Caverna do Dragão Episódio perdido e verdadeiro

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Aldenor
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Re: Caverna do Dragão Episódio perdido e verdadeiro

Mensagem por Aldenor » 22 Set 2016, 09:32

Lucaskawaii, muito bom. Meus cumprimentos ahaha

Eu preferia o Hank, mas é pq tenho tara por protagonistas. E esta é um opinião minha fundada na minha infância, então é provável que a eu revisse o desenho hoje eu tivesse outro favorito (talvez a Diana...)
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Lord Seph
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Re: Caverna do Dragão Episódio perdido e verdadeiro

Mensagem por Lord Seph » 22 Set 2016, 09:46

Só quero falar que o dízimo não era para os rabinos e sim para os fiéis, principalmente mulheres, idosos e crianças que não tinham como se sustentar na antiguidade e não para os clérigos da época.

Em todo caso, gosto da Diana, Sheyla e do Vingador.

Nunca gostei de protagonistas.
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Padre Judas
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Re: Caverna do Dragão Episódio perdido e verdadeiro

Mensagem por Padre Judas » 22 Set 2016, 09:53

lucaswakai escreveu:Agora, sua crítica quanto ao criacionismo, acho que está um pouco dura demais. Claro que evolução é fática, talvez não exatamente algo "extremo" como uma evolução rápida e sem propósitos biológicos como alguns professores de ciências do ensino fundamental infelizmente ensinam, mas é fática. Agora, por outro lado, criacionismo não é contra a evolução. Pelo contrário, a corrente liberalista do cristianismo alega justamente que o universo começa no big bang e que os seres evoluem, o criador, Deus no caso, seria o autor da explosão, um ser ciente, mas não composto nem por matéria nem por energia. Rudolf Butmann, Paul Tilich, são só alguns dos muitos expoentes da demitologisação que creram e escreveram dessa forma, e são cristãos respeitáveis.
Mas Criacionismo não é isso. Acreditar que uma vontade inteligente, um "relojoeiro cego", criou um universo instável, frágil e imperfeito como o nosso é um direito de qualquer um. Os Criacionistas acreditam em uma origem fantástica e sobrenatural, de pessoas feitas de barro, milho, madeira ou outro material, através de um passe de mágica, de um universo que se faz em questão de horas ou dias. Defendem que a Terra tem alguns milhares de anos quando sabemos que tem milhões. Contra todos fatos, contra toda verdade, os Criacionistas insistem na mentira e no erro. Seja por ignorância, seja por má fé. A primeira é menos pior, porque se corrige com educação.
Aproposito, o caso de Gênesis 1 à 3 que é interpretado pela linha fundamentalista como literal, pelos liberais é interpretado como uma poesia (seguindo a forma de interpretação rabinico-judaica), ou seja, há um grupo grande de cristãos que creem ser o Gênesis 1 à 3 uma poesia que, a seu modo, expressa as crenças do autor do livro em sua época e contexto.
Concordo. Religião é um signo aberto, serve pra justificar tudo. De caridade à genocídio.
Agora, negar a existência desse ser ciente pré universal e desencadeador do universo (motor inamovível) é tão complexo cientificamente quanto prová-la.
Nem tanto. A questão é que deus é um bolso cada vez mais vazio. Na medida em que o tempo passa ele se torna cada vez mais irrelevante para a existência do Universo. A verdade é que já temos evidências suficientes para mostrar que o universo pode perfeitamente existir e funcionar sem a necessidade de um Grande Arquiteto. Mesmo a experiência humana independente de um princípio sobrenatural criador ou mantenedor. Quer dizer que ele não exista? Claro que não. Mas a questão não é que exista um deus ou não, é o fato de que ele é irrelevante. Do ponto de vista do universo, deus não importa. Assim como a Humanidade, diga-se.

Eu sou ateu não porque não acredito em deus. Isso não importa. Sou ateu porque percebi que vivo tão bem sem essa crença quanto com ela - talvez até melhor. Volto a dizer: deus é irrelevante. Desnecessário.
Sobre a Caverna do Dragão, quais eram os personagens favoritos da galera? (curiosidade)
Eu não tinha um favorito. Só sei que o Hank e a Sheila eram o casal pé-no-saco. Acho que Diana e Presto eram os mais legais, talvez. Erik era engraçado, mas nunca curti aquela covardia toda dele e Bobby era um moleque catarrento chorão. O Vingador era um vilão maneiro enquanto o Mestre dos Magos era só fdp mesmo.
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lucaswakai
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Re: Caverna do Dragão Episódio perdido e verdadeiro

Mensagem por lucaswakai » 22 Set 2016, 10:08

Lord Seph escreveu:Só quero falar que o dízimo não era para os rabinos e sim para os fiéis, principalmente mulheres, idosos e crianças que não tinham como se sustentar na antiguidade e não para os clérigos da época.

