Conto: Erradicando a Tormenta/A origem do Panteão

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mattmagrao
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Conto: Erradicando a Tormenta/A origem do Panteão

Mensagem por mattmagrao » 13 Jun 2014, 00:45

Se você já narrou em seus jogos ou arquitetou uma forma de terminar com a Tormenta, criei este tópico para dizer a forma que eu um dia penso em narrar sobre o "fim" da tormenta e se vocês tiverem suas próprias idéias postem também.

Começando falando como um dia eu pretendo narrar sobre uma batalha cósmica contra a tormenta.
Primeira Parte Refeita.
Editado pela última vez por mattmagrao em 24 Jun 2014, 00:20, em um total de 1 vez.

mattmagrao
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Re: Conto: Erradicando a Tormenta/A origem do Panteão

Mensagem por mattmagrao » 13 Jun 2014, 00:46

Alguns anos após a volta de Kallyadranoch, o repovoamento de Tamu-ra se inicia, a Tormenta é reconhecida por todos como o Não-Algo que pode rivalizar com tudo que existe e não existe. Os próprios deuses estão cientes que os lordes da tormenta podem rivalizar com o poder divino, destruindo-os ou corrompendo-os, assim alguns deuses perderiam seus status divinos e o panteão entraria em desequilíbrio, fazendo a chance de vitória crescer para o lado dos lefeus. Então tudo era arriscado, tudo deveria ser minunciosamente preparado para a erradicação dos lefeu.
Depois de conseguir preencher o vazio de seus museus sobre o acontecimento da "Revolta dos Três",Tanna-toh aprende mais sobre os lefeus e sobre sua criação, mas ela se atreve a apenas aprender sobre o que foi dito e escrito sobre os lefeus, e não cometer o ato imprudente que seu irmão Tillian cometeu, aprender sobre os lefeus convivendo e assistindo sua evolução, ela sabia que a não-criação era algo nocivo demais até para a própria sabedoria, e por isso ela aprendeu sobre eles assim como um mestre do conhecimento faz, através de pesquisas e estudo. Tanna-toh fica ciente sobre o presente que a deusa das avós dá a Tillian, suas memórias, e o procura para uma conversa, uma reabilitação, uma terapia, dar a seu irmão uma chance de relaxar a contar sobre a si mesmo, isso faria bem aos dois, uma ajuda mútua, conhecimento em troca de satisfação.
Tillian recuperou suas memórias, mas não sua sanidade, sua mente ainda estava sem foco, sem eixo, ela não conseguia se recalibrar, mesmo com a ajuda de sua paciente irmã. Mas ele se lembrava de tudo, e esse tudo era tão poderoso quanto qualquer ato divino. Tanna-toh sabia que Tillian era aquele que conhecia do primeiro parágrafo ao ponto final dos lefeu, e mesmo agora sabendo que os lefeus são a criação mais perfeita e poderosa, sem pontos fracos, e que a única maneira de derrotá-los é sendo mais poderoso que eles, ela ainda poderia encontrar algo na mente do primeiro pai da anti-criação, o ponto de partida para eles, e talvez a única chave para o fim daquelas não criaturas. O tempo que essas sessões demoraram não pôde ser medida, pois tudo aconteceu numa partição do universo distante do tempo. E tudo que Tanna-toh conseguiu acrescentar em sua pesquisa foi apenas a certeza, pois não havia nada sobre eles que podia ser dito mais, nada que poderia ser descoberto através da mente desprovida de limites de seu irmão.
Quando Tanna-toh concluía suas anotações sobre sua pesquisa, ela entendeu que a chave sobre a erradicação da anti-criação não estava no conhecimento das fraquezas do seu inimigo, ela queria saber mais, mais ela já havia entendido tudo, apenas demorou um pouco para reconhecer isso. Ela já sabia como exterminar os lefeus, Kallyadranoch mostrou como se faz. A forma de derrotar os lefeus, era ser mais poderosos que eles, era a única maneira. Porém, Tanna-toh sabia que infinitos não podem ser comparados mesmo se forem medidos, e, subestimar o que foi criado pelos deuses seria o primeiro passo para o fim da criação.
