Touhou RPG - Sidequests

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Lucian Y.
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Lucian Y. » 24 Jul 2014, 23:41

Os olhos não poderiam descrever melhor o que o gato negro sentira naquele momento, uma grande e inesperada surpresa!!

Mas já Dainn, recepcionará Adelaid com um sorriso meio puxado para o canto, parecia feliz, embora os olhos ainda tivessem um olhar corrompido, brilhante rubro, como sempre superior, como em um silencioso riso, ao ser encarado por Adelaid, a cabeça por pouco tempo e levemente inclinou-se. Logo fez um reverencia leve, como um grande nobre... E realmente o era, mas um nobre Alienígena. Seus modos moldados com milênios que passaram, esvaindo-se pelos seus dedos. Mas mantinha ainda a aparência de uma criança tão jovem quanto o menino vampiro, quanto Remilia, e talvez, até que Cirno... Mas era diferente, ao contrario dos outros, era mais que obvio o que era...


-- hum... As palavras que emitiu já não importam mais para você não é Shino... ? –


Emily se concentrava mas não conseguia adquirir os dados biológicos do Shinomiya Makoto, colocou as mãos na cabeça e então voltou o rosto para cima, e então se acalmou, cruzou os braços e pernas sentada no chão desfazendo a magia. Dainn Ria do desespero da pequena. Para ele aquilo era tão bobo.


Dainn começava a andar, calmo, sereno, silencioso. Seus paços não emitiam som algum, nem no frio piso, ou no carpete. Seus pés estavam descalços. Mas para ele pouco importava. Andava inicialmente com as mãos cruzadas atrás das costas... o corpo era completamente escondido com um manto negro amarrado em seu pescoço, junto a um branco lenço.

Por uns poucos segundos Adelaide, fora vista, tanto pelos olhos de Emily quanto os de Nero, como uma criança, mas foram poucos segundos. Uma Fria mão afagava sua cabeça com carinho, era a mão do rei menino, Dainn. Ele a olhava com carinho, inclinara levemente a cabeça para a direita, seu longo cabelo branco caiu um pouco para a direita.


-- Gon’bawa, shoujou-chan... O que foi? Por que choras, linda menina? (*Com um sorriso gentil*) Você esta triste pela morte dele? Que boba. Tristes fica pelo que nada tens haver. Não és tão diferente assim daquele garoto! Em nada tiveras culpa na morte deste garoto. Se alguém o tivera foram vossas filhas. –


Ele suspirava levemente e então fechava os olhos, dando-a um abraço... mas seu corpo era frio, esperava que ela ao menos pudesse desculpa-lo por isso.


-- Não se preocupe com coisas que escapam a seu controle. Muitos foram vitimas dos Crimes de Lúcifer, Adelaide-san... Não podemos concertar os erros do passado. E imagino como ficariam as coisas se um certo alguém pudesse. Mas podemos cuidar para que esses erros não comprometam nosso futuro! ... Agora... Se quiser se culpar pela morte de alguém... –


Da sombra do garoto são projetadas outras duas fantasmagóricas


-- pode começar com essas duas –


*Algum tempo após*


-- Bem, Emily, embora você não tenha conseguido os dados do shino como era o plano, podes conseguir os da Adelaide-sama agora, Lucian provavelmente iria pedi-los hoje anoite mesmo. –


*Voltou-se a Adelaide, fechou os olhos, e fez uma nova reverencia*


-- Perdoe-me por ‘invadir’ sua mansão, Senhorita Adelaide Scarlet, isto fora rude de parte minha. Mas Havia muitas coisas que eu queria verificar... por hora... Lady, se importaria se eu a acompanha-se em uma xícara de chá? –


*disse com as mãos nas costas e com um doce sorriso no rosto, talvez fosse uma mascara ou não...

Tarde

Assim que ela agarrou seu pulso, se surpreendera muito, lendo a mente dela naquele momento, algo que estava virando uma mania, mas isso não era bom... Mas não pode se conter, não conseguia se conter, e isso é uma coisa que no fundo o tornava ainda mais infantil... Se deixar levar pela curiosidade.
Ficaria Ali calado, apenas olhando, como um elemento passivo sem se intrometer na conversa, normalmente. Mas por algum motivo, se lembrou de Reno ao ouvir as palavras daquele Rapaz... E Leu a mente de todos ali! Até da Tsubasa!
Olhou para Chris um pouco curioso


-- Chris, não gostas de tirar fotos? –


*disse já estendendo a mão, para ela...


