! – disse Antony sem encará-lo.

- Pois então vou considerá-los culpados pelo seqüestro até segunda ordem! – disse o rei.

Antony levantou-se indignado.

- Com que acusação?

- Desviar a atenção dos guardas e cumplicidade com o crime!
Eu fiquei indignado dessa vez.

- Ou será medo que você seja o culpado e Sckhar queira sua cabeça? – acho que falei demais nessa hora.

- prendam-nos! – o rei ordenou.

Antony ameaçou correr. Os guardas sacaram suas armas e correram pra cima dele (eu sai de fininho até a porta – é bom ser pequeno de vez em quando...). Antony correu pra cima deles e sacando seu...

- Aff! Cadê meu sabre???

Éh, o sabre foi quebrado ao meio lembra?

O elfo correu desarmado até eles e antes das laminas acertarem-no, se jogou ao chão surpreendendo-os e fazendo-os tropeçar em seu corpo. Então em um salto se levantou e pegou a espada de um. Três vieram por trás a tempo de eu avisar e ele se defender dos golpes. Com um sorriso, lançou uma rosa no ar que distraiu os guardas que pensaram que fosse alguma magia, quando procuraram por ele, Antonywillians havia colocado a espada no pescoço do rei, e sorria.

- Vocês descobriram! Eu sou o líder dos revoltosos e a princesa será minha! HAHAHAHAHAHAHAH! – a cena dele fingindo ser mal faria Mestre Arsenal rolar de rir – Abram espaço!

Os guardas, receosos, abriram caminho e jogaram suas armas ao chão, eu e Henk pegamos cada uma e fomos puxando. Antony veio andando com o rei preso em seus braços e com a lamina no pescoço. Descemos as escadarias, passamos pelos vários salões aonde todos gritavam e guardas rugiam sem poder fazer nada, nisso, uma gota de má intuição me atingiu...

Enfim chegamos aos jardins do palácio, e meu mal pressentimento se concretizou quando vimos cinco guardas montando cinco pseudo-dragões vermelhos que nos olhavam famintos.

- Solte-me e irá em paz para a cadeia! – disse o rei entre os dentes.
Antony bufou e o soltou.

- Certo, vocês venceram! – colocou uma rosa por entre o cabelo grisalho que cercava a cabeça calva do rei, me agarrou (tive que soltar as armas pra segurar o Henk), e começamos a correr pelo jardim desesperadamente – Corram por suas vidas!!!!!!!! – ele gritava como que se divertindo com aquilo tudo.

Os dragões vermelhos alçaram vôo ao comando de seus cavaleiros e começaram a rugir. Houve sons como que o ar sendo sugado para então vir labaredas devorando tudo em nossa direção. Corríamos como nunca, pelos jardins, passando pelas fontes, arbustos cristalizados e cercas vivas, e logo ia restando apenas a murada baixa com ameias e depois uma queda de uns 20 metros até a cidade lá embaixo, na encosta da montanha.

- Tive uma idéia! – disse Antony pegando Henk e lançando ele de sobre a murada... O coitado gritou enquanto caía.

O Senhor Willians então me segurou (entrei em desespero) e sem qualquer receio se lançou da murada........... nós caía-mos.
- Uhu! Queda livre! – incrivelmente ele estava se divertindo... Ele então mexeu na cintura, enquanto caía-mos e sua capa esvoaçava pra cima como se quisesse voltar (eu queria...).

- Ih, meu plano era diminuir a velocidade da queda com o sabre... – ele gritou pra mim.

Eh... o sabre tava quabrado lembra?

- Bom vou inventar algo! – ele disse, incrivelmente, calmo.

Eu chorava e borrava minhas vestes intimas. Os dragões desceram num rasante sobre nós.

- A gente vai morrer!!!!!!!!!!! – eu gritei no momento que um abriu a boca para soltar labaredas.

Sucção de ar e enfim as chamas crepitaram em nossa direção. Antony pegou agilmente uma rosa, amarrou uma corda que havia-mos comprado alguns dias, girou-a como uma boloadeira e a lançou. A rosa prendeu na parede da muralha do castelo e saímos do caminho das chamas. Eu já passei por vários casos em que uma simples rosa nos salvou e era inacreditável a resistência e força das rosas que Antony carregava consigo, ele me contou que é uma técnica de um clã élfico de Lenorienn, ao qual pertenceu sua família. Mas os dragões se apoximavam.

