Mensagem
por ISMurff » 28 Abr 2016, 23:54
Vocês avançam cuidadosamente pela cidade, aguardando os esforços para que os esforços de Garou, e Kaylessa resultem em alguma pista. Mantendo uma formação combativa, o guerreiro humano segue a frente com sua arma em punhos, atento para qualquer sinal de seus companheiros ou à proximidade de perigos escondidos. Utgard possuía sangue das Uivantes e o frio em desta época do ano não era incomodo ao jovem de pele clara. De inicio nada de estranho notou, mas logo percebeu que quando mais se aprofundava na cidade, mais distantes seus amigos animais ficavam. As criaturas que outrora o cercavam preferiram abandona-lo quando o grupo seguiu pela a principal rua de Hendersen. Utgard é um fortuniano, e andar por aquelas ruas sem a companhia de seus pequenos amigos o relembrou de uma crendice de sua vila, que dizia que locais que espantam a natureza trazem má sorte aos homens de bom coração. Ele esperava que isso não fosse verdade.
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Enquanto seguem Garou mantém o passo lento, farejando a região em busca de um cheiro incomum. Pouco após atravessarem as primeiras casas - um conjunto de casas mais simples, que certamente pertenciam não aos nobres que frequentavam a cidade, mas aos moradores locais - o felino percebe o fraquejar das rajadas de vento e seu faro finalmente começa a trabalhar efetivamente. Infelizmente não há muito a ser farejado por aqui. Já havia algum tempo que os desaparecimentos ocorreram, e não mais possível detectar os odores dos antigos moradores. Infelizmente, também não era possível detectar o odor do responsável pelas abduções. Se é que existe alguém por trás disso...
O que realmente chama a atenção de Garou é a falta de sons. O local está realmente abandonado, não só por humanos, mas por qualquer eventual criatura que apodere de residências na ausência de moradores. Não há ratos chiando debaixo nos porões, assoalhos ou sótãos, não há pássaros cantando nas sacadas, nem mesmo guaxinins atacando o lixo. Talvez fosse sua presença que os afastassem - afinal de contas, era um predador. Mas com uma olhada rápida para os cornos do elmo de seu companheiro à frente ele pode concluir que os desaparecimentos afugentaram os animais. Algo de natureza sobrenatural ocorreu neste lugar.
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Kaylessa segue logo atrás dos demais, protegida por seu irmão e amante Kaedros, mantendo seu encantamento acionado para que possa detectar qualquer alteração mágica na região. Ainda não é possível ser detectar nada de onde estão. As primeiras casas não apresentam nenhum rastro de magia. talvez tivesse mais sorte nas demais casas.
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Enquanto segue a irmã, Kaedros mantém prontidão olhando para todos os lados. Ele observa atentamente a posição de seus companheiros e se prepara para um eventual combate com seus equipamentos mágicos conjurados. A dádiva dada pelo sangue de sua mãe era apreciada pelo jovem, e ele fazia questão de utiliza-la com orgulho. O que ele não sabia era que sua herança élfica era que iria ajuda-lo a ver o que os outros não viam. Com seu olhar aguçado, o jovem elfo observa uma estranha marca no piso de uma das casas. Enquanto Jack seguia em posição de combate, o tolonense passou pela entrada de uma das casas retirando a neve do piso com seus passos. Kaedros percebeu que algo foi arrastado ali e feriu o piso. Pelo modo como a madeira estava marcada, parece ter sido algo relativamente recente.
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Kaedros deu uma pequena parada enquanto observava o piso de uma das residências, o que chamou a atenção de Fynx. Guiando-se pela direção do olhar do elfo, o pequenino também dirige seus olhos ao assoalho de madeira, mas de onde se encontra não é capaz de ver. Intrigado, ele se aproxima do local e finalmente percebe o que seu colega elfo observava. Seria impossível para ele ver algo assim de longe, mas estando próximo ele pode ver com clareza. Algo de metal foi arrastado por aqui, o que feriu o piso. Observando com cuidado, a ranhura leva até ao interior da residência, passando por debaixo da porta. Ao se aproximar da porta, Fynx percebe que a mesma está destrancada. Com um leve empurrão, o pequenino abre a porta da construção e observa o local abandonado. Uma casa simples, de gente comum, porém bem arrumada. Mesa, pratos, cadeiras, nada demonstrava sinais de violência. O mais esquisito de tudo era que os calçados do morador pareciam ter sido deixados ao pé da cama. Fynx não sabia quantos calçados o dono da casa deveria ter, mas levando-se em conta que as botas, sandálias e meias estavam ao lado da cama - como se preparadas para serem vestidas - é bem provável que o pobre coitado que ali vivia tenha saído descalço. O risco no assoalho o leva até perto do par de meias deixado ao chão, seguindo em ziguezague até a saída da casa.
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Jack observa Fynx adentrando na casa abandonada e segue o pequeno companheiro. Estava apostos para defende-lo se fosse necessário, uma vez que o mesmo estava tão entretido olhando para o chão. Ele olha para o piso da casa, mas não vê nada de interessante. Não tinha uma visão apurada como seu amigo elfo, tampouco era um rastreador treinado como Fynx. Ele entra na casa e observa o local de relance, preparando-se para o perigo iminente. Não havia nada ali. Única coisa digna de nota para ele, seriam os inúmeros amuletos da sorte que decoravam uma pequena estante. Uma ferradura emoldurada, um trevo de quatro folhas de porcelana, uma estátua de um velho de cartola. Talvez fosse Nimb, pensou. Ele se lembrou do que Utgard havia lhe contado, que o local não era apenas uma colonia de férias, mas que também era visitado por devotos do deus do caos. Fortuna era um reino muito estranho, afinal de contas. As estátuas aguçaram a curiosidade do jovem. Se não encontrassem pistas ali, pelo menos poderia visitar o tal estábulo onde o deus louco passou a noite.
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"Barbárie é o estado natural da humanidade. A civilização não é algo natural. É um capricho de circunstância. O barbarismo há de triunfar sempre no final."
- Robert E. Howard