PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

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Fënrir
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PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Fënrir » 23 Out 2016, 17:34

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Conferência de Guerra

Deheon, final de 1405.

O imenso salão dos Regentes estava cheio como nunca estivera antes. A mesa oval que domina quase todo o espaço tinha na cabeceira o Rei de Deheon e Imperador do Reinado, Thormy. Logo atrás dele, sentados em cadeiras menores, estavam a Rainha Rhavana e Arkam do Braço Metálico. Era o costume que o Rei e os Regentes estivessem sempre acompanhados de dois conselheiros de sua escolha e a maioria deles seguia aquela tradição naquele dia.

A bela Shivara Sharpblade trajava um vestido simples para sua posição, mas que, por isso mesmo, realçava seus generosos dotes naturais. Os cabelos louros estavam presos de forma prática, o que não impedia que uma profusão de ondas douradas se derramasse sobre seus ombros. Atrás dela sentavam-se o Conselheiro de Yuden, à direita, trajando uma armadura de batalha cerimonial, e o Conselheiro de Trebuck, à esquerda, curvado ante o peso da importância do evento.

A toga simples do Princeps Aurakas denotava os músculos bem cuidados, mas que ficavam totalmente apagados ao lado do portento físico que era seu imenso campeão, coberto por cicatrizes de batalhas e coroado de glória, pois à sua direita era Kelskan, Sumo Sacerdote de Tauron. Do lado esquerdo do princeps, franzino para um minotauro, sentava-se um discreto membro da subraça dos gnus.

Ferren Asloth quase não pôde ser reconhecido com seu novo eu. A figura encarquilhada que um dia fora dera lugar a um homem jovem no auge de seus 35 anos, mas os olhos cinzentos ainda eram os mesmos. Cochichos corriam pela sala espalhando como ele se recuperara de uma doença rara – ou maldição – que o perseguia desde a infância. O corpo ainda estava magro, como seria de esperar de alguém que estivera por tanto tempo enfermo, mas músculos já começavam a surgir onde antes só havia ossos e pele flácida. A espada de mão e meia a tiracolo denunciava que os métodos do Velho Abutre tinham se ampliado. Aliás, corria a boca pequena que sua nova alcunha agora era o Jovem Gavião. Os mais prudentes dentre os Regentes avaliavam se ele se mostraria tão hábil com a espada quanto era com a política e temiam receber em breve a resposta.

Por outro lado, o poderoso e arrogante Dragão-Rei Schkar continuava poderoso e arrogante. Mesmo em sua forma élfica ele causava deslumbramento. Vestido em finas sedas vermelhas e ornado com jóias de ouro incrustadas com rubis, ele não portava armas, pois era notório que não precisava delas. Pelos registros do Reinado era a segunda vez que o Dragão-Rei vinha a Valkaria, sendo que a primeira foi quando Schkar aderiu ao Reinado humano. Todos tentavam imaginar o que Thormy teria dito desta vez para atrair o Senhor de Schkarshatallas.

Perto destes astros, os outros regentes eram apenas pequenas e opacas estrelas. Mesmo Khulai-Hûk, o tatuado regente de Khubar, emoldurado por dois exóticos habitantes do arquipélago, não chamava tanta atenção.

Em meio à tamanha grandiosidade Thorgalt Vorlat permitiu-se um sorriso ao se surpreender observando o homem que se sentava a seu lado e com o qual dividia fronteiras, o rústico Solast Arantur. Se estivesse em Ahlen todos os cortesãos se poriam a investigar o porquê do sisudo Thorgalt rir à mesa, mas ali isso não significava nada. Talvez nem ele significasse nada. “Melhor assim”, pensou, pois naquele dia queria ser discreto e gostava de poder correr os olhos pequenos e ferinos pelo salão, certo de que aqueles poderosos homens cometiam ao menos um erro: subestimá-lo. Os pomposos trajes que usava tinham o objetivo de levá-los a acreditar que era algo que não é: um pavão inofensivo. Assim como os pequenos animais na natureza, Thorgalt usava o mimetismo para evitar ser engolido por aqueles predadores. Não era covardia, no entanto, mas pura astúcia que o fazia agir assim. Em Ahlen a astúcia sempre foi mais poderosa que qualquer espada e mais admirada que a coragem. Também na natureza os animais mais coloridos eram sempre os mais venenosos.