- Zoolk, vá e me encontre na cidade em frente ao templo de Sckhar! Esteja sempre observando o céu! – e ele me lançou longe deixando uma rosa no meu colarinho, quando a peguei, ela, apesar de pequena, fez meu peso e o dela ser de uma pluma, assim cheguei ao chão como que carregado por um para-quedas goblin. Ao meu lado estava Henk ferido pela queda, porém vivo: abençoada seja a resistência desses goblins.
Junto ao goblinóide corri para a cidade (felizmente ele ainda carregava duas espadas).

...

Antony sorriu para os dragões que rugiam. Preso ainda à parede pela rosa-arpéu deu um impulso e soltou a corda, mas antes de cair, pegou outra flor-arpéu a qual girou e lançou, prendendo-a entre as escamas de um dos pseudo-dragões. Fazendo como um cipó, se lançou sobre outro que passou do seu lado, no exato momento que um dos monstros cortou a corda com os dentes. O elfo deu um tapa no elmo do cavaleiro que perdeu o equilíbrio e caiu. Tentou controlar o monstro pelas rédeas.

- Heh! Como se controla isso?

O dragão começou a se debater e cuspir chamas acertando seus companheiros, então Antony saltou das costas deste para segurar as garras de um que passou por cima para se desviar do bafo de fogo. Eu na cidade via a luta acontecendo nos céus e nem queira saber do estado dos guardas que caíam!

Enfim Antony se soltou novamente e caindo comeu uma das Sckharluziss sem que vissem e bebeu um pouco de vinho, a reação resultou num líquido inflamável com o ar, com um sopro saiu uma pequena rajada de fogo que assustou os guardas que recearam.

- Ele é um dragão disfarçado!!!!! – gritaram na cidade e entre os guardas, eu só ria junto a Henk.

Antonywillians então lançou outra rosa-arpéu e atingiu um outro dragão o qual com um impulso subiu em suas costas em um balanço. Com um soco fez o controlador desmaiar (e sua mão inchar mais tarde), pegou as rédeas do animal. Um outro (e último) guarda desceu sobre as costas desse dragão e encarou Antony que fingiu sugar o ar como os dragões e comeu outra das frutas apimentadas lançando mais labaredas que fez arder os olhos do guarda. Com um golpe Antony o derrubou. Em maestria, finalmente controlou o monstro e alçou vôo controlado. Vôou até a murada do jardim (molhando mais ainda a boca com vinho) aonde o rei assistia, espantado, a tudo e comendo outra fruta cuspiu chamas junto ao dragão numa pose em pleno ar digna de um herói. Sua capa esvoaçava violentamente e seus olhos estavam vermelhos (um efeito após comer três Sckharluziss).

- Nós temos a esposa de Sckhar!!!!!! Nem ele pode conosco!!!!! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Em seguida fez o dragão descer em um rasante até a cidade, aonde pousou em meio à praça, guardas fizeram menção em atacá-lo, mas recearam.

- Nem ousem me atacar! Sou Antonywillians, O Maior Espadachim Dragão de Arton!

Eu me juntei a ele e Henk também, em seguida o pseudo-dragão domesticado alçou vôo em direção às nuvens vermelhas e saímos da cidade deixando todos com cara de trouxa.

- É o Espadachim da Língua Chamuscante! – O rei sussurrou impressionado – Mandem os caçadores de dragão e uma carta ao regente! Sckhar vai amar saber da invasão de outro dragão em seu território!

Enfim os arregalados olhos do rei se estreitaram em uma idéia profana.



______ Ao ler, por favor comente ______


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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Richardsl » 22 Jan 2020, 12:38

Cuide que, em alguns trechos, há mistura de tempos verbais (preente e passado) e a escrita em forma de diário, em primeira pessoa, não me agradou. Eu sugiro escrever tudo no pretérito e em terceira pessoa.

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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Neveck » 22 Jan 2020, 20:44

acho excelente seus contos, já conhecia do antigo fórum, fiz até um personagem inspirado no Antonywillians

ansioso para descobrir como termina a aventura do elfo mais sem noção de arton

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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 22 Jan 2020, 21:09

Neveck escreveu:
22 Jan 2020, 20:44
acho excelente seus contos, já conhecia do antigo fórum, fiz até um personagem inspirado no Antonywillians

ansioso para descobrir como termina a aventura do elfo mais sem noção de arton

Agradeço o elogio, Neveck, meu projeto é justamente terminar esse romance, o Em Busca de Lenora e o Nas Trilhas de Hughes, por vezes escrevendo alguns contos aqui e ali. Estou tentando desenferrujar, estava fora desse Fórum desde 2015.

