A proposta: acho que todos já conhecem Contra Arsenal, trata-se do avanço de Arsenal com seu Megazord e a resistência do Reinado a isso. Como disse antes, há diferenças significativas entre a minha versão e a versão oficial. Segui as premissas básicas, mas penso que aprimorei a versão oficial para algo bem superior. O jogo será formatado de acordo com os PJ's, logo, se houverem só combatentes o jogo será de combates, mas se houverem malandros ou outros o jogo será adequado às habilidades sociais, política, etc. É uma guerra: há muitas coisas acontecendo paralelamente, e não necessariamente os PJ's estarão no centro disso o tempo todo. Aliás, será difícil dizer se há um centro, ou o que é mais importante nesse caos. Dentro dessa linha de ideias, espero que os jogadores tenham liberdade para tomar ações fora da minha linha de pensamento também. RPG é um jogo colaborativo, então se vocês acham que há uma ferramenta X que pode ser usada Contra Arsenal, vou possibilitar que vocês possam perseguir essa ideia. No entanto, não presumam que seu personagem sabe o que o jogador sabe, nem esperem que os personagens serão salvos por serem PJ's. É uma guerra, pessoas morrem. Se PJ's morrerem os jogadores poderão continuar com um dos vários soldados dessa causa.Conferência de Guerra
Deheon, final de 1405.
O imenso salão dos Regentes estava cheio como nunca estivera antes. A mesa oval que domina quase todo o espaço tinha na cabeceira o Rei de Deheon e Imperador do Reinado, Thormy. Logo atrás dele, sentados em cadeiras menores, estavam a Rainha Rhavana e Arkam do Braço Metálico. Era o costume que o Rei e os Regentes estivessem sempre acompanhados de dois conselheiros de sua escolha e a maioria deles seguia aquela tradição naquele dia.
A bela Shivara Sharpblade trajava um vestido simples para sua posição, mas que, por isso mesmo, realçava seus generosos dotes naturais. Os cabelos louros estavam presos de forma prática, o que não impedia que uma profusão de ondas douradas se derramasse sobre seus ombros. Atrás dela sentavam-se o Conselheiro de Yuden, à direita, trajando uma armadura de batalha cerimonial, e o Conselheiro de Trebuck, à esquerda, curvado ante o peso da importância do evento.
A toga simples do Princeps Aurakas denotava os músculos bem cuidados, mas que ficavam totalmente apagados ao lado do portento físico que era seu imenso campeão, coberto por cicatrizes de batalhas e coroado de glória, pois à sua direita era Kelskan, Sumo Sacerdote de Tauron. Do lado esquerdo do princeps, franzino para um minotauro, sentava-se um discreto membro da subraça dos gnus.
Ferren Asloth quase não pôde ser reconhecido com seu novo eu. A figura encarquilhada que um dia fora dera lugar a um homem jovem no auge de seus 35 anos, mas os olhos cinzentos ainda eram os mesmos. Cochichos corriam pela sala espalhando como ele se recuperara de uma doença rara – ou maldição – que o perseguia desde a infância. O corpo ainda estava magro, como seria de esperar de alguém que estivera por tanto tempo enfermo, mas músculos já começavam a surgir onde antes só havia ossos e pele flácida. A espada de mão e meia a tiracolo denunciava que os métodos do Velho Abutre tinham se ampliado. Aliás, corria a boca pequena que sua nova alcunha agora era o Jovem Gavião. Os mais prudentes dentre os Regentes avaliavam se ele se mostraria tão hábil com a espada quanto era com a política e temiam receber em breve a resposta.
Por outro lado, o poderoso e arrogante Dragão-Rei Schkar continuava poderoso e arrogante. Mesmo em sua forma élfica ele causava deslumbramento. Vestido em finas sedas vermelhas e ornado com jóias de ouro incrustadas com rubis, ele não portava armas, pois era notório que não precisava delas. Pelos registros do Reinado era a segunda vez que o Dragão-Rei vinha a Valkaria, sendo que a primeira foi quando Schkar aderiu ao Reinado humano. Todos tentavam imaginar o que Thormy teria dito desta vez para atrair o Senhor de Schkarshatallas.