Em todo caso, gosto da Diana, Sheyla e do Vingador.

Nunca gostei de protagonistas.
Essa é uma questão interessante. No judaísmo mosaico, aquele que se vê praticado nos tempos do Antigo Testamento o sacerdote, ou clérigo, como podemos chamar, não recebia pagamento, mas, para sobreviver, quando alguém oferecia um sacrifício uma parte da carne do animal sacrificado era dada ao sacerdote que poderia vender o churrasco pronto ou comê-la. Ao mesmo tempo o sacerdote recebia acomodações onde residia e era tido como um juiz para o povo, no caso, quando ao ofício de juiz, ele podia, dentro da lei, cobrar uma taxa para julgar um caso, o que não era nem ilegal, nem incomum.

Quanto ao clero apostólico do Novo Testamento, podemos começar mencionando um clérigo extremista pré-cristão, João Batista, possivelmente um essênio, mas, se vocês notarem, os textos da Bíblia dão a entender que o pai dele havia sido Sumo Sacerdote, ou seja, cabia a João substituir o pai no ofício como líder máximo da igreja judaica, mas o que vemos é Caifas sendo o Sumo Sacerdote. João poderia ter cedido o cargo por não acreditar no modus operanti da igreja judaica, ou mesmo ter sofrido um golpe e ter perdido a patente. De qualquer forma, ele vive no deserto, veste-se com pelos de camelo (Gibão de Peles?) e come gafanhotos e mel silvestre (seria ele uma forma de druida?). João sustentava a si mesmo, mas com recursos que tirava da natureza.

Jesus, por outro lado não é sacerdote, é um leigo que prega uma mensagem afinada com a de João, arrependimento, amor, abnegação. Aparentemente ele não era saduceu, nem farizeu, nem essênio, nem zelote, menos ainda erodiano. O que dá pra dizer do Jesus histórico é que ele era contra cultural. Ele sim recebia doações (isso fica evidente em alguns textos) que eram empregadas na ajuda aos necessitados, mas também para o sustento de seu movimento (no início o cristianismo era conhecido como "Seita do Nazareno" e o nome seguinte passou a ser "Aqueles do Caminho"). Jesus é contra cultural também no fato de seu ministério claramente ser sustentado, majoritariamente, por mulheres ricas (ou Zonah) o que, para um sacerdote, seria uma vergonha.

Quanto ao clericato dos apóstolos (e aqui podemos incluir Paulo, Tiago de Jerusalém, mas ao mesmo tempo excluir Tiago Discípulo, pois este foi prematuramente decapitado por Erodes) eles recebiam quantias doadas por fieis (não tinham um valor específico, eram feitas conforme a vontade do doador), e esses recursos eram gastos em Agapes, embora a palavra grega signifique "Amores" essas eram "reuniões cristãs" onde se fazia uma grande refeição comunitária e todos os membros do grupo podiam comer. Basicamente, os apóstolos não recebiam dinheiro, mas tinham abrigo nas casas dos fieis e comiam nos Agapes.

Paulo, como um caso diferenciado, além de participar das refeições proto-cristãs, também trabalhava como fazedor de tendas (Ofício) e de seu trabalho tirava dinheiro.

O que se poderia supor é que os clérigos cristãos de hoje, de forma idealizada, deveriam receber, ao menos, comida e abrigo, pois viver nos ermos como João Batista seria algo complexo no mundo atual. Eu gosto da filosofia do Exército de Salvação, por exemplo, um grupo cristão moderno (possui só 150 anos de existência, o que dentro da história do cristianismo pode ser considerado pouco) que se foca em receber doações e acudir necessitados. Seus clérigos (acho que variam no geral entre Tenentes, Capitães e Majores, mas há patentes maiores, como o General, que seria o Sumo Sacerdote do grupo) recebem moradia e um salário equivalente a um balconista de loja (se pensarmos bem isso deve ficar entre um salário mínimo e algo que talvez chegue a seus R$ 1.500,00 dependendo da região), e só. O dinheiro da instituição vai para caridade, doações e para a APROSES (Assistência e Promoção Social do Exército de Salvação) que ajuda em emergências e/ou com grupos específicos, como idosos ou crianças abandonadas. Acho que esse grupo, com todos seus defeitos humanos (por que toda a organização os tem, não duvidem) representa bem o ideal do clericato apostólico.