Richardsl escreveu:
22 Jan 2020, 12:38
Cuide que, em alguns trechos, há mistura de tempos verbais (presente e passado) e a escrita em forma de diário, em primeira pessoa, não me agradou. Eu sugiro escrever tudo no pretérito e em terceira pessoa.

Agradeço também caro Richardsl, postei no grosso esse conto assim como tinha sido escrito na época justamente para poder revisar junto aos interessados em ler. Farei as devidas revisões. Sobre a escrita em primeira pessoa não é em si em forma de diário, mas de relato (não tendo datação etc que aproximaria de fato de uma crônica rs), na época eu comecei a escrever nesse formato para testar o estilo. Agradeço as críticas e indicações.

---------------------------

A ambos
Agradeço as críticas, elogios e indicações que são muito importantes para o desenvolvimento de minha técnica. Este romance já tem 10 capítulos escritos que publicarei aqui (sendo que alguns capítulos devo alterar totalmente pois minha maturidade de escrita exige. Por mesmo motivo não postarei neste Fórum o A Queda de Lenórienn, pois aquela forma de narrativa já não tem mais nada haver comigo, preferindo reescrever).

Espero que continue divertida e proveitosa a leitura!


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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por valberto » 01 Fev 2020, 09:27

A narração é competente, o texto empolga em alguns momentos e os personagens tem lá o seu charme, mas a história nao engatou. Pelo emnos não para mim. Sei lá... ficou com uma impressão de "tem que ter mais coisa aqui", como se fosse uma coisa sub aproveitada. Não sei explicar direito.

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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 01 Fev 2020, 23:49

valberto escreveu:
01 Fev 2020, 09:27
A narração é competente, o texto empolga em alguns momentos e os personagens tem lá o seu charme, mas a história nao engatou. Pelo emnos não para mim. Sei lá... ficou com uma impressão de "tem que ter mais coisa aqui", como se fosse uma coisa sub aproveitada. Não sei explicar direito.
Agradeço a crítica. Concordo com o ponto, nos meus 13 anos quando comecei a escrever eu não fiz (nem sabia fazer) muito esforço para o desenrolar dessa trama e melhorar o conteúdo do cenário deixando a desejar para fazer mais uma apresentação da personagem, hoje em dia pensei até em alterar o início dessa história, mas achei conveniente manter a escrita da época e só realmente mexer a partir do caítulo 10 que é onde a deixei parada. Espero poder agradar mais com o desenrolar da trama.

A crítica de vocês é o combustível de minha motivação! Segue abaixo novo capítulo


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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 02 Fev 2020, 00:06

PARTE 3
O PRÍNCIPE BASTARDO


Já estávamos longe quando olhei para trás. Voávamos por entre as nuvens do entardecer. Cada vez mais a montanha sumia no distante horizonte aonde o rei devia estar bradando horrores aos nossos nomes. Alçávamos vôo cada vez mais alto e mais rápido, até que uma bruta vertigem me atingiu quando olhei para baixo. Antony se divertia muito sobre o pseudo-dragão que nos obedecia fielmente. Achei estranho, mas devo alegar que não seria momento próprio pra falar-lhe.

Logo o alaranjado celeste trouxe os primeiros ventos quentes do crepúsculo em Sckharshanttallas. Primeiro as nuvens se condensaram fazendo-nos descer do vôo, depois começou a escurecer e tive que interromper a felicidade do elfo.

- Senhor Willians, perceba que já é o momento de acamparmos! Logo anoitecerá e precisamos descansar depois desse dia agitado!

O próprio Henk já estava debruçado nas minhas costas roncando alto.

- OK! Pra baixo, dragão!

Acampamos em uma bela planície de pura relva avermelhada pela aridez do Reino. A noite era belíssima, Tenebra devia ter trabalhado muito por aquilo, o próprio frio do anoitecer era uma benção naquele dia quente. Eu estava perto de uma fogueira adiantando este conto, enquanto Antony estava descansando ao lado do pseudo-dragão que olhava Henk que por sua vez, arrumava a bolsa de viagem do espadachim.

Enfim me aproximei do pseudo-dragão e fiquei observando-o. Ele era belo, muito diferente de qualquer um que já vi, na verdade mais parecia um dragão... Seu olhar parecia até mesmo demonstrar inteligência e sarcasmo.

- Pare de me acariciar! – ele rugiu quando o fiz em suas escamas... dei um pulo com o susto.

- V-você fala?

- Não!

- Mas está falando! – retruquei.

