Contos

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LuyGuy
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Re: Contos

Mensagem por LuyGuy » 28 Ago 2015, 00:07

Excelentes contos, DrLecter. Muito gostosos de ler mesmo. Continue escrevendo. ;)
Galahad escreveu:Hmmm, pelo visto Ulf acabou caindo na bebida depois do grupo ser desfeito, e talvez tenha se tornado escravo, lutando em arenas pera o minotauro lá.
Prefiro pensar que ele ficou sendo só um bebum qualquer que foi resgatado para uma "missão maior".
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Especulemos sobre as classes dos personagens do futuro grupo. :D

Ulf: Humano Guerreiro 4 / Ranger 2 / Guerrilheiro 4
Meredith: Ladina 6 / Dançarina das Sombras 2
Sahyd: Qareen (trevas) Ilusionista 9
Chloe: Humana Maga 7
Tristan: Humano Nobre 4 / Guerreiro 5
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DrLecter
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Re: Contos

Mensagem por DrLecter » 28 Ago 2015, 10:27

Muito obrigado por ler, LuyGuy. Fico feliz que tenha gostado.

Bem, sobre o que rolou com o Ulf após a missão fracassada em que ele, Meredith e Chloe foram separados, vocês vão descobrindo aos poucos. Lembremos que ele está com a memória meio apagada lá na Estalagem do Macaco Empalhado, na companhia de Petra Tpish. Vocês vão descobrir tudo na medida em que ele for descobrindo - e eu achar conveniente. HUEHUEHUE

Mas uma coisa é certa: quando Chloe disse que ele tinha se tornado um alcoólatra, ela estava se referindo à última vez que soube dele. Isso foi antes dos acontecimentos de O Canino e o Chifre.

Quanto às classes: você acertou em cheio uma delas. Teve outra que você acertou a classe, mas errou o ND, que é menor. Um deles é de uma classe que eu não tinha cogitado, mas que me agradou tanto que vou adotar. Valeu. hehehehehehe

Sobre a classe do Ulf: está quase lá. Eu já dei uma dica sobre o que poderia ser. Se encontra em O Canino e o Chifre e em A Viagem de Meredith. Você está certo ao afirmar que ele é guerreiro, mas se reparar em alguns detalhes, vai poder levantar as suspeitas certas. XD

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Rick
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Re: Contos

Mensagem por Rick » 28 Ago 2015, 13:38

Consegui um tempo pra ler os novos e alcançar, haha. Bem maneiro, continuarei acompanhando. =]
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DrLecter
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Um olhar para trás

Mensagem por DrLecter » 29 Ago 2015, 04:03

Os homens estavam à sua volta, olhando-o impassíveis. Armaduras escuras lhe davam um ar sinistro sob a iluminação turva vinda dos archotes. Ulf estava no centro de uma sala, ladeado por duas fileiras de homens perfilados, quase imóveis. Estava na companhia de outros três homens, mas não conseguia ver seus rostos. Poderiam se passar por construtos. Na frente deles, um homem olhava os novatos com olhos de vidro.

— Hoje, chegamos ao fim de uma jornada. — disse ele, sua voz ecoando por todo o recinto num tom solene. — Temos novos irmãos para integrar nossas fileiras.

“Vocês chegaram aqui como simples guerreiros que sabiam manejar espadas e beber em tavernas. Chegaram como meninos ainda agarrados às saias de suas mães. Ao adentrarem aquele portão, deixaram de serem o que eram para se tornarem o que são agora. Não eram ninguém, mas agora são nossos irmãos. Levantem-se, homens.”

Ulf se levantou e encarou o homem que falava. Seu rosto era enevoado, quase impossível de se distinguir. Tudo tinha uma estranha sensação de familiaridade, como se fosse uma vida passada ou uma lembrança tão antiga que não conseguia dizer com precisão quando e onde acontecera.

O homem que falava fez um gesto e outros homens apareceram, carregando aparelhos estranhos nas mãos.

— Receberão a nossa marca, para que se lembrem quem são e pelo que lutam. — o homem falou novamente, e os outros começaram a agir, arrancando as mangas das camisas dos novatos e começando seu trabalho. Ulf permaneceu imóvel, sentindo uma dor incômoda na pele enquanto um de seus irmãos lhe dava a tão almejada marca. Suportara dor, cansaço, sono e desconforto, mas tudo isso parecia pequeno em comparação ao que conquistara agora.

