A Defesa de Norm 3D&T Alpha - [On]

[Moon]

Já era fim de tarde em Norm, Maria Stone seguia com seus afazeres, a jovem trabalhava na estalagem A Casa do Cavaleiro, naquele dia teria que trabalhar até mais tarde sua colega de serviço havia faltado, pois estava doente. No final sobrou para ela ficar presa a cozinha preparando os pedidos, por vezes saia um pouco para ver o movimento da estalagem.

Na mesa mais ao canto encontrava-se um grupo um tanto quanto exótico, no qual tinha uma Goblin roxa que estava a limpar algo parecido com uma arma para não chamar simplesmente de "Trambolho Gigante" quase maior que a criaturinha, que conversava com o meio-orc chamado Lua Negra, ao menos era isso que a Goblin o chamava, pelo modo de vestir-se ele parecia ser algum tipo de bárbaro vindo das montanhas sanguinárias, o ser conversava com a Goblin chamada Izy Riverash, indagava algumas coisas que não tinha conhecimento a criaturinha que o respondia de bom grado.

Sentado a mesa com Lua Negra e Izy Riverash, estava ainda mais dois seres distintos um deles chamava-se Gigsby este mantinha sua conversa alheia a tudo a sua volta com o quarto integrante chamado Proteus, ele era um minotauro robusto seu físico rivalizava com o do Mei-orc sentado ao seu lado, na verdade ele era mais encorpado e alto, sem contar que ele parecia muito ameaçador. Proteus bebia e dava risada das piadas e contos do Gigsby que Junto com seus amigos, ao ver de poucos na estalagem parecia um pequeno grupo de vilões, mas as aparências sempre enganam os tolos e pobres desinformados, isso não era o caso de Gehein que naquele dia estava na estalagem desfrutando de uma boa bebida em outra mesa protegido por um disfarce qualquer que o permitia não ser incomodado por ninguém que vinha à reconhece-lo, era engraçado tantos anos preso aquela Cidade ele ainda reservava algum tempo para saciar suas curiosidades sobre o mundo além dos limites de Norm e qual lugar melhor do que sentar e ouvir aventureiros bêbados nas estalagens contando seus feitos.

Sabia ele, e quem sabe o único talvez?. Que a qualquer momento as coisas poderiam ficar agitadas, escutou entre seus subordinados que uma guerra estava por acontecer, sabia também que Bielefeld teria movimentado tropas para enfrentar um alguém, naquele dia em seu esconderijo receberia mais informações sobre o que realmente estava acontecendo em Bielefeld, e quem seria o inimigo desconhecido que o exercito enfrentaria, mas no momento bastava relaxar um pouco e desfrutar do momento na estalagem.

Atreu e Jaggan ajav chegavam a estalagem cansados, sua parceria se deu em uma estalagem em Valkaria em meio a uma briga entre alguns assaltantes a dupla se deu bem espancando os infelizes e no final,perceberam que seria mais vantajoso para ambos, participarem de algumas missões juntos, no final a parceria de ambos já dura quase dois meses, a ultima missão da dupla se deu em meio a Colina do Sábio Amanhecer, salvar o Sil-Kar não foi uma tarefa nada fácil, mas valeu a pena mandar para o além alguns cultistas de Sszzaas, agora na estalagem só chegavam perto da jovem Maria Stone pedindo algo para beber e um quarto separado para pernoitarem, a jovem os atendia e trazia suas bebidas quanto ao quarto ela tratou de pegar as chaves de dois quartos para entregar aos novos clientes.

[Tiagoriebir]

— Mas veja só o que temos aqui, senão são dois guerreiros! — disse uma voz rouca aos dois que recém haviam adentrado a taverna. Era um velho, com a barba rala e branca sobre a pele enrugada do rosto, que criava novas rugas a cada movimento. Vestia-se com trajes pouco mais limpos do que o de um camponês após um dia de trabalho. O velho senhor não esperou resposta da dupla antes de sentar-se à mesa com eles.

— Senhorita Maria — o velho dirigiu-se à garota da estalagem, sorrindo um sorriso em que faltavam alguns dentes — As bebidas destes cavaleiros são por minha conta. Você poderia também trazer um caneco para este velho, por gentileza? — O velhinho magro voltou-se então aos homens com quem dividia a mesa.

— Perdão pelos meus modos um tanto expansivos, heh-heh! Mas quando vejo novos aventureiros, fico curioso sobre as novidades que podem trazer do mundo lá de fora. Eu mesmo fui um guerreiro como vocês em meus tempos de mocidade, então imagino que poderiam aceitar os canecos de bebida que ofereço, em troca de algumas palavras sobre suas últimas aventuras, para saciar a sede que não se apaga, apesar de meu corpo já velho e encarquilhado, heh-heh!