Os pensamentos do Regente de Ahlen foram insolentemente interrompidos pelo soar de trombetas que antecedeu o Porta-Voz do Imperador-Rei.

- Nobres Regentes, o Imperador-Rei Thormy e a Rainha Rhavana os recebem com muito prazer em sua morada e declaram iniciada a Reunião Extraordinária dos Regentes do Reinado.

O homem retirou-se com suas plumas e trompas e as portas do salão foram fechadas. Agora apenas os homens mais importantes do Reinado estavam sob aquele teto, e um silencioso segundo se passou antes que Thormy erguesse sua voz.

- Senhores Regentes, vivemos tempos difíceis. Nestes tempos, até mesmo o forte pode fraquejar se não se cercar de aliados. – os olhos do Imperador se detiveram por segundos sob a face de Kelskan, que contorcera seu rosto bovino em desaprovação. “O forte jamais fraqueja”, certamente o Sumo Sacerdote pensara – Os reuni hoje porque uma poderosa ameaça paira sobre o Reinado: a sombra de um antigo inimigo que também reúne suas forças, mas para nos atacar. – Thormy fez uma pausa antes de prosseguir – Na última semana recebi informações que nos dizem que Mestre Arsenal construiu uma terrível máquina de guerra e marchará contra nós em breve.

Thormy foi interrompido pela voz impaciente de Shivara:

- Mestre Arsenal é só um homem, Imperador! Quando bati à sua porta falando de um exército de invasores alienígenas o senhor não convocou um Conselho de Regentes. Porque devo me preocupar com esta ínfima ameaça quando há outra muito maior? A única coisa que me interessa é: quando o senhor me dará um exército para lutar contra a Tormenta?

Thormy preparava uma resposta quando o Regente de Sambúrdia, Beldrad Isoltorn, se levantou:

- Pois digo que seus sonhos com ameaças extra-planares são apenas isso, Milady: sonhos. Os campos de Sambúrdia estão sendo varridos por enxames de gafanhotos do tamanho de morcegos. Estejam certas de que aquilo não é obra da natureza. Um poder profano move aqueles diabretes. Se algo não for feito, quando Mestre Arsenal marchar sobre nós, ou a tal Tormenta resolver finalmente engolir o mundo, tudo que nós teremos para nos defender serão pálidas sombras de guerreiros consumidos pela fome.

- Petrynia também tem sofrido, mas com os ataques de criaturas do mar. – Godin Idelphatt lamentava que aquela não fosse apenas mais uma das inúmeras estórias que coloriam seu reino – O que parecia apenas ataques esparsos agora se tornou um ataque em larga escala e ameaça a integridade de meu Reino, e conseqüentemente do Reinado.

- Ora, Milorde – a voz de Aurakas trovejou pelo salão, tentando sem sucesso disfarçar a empolgação – a Marinha de Tapista pode lidar com esta ameaça. Basta que se comprometa a pagar o devido tributo...

O Regente de Petrynia foi rápido na resposta, deixando de lado a prudência:

- Agradeceria sua ajuda se soubesse que Minotauros são capazes de respirar água, senhor. Meus soldados seriam capazes de conter a ameaça se as criaturas não fugissem sempre para o mar quando a maré da batalha lhes desfavorece. Ou será que estes imensos chifres tem alguma utilidade que desconhecemos?