Com o mesmo orgulho estoico que o conduzira até ali, o jovem ergueu os olhos para o estandarte preso na parede, atrás do homem que falava.

Um corvo sentado sobre um crânio, com uma faixa abaixo estampando um lema. Ulf conhecia aquelas palavras, escritas numa caligrafia criptografada e conhecida apenas pelos irmãos de armas. Recitou as palavras mentalmente, mas não se lembrou delas. No estandarte, o corvo pareceu mover a cabeça e encara-lo. Deu um piado esganiçado, abriu as asas. Ulf teve a impressão de que dizia alguma coisa.

O pássaro bateu asas e saiu para fora do tecido, voando em sua direção. As garras vinham na frente, como num bote. Piou novamente uma palavra.

Luz!

***

— Ulf — a voz de Petra chamou. — Está tudo bem?

Ulf despertou para a realidade, como se estivesse dormindo o tempo todo. Estavam os dois numa rua apertada de Malpetrin, entre vendedores que gritavam ofertas e clientes que procuravam os melhores preços. Petra ia à frente, observando vegetais que fariam parte das receitas servidas na Estalagem do Macaco Empalhado. Ele apenas a acompanhava, carregando algumas sacolas com os ingredientes que a moça já tinha comprado.

— Desculpe. — ele respondeu, depois de tentar disfarçar. — Eu só estava distraído.

Petra olhou-o com a testa franzida.

— Você é meio distraído, mesmo. — comentou, sem ter certeza do que falava. — Aconteceu alguma coisa? Está lembrando de algo?

Ele ficou quieto, pensando no que poderia responder. Por algum motivo, achou que seria melhor omitir o que pudesse.

— Não.

A moça olhou para ele, um tanto desconfiada. Porém, a desconfiança durou pouco. Logo, estava andando novamente avaliando tomates para algum molho. Ulf sentiu-se aliviado.

Fazia pouco mais de um mês que fora encontrado numa estrada próxima a Malpetrin, cheio de lesões e inconsciente. Naquele dia, Petra chegara a pensar que estava morto, mas percebeu que estava respirando e segurando um chifre cortado nas mãos. Não carregava mais nada além disso, e a falta de memória tornava tudo ainda mais intrigante. Depois de desperto, passou a ajuda-la nos pequenos afazeres da estalagem.

Na maior parte do tempo, Ulf permanecia quieto e aparentemente distante. O que quer que fizesse, fazia em silêncio e numa disciplina que lembrava um colosso. Não se importava em fazer nada que lhe fosse pedido e aprendia com grande facilidade o que lhe ensinassem. Podia varrer a estalagem, carregar compras, acender o fogão, limpar panelas, qualquer coisa. Ruud, o dono da estalagem, não se importava em lhe dar um teto em comida em troca de seus serviços, sempre bem feitos, embora o estranho não revelasse nada de seu passado.

Por alguns dias, Petra pensou em pedir ao seu pai que fizesse alguma magia para ajudar o novo colega de trabalho a se lembrar do passado. Porém, o pai estava longe, em Valkaria, conduzindo alguma pesquisa de magia qualquer. O tempo não mudara muito o hábito que o pai tinha de se manter distante, sempre com a desconfiança de algo ruim acontecer. No passado, ela tinha pensado que o pai não gostava dela, mas isso fora há dez anos, na época em que Tork aparecera.

Os dois passaram pela feira, avaliando produtos e comprando o que era preciso. Malpetrin, longe da influência dos minotauros e seus dogmas de dominação. A cidade concentrava toda a população livre de Petrynia, e era o lar de muitos grupos de aventureiros. Por onde quer que olhasse, era possível ver alguém de uma raça exótica, armas de diversos tipos, excentricidades que brotavam de todos os cantos. Embora não fosse tão grande quanto Valkaria ou rica como Vectora, Malpetrin era a cidade onde tudo acontecia.

— Você já esteve em muitos lugares, não? — perguntou ela, apenas para quebrar o silêncio.

Ulf encarou-a por alguns segundos. Ajeitou a cesta cheia de legumes no braço, depois que a alça deixou uma marca vermelha na pele.

— Por que pergunta?

A moça deu de ombros e olhou para o lado, onde um grupo de crianças passava brincando. Risadas ecoavam pela rua, no meio daquele burburinho.