Depois de ter absorvido todo o conhecimento que vinha de Tillian, ela o procurou mais uma vez, mas com uma dúvida diferente, ela não iria mexer nas memórias que perturbam seu irmão, ela iria perguntar sobre algo que ele se interessou mais do que a criação do povo perfeito, ela perguntou sobre o porque dele ter criado a primeira partícula que outrora se tornou Tormenta, ela perguntou sobre o interesse de Tillian pela sua nova descoberta, ela perguntou como ele achou sua última cobaia para a inventividade, ela perguntou sobre a "criação estéril".
Tillian possuía uma inteligência diferente da deusa mais sábia e do deus mais esperto. Ele não possuía a sabedoria de sua irmã Tanna-toh, que era capaz de arquivar e organizar todo o conhecimento existente e ponderar sobre o que é fato ou o que não é. Ele também não possuía a esperteza e sagacidade do grande corruptor, Sszzass, que um de seus títulos o descreve como "O Deus mais inteligente entre os 20"; esperteza tão eficaz que o torna capaz de arquitetar os planos mais perfeitos para concluir seus objetivos, fazendo todos seguirem seus papéis como ele planejou, fazendo todos irem de acordo com suas vontades. Tillian possuía uma inteligência irrefreável, uma mente com imaginação suprema, uma capacidade infinita de criar e imaginar. Talvez não tenha existido nada que exista ou que não exista que ele ainda não tenha imaginado, talvez não exista uma hipótese que ele ainda não supôs. Sua capacidade intelectual era seu dom absoluto, sua imaginação e pensamento era o seu "braço de Tauron" ou sua "balança de Khalmyr", isto que o diferenciava de seus irmãos, uma mente ilimitada com incontáveis conflitos de pensamentos, conflitos que foram apaziguados quando vislumbraram o rubro da anti-criação.
Quando indagado sobre este fato, Tillian começou a contar sobre o que ele foi feito para fazer, ele começou a contar sobre o que mais sente prazer, ele falou sobre a ansiedade que sentiu por descobrir que podia descobrir algo ainda não fora descoberto. Com palavras invulgares, ele descreveu como ele chegou nesse pensamento, quando ele imaginou a possibilidade de encontrar uma nova folha em branco onde os deuses ainda não foram desenhados. Ele contou que deixou este plano de lado muitas vezes e se ocupou com outras distrações, mas um dia ele olhou de novo para o projeto que poderia ser rabiscado como ele imagina.
Tanna-Toh observava Tillian e anotava suas palavras, seus gestos e suas expressões. Calada e interessada, ouvindo as palavras quase lúcidas de seu irmão, como um psicologo ouvindo um paciente.
Tillian diz como um professor que já está acostumado a falar sobre aquilo.
— A história sobre "O Nada e o Vazio" todos conhecem bem, Khalmyr e até mesmo o monstrengo Megalokk já ouviu essa história, até mesmo os filhotes que Valkaria ama que povoam todos os cantos da terra adorada por vocês conhecem essa história. Todos nós sabemos que viemos do mesmo berço cósmico e que viemos do mesmo lugar, mas eu fui o único que me interessei em conhecer meus genitores, até a anti-criação possui genitores, eu sou um deles, mas não sei se posso me chamar de pai, porque Kally também é, mas ele é mais um padrinho né? eu fiz eles e a casa deles... é, posso me chamar de pai sim.
Deitado, Tillian segura suas mãos cruzando seu braços encima da barriga, olha para o teto e continua a dizer.
— Eu sempre fui o mais órfão entre vocês, porquê eu queria conhecer nossos pais, vocês não se importavam, não sei se era regra de Khalmyr não procurar sobre nossos pais, mas todo filho se pergunta de onde vem, eu queria saber como eles são, onde eles estão.
Ao ouvir isso, Tanna-Toh cerra um pouco seus olhos e imagina que talvez Khalmyr tenha sido líder desde sempre, pois nasceu para isso, e talvez esta regra dos deuses não buscarem o conhecimento sobre de onde vieram seja um tabu entre eles, e por isso Khalmyr pode ter apagado da mente de todos esse interesse pois achava justo. Ou talvez tenha sido ordenado a isso, mas, mesmo esquecendo, Tillian iria encontrar denovo, então ele deve saber. Tanna-Toh continua seu silêncio.
Acelerando suas palavras, Tillian continua a auto biografia do seu interesse pelos "pais". — Eu procurei durante milhares de eternidades, gritando nos ecos existentes dos corredores astrais "onde estão vocês pais?", procurei até embaixo dos microfilamentos das bactérias. E um dia Allihanna me ajudou. Ajudou? Não, foi uma ajuda involuntária... Um dia eu vi uma de suas crias, depois de chocar seus ovos, não havia alimento para seus filhotes, e a mãe das criaturinhas recém nascidas se deu de alimento para que os filhotes cresçam.