- Não to... – então ele ficou quieto e me encarando.

Fiquei observando-o.

- Você não é um pseudo-dragão, não é?

Fez-se breve silencio.

- Não... Sou um dragão de verdade! – ele respondeu de mau gosto com sua voz rouca e chiada.

- sabia! – sorri em triunfo – Mas por que você se disfarçou?

- Seu amigo é um dragão não é? Bem, eu preciso da ajuda dele!

Uma sombra nos encobriu.

- Serio? – era Antonywillians – O que o pseudo-dragão ta faland... ELE TÁ FALANDO??????????

- Ele não é um pseudo, mas um dragão de verdade! E pelo tamanho deve ser criança ainda! – eu disse.

- Olha quem você chama de criança, pequeno! – o dragão me respondeu nervoso.

Antony desabou no chão, sentado.

- Heh! Quem imaginaria, um dragão no grupo!

- Como assim? UM dragão? – o monstro se surpreendeu – Não seriam DOIS contando com você?

- Eu? Heh! Já disseram que tenho a bravura de um, mas nunca que eu era!

O dragão arregalou os olhos e se ergueu.

- E... o que foi aquilo que você fez???

- Ah, lá no palácio? – ele sorriu pegando uma taça com vinho e uma sckharluziss, misturanto-os na boca e cuspindo para a demonstração das labaredas – Isso? Uma reação que um cuspidor de fogo de um grupo circense me ensinou anos atrás em um reino longínquo, inclusive eles tinham uma charmosa acrob...

O dragão rugiu em ira.

- Droga, então só perdi meu tempo com um impostor? Aaargh! Estou perdido então!

Arqueou as asas se preparando para sair voando, mas Antony o interrompeu.

- Espere! Como assim perdido? Precisava de outro dragão para que?

- Hunf! Você não teria poder suficiente para tal, elfo...

- Heh! Sério? Você diz isso mesmo depois de eu escapar de um palácio cheio de guardas com armas mágicas e sobreviver a uma queda de uns vinte metros com pseudo-dragões cuspindo iras flamejantes na minha cola!?

O dragão pareceu ponderar.

- Aaah! Que seja, por mais fraco que você pareça não tenho outra escolha mesmo!

Ele disse se apoiando nas garras traseiras para se sentar como um majestoso cão se sentaria. Não devo deixar de anotar que aquilo mostra que dragões são arrogantes, orgulhosos e majestosos desde pequenos!

- Como devem saber, Sckhar se recusa a aceitar outros dragões em seu reino, a não ser que se rebaixem a sua tirania e poder servindo-o humilhantemente! – ao dizer isso eu evitei comentar qualquer coisa zelando pelo raciocínio dele, apenas afirmei com a cabeça – Minha mãe veio das Montanhas Sanguinárias a leste do Reino. Ela vinha por dois motivos... os monstros falavam algo sobre uma estranha nuvem vermelha com criaturas que não pertenciam a Megalokk lá e que surgira massacrando boa parte de monstros bem poderosos, o segundo motivo era que ela desejava encontrar um marido mais forte e esperto que os revolucionários das Sanguinárias… - tive que interrompê-lo.

- Dragões revolucionários? Como assim?

Ele olhou surpreso.

- Ah, o reino dos mamíferos frágeis não sabe ainda, certo? O sumo-sacerdote de Megalokk, Dislik, está criando uma revolução nas Sanguinárias! Ele deseja ir contra os deuses que barraram os monstros nas montanhas e vir ao mundo dos fracos destruí-los e assim dominar todo o território que vocês tomaram depois que houve o Expurgo dos Monstros! – Antony estava entendendo mais nada – Enfim, minha mãe não sabia que iria encontrar logo um reino do próprio Sckhar, o Rei de nós, dragões vermelhos. Ele a ofereceu viver nestas terras em troca de vassalagem, servidão perpetua e... - dragão fechou os olhos como se as palavras lhe doessem – entrasse para seu harém! Ela teve um filho com o Rei dragão, que sou eu, Príncipe Dranarios! – eu e Antony arregalamos os olhos com as emoções confusas pela revelação – Mas minha mãe me escondeu dele! Sckhar tem muitos principezinhos já, e todos servem a suas intrigas políticas, os que não servem são mortos por inutilidade, e minha mãe não desejava isso. Enfim veio a tal profecia, e Sckhar enviou mamãe para um reino humano, Logus, para ser a barriga que traria sua princesa prometida há 300 anos! Niathallas, de acordo com ele é a princesa prevista!