— Às vezes, tenho essa impressão. — falou, num fio de voz. — Encontrei você num dia depois de uma chuva tão forte. Você estava caído na estrada, há algumas horas daqui. Estava bastante ferido.

Ele ficou sem reação por alguns segundos. Mesmo depois de todo aquele tempo, Ulf não conseguia se lembrar do que o levara para aquela estrada naquele dia. Às vezes, sentia que tinha algo a fazer e estava deixando seu objetivo de lado enquanto descascava batatas e carregava para fora o lixo da estalagem. Porém, o que quer que tivesse de fazer estava esquecido num espaço vazio em sua memória.

— Você sabe que ferimentos eram aqueles? — perguntou.

— Ferimentos de luta. — a resposta veio sem muita demora. — Já vi ferimentos como aquele, quando cuidava do Tork. Os seus não são muito diferentes. Você tem muitas cicatrizes.

Petra ficou repentinamente corada. Virou o rosto em outra direção, tentando esconder o rubor enquanto se lembrava de que tivera que cortar as roupas sujas e ensanguentadas que ele usava quando fora encontrado. Havia lama em cada centímetro de sua pele, muitas cicatrizes e uma tatuagem no braço esquerdo: um corvo sobre um crânio e um lema abaixo, escrito numa língua que ela não conhecia. No começo, cogitou a possibilidade de perguntar a ele o que significava aquilo. Porém, a falta de memória tornou a tarefa impossível.

— Por isso — ela continuou, sem se importar se Ulf a ouvia ou não. —, acho que você era aventureiro.

Ulf não prestou atenção. Os olhos escuros e gelados estavam fixos em algum ponto atrás dos dois. A moça nunca tinha o tinha visto assumir aquela expressão séria e compenetrada, completamente desprovida de humanidade. Por um segundo, pensou ver seus músculos se retesando, como que prontos para a ação. Ele segurava a alça da cesta com força, quase partindo-a. As mãos também alimentavam suas suspeitas: fortes, ásperas e cheias de calos, típicas de alguém acostumado a empunhar armas.

— Está tudo bem?

A pergunta ecoou por alguns segundos, sem resposta alguma. De repente, Ulf não estava mais ali. Estava longe, em algum momento de seu nebuloso passado.

***

Ele estava bêbado. Sabia que estava porque a cabeça parecia um balão goblin cheio de ar flutuando pelo céu de Arton. As pernas não obedeciam seus comandos direito e a visão parecia ficar turva. O mundo parecia se mover de maneira vagarosa, como se todos estivessem dentro de um aquário. Os sons chegavam aos seus ouvidos de maneira distorcida.

Ulf cambaleou para fora da taverna depois de deixar algumas moedas sobre o balcão de madeira escura e manchada. Era final de tarde, num momento em que Azgher começava sua caminhada em direção ao poente. A luz alaranjada refletia aqui e ali, ofuscando seus olhos. Reclamou, colocando a mão na frente do rosto para se proteger. Não percebeu a chegada dos estranhos que o olhavam com curiosidade.

Fechou os olhos e quando os abriu, estava num quarto de estalagem barata, diante de um homem atarracado de mãos grandes e uma barba castanha que lhe cobria o queixo. Ao seu lado, havia outro homem, grande e careca. Ambos o olhavam com os braços cruzados e olhares de reprova.

— Não acredito que você se tornou isso. — resmungou o barbudo, num sotaque típico de Zakharov. — Me diga, garoto, qual é o seu nome?

Ulf lhe disse, com a língua áspera e amarga. Gosto de vinho ainda na boca.

— É ele mesmo. — falou o grandalhão, quase num sussurro. — Ele é parecido com o Carvalho.

O jovem franziu a testa.

— Quem é Carvalho?

O barbudo fez um trejeito com a boca. Ulf notou o cigarro queimando e deixando cair cinzas no chão.

— Peter, seu pai. Nós o chamamos de Carvalho. — e gesticulou, indiferente. — Uma longa história, que não convém contar agora.

— Quem são vocês?

— Amigos de seu pai. Você pode me chamar de Ogro. — dessa vez, o grandalhão respondeu primeiro. — Esse aqui é o Bode. Estives procurando por você e sua irmã nos últimos tempos, a pedido dele. Desde que vocês deixaram aquela casa no interior do reino, para ser mais exato. Vocês sumiram.

Ulf piscou com força e se sentou. A lembrança de sua irmã o fez ter vontade de beber outra vez.