A cara de Aurakas contorceu-se em fúria e ele teria respondido à altura da ofensa se uma voz calma não tivesse se interposto:

- Bielefield também sofre com ataques de seres do mar. – ponderou Ygor Janz – No entanto, meu caso é ainda mais grave que o de Petrynia, posto que o Dragão-Rei Benthos pode ser o responsável.

- Imperador – a voz clara de Ferren Asloth atraiu a atenção de todos, fazendo-os ignorar as palavras do Regente de Bielefield – Ao contrário dos outros Regentes, não lhe trago problemas, mas uma solução. Desde o ataque do exército de Crânio Negro a União Púrpura entregou-se a sua natureza: a selvageria. O povo de Porthsmouth tem sofrido com ataques de bárbaros saqueadores, e não vejo neste conselho um Regente que responda por aquele lugar. Se não for contida logo a União Púrpura pode marchar contra os reinos vizinhos, e estaríamos entregues à Guerra e ao Caos. Além disso, só podemos imaginar que espécie de simbiontes da Tormenta ainda há ali. Se o senhor declarasse aquele lugar Terra de Ninguém meus exércitos poderiam resolver este problema facilmente. Tenho certeza que os Senhores de Sambúrdia, Nova Ghondrian, Salistick e Bielefield e a Bela Senhora de Yuden e Trebuck ficariam gratos com Vossa Majestade.

- Este é um ínfimo problema se comparado à horda goblinóide estacionada em Khalifor, Lorde Asloth. – o Regente de Tyrondir, Balek III, lamentou, como se não fosse o maior responsável pela situação de seu reino ter chegado ao atual estado calamitoso – Com prazer trocaria meus problemas pelos seus. É para o sul que os Exércitos do Reinado precisam marchar. Thwor Ironfist está a poucas semanas de marcha da Capital do Reinado e há pouco que eu possa fazer para detê-lo com o contingente de que disponho.

O burburinho espalhou-se pelo salão e as vozes se elevaram. A cada Regente parecia que o problema do outro era insignificante diante do seu. “A praga coral em Lomatubar...”, “Os Tiranos das Águas em Callistia...”... Em poucos minutos o Conselho de Regentes mais parecia a Grande Feira de Malpetrim, faltando apenas os vendedores de cerveja e as prostitutas se oferecendo aos bucaneiros.

- CHEGA! – a fúria de Thormy ecoou pelo Palácio. – Estou ciente de todos os problemas do Reinado. – o volumoso bigode parecia ainda maior enquanto ele corria os olhos pelo salão, fitando um a um – Não lhes chamei até aqui para ouvir lamúrias. Todos os nossos problemas serão solucionados em seu tempo. Aurakas, até onde minha memória alcança ainda há um Imperador e só ele tem direito a receber tributos de outros Reinos. Godin, Arkam enviará aventureiros capazes de atuar debaixo d’água para exterminar esta ameaça marinha. O Protetorado também não faltará a Sambúrdia, Beldrad, como Sambúrdia nunca nos faltou. Asloth, a União Púrpura escolherá um novo Regente em breve e você não colocará sequer um soldado naquele território, ou responderá por traição. Balek, Ironfist não cairá antes que a profecia se cumpra, até lá não há nada que possamos fazer. Shivara – a voz de Thormy abrandou, como se subitamente se lembrasse de que aqueles não eram seus servos, ou talvez o respeito que devotava à Regente de Trebuck o tenha acalmado – a Tormenta é uma ameaça maior que Arsenal, mas a Batalha de Amarid nos mostrou que devemos aprender antes de lutar. Devo lembrá-los que Mestre Arsenal foi capaz de derrotar o Paladino, que até então tinha sido capaz de vencer até o mais poderoso de nós – os olhos de Thormy ousaram pousar sobre Schkar, que emanava fúria fria – Todos os problemas precisam de solução, mas precisamos começar de algum lugar, e Arsenal é o mais urgente. Ninguém falará de outro assunto nesta sala de agora em diante.

