- "Quando a sombra da morte passar pelo globo de luz
Trazendo a vida que trará a morte
Terá surgido o emissário da dor
O arauto da destruição
Cantado por uns e amaldiçoado por outros.
O sangue tingirá os campos de vermelho
Um rei partirá sua coroa em dois
E a guerra tomará a tudo e a todos.
Até que a sombra da morte complete seu ciclo
E a flecha de fogo seja disparada
Rompendo o coração das trevas''
A vila de KLEIM amanheceu com uma neblina fora de época, talvez um sinal misterioso do que a vila estava passando naquele momento. Os primeiros raios de sol da manhã iluminavam as paredes do templo de Valkaria um corvo pousa em uma das janelas aberta, um feixe de luz o atinge projetando sua sobra no chão de pedra no interior da construção, Avi Kalar encarou a sombra marcada no chão e olhou em direção ao pássaro na janela, por alguns breves instantes o meio-orc achou que a ave o encarava, era um guerreiro sem medo, mas algo em seu interior lhe dizia que alguma coisa muito ruim estava os espreitando.
AGATHA KAR-Avi, acorde Avi.
Os pensamentos de Avi são interrompidos pela foz da clériga
AGATHA KAR-A situação é pior do que eu pensava, nenhuma de nossas preces surte efeito sobre esta doença, acredito que seja magia negra. O regente junto com algumas pessoas importantes da vila estão tentando encontrar uma solução para essa situação, mas devemos fazer tudo o que está no nosso alcance, por isso quero que você faça um favor para mim. Ha uma jovem que trabalha nos estábulos, o nome dela é Valkaria Young, a deusa me sussurrou que ela possui poderes que podem nos ajudar, vá até lá e a traga aqui por favor.
Avi sabia que algo estava aquela estranho doença era assustadora, enfraquecia o corpo e fazia brotar teias finas pela pele dos doentes,era realente algo maligno e poderoso ali ele nem sequer precisava usar suas habilidades de paladino para detectar isso, a atmosfera estava pesada mesmo sendo um templo de uma deusa bondosa.
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KARL AZES- TEMOS QUE FAZER ALGO URGENTE, VOCÊS TEM IDEIA DE QUANTO ISSO É RUIM PARA OS NEGÓCIOS DA VILA? ESTAMOS PRESTES A NOS TORNAR UM PEQUENA CIDADE E NINGUÉM IRÁ QUERER COMPRAR PRODUTOS VINDOS DE UAM CIDADE COM UMA PRAGA.
Tigre Vorn entra na sala de reuniões na casa do regente , todas as pessoas importantes da cidade estavam lá, incluindo os chefes da casa Ivor e Ebon, rivais desde a criação da vila, Tigre ouviu falar através de Titta, que houve um tempo que as famílias se matavam e isso atrasou bastante o desenvolvimento de Kleim, mas hoje elas vivem e uma trégua enquanto cada um não se meter nos negócios do outro. O jovem caçador foi chamado devido a sua influência e a amizade de Albus com Marshas
ALBUS DANIKEM-Karl, não há necessidades para esse tipo de tom de voz, todos nós sabemos as consequências econômicas que uma praga implica, sobretudo os chamei aqui para discutirmos uma solução para esse incidente. A sacerdotisa Kar está cuidando dos enfermos e eles estão sendo mantidos em quarentena no templo até descobrimos a fonte desta doença e um meio de curá-la, recebi uma carta dela onde informa que os meios de cura mágica não tem sido eficazes o que você tema dizer sobre isso Antaris?
O homem sentado em uma cadeira afastada da mesa redonda encara a todos com seus olhos brilhantes sob o capuz do típico manto dos magos. Ele se levanta retirando o capuz da cabeça e se aproxima, ele fala com uma voz serena e controlada não demostrando qualquer preocupação com a situação crítica.
IAM ANTARIS-A única certeza que tenho no momento é que se trata de uma doença mágica poderosa, precisarei de mais tempo pra estudá-la e então criar uma contramagia, mas isso vai levar tempo, eu aconselho a enviar uma carta a capital informando esta situação o mais rápido possível.
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Valkarya Young observava as brumas tomarem todo o terreno do estábulo, o relinchar dos cavalos quebrava o silêncio da cidade, a semideusa tomava um copo de chá quente enquanto um xale protegia seus ombros e braços do frio da manhã. Os primeiros raios de sol iluminaram a areia do terreno e os pássaros iniciavam seu canto matinal, Valkaria ouviu som de passos a se aproximar, era Bjorn, filho do estribeiro, ele trazia consigo dois fardos de feno jogando-os do lado dela.
BJORN-Vai ficar ai parada mesmo? Pai não está se sentindo bem esta manhã então todo trabalho ficará por nossa conta.