— Explendido né! As criaturinhas cresceram saudáveis e nunca nem imaginaram de onde vieram, suas memórias eram pequenas demais. Mas eu não sou um filhote de Heteropoda venatoria, então eu posso imaginar de onde eu vim, aquelas aranhinhas não podem.
Tanna-Toh afirmou essa ideia com um gesto e sentiu-se totalmente interessada no que a mente castigada de Tillian poderia proporcionar para seu conhecimento.
Tillian se ergueu um pouco no divã e olhou para os olhos da velha senhora que ele conversava por alguns instantes, imaginou o porquê que ela estaria perguntando isso logo agora, e porquê nunca havia perguntando antes, era estranho, mas estava com vontade de falar e já fazia um tempo que alguém ouvia ele desabafar. Ele continua contando para a velha senhora, que, ele se esquecia as vezes que era Tanna-Toh.
— Nós fomos gerados e a essência de nossos pais nos completaram para sermos auto suficientes, nossos pais não estavam em lugar nenhum minha sábia irmã, como eu fui tolo por tanto tempo, eles são parte de nós mesmos, a essência deles nos tornou o que somos, existe uma parte de "nossos pais" em todos nós e em tudo que nós criamos, o "Nada e o Vazio" se tornou o "Tudo é Um e o Um é Tudo". Nós somos uno Tanna-Toh, eles estão em tudo.
Tillian se levanta entusiasmado como se estivesse procurando algo em sua volta e começa a apontar para os pés do divã onde ele se deitava. — Aqui Tanna-Toh, achei o Nada ta aqui, mamãe, e papai também, ó, Vazio, eu tenho que anotar isso, me dá essa pena, meu automato gravador não está aqui, onde ele está? Qual era o nome dele mesmo? Zordon? Jarvis? Windo...
Tanna-Toh tenta acalmar seu irmão, ela estava quase divindo sua presença para ir até seu plano para anotar e pesquisar sobre tudo aquilo, mas ela respeitou seu, agora frágil irmão.
— Tillian, você já anotou tudo, está arquivado em sua mente, agora você voltou a lembrar, mas deveria fazer anotações, pra evitar de esquecer. E antes que se distraia novamente, não é para anotar agora, você quer me contar mais, continue a sua história.
Tillian se senta como um velho que acaba de levar uma bronca e tenta lembrar de onde parou.
Tanna-Toh repete as palavras. — Nós somos uno Tanna-Toh, eles estão em tudo...
Tillian continua. — Eles estão em tudo... Eu agora sei, ops, sabia onde encontrá-los, eu podia achá-los em mim, eu procurei os fragmentos mais palpáveis que ainda podiam ter se mantido virgens, sem alterações, fui olhando mais a fundo no núcleo da minha existência divina. Tem um planeta distante que os humanos de Valkaria estão bem apressadinhos e já encontraram isso, o nome é cromossomo...
— Cromossomo x e y, em seu DNA, as informações hereditárias das células. Tanna toh completa
— É, você sabe, porque não me ajudou naquela pesquisa então? você também encontrou nossos pais? Que espertinha. Diz Tillian com voz fina e questionadora.
Tanna-toh esboça um pequeno sorriso e diz: —Eu possuo em minhas bibliotecas todo o conhecimento existente, possuia, pois a partir de agora eu tenho certeza que ouvirei coisas que não sabia, coisas que irão desafiar minha permanência no panteão, eu não poderia manter esse conhecimento em segredo, se for um tabu, estarei me arriscando ouvir, mas eu tenho que saber.
Tillian ergue seus ombros e abre suas mãos, fazendo uma espressão de "fazer o que né?" e continua a falar.
— Você me interrompeu, mas não perdi o fio do assunto. Eu procurei, procurei e encontrei.
Tanna-Toh, engole seco e se prepara para ouvir.
— Eu fiquei entusiasmado, eu não era órfão, nem vocês, eu agradeci aos pais por ter recebido minha inteligência capaz de tudo, eu percebi que tinha coisas que eu ainda não tinha descoberto. Eita! E se eu não ter apenas irmãos? E seu eu tiver primos? Se papai e mamãe podem ter filhos, será que eles fizeram nossos primos? Fizeram outro berço?
Tanna-Toh entende o que ele quis dizer, ela sabia da existência de outras dimensões e outros Deuses que eram cultuados em outras terras, alguns eram outras faces de seus irmãos, outros eram apenas Deuses menores em Arton.