— Éramos aventureiros. — contou. — Lutamos contra os minotauros.

— E perderam, pelo jeito. — comentou o zakharoviano. — Garoto, é o seguinte: procuramos vocês durante todo esse tempo, e estou cansando de andar para lá e para cá. E também não achei que encontrar o garoto de quem Carvalho tanto falava nesse estado deplorável.

— Eles levaram-na como escrava. — Ulf explodiu, tentando se levantar. Porém, a cabeça estava pesada demais para isso.

— E você resolveu se acabar na bebida em vez de fazer algo decente. — Bode soprou uma nuvem de fumaça para cima. Os olhos completamente indiferentes ao sofrimento dele. — Deplorável, garoto. Deplorável.

Os três ficaram em silêncio por alguns segundos. O jovem, com a mente mais clara agora, pareceu raciocinar pela primeira vez na conversa.

— Por que me procuraram? — perguntou.

— Seu pai tinha coisas para vocês. — respondeu Bode. — Herança, por assim dizer. Foi oferecida à sua mãe, mas ela recusou tudo que pudesse remeter a um aventureiro como seu pai. Então, decidimos procurar vocês e lhes entregar. Mas as coisas não saíram bem como o esperado.

— O que vocês trouxeram?

Bode deu mais uma tragada. Ficou um pouco em silêncio.

— Nada. Seu pai pediu que a sua parte da herança fosse deixada em um lugar onde só você teria acesso. Nós vamos te levar até lá, se aceitar vir conosco.

— Onde fica esse lugar?

— Não posso dizer. Não por enquanto. Mais alguma pergunta?

— E o que vocês são?

Ogro e Bode se entreolharam por alguns segundos. Bode deu de ombros.

— Aventureiros. — replicou. — Agora, chega de perguntas. Você pode ficar aí, se acabando na bebida, ou pode vir conosco buscar o que seu pai deixou para você. Talvez, no caminho, você acabe se interessando mais por saber o que seu pai fazia antes de morrer. Com sorte, você saiu minimamente parecido com ele e pode aprender uma coisa ou duas com a gente.

Ulf levantou-se, escorando na parede. Não evitou o sorriso de canto cheio de sarcasmo.

— Aprender com vocês? — indagou. — O que vocês teriam para ensinar? Apelidos bizarros?

Os dois homens se entreolharam de novo. Bode deu um sorriso maléfico para cima do mais novo.

— Isso e mais algumas coisas. — falou. — Você vai ver só, poltrão.

***

A lembrança foi embora da mesma forma que chegou. Ulf sacudiu a cabeça, lembrando-se daquela rua e da taverna logo ali, onde se embebedara. Bode e Ogro eram nomes estranhos, mas ao mesmo tempo familiares. De alguma forma, ele sabia que aqueles dois tinham tido um papel importante no passado.

— Você está bem? — novamente, a pergunta de Petra o deixou desconfortável. A cada vez que ela perguntava aquilo, jogava sobre ele alguma expectativa. — Lembrou de alguma coisa?

Ele a encarou por alguns segundos. Por algum motivo, achou melhor mantê-la protegida de algumas respostas. Pelo menos por ora.

— Não.

Petra deu de ombros e segurou seu braço.

— Não se preocupe, você vai se lembrar. Vamos, Ruud está nos esperando.

Ulf acompanhou-a de volta para a estalagem. Dessa vez, não olhou para trás.
Editado pela última vez por DrLecter em 29 Ago 2015, 20:36, em um total de 1 vez.

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Re: Contos

Mensagem por LuyGuy » 29 Ago 2015, 16:15

DrLecter escreveu:Muito obrigado por ler, LuyGuy. Fico feliz que tenha gostado.

Bem, sobre o que rolou com o Ulf após a missão fracassada em que ele, Meredith e Chloe foram separados, vocês vão descobrindo aos poucos. Lembremos que ele está com a memória meio apagada lá na Estalagem do Macaco Empalhado, na companhia de Petra Tpish. Vocês vão descobrir tudo na medida em que ele for descobrindo - e eu achar conveniente. HUEHUEHUE

Mas uma coisa é certa: quando Chloe disse que ele tinha se tornado um alcoólatra, ela estava se referindo à última vez que soube dele. Isso foi antes dos acontecimentos de O Canino e o Chifre.
Muito obrigado por publicar, DrLecter. :P


Parece que acertei sobre o Ulf ter sido resgatado para uma "missão maior". Só não imaginei que seria desta forma (pensei que a passagem do pai dele era mais um cameo do quê um gancho).