Perto destes astros, os outros regentes eram apenas pequenas e opacas estrelas. Mesmo Khulai-Hûk, o tatuado regente de Khubar, emoldurado por dois exóticos habitantes do arquipélago, não chamava tanta atenção.
Em meio à tamanha grandiosidade Thorgalt Vorlat permitiu-se um sorriso ao se surpreender observando o homem que se sentava a seu lado e com o qual dividia fronteiras, o rústico Solast Arantur. Se estivesse em Ahlen todos os cortesãos se poriam a investigar o porquê do sisudo Thorgalt rir à mesa, mas ali isso não significava nada. Talvez nem ele significasse nada. “Melhor assim”, pensou, pois naquele dia queria ser discreto e gostava de poder correr os olhos pequenos e ferinos pelo salão, certo de que aqueles poderosos homens cometiam ao menos um erro: subestimá-lo. Os pomposos trajes que usava tinham o objetivo de levá-los a acreditar que era algo que não é: um pavão inofensivo. Assim como os pequenos animais na natureza, Thorgalt usava o mimetismo para evitar ser engolido por aqueles predadores. Não era covardia, no entanto, mas pura astúcia que o fazia agir assim. Em Ahlen a astúcia sempre foi mais poderosa que qualquer espada e mais admirada que a coragem. Também na natureza os animais mais coloridos eram sempre os mais venenosos.
Os pensamentos do Regente de Ahlen foram insolentemente interrompidos pelo soar de trombetas que antecedeu o Porta-Voz do Imperador-Rei.
- Nobres Regentes, o Imperador-Rei Thormy e a Rainha Rhavana os recebem com muito prazer em sua morada e declaram iniciada a Reunião Extraordinária dos Regentes do Reinado.
O homem retirou-se com suas plumas e trompas e as portas do salão foram fechadas. Agora apenas os homens mais importantes do Reinado estavam sob aquele teto, e um silencioso segundo se passou antes que Thormy erguesse sua voz.
- Senhores Regentes, vivemos tempos difíceis. Nestes tempos, até mesmo o forte pode fraquejar se não se cercar de aliados. – os olhos do Imperador se detiveram por segundos sob a face de Kelskan, que contorcera seu rosto bovino em desaprovação. “O forte jamais fraqueja”, certamente o Sumo Sacerdote pensara – Os reuni hoje porque uma poderosa ameaça paira sobre o Reinado: a sombra de um antigo inimigo que também reúne suas forças, mas para nos atacar. – Thormy fez uma pausa antes de prosseguir – Na última semana recebi informações que nos dizem que Mestre Arsenal construiu uma terrível máquina de guerra e marchará contra nós em breve.
Thormy foi interrompido pela voz impaciente de Shivara:
- Mestre Arsenal é só um homem, Imperador! Quando bati à sua porta falando de um exército de invasores alienígenas o senhor não convocou um Conselho de Regentes. Porque devo me preocupar com esta ínfima ameaça quando há outra muito maior? A única coisa que me interessa é: quando o senhor me dará um exército para lutar contra a Tormenta?
Thormy preparava uma resposta quando o Regente de Sambúrdia, Beldrad Isoltorn, se levantou:
- Pois digo que seus sonhos com ameaças extra-planares são apenas isso, Milady: sonhos. Os campos de Sambúrdia estão sendo varridos por enxames de gafanhotos do tamanho de morcegos. Estejam certas de que aquilo não é obra da natureza. Um poder profano move aqueles diabretes. Se algo não for feito, quando Mestre Arsenal marchar sobre nós, ou a tal Tormenta resolver finalmente engolir o mundo, tudo que nós teremos para nos defender serão pálidas sombras de guerreiros consumidos pela fome.
- Petrynia também tem sofrido, mas com os ataques de criaturas do mar. – Godin Idelphatt lamentava que aquela não fosse apenas mais uma das inúmeras estórias que coloriam seu reino – O que parecia apenas ataques esparsos agora se tornou um ataque em larga escala e ameaça a integridade de meu Reino, e conseqüentemente do Reinado.
- Ora, Milorde – a voz de Aurakas trovejou pelo salão, tentando sem sucesso disfarçar a empolgação – a Marinha de Tapista pode lidar com esta ameaça. Basta que se comprometa a pagar o devido tributo...