Logo depois aparecendo perante as ruinas de certa mansão, o garoto ainda olhava para ela, como se esperasse uma resposta. Mas na verdade talvez já a tivesse. Olhou ao redor, e depois novamente para Chris, e sorriu.


-- O-obrigado, se eu puder fazer algo para retribuir o favor, e te agradecer... é só dizer ok? --

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Keitarô
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Keitarô » 27 Jul 2014, 15:00

Reno

Extra

O ruivo reobservou a cena de braços cruzados. Perguntou-se se deveria ocultar algo, e concluiu com rapidez que não seria justo. Se era pra contar a ela sobre um lado que não conhecia, precisava ser preciso.

— Bom, foi isso que aconteceu, Keik-

Não conseguiu terminar a frase ao se virar para a jovem oni. Ela estava de joelhos, em um estado estranho de transe, o corpo mole para o lado. Desmaiada? O primeiro impulso foi se abaixar e deitá-la, para então pegar em seus ombros e sacodi-la, chamando seu nome. Um peso estranho no peito dizia que era responsável por aquilo. Não, mais que isso; não era responsável pelo passado de Keiko, e era apenas um informante sobre o que vira, mas era responsável por ajudá-la quando voltasse. Deveria mostrar a ela o amor. Ela não era um monstro…

— Não há monstros, Keiko-chan. São apenas histórias para assustar as crianças na hora de dormir…

Inclinou-se e beijou sua testa, sentando novamente meio inclinado, os pés encostando-se nas solas, e os braços sobre as pernas. Ficaria ali o tempo que fosse necessário, até ela voltar bem. Se não estivesse bem, a faria bem de alguma forma.

Extra

Quarto dia, manhã e começo da tarde

Aquele dia, acordou muito cedo. Cada vez mais, Reno sentia que seu sono rendia mais, porque precisava fazer coisas, e dormir atrapalhava. Ainda seguindo seu impulso de ler um pouco sobre a Terra, aquela manhã, após o café de madrugada, Reno usou a internet para ler o noticiário. Usava os sites japoneses para isso, mas já começava aos poucos a compreender algumas palavras em inglês graças ao treinamento com Tsubasa para os shows. Aquela manhã Reno sentiu-se triste. Era bem verdade que o ruivo era normalmente imune a tais devaneios sentimentais, pois isso prejudicava o bem-estar espiritual. Ser feliz era uma questão de vontade. Mas às vezes não é necessário estar infeliz para se sentir triste com algo que, por mais que se queira, se é impotente para mudar.

Guerra. Mortes, infelicidade. Quando se é ignorante e não se sabe sobre o futuro, e sobre o que está escondido nas entrelinhas da realidade, algumas coisas se tornam ainda mais pesadas e graves do que já são. Reno precisava fazer alguma coisa. Mas o quê?

Voltou àquele livro mitológico que comprara no Japão. Curiosamente, ele falava sobre pelo menos parte da religião daqueles povos que lutavam. O homem entendeu que, segundo uma parte do livro referente a épocas antigas, aquelas terras eram guerreadas há milênios… Como uma terra sagrada poderia ter derramado tanto sangue assim? A culpa não era dos deuses, ou seres mitológicos cultuados… Era simplesmente dos homens. Das interpretações erradas. Das lições desprezadas. Do conhecimento esquecido seletivamente e relembrado apenas quando parecia vantajoso…

Uma hora de preparação. Uma pesquisa rápida para montar o texto que queria e traduzi-lo em vários idiomas diferentes, entre eles o hebraico, o árabe, o inglês etc. Memorização. E, um pouco antes de ir, um cochilo rápido de mais uma hora. Não um cochilo normal — Reno usara em si mesmo uma habilidade nova, para reflexão e testes espirituais. Entrou em um Mundo dos Sonhos. A ideia é que poderia controlar um sonho de maneira totalmente flexível, como quisesse, e por isso definiu os seguintes parâmetros:

• Passaria por vários lugares;

• Não teria água ou comida;

• Poderia ser vítima de quaisquer intempéries sem ter como se defender, não poderia usar seus poderes;

• Não saberia estar dentro de seu próprio sonho, e;

• O sonho duraria um tempo variável, mesmo, em tempo real, durando apenas uma hora.

