Sangue e Desonra [ON]

[RoenMidnight]

Os aventureiros chegam ao pacato Vilarejo de Shimei, um vilarejo Tamurariano no meio do Reino de Deheon fundado a pouco mais de um século atrás.

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[RoenMidnight]

Nos céus Azgher começa a se esconder no horizonte, dando espaço de forma relutante para a sua irmã começar o seu reinado na noite.

Um observador naquele momento poderia ver a perfeita comunhão entre luz e trevas refletida na abobada celeste, um dos maiores exemplos da existências do que os monges que vivem naquela vila chamariam de Yin-Yang.

Os trabalhadores voltavam dos campos de arroz, apesar do cansaço que corria pelo o corpo muitos deles sorriam alguns trocavam tapinhas nas costas. Alguns deles seguiam para suas casas, feitas de madeira e com telhado de barro, mas algus pequenos grupos seguiam para a pequena taberna, afinal um dos melhores saquê do reino de Deheon era feito ali. Crianças relutantemente voltavam para suas casas sob os gritos de suas mães que já começava os preparativos para o jantar da família.

Velas começavam a ser acesas nas ruas assim como os pequenos postes a óleo, ornamentados de maneira delicada. Os amantes seguiam para a margem do lago Mizukami onde Tenebra refletia sua face prateada.

Na entrada do centro do vilarejo, passando por um Tori, um pequeno e estranho grupo de viajantes começava a adentrar a passos curtos e preguiçosos de quem passou o dia viajando na estrada.

Andando lado-a-lado vinha um homem completamente vestido de vermelho da cabeça aos pés, cansado procurava um lugar para que pudessem passar a noite e descansar da viagem ao seu lado outro homem. Este louro com um ferimento em seu rosto causado talvez por um inimigo no passado e um de seus braços aparentemente todo feito de um metal brilhante como prata. Apesar de estar com um semblante sério, seus olhos brilhavam ao observar a beleza das flores que brotavam naquele lugar, a arquitetura e os diferentes traços dos aldeões daquela vila.

Junto desta dupla uma bela mulher, e chama-la assim talvez beire a ofensa, com seus olhos verdes brilhante e cabelos dourados que esvoaçavam com uma leve briza. Não aparentava nem uma gota de cansaço, estranhamente suas pernas pareciam ser feitas para a viagem e seus olhos para a aventura.

A alguns dias antes havia encontrado com a dupla de homens na estrada... durante um estranho ataque de bandidos, seguindo da perseguição de um grupo de Ursos-Coruja e culminando a usarem um pequeno conjunto de domens em homenagem a Alihanna como esconderijo. Agora, por conveniência, viajavam juntos o trajeto era o mesmo e companhia nunca era de mais.

Ajeitando o seu grande chapéu carmesim enquanto anda pela estrada de pedra do centro da vila, a mente do homem é inundada por diversas histórias que havia lido sobre aquele lugar.

-A pouco mais de dois séculos atrás, antes de Tamu-ra ser atacada pela a Tormenta, um Daimyo que havia prestado grandes serviços ao Imperador Tekametsu após uma vida de combates e subserviência sentiu necessidade de conhecer as terras alem mar.

-Um sonho secreto que sempre tivera, mas que pela a honra nunca contara para ninguém a não ser o próprio Imperador que era um amigo que mantinha um grande carinho. Este por sua vez reconhecia o trabalho e o esforço de seu amigo. Não negou este ultimo pedido para ele, dando não simplesmente a permissão mas, aproveitando das relações que já mantinha a anos com o Reinado, um pequeno condado sob o seu comando. Surgiu então assim o Vila de Shimei, aqui onde estamos agora.

Disse com seriedade, entretanto com uma certa calma. Respirou um pouco e continuou...