Walfengarr Roggandin, Senhor de Zakharov reiniciou a conversa, curioso e subserviente:

- Que seja como Vossa Majestade deseja, Imperador-Rei Thormy. Mas que máquina diabólica é essa que ameaça todo o Reinado?

Thormy relaxou por um momento no trono.

- Há alguém mais capaz que eu para responder essa pergunta, meu amigo. Tenham a bondade de receber o Mestre Máximo da Magia.

Um brilho azulado tomou a sala quando runas místicas cobriram o chão à frente do Imperador-Rei, no extremo oposto da mesa.

- Já não era sem tempo. – disse o velho barbudo, ignorando os títulos – Achei que suas discussões não acabariam antes de Arsenal bater à nossa porta.

- Estava nos ouvindo? – perguntou Schkar, embora já soubesse a resposta – Sua segurança é deplorável, humano. – os olhos vermelhos do Dragão-Rei estavam sobre Thormy – Permite que qualquer um ouça nossos conselhos por detrás da porta?

Thormy olhou para Schkar e por um momento se arrependeu de todo esforço para trazê-lo àquela reunião. Então se lembrou do motivo, e a coragem lhe voltou, mas antes que tivesse tempo de responder, sua amada Rhavana se adiantou:

- Esse não é qualquer um, Milorde. Mestre Talude é o maior mago vivo e ensinou magia a um sem número de magos poderosos. Sempre foi um amigo fiel de Deheon e do Reinado, nos aconselhando sabiamente nas horas mais negras.

- Obrigado, minha Rainha. – acenou alegremente Talude – De qualquer forma, há pouco que qualquer um de vocês poderia fazer para me impedir de saber tudo o que acontece nesta sala ou em qualquer outro lugar. – o Velho deu uma piscadela irônica e ousada para o Dragão-Rei – Por sorte, estou aqui como amigo. Agora vamos direto ao assunto – Talude cofiou a longa barba antes de começar e, depois de analisar a bela e aparentemente desconfortável cadeira que lhe fora oferecida, estalou os dedos, fazendo surgir uma imensa poltrona acolchoada, onde se sentou antes de continuar. – O Kishin. Um engenho magnífico, sem dúvida. Está anos à frente da tecnologia e da magia de Arton, mas, mesmo assim, de onde veio era um em meio a exércitos. Fiquei pouco tempo naquele lugar, pois nunca gostei de Guerras – o velho observou com um sorriso o esgar de desprezo do homem sentado ao lado direito de Shivara – Oh, sim, eu conheci o mundo natal de Mestre Arsenal, e digo a vocês: ele é uma ameaça à paz dos Reinos. O Kishin é poderoso, e seria capaz de derrubar as muralhas de Valkaria com um soco. Magia não o afeta diretamente e nenhuma arma que exista neste mundo poderá destruí-lo, mas talvez, neste ponto, eu deva abrir uma exceção para a espada que está nas mãos de seu Piloto e Senhor: Mestre Arsenal.

O silêncio foi a resposta ao relato de Talude, logo quebrado pelo direto e pragmático Regente de Namalkah:

- Muito bem. – disse Borandir Silloherom – Se ele é assim tão poderoso, o que faremos? O que poderíamos fazer?

Foi Kelskan quem respondeu a pergunta, resoluto:

- Desafiarei Mestre Arsenal para um combate singular em nome do Reinado. Ele é o Sumo Sacerdote de Keenn e não poderia recusar. Quando eu o derrotar ele entregará suas armas.

A confiança do Sumo Sacerdote de Tauron sugeria que o assunto estava resolvido, mas nem todos pensavam como ele:

- Seus feitos são cantados em Bielefield, poderoso Kelskan. Mas mesmo lá as façanhas de Mestre Arsenal provocam mais admiração. – alguém mais imprudente soltou um risinho – Ele derrotou o Paladino. Não colocarei todas as minhas chances em você ou em qualquer outro guerreiro. – Ygor Janz tinha o semblante carregado, como sempre – Se eu o conheço bem, Thormy, você tem um plano. Diga logo qual é.

