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O halfling recebe a afirmativa orgulhosa de Siegram, e o observa atentamente. Seu jeito carrancudo dar, por um breve espaço de tempo, lugar a uma expressão menos agressiva.
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Do seu pai, você diz... Conheci um homem, há muito tempo atrás. Este homem salvou minha vida e a de meus pais e devo a ele mais do que a qualquer um neste mundo. Nunca pude devolver o favor, e por isso eu já estava certo que meu tempo neste mundo não me permitiria. Você me lembra dele, na verdade. Embora eu duvide muito que esta pessoa fosse seu pai. Isso foi há muito tempo e ele já era um ancião de sua raça. Mas de alguma forma, eu sinto que você é descendente dele. Vocês possuem o rosto idêntico... Embora ele parecesse ser alguém honrado e você um delinquente.
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Pois bem, meu nome é Dillo Pinddons, e o Beholder de Botas é minha estalagem. Podem ficar aqui o tempo que precisarem. Infelizmente não contamos com nenhum milagreiro por aqui, mas temos material suficiente para prestar os primeiros socorros a estes dois. Ajudem-me a subi-los até o quarto. Há várias camas por lá e vocês poderão descansar também. Menos esse grandão ai – ele aponta para Proteus – vou ter de juntar duas camas pra colocar esse cara grande ferido, se você for dormir, vai ter de ser no chão.
Ele então vê a proeza de Donni ao congelar o sangue no piso. Dá um pequeno salto para trás de espanto e pragueja algo em seu idioma, que apenas o outro pequenino entende. Após o espanto ele segue em direção aos feridos, tentando ajudar.
Vocês seguram os aventureiros com cuidado, levando-os até um dos quartos. Embora o halfling o chame de quarto, o local está mais para um dormitório coletivo, com várias camas postadas uma do lado da outra, separadas por criados-mudos. Vocês juntam duas camas, colocando o corpanzil de Crassus sobre elas e Yveh em outra cama ao lado. Mu-Mu trata das feridas deles por um tempo, e após terminar o trabalho, volta-se ao grupo.
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Eles estão muito fracos e precisam descansar. Talvez devêssemos fazer o mesmo. Vamos dormir por um tempo e quando estes dois estiverem em melhor situação, poderemos saber o que diabos aconteceu a eles.
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Vocês descansam por um tempo no “quarto” – provavelmente o halfling não sabe diferenciar dormitório de um quarto comum no idioma humano. Oito horas se passam e a luz da lua cheia penetra pela janela de vidro. Crassus e Yveh finalmente acordam recuperados, mais em termos físicos que mentais. A memória de ambos ainda está embarcada e poucas lembranças do ocorreu a eles podem ser ditas. Mas, mesmo que não saibam responder com certeza sobre os eventos que aconteceram, eles sabem que enfrentaram o mal. Puro e verdadeiro, como nunca haviam visto antes.
Antes que tenham um tempo para perguntarem aos dois sobre o ocorrido, Camille aparece à porta pedindo a vocês que desçam ao salão, pois o jantar estava pronto os aguardando sobre a mesa. Mu-Mu balança a cabeça afirmativamente e com um gesto de mão indica para que os demais desçam. Os feridos precisavam se alimentar, afinal de contas.
Descendo pelas escadas, vocês encontram o salão vazio. Talvez o alvoroço da manhã tenha afastado os clientes daqui, uma vez que eles sabem que um grupo esquisito está hospedado. Ou talvez o velho Dillo, tenha expulsado a todos. Visto o temperamento do pequenino é bem possível que algo assim possa ocorrer por aqui...
Como informado pela jovem, uma refeição os aguarda sobre as mesas. Talvez seja a hora propícia para os aventureiros trocarem informações.