-Os anos se passaram e este Daimyo morreu e o comando da por aquelas terras foi passado para seus sucessor e assim se foi, por mais algumas gerações até que...não me recordo o que aconteceu, mas não existe um senhor comandando estas terras. O que quer que tivesse ocorrido, talvez tenha sido enterrado pelas diversas preocupações do Imperador Tekametsu após o ataque da Tormenta a Tamu-rá, e os problemas que ocorreram ao Reinado.

Após a breve explanação sobre o local que se encontravam, não demorou muito tempo para encontrarem uma pequena estalagem com um estábulo ao lado, onde aparentemente haviam cavalos e uma enorme carruagem. Ao abrirem a porta de correr seus narizes foram inundados pelo o cheiro de um cozido de peixe que deveria estar borbulhando em algum lugar.
Diversos aldeões bebiam, jogavam dados, um outro pequeno grupo se acumulava diante de dois homens que moviam pedras em cima de um tabuleiro de madeira.

Em um canto um homem magro de pele morena, cabelos negros presos e com um cavanhaque que ornamentava o seu rosto. Cantava uma musica para um jovem com grandes costeletas que sentava ao seu lado, sorrindo para aquela história louca que ele contava sobre ter nascido a muito tempo atrás e visto várias coisas que aconteceram até aquele momento em que se encontravam. Junto deles uma jovem dama ouve a história com um ar de curiosidade, talvez aquele homem que diz saber de tantas coisas de fato as saiba e possa ajuda-la...

[Andrew Kaninchen]

Liann estava havia algumas semanas no rastro de um bardo. Bardo este que, diziam, havia vivido 10 mil anos. Não havia qualquer motivo para que este homem necessariamente soubesse qualquer coisa sobre ele mesmo, mas não é como se ele tivesse muitas pistas melhores. Mas a esperança dessa vez era algo a ser levado em conta: por ter vivido por tanto tempo, o homem também era conhecido por saber sobre tudo.

A pista o levou até um vilarejo. Inspirada pelas origens tamuranianas do mesmo, Lianna decidiu se vestir à caráter.

Ao chegar no vilarejo ela trata de buscar um estábulo para deixar Terrance e Phillip descansando durante sua estadia. Faz questão de conversar com o dono do estabelecimento para garantir a segurança de sua carruagem, e então parte a buscar o tão mencionado bardo. Não muito tempo depois, encontra um elfo moreno de óculos escuros e com um cavanhaque. A aparência vai de acordo com a descrição que recebera. Só pode ser ele.

O homem então começa a cantar sua história. Lianna ouve até o final com prazer. Sua música lhe agrada.

Lianna (batendo palmas):

Clap! Clap! Clap!

Lianna:

Uma belíssima apresentação, senhor...?

Lianna:

Se me permitir a chance, gostaria de pedí-lo o alaúde emprestado para que pudesse em mesma tocar algo em sua homenagem.

Gostaria de assumir que as seguintes magias estão ativadas na Lianna, com Magia Duradoura, como parte do seu ritual diário de proteção:
alterar-se (Agilidade: Des+4), santuário, emanações de paz e armadura arcana. Ao todo, 5 PM. 3 de feiticeiro, 2 de bardo. Somando os efeitos: a CA sobe em +6, perícias de Destreza sobem em +2, todos os oponentes a até 9m sofrem -2 em acho que tudo e qualquer um que tentar atacá-la deve testar Vontade contra CD 16.
Suas vestes são as seguintes: sapatos de salto alto, vestido sensual, bengala. Além da hidden blade, escondida por debaixo das plumas vermelhas de sua roupa. O chapéu do disfarce está na forma daquele chapéu de garça e retoca a forma de todo o resto.

[Lord Seph]

Kain observa o ambiente e acha pitoresco. Procura uma mesa vazia para se acomodar com seus companheiros de viagem.

- Bem, não fiquemos aqui parados. Vamos pegar aquela mesa ali e comer antes de arrumarmos um quarto para a noite.

Kain estava feliz em ter uma noite calma tendo um teto que não fosse de ruinas ou cavernas.