- Majestade, se me permitir... – era Arkam.

- Tenha a bondade, meu amigo. – Thormy anuiu.

O Comandante do Protetorado levantou-se de sua cadeira e expôs seu sorriso aberto aos olhares inquisitivos:

- Senhores, construiremos um Colosso como o de Arsenal e vamos derrotá-lo em seu próprio terreno.

As vozes não puderam ser contidas. A balbúrdia tomou novamente a sala do Conselho, mas desta vez Thormy sentiu-se de algum modo satisfeito. Depois de alguns minutos os ânimos se acalmaram naturalmente e todos se voltaram para os Deheonianos em busca de respostas. Foi Solast Aranthur quem exigiu a primeira:

- Mestre Talude acabou de nos dizer que a magia e a tecnologia empregadas no Kishin estão anos à frente da nossa. Como poderíamos construir tal coisa?

- Oh, deixe-me corrigi-lo, Caro Lenhador. – era a primeira vez que as palavras de Talude faziam alguém se sentir orgulhoso naquele dia – Falei em relação à magia de Arton, não em relação a minha magia. E também não incluí o pequeno e extraordinário Lorde Niebling nesta equação. – o Mestre Máximo da Magia fez um gesto com suas mãos e um diminuto ser apareceu sobre a mesa, pois de outro modo ninguém o veria.

Diante do rubor na face do gnomo, o que denotava sua timidez, o homem do braço de metal o apresentou:

- Senhores, este é o Conselheiro em Tecnologia do Protetorado do Reino, Lorde Niebling. Ele será o responsável pelo projeto mecânico do nosso Colosso.

Com a visão do rosto amigo do Comandante do Protetorado, Niebling venceu a timidez:

_OprojetoestaquaseprontosofaltamunspequenosdetalhesjáqueafusãoentremagiaetecnologianuncafoifeitaantesnestemundomastenhocertezaqueMestreTaludeeeuconseguiremosalcançarnossointentoesuperaramáquinadeMestreArsenalantesqueelepossacausarqualquermalaArtoneaoReinado.

Ante os olhos atônitos de todos na sala, o Rei Thormy resumiu:

- Ele fará o projeto – trazendo paz aos rostos perturbados pelo não entendimento – e os ferreiros cedidos por Doherim e Zakharov executarão. Já temos 200 anões ferreiros trabalhando em Coridhrian.

- Isso mesmo, senhores – o representante do Conselho de Magos Regentes de Wynnlla permanecera calado até então – E Wynnlla se orgulha imensamente em executar as ordens de Mestre Talude para a parte arcana do Coridhrian, com a ajuda dos Magos da Academia.

- Ora, o brinquedinho já tem até nome. – disse Schkar insolentemente – Então, Thormy, porque me trouxe até aqui. Você já tem seus planos, não pediu sugestões, já está até mesmo construindo o Colosso. Porque chamou todos os Regentes aqui?

O semblante de Thormy se encheu de nuvens escuras, e ele tossiu para imprimir à voz sua máxima firmeza:

- A construção do Coridhrian já começou e custará 20 milhões de peças de ouro – um coro de surpresa e indignação começou, mas Thormy elevou sua voz e o interrompeu – De agora em diante não haverá luxos em nenhuma de suas cortes. Cada plebeu e nobre do reino ajudará a pagar esta conta. TUDO que tiverem e não for indispensável à sobrevivência reverterá ao esforço de guerra. – desta vez o espanto da notícia levou ao choque e ao silêncio, e não à balbúrdia. Todos reconheciam a necessidade da medida, mas alguns se apegavam mais aos seus pertences.

- Se pensa que tocará em meu tesouro mortal – a pele de Schkar se encheu de escamas vermelhas, e por um instante Arkam pensou que sentiria o bafo do Dragão Rei – está muito enganado.