Mas posso estar errado, me corrijam se for o caso.

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lucaswakai
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Re: Caverna do Dragão Episódio perdido e verdadeiro

Mensagem por lucaswakai » 22 Set 2016, 10:21

Mas Criacionismo não é isso. Acreditar que uma vontade inteligente, um "relojoeiro cego", criou um universo instável, frágil e imperfeito como o nosso é um direito de qualquer um. Os Criacionistas acreditam em uma origem fantástica e sobrenatural, de pessoas feitas de barro, milho, madeira ou outro material, através de um passe de mágica, de um universo que se faz em questão de horas ou dias. Defendem que a Terra tem alguns milhares de anos quando sabemos que tem milhões. Contra todos fatos, contra toda verdade, os Criacionistas insistem na mentira e no erro. Seja por ignorância, seja por má fé. A primeira é menos pior, porque se corrige com educação.
Sou obrigado a discordar de ti. Criacionismo é a crença de que um ser superior cria o universo. Criacionismo de Gênesis (ou seja, totalmente baseado nos primeiros 3 capítulos do livro de Gênesis) que é uma das vertentes do criacionismo e esta que você falou acima. Tilich e Butmann são criacionistas ferrenhos, creem que um ser superior cria o universo, mas tratam o Gênesis como mito... No Brasil há dois fortes defensores da demitologisação, Maruilson Souza e Célio... Esqueci o sobrenome dele... Depois pesquiso e completo.
Concordo. Religião é um signo aberto, serve pra justificar tudo. De caridade à genocídio.
Sim, fato, religião justifica tudo, mas religião praticada com honestidade e inteligência não geraria genocídios, por exemplo. Até por que, o conceito de religião é o de religar o ser humano a um ser transcendental, que seria totalmente bom. Se você se liga a algo bom e se torna mau, sua visão da religião está distorcida.
Nem tanto. A questão é que deus é um bolso cada vez mais vazio. Na medida em que o tempo passa ele se torna cada vez mais irrelevante para a existência do Universo. A verdade é que já temos evidências suficientes para mostrar que o universo pode perfeitamente existir e funcionar sem a necessidade de um Grande Arquiteto. Mesmo a experiência humana independente de um princípio sobrenatural criador ou mantenedor. Quer dizer que ele não exista? Claro que não. Mas a questão não é que exista um deus ou não, é o fato de que ele é irrelevante. Do ponto de vista do universo, deus não importa. Assim como a Humanidade, diga-se.
A questão da importância de uma divindade superior é bem relativa. Se levarmos em conta o conceito de vida imaterial pós morte, o que também é muito difícil de negar ou provar, ele (o motor inamovível) seria o destino final de toda a vida. Claro que uma crença nesse ser deveria levar a pessoa fiel a tentar se tornar alguém melhor, e ai está a importância dele. É algo muito mais emocional e antropológico que universal. Agora, como falei antes, negar a existência dele, ou prová-la, é igualmente difícil para a ciência, e eu sustendo essa opinião.
Eu sou ateu não porque não acredito em deus. Isso não importa. Sou ateu porque percebi que vivo tão bem sem essa crença quanto com ela - talvez até melhor. Volto a dizer: deus é irrelevante. Desnecessário.
Eu sou cristão, mas me considero um liberal livre pensador. Eu acho que te interessaria ler a Teologia Sistemática de Paul Tilich, talvez o cristão mais ateu (ou seria o ateu mais cristão?) que já li. Uma frase dele me chama a atenção aqui, em sua última entrevista lhe foi perguntado qual seria seu pensamento mais profundo. Após duas boas tragadas em seu charuto ele disse:
"Deus me ama, e eu não faço ideia do motivo."
A ideia aqui é de uma divindade como ser relacional transcendental. O que não é irrelevante, pois pode mudar atitudes.
Eu não tinha um favorito. Só sei que o Hank e a Sheila eram o casal pé-no-saco. Acho que Diana e Presto eram os mais legais, talvez. Erik era engraçado, mas nunca curti aquela covardia toda dele e Bobby era um moleque catarrento chorão. O Vingador era um vilão maneiro enquanto o Mestre dos Magos era só fdp mesmo.
kkkkk! Gostei da avaliação!

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