[Aldenor]

Fenyra se tornou uma aventureira há mais ou menos um ano e não tinha muitas ambições desde então. Viajava de vila em vila vendendo sua força de trabalho - suas capacidades combativas - em troca de relento e parcas moedas. Ela não se preocupava com tibares desde que mantivesse sua liberdade.

Após o pequeno imbróglio envolvendo bandidos e um urso-coruja, ela acabou conhecendo duas peças exóticas.

Um deles parecia um bardo, conhecedor de várias histórias. Fenyra gostava muito de História, era uma voraz leitora de pergaminhos e livros, frutos de seu antigo trabalho em uma grande livraria em Valkaria. Fenyra, então, afeiçoou-se a Kain, ainda que o homem parecesse distante em sua estranha máscara. Já o homem de braço metálico - que parecia uma versão de Arkam, o lendário herói - chamado Abel, parecia uma criança curiosa. Não demorou muito para ela percebê-lo desmemoriado. Mesmo se compadecendo dessa situação desagradável, Fenyra tinha pouca paciência para explicar coisas óbvias.

A andarilha - como ela gostava de se apresentar - estava acostumada a andar junto de tipos exóticos pela conveniência. Aventureiros logo se acostumam com viagens a estranhos. Por mais que ela estivesse sempre em alerta acerca de seus dois colegas, ela confiava em sua capacidade de se defender caso eles demonstrassem sinais vis.

Ao chegar à vila e ouvir a história de Kain, Fenyra mostrou um leve sorriso, ajeitando os cabelos à leve brisa.

Fenyra

Uma terra sem governantes em Deheon? Parece difícil de acreditar. Talvez algum duque reivindique esses arrendamentos.

Ao sentir o cheiro de peixe cozido, depois de adentrar à taverna, Fenyra faz um aceno aos dois colegas.

Fenyra

Valeu pela companhia. Que Valkaria dê bons desafios para vocês.

Assim, ela se dirige ao balcão da taverna, ouvindo a música do elfo de óculos escuros. Ela faz uma mesura a ele, pois parecia gostar do que ouvira.

Fenyra

Por favor, me vê um pedaço desse peixe... e aquele saquê lendário caprichado.

Ela se deliciava com a ideia de comer algo diferente de uma ração de viagem.

[Khrjstjano]

Rauhlz:

...
♪♫Eu empalhei o macaco caolho da taverna♫♪
♪♫Eu bebi vinho com as bardas, fiz baderna♫♪
♪♫E quando a pedra despencou da ribanceira♫♪
♪♫Eu conjurei "Curar a Perna". Conjurei♫♪

♪♫Eu fui testemunha da criação do Um Anel♫♪
♪♫Eu vi Khalmyr e os dragões brigar no céu♫♪
♪♫E pr'aquele que provar que eu tô blefando♫♪
♪♫Eu tiro o meu chapééééééééééééééééééu♫♪

Lianna:

Clap! Clap! Clap!

Rauhlz:

Obrigado, muito obrigado minha senhora, bela dama.

Beleza que embeleza esta terra feia .

Lianna:

Uma belíssima apresentação, senhor...?

Rauhlz:

Desejo ser Rauhlz, seu criado, ao seu dispor...

Se assim me permitir o Deus do Acaso, Sorte e Azar, o meu senhor.

Coloca a mão sobre um dado, símbolo da fé em Nimb, pendurado em seu pescoço, enquanto estende a mão para beijar a da dama.

Lianna:

Se me permitir a chance, gostaria de pedi-lo o alaúde emprestado para que pudesse eu mesma tocar algo em sua homenagem.

Rauhlz:

Meu alaúde? Meu al'ud.

Ganhei em concurso de música na Cidade no Deserto. Perdi para um ladrão. Recuperei com a ajuda de um deus menor de quem nunca tinha ouvido falar até então.

Ele próprio me ajudou. E só por isso é que o alaúde se salvou.