Bjorn era um jovem bonito, por muitas vezes a filha de Lena notava olhares e sorrisos dele para ela, já era sabido que Borjas queria que seu filho único casasse com uma boa mulher que entendesse de cavalos, então surgiu Valkaria como se a própria deusa tivesse vindo a terra pra lhe dar este presente. Bjorn segue até as coxias cumprimentando os cavalos enquanto você repousa o copo de chá em uma caixa de madeira e o ajuda separando o feno e colocando nos cochos.
BJORN-Não há um único dia em que você não esteja linda pela manhã, gosto da cor dos seus cabelos quando o sol da alvorada os ilumina.
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Os milicianos eram sempre os últimos a dormir e os primeiros a acordar, durante muito tempo não havia sinais de crime na cidade, no máximo, algumas disputas dos Ivor contra os Ebon ou algumas crianças roubando comida dos mercadores, mas crimes graves foram praticamente banidos da vila. O sol nem sequer havia mostrado seus primeiros raios e alguns milicianos já iniciavam seus treinamentos, as espadas de madeira atingindo manequins de palha e areia, o zumbido das flechas e setas dos arqueiros no feno, mas em um canto reservado estavam o pequeno grupo de conjuradores da milicia dentre eles Esnari, poucas cidades possuiam conjuradores entre seus guardas, eles demandavam muitos gastos porém havia um poderoso mago residente que arcava com boa parte dos custos do treinamento arcano.
CAPITÃO- ATENÇÃO!SENTIDO!
Um dos capitão da milicia gritava ao ver o Comandante Bartor entrar no centro de treinamento, ele caminha até os conjuradores, ao seu lado um homem idoso aparentando ter já seus 80 anos andava curvo mas sempre sorridente.
IGOR BARTOR- KRAX NOZZ!
O comandante cumprimentava com uma expressão tpica dos milicianos de Kleim, era uma saudação muito antiga e seu significado se perdeu com o tempo, mas dizem que foi herança dos desbravadores de Lamnor. Então todos os soldados respondem em coro ‘’KRAX YIAM’’ e retornam ao seus treinamentos.
IGOR BARTOR- Esnari, aproxime-se pro favor-Assim que a elfa se aproxima ele continua -Todos os soldados já foram avisados sobre a praga que assola Kleim, estamos todos tentando encontrar uma solução e parece que Venerus sabe de algo e quer comunicar a todos, segundo ele…
Igor é interrompido pelo próprio Venerus
VENERUS HERNON-Posso falar por mim mesmo comandante, obrigado. Olá jovem elfa, vocês elfos vivem muito, mas crescem rápido, a senhorita poderia nos acompanhar ? Acredito que o que eu tenho a dizer pode interessá-la.
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Abigaia caminhava pela Floresta dos Sussurros, as arvores de forma única dessa floreta fazia com que o vento ao atingir seus galhos e folhagem produzissem sons semelhante a sussurros, por isso o povo a apelidou com este nome, mas a floresta possuía um nome antigo em elfico Kleimorienn, porém ha muito não se via um elfo naquela floresta e poucos tinham coragem de desbravá-la para encontrá-los. A guerreira caminhava rápido e atenta, não por temer bandoleiros, eles eram raros na região, mas sempre havia a possibilidade de encarar algum animal selvagem ou mágico, nunca se sabe o que a Floresta dos Sussurros reservava.
A trilha seguia tranquila, estava frustrada pela sua viagem até um vilarejo próximo não ter dado em nada, os boatos de estarem sendo atacados por lobisomens, não passou de uma história inventada para atrair aventureiros e melhorar a economia do lugar. Havia acordado a pouco tempo, o sol teimava em nascer, mas já podia ver o céu sendo colorido pela alvorada, mas o que lhe chama mais a atenção é algo que lhe assusta por alguns segundos, pensou ter visto uma mulher na floresta , os olhos dela brilhava como a de lobos, mas ao piscar os olhos ela desaparecera, Abigaiacontinuou sua caminhada achando que era efeito da noite mal dormida, contudo encarou algo perturbador, era um filhote de cervo empalado e cravado em uma árvore, sentiu sua espinha gelar e acelerou o passo rumo a Kleim ao ver uma estranha bruma surgir lentamente. Ao se aproximar de Kleim, ainda abalada pelo que viu e distraída pelos seus próprios pensamento tentando entender se era real ou alguma alucinação acaba esbarrando em alguém, seu reflexo é rápido sacando sua espada com precisão colocando no pescoço do homem que levanta as mãos e inclina o corpo pra trás para não se cortado pela lamina.
RAMES-Ei,ei, ei. Calma cabelos vermelhos, você vai acabar se machucando com isso.