- Se acha que Arsenal não te ameaça, que a arma que ele carrega não pode te destruir ou a seu Reino, fique à vontade para voltar para casa, Schkar. – as palavras de Thormy acalmaram o Dragão Rei, mas não passavam de um rápido engodo – O Kishin está em algum lugar das Montanhas Sanguinárias. Acredito que seu reino pode ser o primeiro a ser atacado. Talvez seu poder seja capaz de detê-lo, nos poupando tamanho esforço. Seu nome seria cantado entre os maiores heróis dos Reinos.

- Muito bem – Schkar engoliu o orgulho – Farei uma módica contribuição para sua causa, Imperador-Rei.

- Só espero que seja digna de um Dragão-Rei – Thormy teve tempo de dizer antes de chamas engolfarem o corpo élfico, e se consumirem, deixando apenas o cheiro de enxofre do Dragão-Rei no ar.

A testa de Imperador-Rei estava encharcada, mas ele ficou feliz que as cuecas ainda estivessem secas.

- Milorde – era o Regente de Zhakarov – Se todo minério de ferro for revertido para o Coridhrian meu Reino irá à falência. Os Ferreiros morrerão de fome.

- Não se preocupe, caro Walfengarr – Thormy passou a mão pelos bigodes tentando tirar o excesso de suor – Seus ferreiros também virão para Coridhrian. TODOS. Com forjas e tudo. – o Imperador-Rei não pôde deixar de rir ante a expressão de incredulidade de Walfengarr.

- Este colosso – balbuciou Shivara – Se é tão poderoso...

- Sim – completou Talude – Seu pensamento está certo, Milady. Pode ser uma arma formidável contra a Tormenta.

- Tapista participará do esforço de Guerra. – Aurakas disse, como se tivesse alguma opção àquela altura.

A imensa massa de músculos que compunha Kelskan se levantou:

- Imperador-Rei. Meus braços são seus. Arsenal é um dos maiores guerreiros deste mundo e quero ter a honra de derrotá-lo. Desejo lutar nesta guerra.

- Seus braços são bem vindos, Kelskan. Arkam terá utilidade para eles. – Thormy se levantou e falou uma última vez aos regentes – A contribuição de todos será aceita. Vladislav Tpish será o responsável pela coleta de recursos – disse o Imperador depois de checar uma vez mais se Schkar tinha ido embora. – A reunião está encerrada, estão todos dispensados.
A proposta: acho que todos já conhecem Contra Arsenal, trata-se do avanço de Arsenal com seu Megazord e a resistência do Reinado a isso. Como disse antes, há diferenças significativas entre a minha versão e a versão oficial. Segui as premissas básicas, mas penso que aprimorei a versão oficial para algo bem superior. O jogo será formatado de acordo com os PJ's, logo, se houverem só combatentes o jogo será de combates, mas se houverem malandros ou outros o jogo será adequado às habilidades sociais, política, etc. É uma guerra: há muitas coisas acontecendo paralelamente, e não necessariamente os PJ's estarão no centro disso o tempo todo. Aliás, será difícil dizer se há um centro, ou o que é mais importante nesse caos. Dentro dessa linha de ideias, espero que os jogadores tenham liberdade para tomar ações fora da minha linha de pensamento também. RPG é um jogo colaborativo, então se vocês acham que há uma ferramenta X que pode ser usada Contra Arsenal, vou possibilitar que vocês possam perseguir essa ideia. No entanto, não presumam que seu personagem sabe o que o jogador sabe, nem esperem que os personagens serão salvos por serem PJ's. É uma guerra, pessoas morrem. Se PJ's morrerem os jogadores poderão continuar com um dos vários soldados dessa causa.
Sou ruim com regras, mas obviamente, como Mestre, vou evoluir nesse ponto para controlar o jogo, mas espero ajuda dos jogadores para eventuais erros.