O velho fitou os dois por um momento, antes de dar um tapa na mesa, rindo, e continuar.

— Mas é claro, onde está minha educação! Por Tanna-Toh! Me chamo Afrânio, um simples cidadão de Norm, que já teve dias melhores, é verdade, mas que não reclama da sina que os deuses ofereceram. — O velho então estendeu a mão aos dois, num gesto de cumprimento — E vocês, senhores, quem são?

Geheim, sob o disfarce, tinha o cuidado de falar alto, para que o grupo da outra mesa também escutasse o que ele dizia. Procurou também sentar-se em uma posição em que pudesse tanto conversar com os recém-chegados, quanto observar as reações do grupo estranho que ocupada a outra mesa. Sussurros, seu fiel protetor, estava lá, mantendo-se invisível, próximo à mesa que Geheim ocupava antes de ir falar com Atreu e Jaggan.

[Padre Judas]

Jaggan chegou a estalagem exausto da viagem. A última missão, o combate contra os sszzaasitas, fora difícil e tanto ele quanto o colega precisavam descansar.

Avaliou o lugar tão logo entraram, verificando as janelas e saídas, assim como as pessoas presentes. Um artista marcial devia estar sempre pronto para qualquer eventualidade. Atentou para a goblin com o que parecia ser uma arma de fogo. Ficou curioso – imaginava que armas como aquela fossem proibidas naquele reino. Entretanto, ele não era um agente da Lei e não precisava se preocupar com isso especificamente. Havia um meio-orc com ela – um selvagem, pelas vestes. Uma criaturinha de aparência incomum e um minotauro também estavam sentados à mesma mesa. Um velho sentava-se em outra mesa, bebendo solitário. Provavelmente algum trabalhador relaxando após um dia duro.

Foram até o balcão.

Jaggan Ajav

- Boa noite, moça. Queremos dois quartos, por favor. E... acho que uma cerveja cairia bem, não é Atreu? Vamos sentar em algum lugar e relaxar um pouco.

Conhecera Atreu há uns dois meses. Era um bom colega, embora às vezes tivesse pesadelos e até mesmo ficasse desconcentrado em alguns combates. Mas a parceria estava durando e isso era bom. Jaggan já tivera um considerável número de colegas ao longos destes seis anos de vida na estrada. Alguns se aposentaram, outros até mesmo morreram - infelizmente - mas a maioria simplesmente seguiu caminhos diferentes. Por um lado isso era bom pois levavam o nome de Jaggan consigo, tornando-o conhecido entre outros aventureiros e, principalmente, contratantes, mas também implicava que o hobgoblin não costumava forjar laços duradouros com seus colegas. Esperava que com Atreu fosse diferente. Ansiava por algo mais permanente e estável, um nível de companheirismo mais sólido.

Não demorou muito e o velho veio e sentou-se à mesa com eles, puxando conversa. Jaggan sorriu. Aprendera a respeitar os idosos.

Velho da Taverna
— Mas veja só o que temos aqui, senão são dois guerreiros!

O velho falava alto e alegre. Parecia bem agitado. Afrânio era seu nome. Um veterano? Interessante.

Afrânio
— E vocês, senhores, quem são?

Jaggan responde com animação – uma boa conversa afasta o cansaço.

Jaggan Ajav

- Meu nome é Jaggan Ajav. Meu colega é Atreu. Prazer em conhecê-lo, Mestre Afrânio. Sim, somos aventureiros, vindo de uma missão recém-cumprida. Digamos que você pode contar alguns sszzasitas a menos no mundo hoje. E o senhor? Tenho certeza de que tem excelentes histórias para nos contar!

[John Lessard]

A taverna era comum. Porém, como sempre, os clientes não. Uma mesa tinha figuras bem peculiares, goblins, mintauros e um... orc? Atreu desabou em uma mesa cansado, espada na cintura e o escudo foi encostado ao lado da cadeira. Seu mais novo companheiro Jaggan pediu quartos e cervejas e aquilo o animou um pouco. O outro era bom, lutador habilidoso, porém de caráter ímpar e por isso Atreu decidiu não revelar seu passado vergonhoso.

Ele era um rapaz alto e musculoso, porém esguio. Usava cota de malha, e carregava uma espada longa e um escudo de madeira redondo. Os cabelos eram longos e dourados, embora estivessem empoeirados agora. Os olhos azuis fitaram a atendente e por um momento se lembrou da última missão ao lado de Jaggan. Ela havia aparecido enquanto ele lutava contra os cultistas... Afastou aqueles pensamentos quando a bebida chegou. Encheu a boca com liquido que matava sede, talvez fosse bom pedir uma refeição também.