Tillian cai no chão de barriga para cima, de olhos e boca abertas, respirando fundo, suando e com as mãos geladas. — Irmã, e se os nossos pais tiverem irmãos? E se existem berços vazios? E se...
Tanna-Toh se levanta, arregalando seus olhos, e entende, entendeu tudo, ela fez suposições que em segundos foram confirmadas, ela entendeu também que Tillian possui conhecimento que se caísse em mãos malignas poderia acontecer coisas muito piores. Tanna-Toh imagina se seus irmãos malignos formassem outra coisa ao invés da Tormenta, que fosse muito pior. Tanna-Toh entendeu o porque disso ser um tabú e entendeu que foi justo tirar as memórias de Tillian junto com sua essência divina. Era muito perigoso, e agora ela sabia, ela iria ter que enfrentar a si mesmo, não podendo fazer o que nasceu para fazer, dar conhecimento, ou enfrentar as leis do panteão?
Enquanto Tanna-Toh ainda imaginava o que podia acontecer depois daquele momento, Tillian continuou a falar, não entendendo o por quê do susto dela.
— Eu me senti satisfeito por ter encontrado algo que poderia me fazer descobrir mais do que ainda não tinha sido descoberto, eu imaginei em como seria aquilo tudo antes de ser tudo, quando ainda não era nada. Já imaginou? Uma linear paralela à nossa existência, sem nenhuma ligação. Eu pensei nisso, pensei mesmo, fiquei abobalhado, eu lembro, eu era um bobo, e coloquei meus filhos para procurar o outro lado da ponto de arco íris, era como eles chamavam os locais onde não podiam ser encontrados.
— Você colocou criatuas mortais para procurar o outro "Nada e Vazio"? Diz Tanna-Toh, que já estava um pouco apreensiva com aquela conversa.
— Não só as criaturas mortais, as imortais também. Eu coloquei eles para procurar uma saída deste aglomerado de planos e dimensões. Encontrei os melhores ladinos fugitivos, teleportadores, magos planares, mandei eles procurarem uma saída, mas ele nem me entenderam muito, se procuraram, não souberam procurar. Tive que deixar meus trabalhos de lado e ir procurar sozinho. Pensei em chamar Valkaria para ir comigo, ela gostava de viagens, mas se eu chamasse não ia ser uma descoberta só minha né? Procurei sozinho, no caminho achei umas coisinhas estranhas, achei alguns irmãos antigos. Mas é claro que achei, se eu contar por onde passei e quanto demorei para achar você nem acredita. No caminho até descobri que nossos pais são avós. Depois te explico, to ocupado agora contando sobre a casa dos vizinhos.
Tanna-Toh imaginou que o que Tillian disse sobre "pais" e "avós" não deveria ser algo banal, mas não era sábio interromper ele agora, deixou que prosseguisse.
— Eu já não estava nem mais ligando para os papais, irmã. Eu imaginei o que eu poderia inventar em um local totalmente vazio e sem regras, eu imaginei tanta coisa que lá poderia ser possível, eu imaginei como chegar lá, fiquei pensando em diversar formas, e minha imaginação criou uma passagem para lá. Incrível! Descobri como eu era bom e inteligente, finalmente eu entendi o que um Deus é capaz.
Tillian olhava suas mãos enquanto dizia aquilo, ele olhava para dentro de si mesmo, dentro de sua memória, ele revivia aquele passado dentro de sua memória e sua boca contava para Tanna-Toh o que ele via.
Tillian estava embabacado, admirado com aquela existência infinita que ainda não era espaço, ficou tanto tempo observando algo que ainda não havia tempo, entendeu as perfeições e imperfeições daquilo que ainda não havia nenhum dos dois, achou o que seria o início e o fim daquela existência que nem havia começado e não iria terminar tão cedo.
Ele encontrou o outro Nada e Vazio. Poderiam ser "Tios"? Seus pais numa realidade onde os deuses ainda não foram gerados? Ali seria um passado antes que o tempo existisse? Ele não sabia. Mas talvez ele não queria saber, ele estava encantando, distraído com a ideia de fazer qualquer coisa ali, ele podia imaginar incontáveis maneiras de o Nada e o Vazio se juntarem para formar tudo diferente. Ele podia dar novos nomes para o outro Nada e o Vazio, ele podia tudo ali dentro, ele podia criar qualquer coisa, ele achou sua oficina perfeita, sua maquete de materiais infinitos. Ele encontrou sua folha branca, que ainda não era uma folha e ainda não tinha cor.
