Mensagem
por ISMurff » 11 Mai 2016, 21:03
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Garou adentra a pequena residência, fazendo companhia à Fynx e Jack. O felino começa a farejar pelo local, mas nenhum odor incomum atiça seu olfato. Ele se atenta um momento aos sons do local e percebe que nem mesmo insetos ousam ocupar a construção abandonada. Talvez seja o inverno que afastou essas criaturas, mas animais pequenos como ratos ou guaxinins não deixaram rastros por aqui. O odor de animais é tão fraco quanto o do próprio residente. Seguindo pela casa, Garou se aproxima da cama e de um cabide de roupas do lado desta. Ele fareja as botas abandonadas, o lençol e um velho casaco sobre o cabide. O odor de um velho macho humano se torna finalmente distinguível do resto do local. Seguindo o rastro deixado, Garou conclui que ele realmente abandonou a residência pela porta da frente e nunca mais voltou.
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Kaylessa utiliza sua magia para investigar a casa invadida por seus companheiros. Infelizmente, não há rastro algum de magia oriundo do interior da residência.
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Jack analisa com cuidado as peças deixadas sobre o móvel. A estátua era feita de pedra sabão, talhada de maneira simplória, não era algo realmente encantador aos olhos. A moldura com a ferradura possuía um espaço na parte de cima que deveria acomodar um prego, onde a mesma seria dependurada. Olhando para as paredes, nenhuma delas apresenta um prego sobressalente para acomodar a moldura. Talvez o item seja recente e o dono da casa não teve tempo de acomoda-lo ou talvez ele simplesmente não quisesse dependurar a ferradura. Jack não conhecia os costumes da região, mas sabia bem que os fortunienses possuíam costumes um pouco diferentes dos demais reinos. Já o trevo de porcelana chamou a atenção de Jack. Era feito de porcelana, um material raro e caro, produzido pelo povo de seu pai. Não havia como um plebeu comum adquirir uma peça tão sofisticada com seu dinheiro. Talvez o antigo morador adquiriu o trevo como presente de um dos nobres que frequentavam Hendersen. Ou talvez ele roubou uma das casas ricas das redondezas. A segunda opção não parece muito lógica ao aventureiro, visto que a peça é antiga e se fosse mesmo roubada não estaria tão exposta na estante. De toda forma, Jack se preparava para ir ao tal estábulo da história local, quando se lembra do que Fynx havia dito. Talvez houvessem mais pistas em um residência maior.
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O pequenino volta à rua principal sendo acompanhado pelos outros dois que estavam na residência. O grupo se reúne novamente do lado de fora, mantendo a formação anterior. Utgard segue a frente, guiando o grupo em meio às casas. Kaedros seguia no meio atento a todos os lados com sua visão apurada e a Kaylessa que seguia junto ao irmão, procurando rastros de magia. Garou logo atrás deles, atento a qualquer aproximação.
Vocês caminham por um curto período de tempo até notarem a diferença nas residências ao redor. Já estavam próximas as casas de verão dos nobres que frequentavam o local. Todas eram belas e aconchegantes, mas uma em especial chamou a atenção de todos. Era exageradamente grande, destoando com a arquitetura rústica do local. Suas paredes de madeira eram pintadas de branco, enormes portas adornadas com metal brilhante, janelas altas e largas, com belos vitrais coloridos... Uma bela fonte com dois golfinhos que jorravam água pela boca estava abandonada a frente, sem água.
O grupo não sabia, mas Utgard tinha certeza a quem aquela casa pertencia. Só podia ser Lady Serena Teddarith, uma nobre fortuniense conhecida por suas excentricidades. A velha mulher nunca teve filhos, toda sua riqueza foi utilizada para manter um padrão de vida acima dos demais. Com a invasão de Tapista ela foi destituída do seu título de nobreza por abuso de autoridade. Por mais incrível que isso possa parecer, foi à invasão de um exército estrangeiro que libertou os plebeus oprimidos nas terras de Teddarih. Os minotauros não são tão mal vistos por lá.
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Chegando à maior residência do local vocês se preparam para seguir atrás de pistas no local. Mas nem todos estão tão interessados em saber o que há por ai. Jack procura com os olhos o tal estábulo das lendas. Ele encontra um velho galpão a cinco casas de onde o grupo se encontra e segue em sua direção. Sim, era o tal estábulo. Na frente dele, havia um pequeno altar, coberto pela neve. Passando a mão de leve, Jack percebe se tratar de uma estátua de um velho com um longo chapéu cilíndrico com abas, segurando um dado. Era uma representação de Nimb, o deus do caos. Logo atrás, o estábulo abandonado encontra-se com a porta principal fechada por uma barra de ferro. Talvez esteja fechado desde os desaparecimentos.
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Fynx começa a investigar o local e logo percebe que a porta estava aberta, mas diferente do que ocorria nas demais casas, a mesma não foi aberta do lado de dentro e sim arrombada pelo lado de fora. Kaedros percebe que o assoalho do piso também está marcado, como na residência anterior, mas o que quer que tenha ferido o piso não parece partir do interior para fora, mas o contrário, de fora para dentro. Há algo aqui. Kaylessa sente uma fraca força mágica emanando de dentro da mansão. Garou presente o fraco odor diferente partindo de dentro da casa. Havia cheiro de carne putrefata. Cheiro de morte.
Todos os indícios levaram ao grupo a tomar cuidado com o local. Com todos a postos (excetuando Jack que pesquisava o estábulo), Fynx força a porta, abrindo lentamente o enorme portal que dá acesso a mansão da nobre destitulada.
"Barbárie é o estado natural da humanidade. A civilização não é algo natural. É um capricho de circunstância. O barbarismo há de triunfar sempre no final."
- Robert E. Howard