O Regente de Petrynia foi rápido na resposta, deixando de lado a prudência:
- Agradeceria sua ajuda se soubesse que Minotauros são capazes de respirar água, senhor. Meus soldados seriam capazes de conter a ameaça se as criaturas não fugissem sempre para o mar quando a maré da batalha lhes desfavorece. Ou será que estes imensos chifres tem alguma utilidade que desconhecemos?
A cara de Aurakas contorceu-se em fúria e ele teria respondido à altura da ofensa se uma voz calma não tivesse se interposto:
- Bielefield também sofre com ataques de seres do mar. – ponderou Ygor Janz – No entanto, meu caso é ainda mais grave que o de Petrynia, posto que o Dragão-Rei Benthos pode ser o responsável.
- Imperador – a voz clara de Ferren Asloth atraiu a atenção de todos, fazendo-os ignorar as palavras do Regente de Bielefield – Ao contrário dos outros Regentes, não lhe trago problemas, mas uma solução. Desde o ataque do exército de Crânio Negro a União Púrpura entregou-se a sua natureza: a selvageria. O povo de Porthsmouth tem sofrido com ataques de bárbaros saqueadores, e não vejo neste conselho um Regente que responda por aquele lugar. Se não for contida logo a União Púrpura pode marchar contra os reinos vizinhos, e estaríamos entregues à Guerra e ao Caos. Além disso, só podemos imaginar que espécie de simbiontes da Tormenta ainda há ali. Se o senhor declarasse aquele lugar Terra de Ninguém meus exércitos poderiam resolver este problema facilmente. Tenho certeza que os Senhores de Sambúrdia, Nova Ghondrian, Salistick e Bielefield e a Bela Senhora de Yuden e Trebuck ficariam gratos com Vossa Majestade.
- Este é um ínfimo problema se comparado à horda goblinóide estacionada em Khalifor, Lorde Asloth. – o Regente de Tyrondir, Balek III, lamentou, como se não fosse o maior responsável pela situação de seu reino ter chegado ao atual estado calamitoso – Com prazer trocaria meus problemas pelos seus. É para o sul que os Exércitos do Reinado precisam marchar. Thwor Ironfist está a poucas semanas de marcha da Capital do Reinado e há pouco que eu possa fazer para detê-lo com o contingente de que disponho.
O burburinho espalhou-se pelo salão e as vozes se elevaram. A cada Regente parecia que o problema do outro era insignificante diante do seu. “A praga coral em Lomatubar...”, “Os Tiranos das Águas em Callistia...”... Em poucos minutos o Conselho de Regentes mais parecia a Grande Feira de Malpetrim, faltando apenas os vendedores de cerveja e as prostitutas se oferecendo aos bucaneiros.
- CHEGA! – a fúria de Thormy ecoou pelo Palácio. – Estou ciente de todos os problemas do Reinado. – o volumoso bigode parecia ainda maior enquanto ele corria os olhos pelo salão, fitando um a um – Não lhes chamei até aqui para ouvir lamúrias. Todos os nossos problemas serão solucionados em seu tempo. Aurakas, até onde minha memória alcança ainda há um Imperador e só ele tem direito a receber tributos de outros Reinos. Godin, Arkam enviará aventureiros capazes de atuar debaixo d’água para exterminar esta ameaça marinha. O Protetorado também não faltará a Sambúrdia, Beldrad, como Sambúrdia nunca nos faltou. Asloth, a União Púrpura escolherá um novo Regente em breve e você não colocará sequer um soldado naquele território, ou responderá por traição. Balek, Ironfist não cairá antes que a profecia se cumpra, até lá não há nada que possamos fazer. Shivara – a voz de Thormy abrandou, como se subitamente se lembrasse de que aqueles não eram seus servos, ou talvez o respeito que devotava à Regente de Trebuck o tenha acalmado – a Tormenta é uma ameaça maior que Arsenal, mas a Batalha de Amarid nos mostrou que devemos aprender antes de lutar. Devo lembrá-los que Mestre Arsenal foi capaz de derrotar o Paladino, que até então tinha sido capaz de vencer até o mais poderoso de nós – os olhos de Thormy ousaram pousar sobre Schkar, que emanava fúria fria – Todos os problemas precisam de solução, mas precisamos começar de algum lugar, e Arsenal é o mais urgente. Ninguém falará de outro assunto nesta sala de agora em diante.