Estava no oriente, frente a uma árvore bela, observando um homem que meditava por muito tempo, na ponta de um penhasco. A reflexão era profunda. O que era necessário eram as coisas que não se pode tocar. Uma cachoeira cristalina caindo na montanha vizinha. Não precisava bebê-la. Ali permaneceu por sete anos, que se passaram como se fosse nada, observando-o até que ele se levantou. O conhecimento era claro, e acessível a qualquer um. Não se aprendia com a mente, e sim com o coração e a alma.

E então tudo era negro, e o homem que reno observava era gigantesco, sentado em uma flor de lótus. Cem anos contados em cem eras totalmente diferentes da noção de tempo atual se passaram, quando o universo se recriou por equilíbrio de entropia, expurgando o lixo de emoções que havia ali. Reno observava tudo de perto, ainda refletindo. E viu a deusa Sol e seus benefícios aos filhos ingratos, e os três puros e o equilíbrio de pureza e impureza, e viu um palácio gigantesco de cristal com seu líder sentado no trono meditando, um meio-Deus que tinha medo das pessoas que criara; viu o yama do conhecimento em toda sua grandeza (6×10^125 yojana de altura, maior que o próprio universo) chorar, e viu o deus do raio temer por seus próprios filhos, e muito mais pelos homens, e viu todas as religiões e filosofias que conhecera. Vibrava numa frequência altíssima.

Por fim, viu-se num deserto. Vento forte. Fome, sede. Escuridão. Sol escaldante. Vontade de morrer. Areia escaldante servindo de cama, era melhor do que andar. Feridas intermináveis no corpo. Perda de peso absurda, ossos quase à mostra. Pele rachada, desidratação. O que estava fazendo ali? Não merecia aquela provação. Provação? Merecimento? O mundo funcionava por trocas? Havia justiça? Ah, não, não havia merecimento… não da forma humana. O merecimento humano é mesquinho… é egoísta… não é assim que as coisas deveriam funcionar. Quarenta dias finais de reflexão.

“Sete dias de criação. Seis divinos. O sétimo é nosso. Precisamos fazer o nosso melhor…”

Ao final, não sentia mais vontade de dormir, de comer, de beber, de qualquer coisa material. Sentia vontade apenas de preencher seu próprio coração. E assim, poderia preencher o coração dos outros.

Aquele foi o único cenário em que não assistiu; foi o cenário em que agiu, porque, antes de sonhar, desejava ajudar aquele povo em específico, e para isso precisava ser como aquele que veio no meio deles.

***

Um pouco depois, Reno havia se teleportado para uma montanha onde recortou, com sua mente, um pedaço gigante de pedra. Escreveu em vários idiomas o texto que queria deixar eternizado, e cobriu a rocha com uma camada de material que jamais seria removido. Usava sua habilidade de quebrar limites para isso, para testar mais uma vez os seus iguais. Talvez eles precisassem. Achou-se pequeno naquela situação, e sentiu que talvez seu texto não tocasse o coração de ninguém, mas tinha que tentar.

”Aos donos deste mundo,

Eis que os envio como ovelhas no meio dos lobos, para serem espertos como as cobras mas mansos como as pombas. E eis que vocês todos são os lobos. Escolhem não aprender, ignoram toda a maravilha que simplesmente existir significa no íntimo de cada um de vocês.

Porque pode-se ter tudo, todo o conhecimento, toda a riqueza, toda a terra, a vida eterna, e até mesmo ser um anjo ou um deus; e ainda assim, vocês nada serão enquanto praticarem o que praticam.

Não há justiça em culpar alguém pelo mal que possui; todos o tem. Mas é possível escolher mudar, e mesmo de maneira forçada, começar no bem, sem olhar pra trás. A mudança é inerente a cada um, tal qual a felicidade.

E um dia um de meus filhos chegou para mim e me contou algo que me fez derramar lágrimas. Ele tinha o sonho de mudar o mundo, mas com a passagem dos anos percebeu que isso não era possível. Então queria ao menos mudar seu país, sua cidade, e falhou. Já no fim da vida, queria usar da sabedoria para mudar sua família, e também não conseguiu. Oh, se tivesse percebido antes que a única pessoa que precisava mudar estava bem ali…

‘Se eu tivesse mudado a mim mesmo… Talvez pelo exemplo eu mudasse minha família. E minha família mudasse minha cidade, meu país. E assim, quem sabe… teríamos mudado o mundo.’