Minhas engenhocas mentais começaram a movimentar-se e tive que falar:

- Então sua mãe fez amor com o rei Logus, assim criaria uma cria meio-dragoa com sangue da tribo que fez o ritual! – ele corou com minhas palavras – E no caso essa cria seria a Niathallas! Isso explica tudo, Senhor Willians, tanto por que uma dragoa seria aceita no reino e como a princesa poderia ser meio-dragoa!

- Sim... Mas continue, Príncipe! Para que precisa de nosso reforço? – Antony estava interessado mais na nova aventura.

- Não me chame assim! – o dragão rugiu arrogante – Eu odeio ser lembrado que tenho ligação com aquele tirano maldito! Mas o que preciso de ajuda é no seguinte... O rei Logus XI descobriu que sou o príncipe filho de Sckhar com a mulher que o Rei Dragão lhe ofereceu para nascer a princesa prometida! Então subornou-a! Hoje ela serve como mais uma de seu harém e vive presa numa caverna aqui perto guardando o tesouro real! Eu, pensando que tinha o poder de um dragão iria perdir-lhe ajuda para resgatá-la...

- Ué, mesmo que seja um dragão! Uma dama em perigo sempre merecerá minha ajuda! – disse o espadachim elfo erguendo o sabre em direção a lua com confiança.

- Mas ela permanece dominada por magia! Em troca disso tudo eu poderia viver no palácio servindo militarmente o rei junto aos pseudo-dragões e assim estaria escondido de Sckhar!

- Mas por que ela estaria longe da capital? O tesouro não deveria estar, nem que fosse, nas masmorras do palácio? – eu indaguei sentindo algo errado na historia.

- Naturalmente, pequenino, mas o tesouro real possui um pergaminho antigo e proibido que Sckhar confiou ao rei! O pergaminho do Suplicio Draconiano, a única arma capaz de matar o Deus Dragão Rei!

Meus olhos brilharam, a partir dali não cansaria de procurar o pergaminho até lê-lo todo! Antony sorriu com uma idéia que apareceu e ofereceu uma rosa vermelha como trato.

- Certo, aceitarei a aventura! Mas pedirei algo em troca!

Dranarios cuspiu uma saliva chamuscante na rosa que entrou em combustão.

- Esqueci que vocês têm essa mania de pedir coisas em troca de ajuda! O que seria elfo? Eu tenho nada, só sede de vingança!

- Bom, após salvar sua mãe... você deve me prometer ajudar a resgatar a princesa raptada por rebeldes e encontrar esse tal Suplinco Draconinio!

- Se fala Suplicio Draconiano, Senhor Antony! – corrigi-o.

- Então, esse mesmo! O Siplinco Dracaninio!

O dragão assentiu com a cabeça reptlinea.

- Tens minha palavra elfo! Se sobreviver lhe ajudarei!

Eu sorri de alegria. Agora haveria mais um bom capitulo de aventuras para este livro que estou a escrever e junto teria o pergaminho para ler! E o melhor, quando um dragão, mesmo os malignos, dão suas palavras estes têm orgulho de zelar e concretizá-las em nome da honra dragônica!

Editado pela última vez por Antonywillians em 22 Fev 2020, 12:06, em um total de 1 vez.


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Re: [Romance] Crônicas de Antonywillians: O Império de Sckharshantallas

Mensagem por Antonywillians » 02 Fev 2020, 00:31

PARTE 4
A FRUSTRAÇÃO DO TIRANO


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Enquanto estávamos em viajem, há algumas semanas dali, no extremo norte do Reino de Sckharshantallas, mais especificamente na capital os nossos problemas iam começar a piorar.

O Reino inteiro venera e se submete a tirania do mais poderoso dragão vivo conhecido, Sckhar. Por seu magnífico poder uns o temem e outros chegam a venerá-lo como um Deus Menor. Não é incomum durante várias viagens pelo reino, encontrar mesmo nas mais afastadas vilas ao menos um templo ao Deus Rei dos Dragões Vermelhos ou um monumento ao mais poderoso regente de todo o Reinado. Entretanto, nunca em qualquer lugar que seja se encontrará algo tão esplendido como o Palácio Shindarallur, morada principal do Rei Dragão e a maior de todas as suas (existem vários castelos e palácios dele espalhados pelo Reino). De proporções quase megalomaníacas, o imenso castelo abriga o regente, seu séquito, toda a guarda da elite e as principais maquinas de combate do reino. Na torre mais alta há uma sacada que pode ser vista de boa parte da cidade, onde o dragão costuma fazer seus pronunciamentos. No topo desta enorme torre, há um espaço onde Sckhar pode aparecer em sua forma de dragão. Porem isso só acontece em casos muito extremos, pois é tão grande que pode, literalmente, matar de medo qualquer pessoa que o vise em seu tamanho normal.