Walfengarr Roggandin, Senhor de Zakharov reiniciou a conversa, curioso e subserviente:
- Que seja como Vossa Majestade deseja, Imperador-Rei Thormy. Mas que máquina diabólica é essa que ameaça todo o Reinado?
Thormy relaxou por um momento no trono.
- Há alguém mais capaz que eu para responder essa pergunta, meu amigo. Tenham a bondade de receber o Mestre Máximo da Magia.
Um brilho azulado tomou a sala quando runas místicas cobriram o chão à frente do Imperador-Rei, no extremo oposto da mesa.
- Já não era sem tempo. – disse o velho barbudo, ignorando os títulos – Achei que suas discussões não acabariam antes de Arsenal bater à nossa porta.
- Estava nos ouvindo? – perguntou Schkar, embora já soubesse a resposta – Sua segurança é deplorável, humano. – os olhos vermelhos do Dragão-Rei estavam sobre Thormy – Permite que qualquer um ouça nossos conselhos por detrás da porta?
Thormy olhou para Schkar e por um momento se arrependeu de todo esforço para trazê-lo àquela reunião. Então se lembrou do motivo, e a coragem lhe voltou, mas antes que tivesse tempo de responder, sua amada Rhavana se adiantou:
- Esse não é qualquer um, Milorde. Mestre Talude é o maior mago vivo e ensinou magia a um sem número de magos poderosos. Sempre foi um amigo fiel de Deheon e do Reinado, nos aconselhando sabiamente nas horas mais negras.
- Obrigado, minha Rainha. – acenou alegremente Talude – De qualquer forma, há pouco que qualquer um de vocês poderia fazer para me impedir de saber tudo o que acontece nesta sala ou em qualquer outro lugar. – o Velho deu uma piscadela irônica e ousada para o Dragão-Rei – Por sorte, estou aqui como amigo. Agora vamos direto ao assunto – Talude cofiou a longa barba antes de começar e, depois de analisar a bela e aparentemente desconfortável cadeira que lhe fora oferecida, estalou os dedos, fazendo surgir uma imensa poltrona acolchoada, onde se sentou antes de continuar. – O Kishin. Um engenho magnífico, sem dúvida. Está anos à frente da tecnologia e da magia de Arton, mas, mesmo assim, de onde veio era um em meio a exércitos. Fiquei pouco tempo naquele lugar, pois nunca gostei de Guerras – o velho observou com um sorriso o esgar de desprezo do homem sentado ao lado direito de Shivara – Oh, sim, eu conheci o mundo natal de Mestre Arsenal, e digo a vocês: ele é uma ameaça à paz dos Reinos. O Kishin é poderoso, e seria capaz de derrubar as muralhas de Valkaria com um soco. Magia não o afeta diretamente e nenhuma arma que exista neste mundo poderá destruí-lo, mas talvez, neste ponto, eu deva abrir uma exceção para a espada que está nas mãos de seu Piloto e Senhor: Mestre Arsenal.
O silêncio foi a resposta ao relato de Talude, logo quebrado pelo direto e pragmático Regente de Namalkah:
- Muito bem. – disse Borandir Silloherom – Se ele é assim tão poderoso, o que faremos? O que poderíamos fazer?
Foi Kelskan quem respondeu a pergunta, resoluto:
- Desafiarei Mestre Arsenal para um combate singular em nome do Reinado. Ele é o Sumo Sacerdote de Keenn e não poderia recusar. Quando eu o derrotar ele entregará suas armas.
A confiança do Sumo Sacerdote de Tauron sugeria que o assunto estava resolvido, mas nem todos pensavam como ele:
- Seus feitos são cantados em Bielefield, poderoso Kelskan. Mas mesmo lá as façanhas de Mestre Arsenal provocam mais admiração. – alguém mais imprudente soltou um risinho – Ele derrotou o Paladino. Não colocarei todas as minhas chances em você ou em qualquer outro guerreiro. – Ygor Janz tinha o semblante carregado, como sempre – Se eu o conheço bem, Thormy, você tem um plano. Diga logo qual é.
