Valkaria , 01/01/1411, Tirag
Fen
Val
- Aí que você se engana, somos realmente bem parecidos. Ambos nos irritamos quando as pessoas fazem algo que não esperamos ou não queremos. Khalmyr não pode fazer isso. Ele é a Ordem. Nunca se irrita, nunca se abala. Com ele, tudo está no lugar, tudo é previsível. Mesmo quando Nimb enfia os dedos nos olhos dele, ele permanece inflexível. Como um carvalho. Ou uma montanha. Como diriam os anões, ele é "boooring"! Se bem que os anões são filhos dele e também podem ser meio chatinhos. Só a parte que puxou à mãe é interessante.
- Mas nós somos diferentes do "Deus da Justiça". Nos irritamos, nos alegramos, nos entristecemos – e temos esperança. Você, eu... e todas estas pessoas à nossa volta. Inclusive aqueles que você deixou na casa. Bem, é isso o que ser humano significa.
- E é claro que irá com eles. Porque é assim que as coisas são. Meu filho deve me orgulhar! E, sim, eu tive algo a ver com aquilo. Estava... curiosa... sobre como você reagiria. Foi educativo!
Fen
- E Valkaria... Mãe... Apenas espere. Eu irei derrubá-la dos céus e lhe mostrar como é meu mundo.
Nisto Valkaria para, alguns passos à frente do filho. Então se vira. Seu sorriso brilha em sua face, cortando-a de orelha à orelha. Ela parece ainda mais radiante. Faz um gesto em direção à Fen, mas se contém, levando a mão ao queixo e pensando melhor. Então alguém chama sua atenção do outro lado da rua. Um goblin bem vestido anda pela calçada, acompanhado de uma enorme hobgoblin e uma menina humana.
Val
- Olha quem está ali! Você vai ficar bem, Fen! Tenho que ir, mas estarei de olho! Tchau!
Ela sai correndo, atravessando a rua e gritando.
Val
- Mestre Tyr! Mestre Tyr! Tenho uma proposta...
A deusa desaparece em meio à multidão, deixando o rapaz sozinho novamente.
Casa do Prof. Apatari
Aldred
Estou bastante envergonhado. Peço desculpas ao professor e sua senhora.
Akahata Apatari
- Está tudo bem. Ayo, na verdade Aldred e Kai não têm conexão com aquele rapaz – ele simplesmente se ofereceu para o trabalho enquanto conversávamos durante o almoço. Confio no meu aluno – e acho que o jovem pondsmaniano deveria ter uma chance.
A sacerdotisa parece pesar as palavras do jovem espadachim e do professor quando pergunta para Nat sua opinião.
Natalie
Hã, eu? Bom...
Eu não sei. O rapaz parecia tão confuso quanto nós pela nossa presença ali. Talvez apenas por isto, eu não diria que foi um
sequestro propriamente dito.
O engomadinho — Natalie aponta o olhar na direção de Aldred — é brincalhão, mas não vejo problema nisso. Bom, talvez
seja um problema, vendo o quão mal o outro levou a brincadeira. Mas nesse sentido é mais fácil dizer que é culpa do raivoso.
Kai
De minha parte, só posso dizer que se me contratar irei dar o meu melhor. Tem a minha palavra.
A sacerdotisa dá um sorriso leve.
Ayodele
- Você é uma gracinha. Se eu estivesse no opinooru poderíamos até ficar juntos. Mas sou jovem e ainda falta muito tempo pra isso.
Aldred fala sobre a maldição de Fen e isso parece ativar a curiosidade de Ayo, que muda bastante sua postura.
Ayodele
- Bem, qual a maldição dele? Além de ser um babaca, digo.
Natalie
Sabe, talvez você devesse pedir orientação à sua deusa. Ver se ele faz parte do seu destino e coisa e tal.
Ayodele
- Hm... o Destino pertence à Ifá. Sim, talvez eu possa jogar os búzios. Acho que os trouxe na minha bolsa. Mara, amor, preciso de um lugar tranquilo pra fazer isso. Você tem incenso?
A mulher pisca, um pouco surpresa pela mudança de humor na amiga.
Marama Apatari
- Sim, claro! Venha comigo!
Ayodele
- Tá! Vocês esperam aqui? Isso deve demorar um bocadinho. Hm... será que vou precisar de uma galinha? Ah, não, muita sujeira. Vai a seco mesmo.
A jovem segue a dona da casa, meio falando consigo mesmo, “pensando alto”.