Em Shindarallur há vários aposentos, milhares até, chegando a ter pelo menos cinco salas do trono. E, neste dia, em uma delas estava o dragão-rei reunido com seus súditos. O saguão era uma câmara tão grande que permitia o Rei assumir a sua forma de dragão, mas ainda em tamanho moderado, suficiente para parar o coração de um invasor com sua aparência aterradora ou para queimar um infeliz com seu sopro de chamas que ardia até os ossos, às vezes deixando nem mesmo cinzas. Era iluminada a noite por centenas de castiçais que acendiam magicamente quando tocados pela escuridão, mas pela manha era esclarecida pela forte luz do sol que refletia em escudos de coloração avermelhada que ficavam ornamentando as paredes de pedra junto a pinturas que representavam o rosto de Sckhar ou demais dragões vermelhos, e havia uma tapeçaria com a forma de uma estranha e desconhecida dragoa branca que quando o regente é indagado sobre quem seria, queima o desgraçado até a alma. Mas só quando está de bom humor...



Ainda havia um confortável carpete vermelho-rubi encobrindo todo o chão, que um perito reconheceria como feito de couro de dragão (provavelmente um caçado nos domínios do reino), no teto haviam toldos de cores fortes junto a estandartes trazendo o símbolo do Reino, um dragão vermelho de asas abertas. Sob tudo isso estava Sckhar, em sua forma alternativa de elfo, sentado em um magnífico trono de bronze com entalhes feitos de lava-rubi, a sua frente estava parte da corte formada por meio-dragões filhos seus, centenas de guardas treinados em combate especialmente contra dragões e haviam três elfas de seu harém, com mínimas roupas acariciando, desejosas, o corpo do regente. Apesar do já costumeiro calor do reino, a câmara estava abafada e o bafo era tão intenso que parecia a qualquer minuto tudo ali pudesse derreter. Fenômeno graças a influencia corporal mágica da presença de Sckhar.

O Rei dragão, para evitar a morte de seus súditos, assumia a forma de um elfo de cabelos ruivos intenso, com o típico porte altivo élfico. Naquele dia usava uma vestimenta luxuosa de cores quentes, como vermelho e dourado, lembrando muito os trajes dos gênios das histórias trazidas por mercadores dos distantes desertos. Sckhar poderia ser confundido com um nobre elfo refugiado de Lenórienn, não fosse um traço particular – facilmente notável, mas muito pouco comentado por questões de sobrevivência –, três cicatrizes verticais alinhadas que atravessam o espaço onde está seu olho esquerdo cego, como se fosse marca de garras, algo que odeia exibir, mas também se recusa a tampar com panos ou usar seus poderes para restaurar o olho e as cicatrizes, como se fosse mais que uma marca, e sim uma lembrança antiga e importante. Assim apenas joga uma franja por cima para disfarçar.

Sckhar estava pensando alto naquela manhã ensolarada. Sorria constantemente como se tivesse triunfado sobre um desafio de muito tempo.

- HAHAHAHAHAHAH! Trezentos anos aguardando… Até que passou rápido! – disse acariciando sedutoramente o rosto de uma das elfas que mordiscavam seu pescoço sem se envergonhar com tantos olhares sobre elas – Hah! Enfim a princesa prometida será minha! FAREI UMA GRANDE FESTA! – disse altivamente se levantando do trono impulsivamente e derrubando as três esposas violentamente no chão – Já sei! Será logo após o festival do Sckharal! Casarei-me logo depois da execução dos prisioneiros! – rindo orgulhoso enquanto as elfas deslizavam por seu corpo – Aproveitarei já que não temos tido mais criminosos merecedores de destaque neste reino! Afinal, parece que esses malditos aventureiros aprenderam a ficar fora de meus assuntos e se submeterem ao meu poder! – jogando o longo cabelo ruivo para trás em pose vaidosa – IDIOTAS! Quem se meteria logo com o Rei dos Dragões Vermelhos, que é o mais poderoso dos dragões-reis e Deus de todo um reino? HAHAHAHAHAHAH!

