Jack voa tomba para a frente, da uma, duas, três cambalhotas e da com a cabeça na roda da carruagem de Lianna. Enquanto a Feiticeira ria, Fenyra e Kain o encaravam.
Com os olhos de uma criança o mesmo os encaravam de volta.
Os pulmões de Fenyra, Kain e Lianna se enxeram pela a fumaça e começaram a tossir... quando a fumaça se dissipava no estábulo Jack não estava mais a visão dos mesmos.
Jack
- Ahhhh, meu lindo traseiro... Vai ver só sua, sua Hentai Ona, BLEHHHHH!Até parece que dividiria algo com uma Hentai como você, se quiser a prova pegue-me.... se puder, NYHAHAHAHA!
Gritava o rapaz na claraboia acima por onde havia caído momentos antes. Com largos passos o Moreau andou pelos telhados e caiu pelo o lado da casa, um dos funcionários vinha saindo com uma garrafa de saquê em sua mão que sem pensar duas vezes Jack tomou. Continuou andando mesmo sobre protestos do rapaz e seguiu para o seu quarto.
A chuva parecia aumentar cada vez mais e cada vez mais escura se tornava aquela noite. Rauhlz não esperou muito pela a resposta de Abel e seguiu na direção do Templo. Teve que dar a volta para chegar até o portão de entrada, o templo se erguia sobre uma formação rochosa de um pouco mais de 20 metros do solo, subiu até que com certa facilidade os degraus feitos de pedra.
O portão do templo não se comparava com o dos grandes templos das cidades grandes, entretanto era impressionante para uma cidade daquele porte. Deveria ter um pouco mais que três metros e a tinta que o recobria era vermelha já descascando, era bem ornamentado com Kanjis, apesar disto sinais de desgaste se mostrava por todos ele.
Bateu contra o portão... uma vez... duas vezes... e após esperar 5 minutos na chuva começou a ouvir os barulhos de alguém abrindo o portão. Um rapaz de não mais vinte e poucos anos com a cabeça completamente desprovida de cabelos espreitou por trás do grande portão.
Rauhlz
Boa noite e perdão, perdão pela intromissão. Suplicamos por sua ajuda, pois viemos aqui para ajudar. Perdão.
O rapaz olhou Rauhlz dos pés até a cabeça, o Elfo tremia, esperar fez o seu sangue esfriar e começou a sentir os efeitos de estar a tanto tempo embaixo daquele temporal. O jovem monge abriu completamente o portão e pegou seu próprio manto e jogou por cima dos ombros do Ancião levando-o logo em seguida para dentro do templo.
Ao adentrar as imediações do templo, outros monges fechavam ao portão. Rauhlz percebeu que o mesmo era belamente construído, apesar de parecer antigo era bem cuidado. Ele era composto por dois edifícios um maior onde supos o Elfo que fosse utilizado como monastério, provavelmente o lugar onde aprendiam suas lições e meditavam.
Escavado na rocha, uma escada levava para o outro edifício menor.
Adentraram no edifício maior. Rauhlz foi levado até uma sala pequena, antes que pudesse falar qualquer coisa, o monge o deixou sozinho e tempos depois voltou com algumas roupas secas. Saiu. Outro tempo depois voltou com um prato com um tigela com uma sopa que expelia fumaça.
O nariz do Elfo escorria, e sentia seus ossos tremerem. Provavelmente havia pego um resfriado. Em um canto incensos expeliam um perfume tranquilizante pelo o local e aquilo estranhamente relaxava o seu corpo.
Jovem Monge
Me desculpe senhor. O que o trás aqui embaixo deste temporal, por acaso esta sem abrigo?
Rauhlz olha para o homem e imagina que provavelmente ele não é o homem amigo dos velhos da Taberna. Era jovem de mais para isto.
Rauhlz
Nobuaki, amigo dos taberneiros eu procuro.
Respostas e Perguntas talvez ele tenha.
Respostas e Perguntas talvez eu possa lhe entregar.
O jovem monge levanta as sobrancelhas e diz:
Jovem Monge
Nobuaki agora esta no altar de adoração.
Lá é onde vamos quando queremos meditar e apenas a solidão pode nos trazer alguma resposta para um amargor em nossas almas... ele esta lá desde ontem de manhã...
O jovem monge então se levanta e faz um pequeno sinal para que o siga. As duas construções são conectadas por uma pequena passarela coberta que os protege da chuva que cai do lado de fora. Rauhlz observa aquele local e em sua mente a imagem de diversas pessoas vivendo naquele luga, podia quase ver o templo movimentado com os monges treinando, limpando e cuidando do lugar.
Chegaram até as escadas que subiam na rocha e a cada passo uma estranha paz tomava conta do coração do Elfo, ali parecia ser um lugar de sabedoria e sentia como se o próprio Lin-wu por um momento estivesse ali.
Quando chegam a uma porta dupla. Elas eram douradas e bem cuidadas. O monge para ao lado delas e faz um sinal que o Mago adentre. Rauhlz bota ambas as mãos nas portas e as empurra...
Seus olhos são tomados pela a imagem de várias estatuas de dragões dourados, elas reluziam a luz das diversas velas acessas pelo o templo de maneira lúgubre... quase mística. A fumaça de incenso toma conta do lugar e de costas pode-se ver um senhor de costas...
Suas roupas são puídas, sujas, demonstrando quase uma despreocupação e total desapego material. Ele se vira lentamente, e Rauhlz pode notar que seu corpo é robusto, como o de alguém que havia passado por uma vida de lutas, entretanto é notável por sua aparência que provavelmente ele tenha talvez pouco mais de 80 anos de idade.
Em seus olhos o Elfo enxerga serenidade... não, não apenas isto... uma angustia também estava presente ali.
Nobuaki
-Fico feliz por estar aqui.
Você me parece um sábio enviado por um deus louco, mas a loucura é apenas a mascara de quem enxerga alem do simples senso comum...