Sistema: TRPG.
Nível: 12º para 4-5 jogadores. (três reservadas para: John, Aldenor e Senimaru).

Personagens: Se vocês quiserem, podem escolher NPC's Oficiais do Cenário como Jogadores, reduzindo ou elevando o nível para 12 e fazendo sua versão própria deles. Exemplos posso dar vários que se adéquem: Niala, Tork, Razlen Greenleaf, Kelskan, Loriane, etc. Dependendo do personagem vou vetar, por exemplo: qualquer Regente, Vectorius, Talude (porque suas fichas não fazem sentido se reduzidas a 12 níveis), Arkam Braço Metálico (porque, como Líder do Protetorado, eu vou usar), etc.
Na minha conta fecharam 5 assim:

John Lessard: Artoria
Senimaru:
Aldenor: Aldred Castell Maedoc II e Thereze Incarn
Rant:
Sadao:

Na reserva:

Lucena
Chapéu Preto
SasukeDRG
Necromancer Ignalthus
Morgana
Copiando o John:

Como determino minhas habilidades? 20 pontos.

Vou ganhar um Talento Regional grátis? Claro que é grátis ou se preferir um talento ambiental.

E qual material está liberado? Todos livros de TRPG. DS e site sujeitos a aprovação.

Existe algo que eu NÃO possa usar? A priori não. Já disse que meu ponto fraco são regras, espero boa-fé e personagens interessantes. E, se vocês abusarem da minha boa-fé, abusarei de vocês :twisted: :twisted: :twisted:

Posso ter desvantagens? Sim, apenas uma em troca de um talento. Desvantagens criadas sujeitas a aprovação.

Você pode dar uma dica? Sim, claro. Personagens fortes são bem vindos, a campanha apresenta um certo grau de dificuldade.

E quando tem atualização? Sábado ou Domingo e Quarta à tarde, ou quando todos postarem e eu puder atualizar.
Editado pela última vez por Fënrir em 24 Out 2016, 07:27, em um total de 2 vezes.
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Re: PbF Contra Arsenal TRPG

Mensagem por John Lessard » 23 Out 2016, 17:39

Aeeee!

Como eu disse, tô dentro!

Vou de Nobre/Cavaleiro/Paladino... O último sem tanta certeza.
Personagens em Pbfs:
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Re: PbF Contra Arsenal TRPG

Mensagem por Fënrir » 23 Out 2016, 17:43

Senhores, como disse, o jogo será formatado para os personagens. Empolguem-me. Tenho mais pressa do histórico do que da ficha.
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Re: PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Lucena » 23 Out 2016, 18:00

Pensando em entrar.
Tenho dificuldade em fichas de níveis alto então pode ser que eu passe essa oportunidade por não conseguir me organizar com ela.
Editado pela última vez por Lucena em 23 Out 2016, 18:06, em um total de 1 vez.
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Re: PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Senimaru » 23 Out 2016, 18:01

Miiiiiiiiiiiiine!
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Me? Mad? Haha... quite likely!

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Re: PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Aldenor » 23 Out 2016, 18:04

Dentro, como sempre. Vou dar uma lida no que tu propôs e aí já aviso o esqueleto do personagem.
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Rant
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Re: PbF Contra Arsenal TRPG

Mensagem por Rant » 23 Out 2016, 18:06

To dentro.

Vou fazer um combatente a distância. Franco-Atirador ou atirador/Mago de combate (se não houver outro arcano no grupo)

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Aldenor
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Re: PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Aldenor » 23 Out 2016, 18:11

Só pra confirmar, o ano é 1406, certo?
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Fënrir
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Re: PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Fënrir » 23 Out 2016, 18:25

Começa no finalzinho de 1405, mas o grosso será em 1406.
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Re: PbF Contra Arsenal Upgrade TRPG

Mensagem por Sadao » 23 Out 2016, 19:01

Vou garantir a minha vaga o/ Quero jogar mano kkkk

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