- Majestade, se me permitir... – era Arkam.
- Tenha a bondade, meu amigo. – Thormy anuiu.
O Comandante do Protetorado levantou-se de sua cadeira e expôs seu sorriso aberto aos olhares inquisitivos:
- Senhores, construiremos um Colosso como o de Arsenal e vamos derrotá-lo em seu próprio terreno.
As vozes não puderam ser contidas. A balbúrdia tomou novamente a sala do Conselho, mas desta vez Thormy sentiu-se de algum modo satisfeito. Depois de alguns minutos os ânimos se acalmaram naturalmente e todos se voltaram para os Deheonianos em busca de respostas. Foi Solast Aranthur quem exigiu a primeira:
- Mestre Talude acabou de nos dizer que a magia e a tecnologia empregadas no Kishin estão anos à frente da nossa. Como poderíamos construir tal coisa?
- Oh, deixe-me corrigi-lo, Caro Lenhador. – era a primeira vez que as palavras de Talude faziam alguém se sentir orgulhoso naquele dia – Falei em relação à magia de Arton, não em relação a minha magia. E também não incluí o pequeno e extraordinário Lorde Niebling nesta equação. – o Mestre Máximo da Magia fez um gesto com suas mãos e um diminuto ser apareceu sobre a mesa, pois de outro modo ninguém o veria.
Diante do rubor na face do gnomo, o que denotava sua timidez, o homem do braço de metal o apresentou:
- Senhores, este é o Conselheiro em Tecnologia do Protetorado do Reino, Lorde Niebling. Ele será o responsável pelo projeto mecânico do nosso Colosso.
Com a visão do rosto amigo do Comandante do Protetorado, Niebling venceu a timidez:
_OprojetoestaquaseprontosofaltamunspequenosdetalhesjáqueafusãoentremagiaetecnologianuncafoifeitaantesnestemundomastenhocertezaqueMestreTaludeeeuconseguiremosalcançarnossointentoesuperaramáquinadeMestreArsenalantesqueelepossacausarqualquermalaArtoneaoReinado.
Ante os olhos atônitos de todos na sala, o Rei Thormy resumiu:
- Ele fará o projeto – trazendo paz aos rostos perturbados pelo não entendimento – e os ferreiros cedidos por Doherim e Zakharov executarão. Já temos 200 anões ferreiros trabalhando em Coridhrian.
- Isso mesmo, senhores – o representante do Conselho de Magos Regentes de Wynnlla permanecera calado até então – E Wynnlla se orgulha imensamente em executar as ordens de Mestre Talude para a parte arcana do Coridhrian, com a ajuda dos Magos da Academia.
- Ora, o brinquedinho já tem até nome. – disse Schkar insolentemente – Então, Thormy, porque me trouxe até aqui. Você já tem seus planos, não pediu sugestões, já está até mesmo construindo o Colosso. Porque chamou todos os Regentes aqui?
O semblante de Thormy se encheu de nuvens escuras, e ele tossiu para imprimir à voz sua máxima firmeza:
- A construção do Coridhrian já começou e custará 20 milhões de peças de ouro – um coro de surpresa e indignação começou, mas Thormy elevou sua voz e o interrompeu – De agora em diante não haverá luxos em nenhuma de suas cortes. Cada plebeu e nobre do reino ajudará a pagar esta conta. TUDO que tiverem e não for indispensável à sobrevivência reverterá ao esforço de guerra. – desta vez o espanto da notícia levou ao choque e ao silêncio, e não à balbúrdia. Todos reconheciam a necessidade da medida, mas alguns se apegavam mais aos seus pertences.
- Se pensa que tocará em meu tesouro mortal – a pele de Schkar se encheu de escamas vermelhas, e por um instante Arkam pensou que sentiria o bafo do Dragão Rei – está muito enganado.