- Jaggan? O que acha de comermos algo também?

Então ele surgiu. Velho e falante, e imediatamente um termo anão surgiu em suas cabeça, algo que aprendeu com um mercador na estrada e que era, por sinal, a única coisa que conhecia no idioma daquela raça. Small Talker, ou pessoas que puxavam assuntos com estranhos, do nada e ainda tentavam arrastar mais e mais gente para a conversa. Atreu se limitou a sorrir, mas nada disse, afinal o colega já dissera seu nome e respondera a pergunta do idoso. Se limitou a balançar a cabeça e lançar um sorriso contido.

[Tiagoriebir]

— Ora, mas então são aventureiros do melhor tipo, heh-heh! — mostrou as gengivas novamente o velho — Pelo que ouvi falar, esses traiçoeiros rastejantes vêm aparecendo cada vez mais! Será necessária a força de jovens como vocês para combatê-los novamente. Aqueles malditos já sujaram a face de Arton uma vez, não podemos deixar que voltem com essa imundície de novo, heh! — o velho se aproximou, colocando a mão ao lado da boca, como se contasse um segredo, mas sem baixar o tom da voz — Cá entre nós, nunca achei aquelas tais nagahs confiáveis!

Quando a garota trouxe seu caneco, o velho bebeu um longo gole. Depois de limpar a boca com a manga, continuou.

— Eu tenho as minhas desventuras, é verdade, mas imagino que nenhuma delas seja tão curiosa quanto as que fizeram com que os deuses permitissem que um humano e um hobgoblin se aventurassem juntos. Veja bem, não quero ofender, mas você deve concordar que não existem muitos de sua espécie vagando por aí nas cidades mais civilizadas. Como se deu essa união? Vocês são do mesmo reino? — Terminando de perguntar, o velho entornou mais um gole.

[Senimaru]

- Então ela disse....

Terminado de contar uma de suas inúmeras aventuras (ou não) ele é "interrompido" pelo velho que se aproxima.

— As bebidas destes cavaleiros são por minha conta.

Então como que por magica Gigsby aparecida no meio da mesa deitado olhando para o velho com um sorriso com seu terninho um pouco amarrotado e seus dentes amarelos.

- Alguém disse bebida grátis?

[John Lessard]

Atreu ponderava sobre o nome Afrânio. Já conhecera um? Não, talvez não. Mas este, com certeza gostava de falar e/ou estava querendo algo, as pessoas sempre querem algo. Dinheiro, sexo ou poder. Depois de tudo que já vira, sabia que a vida não era simples e nem preto e branco, mas sim em escalas de cinza.

De repente outra figura surgiu deitado na mesa, vestido com roupas estranhas, porém isso não era nem de longe o mais esquisito. Sua cabeça era grande e dela brotavam chifres, cinzas e retorcidos. As orelhas pontudas. O guerreiro loiro arregalou os olhos azuis, bebeu um gole de seu cerveja.

- Hey... Hm... Diabrete? Pelo menos sente na cadeira.

[balth]

-Mas..eu não entendo..como um trambolho desses funciona*olhava fascinado para a arma de sua colega*-É alguma especie de..perai..aonde está Gigsby?*sua atenção se volta para o pequeno diabrete que desapareceu na mesa e agora estava com três estranhos*...*dou uma risada baixa*-Esse diabrete*apenas observava a conversa dos outros três na outra mesa*

[Lord Seph]

Proteus apenas observa aquele ambiente sem nenhuma reação. Apesar das três vozes quererem professarem sobre suas dádivas.

- Pensei que podia ter um pouco de diversão aqui, mas o povo preferem brincar de nobres pelo visto. Bem, ainda há liça amanhã pelo menos.

Falou Proteus mais para sim que para os demais.

[Tiagoriebir]

O velho se assusta por um momento, com a chegada repentina do diabrete, mas logo se recompõe e sorri.

— Pago a bebida a esses senhores porque espero que eles me contem como anda o mundo lá fora, meu tinhoso amigo. Se há algo que os deuses me ensinaram, é que nada é de graça, heh-heh! De qualquer jeito, imagino que alguém tão... diferente quanto você e seus amigos ali também tenham sua dose de histórias para contar — respondeu o velho, olhando de relance para os ocupantes da outra mesa — Sou só um curioso incorrigível — levou a mão trêmula e cheia de sinais aos próprios joelhos — Minhas pernas fracas não me permitem se aventurar pelo mundo como fazia na juventude, então me aventuro por meio dos relatos de gente como vocês, he-he! Mas junte-se a nós, como o jovem Atreu disse, e também lhe pago um caneco, se você contar o que alguém como você faz aqui. É algum tipo de goblin, por acaso?