Jamais ireis mudar quebrando todas as regras divinas que lhes foram dadas. Que se rasgue a tabueta dos mandamos, todos os livros sagrados, todo o conhecimento amoroso compartilhado no Monte. Tentemos mais uma vez: é preciso mudar. É necessário o Amor, mas ninguém sabe o que é o Amor.

Comecem compartilhando. Façam algo de bom para aqueles que odeiam, e perceberão que não há ódio. Tratar o próximo como a si mesmo, por que esqueceram? Porque se houvesse realmente ódio, o mundo inteiro estaria condenado por ser uma criança animalesca que se recusa a aprender depois de tantas eras. A punição existe tão somente no coração de vocês.

O Amor os espera como se nada tivésseis feito. Ele sabe, na verdade, vocês se afastaram e se abandonaram, e devem trabalhar para pagar por isso. Não pagar a Ele, nem aos anjos, nem a ninguém, senão a si mesmos e ao próximo, que deve fazer o mesmo.

Não esperem por milagres. Não virá salvador, profeta, messias, anjo, deus algum, pegar em vossas mãos e mostrar o caminho que está bem na frente de vocês. O Sétimo dia começou há muito tempo, e em termos de evolução, vocês não passaram ainda da primeira hora do dia. Ele durará o tempo que for necessário.

O descanso é divino. O trabalho é dos Vivos. Pois então, trabalhem e mudem!

Porque o homem herdará a Terra tão e somente do homem, e que ela possa ser fértil de fé, caridade, felicidade e sobretudo, Amor.”


Uma pedra de roseta sagrada. Um monumento que talvez abalasse o mundo. Ou… fosse esquecido. Ela era enorme e ocuparia um lugar grande em uma praça, onde deveria ficar para a posteridade.

E então, vestindo trapos brancos e um véu que deixava a ponta do seu cabelo à mostra, e apenas alguém muito próximo veria seu rosto, Reno se preparou para o que faria. Ouvira falar que os dois países que guerreavam estavam em um cessar fogo, e julgou que aquele era o melhor momento. O homem teleportou no meio do conflito, invisível ao olho humano. Escolheu um lugar cheio de terra e destruição, e resolveu aparecer. Que atirassem, se quisessem, pois aquele não era o seu eu real. O seu eu real estava flutuando invisível muitos metros acima, observando calmamente ao que fazia.

E com um movimento de mão, a terra se moldou em pedra, e uma praça simples havia sido feito, bem no meio da fronteira. A cerca terminava no começo da praça, deixava de existir e continuava do outro lado. Sem altares, sem nada. Apenas transparecendo humildade e compaixão. O simples crescer das pedras deveria assustar um homem, e havia soldados dos dois lados, ou pelo menos chegariam em breve. Não havia hostilidade ali porém, e mais de uma vez Reno pensou em lançar sobre um lugar algum pensamento que tornasse as pessoas que ali visitassem, amorosas.

Mas seria uma mentira. Elas deveriam ir ali de coração aberto à mudança.

Então levantou a mão e a pedra gigante, levemente circular com a base achatada para para permanecer no mesmo lugar, surgiu. Idiomas-chaves retratavam o mesmo texto, legível a todos que se aproximassem para ler. Talvez até mesmo tocar na pedra, estando a pessoa em um estado de espiritualidade maior, fizesse com que o texto entrasse na mente. Os olhos vermelhos do rapaz lacrimejavam, não porque demandava muito poder para fazer o que estava fazendo, mas pela vontade de que aquilo funcionasse. Era um paradoxo: a pedra explicava que ninguém mudava ninguém, senão si mesmo, e demandava que todos mudassem.

Não. Aquele era o exemplo de que Reno mudara, e queria seguir o primeiro passo de quem sabe ajudar os outros a perceberem a mudança.



Então o céu ficou branco, e a pedra começou a descer lentamente, pousando suavemente no centro do monumento. Podia ser vista de longe, e uma aura tranquila, mas que fazia aqueles com a consciência chorar, podia ser sentida… talvez. Reno levitou e tocou o topo da pedra com os pés descalços. Olhou ao redor e esticou os braços, olhando para cima.