Para mim esta segunda informação ficou bastante clara.
DrLecter escreveu:Quanto às classes: você acertou em cheio uma delas. Teve outra que você acertou a classe, mas errou o ND, que é menor. Um deles é de uma classe que eu não tinha cogitado, mas que me agradou tanto que vou adotar. Valeu. hehehehehehe

Sobre a classe do Ulf: está quase lá. Eu já dei uma dica sobre o que poderia ser. Se encontra em O Canino e o Chifre e em A Viagem de Meredith. Você está certo ao afirmar que ele é guerreiro, mas se reparar em alguns detalhes, vai poder levantar as suspeitas certas. XD
Vou especular sobre as respostas às minhas especulações. :D

Ulf: Humano Lutador 2/ Guerreiro 4 / Cavaleiro do Corvo 4; não muito certo se a classe básica realmente muda.
Meredith: Ladina 5 / Dançarina das Sombras 2; será esta a de nível menor?
Sahyd: Qareen (trevas) Ilusionista 9; curtiu aí, né? ;)
Chloe: Humana Maga 7; Jackpot!
Tristan: Humano Nobre 4 / Guerreiro 5; mistério. :?
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Fichas - Ulf Morgstein

Mensagem por DrLecter » 29 Ago 2015, 20:01

LuyGuy escreveu:Ulf: Humano Lutador 2/ Guerreiro 4 / Cavaleiro do Corvo 4; não muito certo se a classe básica realmente muda.
Vou postar as fichas dos personagens em ordem de aparição, começando pelo Ulf. Tirando o ND, você chegou bem perto. Todas as fichas foram feitas usando o método de 20 pontos. E, só pra vocês saberem, eu usei a ficha em excel disponível pra download no RPGista. Aquela ficha facilitou muito a minha vida.
Ulf Morgstein: humano, Guerreiro 6/Cavaleiro do Corvo 2, LN; ND 8; tamanho Médio; desl. 9; CA 27 (4 nível + 1 Destreza + 8 armadura + 4 casca grossa); PV 87; corpo-a-corpo: espada longa adamante obra-prima +13 (2d6+8, 19-20), distância: besta pesada obra-prima +11 (1d12+4, 18-20); hab. técnica de luta (6), ataque furtivo 1d6, língua dos corvos, reconhecimento e infiltração, estômago de otyugh, não tenho nome (medo); Fort +10, Ref +6, Von +6; For 19, Des 14, Con 18, Int 13, Sab 10, Car 12.

Perícias e Talentos: Atletismo +15, Conhecimento (estratégia) +12, Furtividade +13, Iniciativa +13, Percepção +11, Sobrevivência +11; Usar Armaduras (leves, médias e pesadas), Ataque Poderoso, Ataque Poderoso Aprimorado, Casca Grossa, Foco em Armadura (pesada), Foco em Arma (espada longa), Fortitude Maior, Lutar às Cegas, Saque Rápido, Tolerância, Treino em Perícia (Sobrevivência), Usar Armas (simples e marciais), Usar Escudos, Vontade de Ferro.
Vou ser sincero: sou muito fã dos Cavaleiros do Corvo desde que li sobre eles em O Terceiro Deus. O treinamento, aquele clima de irmandade entre eles, as missões, tudo me fascinou. Ao ver as regras da classe, fiquei ainda mais fã - os caras levam o combate e a versatilidade a um nível fora de série, e você pode incluí-los em praticamente qualquer tipo de campanha. Nem preciso dizer que é a minha classe de prestígio preferida. Só fica atrás do bardo. hahaha Infelizmente, não tive a chance de jogar nem de ter em minha mesa um desses. Quem sabe um dia.

Tive que fazer umas modificações no batalhão, pra preencher umas lacunas. Adicionei uma tatuagem, e criei alguns detalhes extras pra deixar os Corvos mais ao meu gosto. Sempre imaginei que eles teriam alguma coisa que serviria de símbolo entre os soldados do batalhão. Primeiro, imaginei uma daquelas medalhinhas quadradas que militares usam com sua identificação. Mas aí vi o símbolo que os mercenários do Stallone usam e achei muito foda. Ter esse símbolo tatuado depois do treinamento é motivo de orgulho para um Corvo, além de servir como uma senha - para reconhecer um irmão, basta mostrar a tatuagem. Tive outras ideias que pretendo incorporar nos meus jogos, mas elas vão ficar de fora, porque não são necessários para esta história. Talvez um dia role um trabalho focado nos Corvos e aí elas aparecem.