Ah, sim. Permita-me explicar o que seria essa tal festa… Na capital de Sckharshantallas são apresentadas vias grandes e largas aonde é realizado o grande festival conhecido como Sckharal, um dos mais belos e ufanistamente nacionalistas de Arton. São sete dias de festividades que acontecem uma vez ao ano As ruas são tomadas por enormes dragões vermelhos feitos de vime, dançarinos, prestidigitadores e companhias teatrais. Grandes acontecimentos da história artoniana, como a traição dos Três, a de Sszzaas e as guerras entre bárbaros e colonizadores são encenados na enorme praça conhecida como Praça da Conquista, que se encontra no meio da cidade. E é lá que ocorre o ponto alto: a representação da fundação de Sckharshantallas e seu desenvolvimento, culminando com a aparição do próprio regente em sua forma de dragão. Ao fim do espetáculo, no dia seguinte ao festival ainda é feriado, e após ele ocorre na praça dos festejos a execução de todos os criminosos sentenciados a morte durante o ano e que não foram mortos no exato momento por Sckhar. Os malfeitores são mortos em fogueiras individuais enquanto são apedrejados pelo povo. Mas naquele ano, criminosos comuns tiveram que ser condenados a morte ou não haveria “diversão suficiente”, pois os poucos que eram mais destacados eram rebeldes irresponsáveis que criavam rebeliões contra o governo ditador de Sckhar e foram facilmente capturados.

De repente as palavras de Sckhar foram interrompidas quando sons de trombetas mensageiras soaram na entrada da sala do trono e ecoaram por todos os cantos do aposento.

- Rahros, 13º Mensageiro Real! – anunciou o trombeteiro.

Sckhar olhou com um sorriso belo para a porta e com um gesto ordenou que entrasse.

Trajado com a armadura real vermelha feita em lava rubi, com um elmo que lhe revelava só os olhos e possuía duas asinhas dragônicas saindo dos lados, entrou o mensageiro esbaforido e com um pergaminho maltratado na mão.

- O que seria dessa vez? – indagou Sckhar acariciando uma de suas elfas esposas – Oferendas? Puxasaquismo? Juro que se for mais um pedido de ajuda financeira daquelas malditas vilas ao oeste eu mesmo vou lá destruí-las para não terem mais que gastar com nada! Hahah! IDIOTAS! HAHAHAHAH! – então puxou uma elfa para seus lábios.

- Não, magnífico! Pelo contrario! Trago péssimas noticias! – disse o soldado já prevendo o que lhe ocorreria por ter recebido ordens de passá-las a Sckhar.


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A mão que acariciava carinhosamente a nuca da elfa, prendeu-a com uma força monstruosa, e Sckhar parou o beijo, mas sem retirar seus lábios do dela.

- Veio de Logus… - continuou o mensageiro, e a mão de Sckhar parecia uma garra apertando o pescoço da elfa que já sentia a ira do monarca – Bem, a princesa… - os guardas reunidos no salão entenderam a gravidade quando os olhos do dragão se imbuíram em chamas de ira e a nuca da elfa começou a chiar com o toque fervente do regente. Tentaram se afastar do Rei – Ela foi sequestrada por um grupo de rebeldes! - o regente parecia uma bomba atômica durante a iminência de uma explosão – Liderados por um poderoso dragão!

As últimas palavras atingiram Sckhar como uma flecha incendiária. Para gastar sua fúria, beijou mais forte a elfa em seus braços e durante o beijo, soprou sua rajada de chamas que os dragões de sua raça possuem. Sem dó, simplesmente em segundos a elfa foi consumida pelas chamas da labareda e se transformou em cinzas. Passando sobre os restos chamuscados dela, como se nem estivesse ali, o rei dragão caminhou em direção ao mensageiro que parecia se encolher dentro da própria armadura.

- UM DRAGÃO EM MEUS DOMÍNIOS? – o olho direito do elfo ruivo começou a ficar meio reptilíneo – Continue! O que aconteceu? Fale, IDIOTA!

- O… o Rei de L-Logus enviou-nos uma carta de urgência falando sobre a princesa Niathallas, a princesa que lhe foi prometida há 300 anos…

- Eu sei quem é ela! Continue logo, IDIOTA!

- S-sim, magnífico! Acontece que o Rei Logus nos informa que ela… ela…

- FALA! – chamas resultantes de sua impaciência começaram a exalar de cada poro do Rei Dragão.

- Ela foi raptada por um grupo de rebeldes durante a vinda para cá! – ele falou rapidamente como se esperasse que ao fim viesse uma morte rápida e sem dores, mas nada veio, então continuou – O Rei Logus XI alega na carta que sua guarda conseguira capturar o líder do bando dos rebeldes, mas durante sua prisão teria se revelado como um dragão vermelho disfarçado como um elfo espadachim. Ele exterminara metade de seu exercito enviado para destruí-lo e nem as forças especiais da cidade teriam sido capaz de combatê-lo, magnânimo!