Naquele momento, os olhos de Reno voltaram ao normal. Ele chorava, e sua mente estava concentrada em atingir todos os meios de comunicação possíveis. Satélites, sinais de televisão, rádio, e naquela cidade, o som do coração de todos. Que o planeta todo ouvisse, se possível.

— Que todos recomecem! Que assim seja, a partir de hoje, e sempre!

Baixou os braços lentamente. Sorriu. Olhou ao redor e seu coração torceu.

Reapareceu em seu quarto, sem energia mágica nenhuma. Não sentia cansaço, nem fome, nem sede, pois já não desejava mais. Mas sua mente precisava descansar; seu coração havia sido ousado demais. Não era um deus, não era um profeta, um messias, um anjo. Era apenas um homem, e pequeno…

”Eu não menti, Reimu-chan. Só desejo amar, e mostrar aos outros que o Amor é perfeito.”

… mas de amor infinito!

Infelizmente já não tinha mais como enviar aquele pensamento a ela, ou Hideko. Será que ela vira tudo também?

Talvez… Yukari?

OFF: se necessário, 1 ponto de destino para Comunicação. Tudo pode ser explicado com Trance Mode, Demonstração de Valor (para simular Idiomas), PES e Vigor. Depois completo com as outras partes do dia, nos outros dois posts.

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Shino
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Shino » 28 Jul 2014, 22:51

Para Keiko


— Eu também te amo!!!

A fada inclinou a cabeça e virou-se para encarar os olhos rubros da pequena oni a mão esquerda se ergueu, alcançando os cabelos da pequena e os afagou, aos poucos conduzindo a cabeça da garota, levando os lábios a se encontrarem e as línguas a saborearem-se.

A tarde foi incrível!

...

— Bem vinda a Onigashima, a ilha dos demônios (ou ilha dos onis)!

Uma ilha vulcânica em plena atividade, Onigashima exibia nas formas bruscas, nos gases expelidos a cada minuto, no chão levemente quente e de tom muito rubro que a ilha estava pronta para erupção, poderia ser a qualquer momento, mas estranhamente, não sentia temor, como se soubesse que ela nunca entraria em erupção, pois ela respeitava seus moradores, ou temia eles.

Um sorriso se fez no rosto na outra você, ela se levantou do seu “trono” e caminhou em sua direção. O rapaz era mesmo Michio, confirmou facilmente quando ela saiu de cima dele, estava vestido, ou parte, apenas de calça, sem camisa ou sapato, suava muito e facilmente sentiu o cheiro de seu suor.

— Essa é Onigashima, um dos quartéis-general de nosso pai, o maior de todos os Onis, aquele que voltou do reino dos mortos duas vezes. O general Oni, Shunten doji!

Aquelas palavras, não podia ser verdade, aquele era um dos mais poderosos Onis da historia, um dos mais poderosos youkais do mundo. Yukari era a mais poderosa youkai de Gensokyo, seguida logo atrás pela senhora das plantas, Yuuka. Mas elas eram crianças perto dos quatro generais. O Imperador Sotuku, Tamamo no Mae, Shuten Doji e o líder de todos Nurarihyon, historias contadas por sua mestra, sobre os mais poderosos youkais do mundo, que tiranizavam o mundo, mas que foram mortos por grandes heróis da historia antiga.

— Sim, nosso pai é o Shuten Doji, mesmo que nunca o tenhamos o visto, nosso sangue não mente, podemos sentir, sinta!

O cheiro, o calor, a brisa quente, a ilha era familiar, estranhamente familiar, nunca havia posto o pé nela, mas era como se a conhece, era nostálgico. Olhou ao redor, caminhou e foi reconhecendo o local, ali ficava a forja, onde se fazia os grandes Oni no Kanabö, ali o dormitório, ali o deposito de tesouros, ali a mesa onde juntava todos para devorar...

— Humanos!!!

Sua outra eu completara seu pensamento, naquela mesa de pedra gigantesca era servido as presas, bois, pássaros, peixe, mas o alimento mais cobiçado era os humanos, nem mesmo outros youkais eram tão saborosos quanto aquela iguaria. Sem nem notar você tropeçou, andar sem direção a conduziu ao “trono” vivo que ela estava sentada e se viu próximo ao garoto, o cheiro forte do suor dele, parecia tão salgado, tão apetitoso.