- Se acha que Arsenal não te ameaça, que a arma que ele carrega não pode te destruir ou a seu Reino, fique à vontade para voltar para casa, Schkar. – as palavras de Thormy acalmaram o Dragão Rei, mas não passavam de um rápido engodo – O Kishin está em algum lugar das Montanhas Sanguinárias. Acredito que seu reino pode ser o primeiro a ser atacado. Talvez seu poder seja capaz de detê-lo, nos poupando tamanho esforço. Seu nome seria cantado entre os maiores heróis dos Reinos.
- Muito bem – Schkar engoliu o orgulho – Farei uma módica contribuição para sua causa, Imperador-Rei.
- Só espero que seja digna de um Dragão-Rei – Thormy teve tempo de dizer antes de chamas engolfarem o corpo élfico, e se consumirem, deixando apenas o cheiro de enxofre do Dragão-Rei no ar.
A testa de Imperador-Rei estava encharcada, mas ele ficou feliz que as cuecas ainda estivessem secas.
- Milorde – era o Regente de Zhakarov – Se todo minério de ferro for revertido para o Coridhrian meu Reino irá à falência. Os Ferreiros morrerão de fome.
- Não se preocupe, caro Walfengarr – Thormy passou a mão pelos bigodes tentando tirar o excesso de suor – Seus ferreiros também virão para Coridhrian. TODOS. Com forjas e tudo. – o Imperador-Rei não pôde deixar de rir ante a expressão de incredulidade de Walfengarr.
- Este colosso – balbuciou Shivara – Se é tão poderoso...
- Sim – completou Talude – Seu pensamento está certo, Milady. Pode ser uma arma formidável contra a Tormenta.
- Tapista participará do esforço de Guerra. – Aurakas disse, como se tivesse alguma opção àquela altura.
A imensa massa de músculos que compunha Kelskan se levantou:
- Imperador-Rei. Meus braços são seus. Arsenal é um dos maiores guerreiros deste mundo e quero ter a honra de derrotá-lo. Desejo lutar nesta guerra.
- Seus braços são bem vindos, Kelskan. Arkam terá utilidade para eles. – Thormy se levantou e falou uma última vez aos regentes – A contribuição de todos será aceita. Vladislav Tpish será o responsável pela coleta de recursos – disse o Imperador depois de checar uma vez mais se Schkar tinha ido embora. – A reunião está encerrada, estão todos dispensados.
Sou ruim com regras, mas obviamente, como Mestre, vou evoluir nesse ponto para controlar o jogo, mas espero ajuda dos jogadores para eventuais erros.
Sistema: TRPG.
Nível: 12º para 4-5 jogadores. (três reservadas para: John, Aldenor e Senimaru).
Personagens: Se vocês quiserem, podem escolher NPC's Oficiais do Cenário como Jogadores, reduzindo ou elevando o nível para 12 e fazendo sua versão própria deles. Exemplos posso dar vários que se adéquem: Niala, Tork, Razlen Greenleaf, Kelskan, Loriane, etc. Dependendo do personagem vou vetar, por exemplo: qualquer Regente, Vectorius, Talude (porque suas fichas não fazem sentido se reduzidas a 12 níveis), Arkam Braço Metálico (porque, como Líder do Protetorado, eu vou usar), etc.
Copiando o John:Na minha conta fecharam 5 assim:
John Lessard: Artoria
Senimaru:
Aldenor: Aldred Castell Maedoc II e Thereze Incarn
Rant:
Sadao:
Na reserva:
Lucena
Chapéu Preto
SasukeDRG
Necromancer Ignalthus
Morgana
Como determino minhas habilidades? 20 pontos.
Vou ganhar um Talento Regional grátis? Claro que é grátis ou se preferir um talento ambiental.
E qual material está liberado? Todos livros de TRPG. DS e site sujeitos a aprovação.
Existe algo que eu NÃO possa usar? A priori não. Já disse que meu ponto fraco são regras, espero boa-fé e personagens interessantes. E, se vocês abusarem da minha boa-fé, abusarei de vocês
Posso ter desvantagens? Sim, apenas uma em troca de um talento. Desvantagens criadas sujeitas a aprovação.
Você pode dar uma dica? Sim, claro. Personagens fortes são bem vindos, a campanha apresenta um certo grau de dificuldade.
E quando tem atualização? Sábado ou Domingo e Quarta à tarde, ou quando todos postarem e eu puder atualizar.