O Ulf foi o primeiro personagem a ser criado. Inicialmente, imaginei um guerreiro que perdeu algum ente querido nas Guerras Táuricas. O gancho do pai ter sido um Corvo esteve desde o começo, mas só decidi por deixar ele morto quando escrevi A Viagem de Meredith. Até então, ele estava vivo e a linha do tempo teria seguido um rumo um pouco diferente - a mãe de Ulf só morreria após Meredith ser levada para Tapista e ele voltar para casa, disposto a esquecer os dias de aventureiros. Acabei mudando de ideia mais tarde.

Construir o personagem deu um pouco de trabalho. Analisando seus atributos, ele não tem nenhum que ultrapasse 19, porque eu tive que variar bastante a sua evolução. Optar por um nível menor torna o personagem um pouco mais fraco e, consequentemente, mais fácil de passar por agruras. Não acho que ele teria tomado a porrada que tomou em O Canino e o Chifre se estivesse no nível 10. A evolução dele vai ter como foco a Inteligência - qualquer jogador que queira fazer um Cavaleiro do Corvo sabe que uma Inteligência alta é fundamental para o personagem. A habilidade ferramenta de morte depende muito desse atributo.

Por fim, só mais uma observação: a classe de prestígio dele também ajuda muito com a Petra. É preciso um verdadeiro estômago de otyugh pra encarar a comida da moça. huehuehuehuehuehue

Em breve, mais fichas. o/

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Galahad
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Re: Contos

Mensagem por Galahad » 30 Ago 2015, 17:11

Outro capítulo legal, Dr Lester.
Próximo vai ser da Meredith?

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Re: Contos

Mensagem por DrLecter » 09 Set 2015, 23:08

Valeu por ler, Galahad.

Então, próximo conto ainda está em planejamento. Estou considerando umas possibilidades aqui, talvez a Meredith apareça. XD

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Rick
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Re: Contos

Mensagem por Rick » 10 Set 2015, 01:26

Me lembrou dessa música (letra na descrição do vídeo):

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Fichas - Meredith Morgstein

Mensagem por DrLecter » 02 Out 2015, 00:53

Pessoal, continuo vivo. hahaha

Embora tenha sumido um pouco, estou de volta - mas não com um conto novo. O próximo conto ainda está em construção e eu decidi postar mais uma ficha de personagem enquanto isso. Dessa vez, fiquem com a Meredith. o/
Meredith Morgstein: humana, Ladina 5/Dançarina das Sombras 1, N; ND 6; tamanho Médio; desl. 9m; CA 17 (3 nível + 4 Destreza); PV 33; corpo-a-corpo: adaga +4 (1d4+4, 19-20); hab. ataque furtivo +3d6, encontrar armadilhas, técnica ladina (furtividade rápida, truque de perícia), sentir armadilhas +1, esquiva sobrenatural, mimetismo, visão no escuro; Fort +4, Ref +9, Von +3; For 12, Des 18, Con 12, Int 14, Sab 10, Car 19.

Perícias e Talentos: Acrobacia +13, Atletismo +10, Atuação (dança) +13, Diplomacia +13, Enganação +13, Furtividade +17, Iniciativa +13, Intuição +9, Ladinagem +13, Obter Informação +13, Percepção +9, Jogatina +13; Atraente, Esquiva, Foco em Perícia (Furtividade), Mobilidade, Reflexos Rápidos, Sorrateiro, Usar Armaduras (leves), Usar Armas (simples e marciais), Usar Escudos.

Como alguns de vocês imaginaram, ela é uma Dançarina das Sombras. Gosto muito dessa classe e acho que se encaixa muito bem no histórico da personagem. Vocês vão perceber que ela está dois níveis abaixo do irmão, e isso reflete o tempo em que ela ficou em Calacala, impossibilitada de se aventurar enquanto o irmão recebia seu treinamento com os Cavaleiros do Corvo. As lições de Sahyd foram suficientes apenas para o primeiro nível da classe. Vamos ver como ela se sai no futuro.

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