Fenyra:

(Faz uma mesura de longe.)

Rauhlz observa outra jovem lhe cumprimentar por sua música.

Rauhlz:

(Hoje o dia está animado. Muitas jovens sorrindo. Deve ser o desejo, a vontade do dado.)

Segura o dado na mão, soltando o objeto do cordão que pende de seu pescoço, e o atira na mesa para ver no que ia dar.

Sorri ao ver o resultado. Guarda o objeto. Então retorna a atenção à dama de cabelos pretos.

Rauhlz:

A sorte lhe sorri, jovem dama que inspira a canção de amor. Nimb, hoje, está de bom humor.

Aqui está. E meu al'ud é seu, se tocar melhor que eu.

Se a moça não objetar, rola Atuação X Atuação, Roen. Se ela ganhar, o alaúde é presente.

MAGIAS PREPARADAS:
1º Nível: Identificação, Hipnotismo duradouro, Servo Invisível duradouro
2º Nível: Cura Arcana Menor, Alterar-se duradouro
3º Nível: Lentidão duradoura
-10 PM
Buffado com as magias Velocidade, Escudo Arcano, Galã, Salto, Lâmina Invisível Menor, Mãos Mágicas e Resistência duradouras –9 PM

[Andrew Kaninchen]

A sorte lhe sorri, jovem dama que inspira a canção de amor. Nimb, hoje, está de bom humor.

Aqui está. E meu al'ud é seu, se tocar melhor que eu.

Lianna:

Ora, ora. Se é um desafio, o aceito de bom grado.

Lianna pega o al'ud com Rauhlz.

Lianna:

Você canta que nasceu dez mil anos atrás. Se é mesmo verdade, então esta data de hoje deve ser celebrada...

Yep. Yui. Não basta se travestir como uma asiática, tem que cantar como uma.
Lianna tem Atuação +13.

[Maggot]

Abel apenas observava o ambiente com o olhar curioso. Não produzia um som sequer, porém. Sua postura era firme, como uma estátua, a grande espada bastarda em suas costas não parecendo afetá-lo com seu peso. Em silêncio assistiu aos dois que se apresentavam com sua música. Não gostava muito de música, pelo menos não desde o dia em que nascera novamente. Preferia os sons da natureza em geral. Apenas voltou seu olhar às outras coisas, absorvendo cada detalhe do mundo com seus olhos.

[Khrjstjano]

Lianna:

Rauhlz:

Muito obrigado, muito obrigado.

Muito obrigado, minha jovem. Estou lisonjeado.

Clap, clap, clap, clap, clap

Rauhlz:

Mas agora precisamos de um juiz. Ou de vários. Não sei.

Por via das dúvidas, a todos clamarei.

ATENÇÃO TODOS!!!

Conjura um som fantasma, para trazer drama ao ambiente.

Rauhlz:

PALMAS PARA A JOVEM DAMA

Rauhlz:

AGORA PALMAS PARA ESTE VELHO SENHOR

Rauhlz:

POR FAVOR, LINDA DAMA DE CABELOS DOURADOS ALI.

ANUNCIE O VENCEDOR, POR FAVOR.

Fenyra:

[Aldenor]

Súbito, o elfo chamou atenção de todos para uma disputa de aplausos. Fenyra aplaudiu ambos timidamente, mas, para sua surpresa:

Rauhlz:

POR FAVOR, LINDA DAMA DE CABELOS DOURADOS ALI.

ANUNCIE O VENCEDOR, POR FAVOR.

Fenyra

Que? Eu? Eu... não sei...

Na verdade, ela sabia.

Fenyra

Ahmm...

Fenyra

Certo. Foi a moça tamuraniana. Melhor sorte na próxima vez, senhor elfo.

Após ficar um pouco constrangida, ela percebeu que não era um acontecimento tão grande assim e decidiu ser direta. Seus ombros relaxaram e ela anunciou a vencedora. Para ela, o assunto estava encerrado.