Introdução
Boku no Hero é um mangá sobre uma sociedade de super heróis. Como vocês puderam notar, a história é sobre Midoriya Izuku percorrendo o caminho do heroísmo. Somos introduzidos a uma sociedade onde quase todo mundo tem superpoderes, as chamadas Individualidades (ou Quirks, mas prefiro o termo pt-hue).
Uma super sociedade tem diversas diferenças para a nossa. A atividade de super-herói, por exemplo, é registrada e fiscalizada pelo governo (teoricamente). Você precisa de um certificado e uma liberação para poder atuar. Mesmo assim, o super herói profissional não possui autoridade de polícia. Ele apenas pode ser chamado pelas autoridades competentes para enfrentar super vilões mais poderosos ou, de iniciativa própria, pode começar uma perseguição, combate e detenção de algum vilão para aí sim, a polícia chegar e prender o criminoso.
Para se tornar um super herói profissional, o dono de uma Individualidade deve ser aceito por uma escola de super heróis para aprender a lidar com seus poderes e com diversas situações de treino para resgate, combate, infiltração e outras atividades esperadas para um profissional. Além disso, é importante que o heroísmo esteja ideologicamente presente nas mentes dos estudantes. A moral e a ética são tão importantes quanto o treino com os super poderes. Após concluir seus estudos e treinamento, o aluno se torna um profissional e pode buscar uma agência para assinar sua carteira de trabalho como Super Herói. Ou, se tiver muito dinheiro, talvez, pode abrir sua própria agência de heroísmo. Os pagamentos, segundo consta no mangá, é feito pelo governo.
O enfoque de Boku no Hero M&M no qual abrirei, passará por todas essas etapas, a começar pela escola. Diferentemente do que vemos no mangá, aqui eu usarei como cenário o Brasil, a cidade do Rio de Janeiro (que sou mais familiarizado). Existem algumas diferenças entre a sociedade japonesa de heroísmo e da brasileira que serão descritas a seguir. Além do mais, colocarei umas diferenças sobre os pagamentos dos super heróis, bem como as relações de trabalho de uma super sociedade.
Contexto Brasileiro
O Anti-Herói
No Brasil, optarei por quebrar o preto no branco, a visão simplista de Bem x Mal. Na prática, diferente de como ocorre no mangá, não existem só duas categorias de super seres: Heróis x Vilões. Existe a categoria meio-termo, o Anti-Herói (termo erroneamente usado, mas mais em uso pela boca do povo). O Anti-Herói nada mais é que um vigilante. É alguém sem carteira assinada e, sobretudo, sem licença para atuar como profissional. Geralmente ele é adulto (mas pode ser uma criança que age como vigilante antes de se formar) que tem seus próprios sensos de justiça e gosta de fazê-los independente da opinião pública e de autoridades formais.
No Brasil existem inúmeros Anti-Heróis e eles são caçados pela polícia, por outros Heróis mais formalistas (amantes da lei) e também por Vilões! Entretanto, não é incomum a vista grossa por parte de alguns Heróis e ser grato por sua ajuda. Mas aquele Herói mais certinho com certeza tentará levá-lo às autoridades para ser preso. O crime por vigilantismo (prática do Anti-Herói) é 5 a 10 anos de prisão.
Carteira de Trabalho
Para o contexto Brasil tornei mais complexas as relações de trabalho. Aqui, as leis que regulam o Herói profissional são basicamente as mesmas da CLT. Você cumpre determinadas horas de trabalho por dia e recebe um salário de uma Agência Privada ou Pública. Para trabalhar para Agências Públicas (municipais, estaduais ou federais) precisa passar por um concurso público e estes sãos os empregos de Heróis mais concorridos e desejados por todos, pois dá estabilidade, plano de saúde especial e um sistema de progressão de carreira imbatível.
Muitos políticos (sim, existem até políticos heróis) querem diminuir a atuação do Estado e assim privatizar as Agências Públicas para produzir maior concorrência, aumento de Heróis no país, etc. Mas outros argumentam que as Agências Privadas são mais exploratórias, com menores salários, maior carga horária de trabalho, pouca preocupação com a saúde e recuperação do Herói e sem um plano de carreira bom. Sem falar do perigo de demissões caso um Herói não bata sua meta. Nas Agências Privadas é comum a necessidade de cumprir metas baseadas nos tipos de Vilões derrotados, na importância de resgate, na popularidade frente às pessoas que consomem produtos dessas agências (action figures, camisetas, botões, cadernos, qualquer coisa, inclusive canais de TV privados com entrevistas exclusivas com Heróis, bem como a “hora da ação”, onde câmeras filmam os Heróis em ação!).