— Ele não parece ser tão gostoso? Acredite, ele é!

Lembrou-se do momento que sua outra eu mordera ele, do sabor do sangue do rapaz, sentiu o mesmo na sua boca. Era como mel, talvez mais doce, e qual seria o sabor de sua saliva, de seu suor, de sua carne?

— Que tal uma mordida?

Morder ou não morder, eis a questão!


Para Inoue


— Onii-san, por que você nunca me leva de macaquinho? Por que só leva a Hina ou a Yoshiko, eu não sou boa o bastante para você?

A face corada, a mão sobre o peito, rezou que fosse outra das brincadeiras de sua irmã, temia que fosse outra coisa, que às vezes parecia!

— Desista Mioshi, esse tratamento é só para nós, para mim e a Hina, afinal, nós seremos as esposas do nii-sama quando crescermos.

— Isso mesmo!

Engoliu a seco, realmente, às vezes parecia outra coisa!


...


E então, para aonde, niiii!

Com a autorização de seus pais você estava novamente na França, e junto a Hina, a garota diferia pouco de sua forma youkai, em sua aparência civil ela tinha seus cabelos negros e não exibia a cauda e orelhas felpudas. Logo ela o ajudou a ficar de pé, e caminharam alguns metros juntos até estar melhor, não estavam muito longe do hotel, alguns minutos de metrô e logo estaria lá. Uma curta viagem e vocês chegaram ao hotel, quando pediu um quarto (afinal das contas, havia encerrado sua estadia antes de ir), disseram que o mesmo esta reservado ao senhor, estranhou um pouco e subiu para o mesmo, alguns instantes antes de entrar no recinto Hina lhe fez uma indagação:

— Niii, quando estávamos fazendo compras, você comprou um colar de diamante, mas não deu a nenhuma de nós, para quem é?

Silenciou-se na hora, tentou desconversar mas logo que abriu e ligarem a luz, notou que na cama, apenas de lingerie estava Fiora.

— Acho que já sei para quem era!

— Inoue-san... quem seria essa senhoritazinha?

— Eu? Eu sou a irmã mais nova do niii-sama! Mas também o pergunto, niii-sama, quem seria essa vovózinha?

A veia saltou na face de Fiora que logo se levantou e se aproximou de vocês.

— Vovó... se é mesmo irmã do Inoue... deve ser BBBBBBBBBEEEEEEEEEEEMMMMMMMMMMMMMMM mais velha que eu!!!

— Verdade, perto de mim você deve ser apenas uma criancinha que nem saiu das fraudas, mas olha que situação, tão novinha, e já ta tão acabada!!!

O calor tomou a sala, o clima esquentou, o vinho no gelo afundou um pouco mais!


Para Reno


O corpo pesou, suas energias foram esgotadas. Precisaria descansar, precisava de... sono? Não, não precisava dormir, aquilo não mais era preciso para manter as funções vitais de seu corpo, apenas tempo era necessário para recuperar toda energia que havia gasto. Fechou os olhos, mantendo-se a pensar, a refletir a sua ultima ação, uma ação digna de um deus. Ainda que pouco, aquilo deveria abalar o mundo, ou pelo menos as pessoas daquelas cidades. O tempo passou, horas se foram até sentir sua energia retornar ao completo. Não havia mais necessidade, então se levantou, decidiu que seria hora de ver se algo havia mudado, o que os meios de comunicação estavam a noticiar, o que as pessoas estavam achando daquele milagre!


...


Nada!!!


...


Ao sair do quarto não viu nenhum alvoroço, andou então e procurou seus colegas, conhecidos, perguntou as pessoas do hotel. Nada havia mudado, ou quem sabe ninguém havia visto a Internet, assistido televisão, bem, por que não pesquisar, por que não dar uma olhada na Internet, pesquisar sobre algum fenômeno incomum.


...


Nada!!!


...


Pesquisou em todas as línguas que estava aprendendo, em todas que nem mesmo sabia, não havia noticia alguma, o povo da terra seria tão involuído a ponto de ter ignorado um milagre. Decidiu então visitar as cidades que realizou a mudança.

Novamente, nada!

Onde estava a praça? Onde estava a pedra? O que havia acontecido então, devaneio de sua parte, sonho?

