HISTÓRIAS DO NONO MUNDO – ON

[Aldenor]

Aldor bebia água. Não queria conversar com o estranho e sentia um gosto amargo na boca. Não que fosse inútil conversar com aquele homem, mas ele não estava no momento com ânimo para isso. Entretanto, observaria o que seus colegas falariam.

[Rick]

Com os pensamentos e reflexões subitamente interrompidos, Kenree se vira para o homem, o cenho franzido. A pergunta dele parecia tão estranha que não sabia o que imaginar. Afastando o corpo da mesa, para qual estava de costas, ele se posiciona de modo que possa olhar em volta, encarando cada um dos companheiros de viagem, então de volta ao fumante.

- Fantasmas? - O giave encara o homem, curioso.

[kaito sensei]

De mal humor, Taurkus acha que o cara é só mais um maluco. Ele apenas responde de maneira ríspida.

Taurkus

Não.

E retorna a comer.

[Padre Judas]

A FLORESTA FALSA

Alkaçuz

Não. Estou a procura de uma máquina. Uma máquina muito especial.

- Pois então. Não consigo imaginar nenhuma máquina mais especial do que aquela que permite falar com os mortos.

Kenree Dixlan

- Fantasmas?

O homem dá mais uma pitada no cachimbo. O interesse de Kenree parece tê-lo deixado mais animado.

- Sim. Dizem que há uma máquina nos dedos que permite falar com fantasmas. Outros dizem que permite fazê-los andar de novo, não sei ao certo. Nunca estive lá. Mas às vezes passa gente por aqui procurando pelo lugar. Fica a oeste, logo após a Bacia do Cylion, nas escarpas da Riage Negra.

Ele termina de comer a fruta e continua pitando.

- Quer dizer, essa seria a direção geral. Não conheço exatamente o caminho, o velho é que já foi por lá. Mas boa sorte perguntando pra ele agora enquanto está reparando a aldeia. Ele...

Nisso Lowd grita com ele.

Lowd

- EI, VIBRIS! PARE DE ENROLAR E VÁ TRABALHAR! TEM TENDAS PARA ERGUER DAQUELE LADO!

Vibris

- ESTÁ BEM, JÁ VOU! Tsc, velho chato. Bem, estou indo.

Ele apaga o charuto e vai embora, irritado.

Off:

O que vocês fazem?

• Aldor: Potência (10) 10, Velocidade (10) 7, Intelecto (21) 19. XP: 1.
• Alkaçuz: Potência (15) 11, Velocidade (18) 16, Intelecto (11) 11. XP: 0.
• Kenree: Potência (13) 11, Velocidade (11) 10, Intelecto (12) 12. XP: 1.
• Taurkus: Potência (13) 12, Velocidade (11) 11, Intelecto (12) 12. XP: 1.

[Rick]

O jovem vira novamente as costas para o fumante depois da resposta ríspida de Taurkus, mas permaneceu atento ao que ele dizia enquanto mastigava. Depois de ouvir, ponderava sobre o quanto daquilo podia ser verdade. Que existem coisas estranhas por todo o Nono Mundo, Kenree sabia. Mas mexer com fantasmas? As superstições daquele povo o deixavam em dúvida sobre tal relato. Mas ele se sentia curioso. Olhava então para o grandalhão, pensando se já teria cumprido sua proposta acompanhando-o até ali. Não iria seguir ele por toda sua vida, afinal...

[Lucena]

A glaive ouve as palavras de Olheiras com uma sobrancelha levantada, antes de falar:

Alkaçuz

Olha, soa fantástico e tudo mas não é bem do que eu estava falando, mais pode ser...
Na verdade soa mais com o que o Aldor está investigando.

Ela depois volta a refeição depois de Olheiras, cujo nome real parece ter sido comentado mas ela não havia prestado atenção, ser chamado pelo velho Carrancudo.

[kaito sensei]

Depois do velho chato ter sido chamado pelo outro velho mais chato, o caçador resmunga.

Taurkus

Ora essa! Por fantasmas ele deve estar dizendo desrespeitosamente dos espíritos! e ora vejam, existe uma máquina para falar com eles... Bobagens... A comunhão com os espíritos somente pode ser feita através de fé e meditação...

Alkaçuz

Olha, soa fantástico e tudo mas não é bem do que eu estava falando, mais pode ser...
Na verdade soa mais com o que o Aldor está investigando.

Depois da fala de Alkaçuz, Taurkus olha para Aldor com a sobrancelha levantada.

Taurkus

Jovem Aldor... Acredita nisso?

[Lucena]

Alkaçuz

Estou me referindo a máquina que faz os que se foram voltarem a andar entre nós. Como Sacerdote dos Eons, foi dado a Aldor o dever de investigar a verdade por trás desses rumores.

[Aldenor]

Aldor suspirou aliviado quando o homem se afastou.

Aldor

Não busco essa máquina em si, eu busco a verdade, sempre a verdade. Meu palpite é que encontraram algum dispositivo - talvez artefato - com capacidades não completamente entendíveis pelos locais. Afinal, a fé infantil parece prevalecer por estas bandas d'O Além.

Ele arriscou comer um pão, mas desistiu na segunda mordida. Estava ansioso e sem fome. Alkaçuz completou corretamente o que ele disse e por isso sorriu.

Aldor

Acho que não temos mais o que fazer por aqui. O que acham de irmos dar uma olhada nisso? Bom, eu irei de qualquer jeito...

[Rick]

- Por que não? - Dá de ombros o rapaz.

Terminaria de comer com tranquilidade, então começaria a organizar o que havia bagunçado de suas coisas, visando seguir viagem. Assobiava discretamente enquanto cuidava da tarefa, distraído com a mesma. A perspectiva de encontrar algo tão inesperado, como ele próprio, era sempre animadora. Ajudava a se sentir mais tranquilo. Principalmente depois de estar em um local que tratava pessoas de capacidades especiais com a exclusão. Estava começando a se acostumar com a ideia de viver na estrada, apesar de acreditar que jamais deixaria de sentir falta de casa.