Existem Heróis que trabalham independentemente sem uma agência, mas com sua Licença de Heroísmo. Eles geralmente são como profissionais liberais ou freelancers tendo que dar um jeito eles mesmos para suas publicidades, propagandas e sua firma de sustento. Alguns conseguem um bom dinheiro e ter uma vida material confortável, mas a grande maioria acaba transitando nas camadas mais baixas da população mesmo, empregando-se quase como heróis mercenários e seguranças de empresas grandes, eventos etc.
Existem os Anti-Heróis, como descritos acima, que não possuem sua Licença de Heroísmo por algum motivo e mesmo assim, atuam como vigilantes ilegais.
Sobre o PbF
Neste PbF eu experimentarei o sistema Mutantes e Malfeitores (M&M) usando os personagens com NP (nível de poder) 7. Ou seja, os personagens deverão ter entre 14-15 anos para começar a cursar o primeiro ano do ensino médio. No Brasil, para conseguir a profissionalização como Herói, a pessoa deve cursar um ensino médio “heroico”, parecido com o nível técnico que temos hoje em dia. Ou seja, existe o nível médio normal e técnico, onde as pessoas (com poderes ou não) estudam para se formar e ganhar um certificado e terem empregos normais, usando ou não seus super poderes; e tem o ensino médio heroico onde instituições de ensino públicas e privadas fornecem tudo que é necessário para seguir a carreira de Herói.
Neste caso, para simplificar e evitar os problemas de alunos de escolas diferentes e também tentando resgatar o clima original do mangá/anime Boku no Hero, os personagens-jogadores (PJ) irão entrar em uma escola pública específica.
Buscando também resgatar o clima do contexto brasileiro sobre ensino, vamos considerar que o ensino público (municipal e estadual) são considerados “ruins” onde o Estado não dá muita bola para a qualidade de ensino, não dá condições mínimas para professores, salas de aula são super lotadas, etc. Neste caso, a maioria dos Heróis formados em escolas assim acabarão tendo enormes dificuldades de entrar em alguma Agência Particular e acabarão sendo Independentes, tendo que lutar muito para sobreviver e ter um ganha pão decente. As escolas particulares, onde os filhos da classe média estudam, têm mais chance de encontrar Agências Privadas boas e, inclusive, podem conseguir passar em concursos públicos das Agências Públicas.
Entretanto, existem escolas públicas boas, as Federais (como CEFET e o Colégio Pedro II do Rio) que dão boa base para a pessoa arrumar bons empregos nas Agências Privadas e passar em concursos nas Agências Públicas. Para efeitos de jogo, não considerarei (ainda) a existência de cotas de Agências Públicas destinadas às pessoas que estudaram em escolas públicas.
Ao final do primeiro ano de estudo/treino, os personagens avançarão para o NP 8. Ao final do segundo ano avançarão para o NP 9 e, concluindo o “terceirão” avançarão para o NP 10, chegando assim, ao nível “médio”, segundo o livro básico, de um Super Herói. Ou pelo menos, este é o esperado.
Heróis, Anti-Heróis e Vilões medianos terão NP 10, o que consiste no nível de poder de adultos mundanos. Entretanto, existem seres que se destacam ou por estarem em cena há mais tempo ou por terem mesmo mais poderes. Estes Heróis, Vilões ou Anti-Heróis terão NP 12 ou mais.
Seguindo a lógica de Boku no Hero, pensem que Deku, Todoroki e Bakugou tem mais ou menos NP 7, enquanto Kamui teria NP 10. Gente como Tomura e Aizawa talvez um NP 12. Enquanto All Might (em plena forma) e All For One teriam NP 15.
Sobre as postagens:
a) Jogador tem que postar no máximo de 3 em 3 dias após atualização do mestre, ou será um NPC na cena/turno/rodada.
b) É obrigatório o uso de balões de fala. Não precisa usar várias imagens diferentes para cada expressão facial, pode ser uma só.
Algo assim...Capitão Brasil
Nada temam, cidadãos de bem! O Capitão Brasil está aqui para salvá-los das garras deste vilão!
Sobre as regras M&M:
A pontuação dos atributos médios em M&M é parecida com o D20 normal. Adultos têm em media atributos médios 10-11. Adolescentes têm 8-9, como consta no livro básico, página 30. Então, como todos os personagens serão crianças de 14-15 anos, o atributo médio será 8. Então, se antes era necessário 1 pp para se ter um atributo 11, agora, por 1 pp, você terá um atributo 9. Parte-se de 8 e não de 10 para a compra de pontos.
Sobre os poderes, é possível pegar mais de um dos Poderes para representar uma Individualidade, e eles estarão inclusos no nicho.