Sckhar estava tão mergulhado em fúria que teve de desgastar. Imbuiu as mãos de chamas e arremessou o globo flamejante em um guarda que estava no canto da sala. O poder explodiu e consumiu o corpo dele em um grito agonizante pela pele que pendia derretida e pelos membros destroçados pela explosão. Parecendo nem ter percebido, o regente voltou-se ao mensageiro, com seus dentes afiados a mostra, o que fez o servo quase cair pelas pernas bambas.

- Certo, IDIOTA… Agora me entretenha contando como as forças reais salvaram a princesa prometida a mim!

- Eles ainda não foram acionados… - o súdito percebeu que empregara uma frase errada pro momento errado, principalmente quando Sckhar apontou um dedo para outra de suas esposas e dele disparou um raio vermelho que ao atingi-la na sua fuga, fez seu corpo queimar em segundos e explodir de dentro para fora acertando e derretendo o braço de um guarda real próximo.

- POIS ACIONEM-OS! IDIOTA!!!! Sabe ao menos onde ele está?

- Sim, magnífico monarca! De acordo com o Rei Logus XI, eles estariam se dirigindo para a caverna de Risisttlaxy!

Sckhar se assustou com essa informação e ponderou com a situação… “Então eles querem a pista primordial de onde está o Suplicio?”, ele pensou, “Se opõem a mim, ousam raptar a princesa e agora aparentam estar querendo me matar? Hah! Ou são tolos demais e caminham para a morte… ou esse tal dragão tem poderes bons demais para poder ser tão confiante. Aaaarrgh! Depois daquela batalha mês passado com o Paladino, devo não ter piedade de ninguém, nem subestimar, até possuir certeza, talvez seja melhor matá-los log... Espera aí! Seriam ótimas oferendas para a execução depois do feriado do Sckharal!”, disse ao olhar por uma janela para a cidade logo abaixo que já se arrumava com dragões de vime e bandeirolas as ruas para o festival que começaria em pouco tempo, “Depois de eu ser derrotado pelo Paladino rumores e boatos sobre mim enfraqueceram meu império! Talvez esteja na hora de proclamarmos um inimigo como calamidade nacional! Bom, seria demasiado imprudente fazer esse movimento agora! Vejamos se ele é tão poderoso mesmo…”. Então soltou um sorriso maléfico que aliviou cada um na sala por aparentemente ter se acalmado, mas só por diversão apontou para outro guarda que se imbuiu de chamas e começou a correr pela sala enquanto sua pele liquefazia soltando fumaça fedida.

- Sabem quem é esse líder? – Sckhar perguntou aparentando calma e paciência enquanto voltava a acariciar a última esposa na câmara que deixara viva.

- S-Sim, magnífico! O Rei Logus diz que se chama de Antonywillians, O Espadachim da Língua Chamuscante!

- Perfeito! – o regente sorriu e começou a seguir para fora da sala do trono, mas deu uma breve parada para dar suas últimas ordens, sem dar ao luxo de o mensageiro ser olhado por ele durante as suas palavras – Enviem a Cavalaria Aérea Wyvern em direção ao forte que protege a caverna de Risisttlaxy, matem qualquer rebelde, mas quero esse tal dragão espadachim, Antonywillians, vivo! Agora podem se retirar, vou para meus aposentos!

- Sim, magnânimo! – disse o mensageiro com uma mesura.

- Ah, mais uma coisa…


Ao prever o movimento do rei dragão, a ultima elfa saiu correndo para salvar sua vida. Sckhar foi consumido por uma coluna de fogo que subiu até o teto e se dissipou revelando-o em sua forma de dragão, mas ainda com tamanho reduzido, e no exato segundo que se transformou soprou um poderoso cone de fogo sobre o mensageiro, tão poderoso que o desintegrou junto ao chão a sua volta, inclusive no andar inferior. Sckhar voltou a sua forma humanóide, abraçou a elfa e seguiu para seu quarto dizendo:

- Ressuscitem minhas esposas e os guardas mortos! E arrumem um novo 13º mensageiro! Este era azarado demais!




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ASS: ANTONYWILLIANS, O MAIOR ESPADACHIM DE ARTON


TÓPICO CENTRAL DOS CONTOS DE ANTONYWILLIANS

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