Tillian começou, depois de entender um pouco aquele espaço vazio onde não havia nada, ele criou sua oficina, criou sua cidade, criou suas novas primeiras criações, as novas primeiras criaturas, criou novos parâmetros, não colocou o que não gostava que exista. Ele fez, fez de tudo que queria, ele planejou um outro panteão, ele planejou novos conceitos, novas leis. Ele criou e inventou muitas coisas. Criou passagens de uma existência para outra, caminhos secretos, ele adorava caminhos secretos. Ele foi levando um pouco de suas criações Artonianas para lá e refazendo como quer, foi colocando algumas criações feitas no espaço vazio em Arton. Ele não tinha escrupulos para suas ideias, ele não tinha barreiras em suas criações, ali não havia regras para o que ele pudia fazer, não havia Khalmyr para dizer o que ele podia e o que não podia.
Tillian não se importava com o que suas criações poderiam fazer depois, ele não se preocupava com o destino das coisas que ele fazia ali, ele era ingenuo, ele só queria inventar e inventar cada vez mais.
Um dia ele percebeu que seu mundo tinha muitas coisas que ele fez, mas estava ficando tedioso, não tinha nada novo, ele fez tudo, ele deveria chamar outros para criar junto com ele.
Ele pensou em cidades bonitas nos seus novos mundos, e tinha que ter moradores lá, ele pensou em contar para todo o Panteão para fazerem seus planos lá, mas se Khalmyr descobrisse ele ia querer impedir seus inventos, então ele chamou Valkaria, se ele desafiasse ela a fazer o que quer sem contar a Khalmyr, ela não iria negar esse desafio, e além do mais, Valkaria faz coisas que povoam todos os mundos, e ela era linda...
Tillian levou Valkaria, mostrou tudo, contou a ela as coisas que ele tinha inventado ali, e permitiu que ela fizesse o que quer.
Esse foi o início do que se resultou na Revolta dos Três e na criação da Tormenta.
Tanna-toh já havia pensado nas capacidades de seus irmãos, ela já havia imaginado até aonde a essência da existência de cada um dos 20 chegaria. Ela ponderou tudo que Tillian contou, isso gerou possibilidades, estatísticas e probabilidades infinitas, que poderiam ser calculadas, poderia haver respostas de perguntas que ainda não foram inventadas.
Tanna-toh se deu conta que mundos inteiros poderiam ser criados em seu plano divino, só para poder criar simulações de tudo aquilo, só para poder calcular as possibilidades do que poderia haver caso uma ou outra variável tomasse um rumo diferente. Ela tinha que aglomerar tudo aquilo, ela tinha que observar o novo conhecimento que havia sido posto em sua infinita sabedoria, ela tinha muito o que fazer depois daquilo tudo, e depois disso, pela primeira vez ela agradeceu á seus criadores pela sua sabedoria infinita, pois ela tomou a decisão mais sabia que poderia tomar para chegar a conclusão que precisava chegar, simplesmente conversando com seu irmão.
Os laboratórios de Terapolis receberam tarefas novas, as escrivanias foram lotadas, os cartógrafos criaram novos mapas astrais, matemáticos usaram suas fórmulas para calcular aquelas novas estatísticas, filósofos pensaram sobre aquelas novas hipóteses, pesquisadores procuraram provas para descobrir novos fatos, toda existência que residia o plano divino de Tanna-toh trabalhavam para novos resultados.
Tanna-toh fazia ao mesmo tempo o trabalho de todos ali dentro, em uma escala de aceleração quase incalculável, com números de quase infinitas casas decimais de tarefas cumpridas em trilionésimas frações de segundos. Anotando, reformulando, calculando, revisando, testando e provando cada nano-possibilidade do que ouviu de Tillian.
Por muito tempo ela se manteve ocupada, foi um tempo tão longo que ele pôde ser comparado ao tempo de outros planos. Mesmo o tempo, que nos planos divinos acontecem em um patamar centenas de quintilionésimos de vezes mais rápido , o tempo foi tão extenso que até no plano onde as horas se passam de forma mais rápida, demorou.
Editado pela última vez por mattmagrao em 24 Jun 2014, 00:20, em um total de 1 vez.

mattmagrao
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Re: Conto: Erradicando a Tormenta/A origem do Panteão

Mensagem por mattmagrao » 13 Jun 2014, 01:07

Continua....

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