Comando da Justiça
O Comando da Justiça é o grupo de Heróis mais famoso do Brasil e um dos mais reconhecidos no mundo. Fundado durante a Ditadura Militar para combater seus excessos, sua formação original tinha a participação de Capitão Brasil, Mulher Felina, Vingador Mascarado, Eletrônika e Júpiter.
No começo de 1969, logo após o Ato Institucional número 5, Capitão Brasil com dentes rangidos decidiu que não era mais possível aceitar um governo ditatorial. Ele reuniu Júpiter (Individualidade: controle de energia cósmica), Vingador Mascarado (Individualidade: controle de escuridão), Eletrônika (Individualidade: elo eletrônico) e Mulher Felina (Individualidade: super agilidade). Com os enormes poderes do Capitão Brasil (Individualidade: habilidades físicas aprimoradas), o grupo combateu os Super Militares, grupo do governo que oprimia o povo brasileiro no período.
Entretanto, com a vinda da democracia em 1985, o Comando da Justiça teve suas atividades encerradas subitamente. Ninguém da imprensa conseguiu saber ao certo o motivo. Alguns diziam que sua luta havia acabado e outros que eles não se gostavam, mas se mantinham juntos anteriormente pelo bem comum.
Em 2010 o Comando da Justiça voltou a operar com uma nova formação. Capitão Brasil, Júpiter (mas uma versão feminina), TK , Lança-Chamas e São Francisco. Eles são o “símbolo da paz” do Brasil, capazes de desbaratar qualquer organização de Vilões e nunca tiveram nenhum tipo de fracasso. Não pelo menos conhecido.
Existe alguns Anti-Heróis (vigilantes) conhecidos. Uns são amados pelo povo e outros impõe temor. Um deles é o Redentor(Individualidade: corpo de pedra), um homem sinistro, silencioso e impiedoso com Vilões. Além disso, não foram raras as vezes que ele mandou Heróis que ficaram em seu caminho para o hospital.
Capitão Brasil
Apenas que, após a Segunda Guerra Mundial, surgiu um Herói com super força, super resistência e super velocidade, capaz de feitos incríveis. Sua primeira aparição foi resgatar soldados brasileiros da queda de um avião que voltava para casa após a guerra.
Desde então, sem envelhecer um músculo, o Capitão Brasil atua como Herói, infligindo grandes derrotas ao mundo dos Vilões. Mesmo que ele não se envolva politicamente, suas atuações serviram de inspiração para milhares de jovens com Individualidades para se tornarem Heróis.
Ele é certinho demais, honesto e ordeiro. Características que alimentam os rumores dele ser um ex-soldado. Tanto é que os Anti-Heróis não gostam dele. Muitos vigilantes ilegais acabaram sendo presos por ele, juntamente com Vilões que juraram combater, dada à seriedade e apego às leis.
Colégio Federal de Heroísmo do Rio de Janeiro (COFEHE-RJ)
É o colégio federal mais importante do país, o mais difícil de entrar e aquele que forma os mais poderosos heróis. Aqui não quero me alongar muito, pois não pretendo fazer diferente do mangá Boku no Hero. Será um colégio sem moradia estudantil (na verdade, o grêmio estudantil está lutando por uma moradia há anos) onde os alunos de todo o país se dispõe a estudar.
Cada personagem deve escolher de onde vem. Se for carioca mesmo, talvez more com os pais e vá à escola nos dias de semana. Se forem de outros estados, terão que viver em pensionatos, albergues, casa de estudante particular, etc. O jogador fica livre pra escolher a modalidade de onde mora e a distância para o colégio.
O colégio será localizado na Tijuca, perto do Parque Nacional da Tijuca.
Portanto, nas ruas próximas podem ter muitos pensionatos abrigando estudantes do país inteiro.
Existem dois turnos: da manhã e da tarde. Cada turno terá duas turmas: A, B, C e D. A turma dos personagens-jogadores será a turma A. No terceiro ano haverá mais carga horária, com aulas de período integral.
No primeiro e segundo ano, além das aulas normais de português, matemática, história e etc, haverão as aulas de heroísmo propriamente dito com professores heróis profissionais.
No terceiro ano, além da grade normal e de heroísmo, haverá o estágio de tarde em agências públicas ou particulares. Algumas podem remunerar, mas será muito raro.
Existe um Exame de Ingresso, um concurso público onde são medidas as capacidades dos alunos para a entrada, sua relação com a sua Individualidade e seus valores éticos e morais.
Maiores informações serão ditas durante o PbF em si ou aqui no OFF.
Jogadores Inscritos:
Padre Judas
Andrew Kaninchen
Kaito Sensei
Maggot
Lista de Espera
1 - Senimaru
2 - Lannister
3 - Dthanatus