De longe olhos o encaravam, olhos vermelhos!!!


...


Muito ao longe, em algum lugar distante.


...


— Relatório!

A voz enérgica, ainda que bela e sensual, emitiu a ordem a todas que na sala estavam, uma jovem de cabelos longos roxos, presos em twintails (maria-chiquinha longas) e junto a eles um par de longas orelhas de coelho, algo comum em quase todas na sala, foi a primeira a se pronunciar.

— Milady os danos foram reduzidos ao mínimo!

Outra com cabelos mais curtos, na altura dos ombros, mas ainda da mesma coloração da primeira e também com o mesmo par de orelhas continuou.

— Todos os dados foram apagados antes da transmissão chegarem aos aparelhos finais, nenhuma imagem foi exibida.

— Todos os que assistiram a cena tiveram suas mentes apagadas!

Agora era uma terceira garota, longos cabelos soltos, lisos em sua maioria, mas ondulados no final, como as primeiras se notava o tom roxo e as orelhas de coelho, mas esta não se podia notar os olhos, por estarem cobertos por um venda ricamente ornamentada.

Uma quarta garota também se manifestou, como todas as demais exibia os olhos vermelhos, os cabelos roxos e as orelhas de coelho, mas seu corte era bem curto, quase masculino, ainda que a franja cobrisse um de seus olhos.

— A equipe de limpeza já concluiu o serviço!

— Bom serviço garotas, estão de parabéns!

A porta se abre e outra mulher entra na sala, também tinha uma voz forte, bela e sensual, mas trazia mais imponência que a primeira, talvez por carregar uma katana na cintura.

— Ficou feliz com o trabalho das minhas meninas, não disse que elas cuidavam de tudo Yori-nee!

Sentada logo a cima de todas estava a comandante e mais uma garota de cabelos roxos em seu colo, mas esta diferia das demais garotas por ter as orelhas de coelhos caídas, a mulher afagava a garota, acariciando os cabelos macios e cheirosos da menina, tratava ela como um animal de estimação, e isso parecia agradar a ambas.

— Sim, nunca duvidei das capacidades delas, mas nunca deixo de ficar impressionada com tanta qualidade e agilidade! Se bem que desta vez não posso dar o credito total a elas!

A garota de cabelos nos ombros se aproximou da mulher da espada, que logo a acariciou também, um afago abaixo de seu queixo, na altura do pescoço.

— Realmente, estranhei o rapaz desde o momento que ele estragou o jogo de futebol, mas se não fosse nossas visitantes, ele teria feito um belo estrago. Ficamos muito agradecidas senhoritas!

A mulher não se levantou, apenas girou a cadeira em direção as duas figuras que não se encontravam muito distantes a ela e se curvou, sendo imitada por todas na sala.

— Não se preocupem, não precisam agradecer, foi um prazer trabalhar com vocês.

— Sim, digo o mesmo, é que temos algo em especial com aquele rapaz, digamos que ele nos deve uma!

— Mais uma xícara de chá?

Uma outra garota coelha se apressa a servir as duas jovens que conversavam com as mulheres, foi quando a garota com os olhos vendados chamou a atenção de todas as demais.

— Milady, o alvo foi avistado!!!

(OFF: Não fiz postagem para o Lucian e para o Kenji por dois motivos:

Lucian, estranhamente você não me mandou aquele velho PM explicando suas ações, fiquei a ver navios dessa vez!!!
Kenji, bem, nem sei por onde começar, tipo você falou que a tarde passou, mas ainda tinha a noite, estou meio sem ideias, manda uma ideia por favor!!!

E Michio... cadê você meu filho!!!!)
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Keitarô » 29 Jul 2014, 06:45

Reno

Tarde e começo da noite

A ação falhara. Não adiantava procurar explicações óbvias ou evidentes; falhara. Sentiu vontade de se beslicar, mas a dor foi bem real. Levou a mão ao queixo, o crepúsculo se iniciando naquela cidade onde estavam hospedados, e caminhou até a sacada, olhando a cidade começando a receber a noite. Olhou ao redor, e olhou o céu, ainda pensativo.

— ... Isso não me parece trabalho do plano superior. Talvez não fosse permitido fazer aquilo, sim, mas acredito que eu teria descoberto antes. Teriam me comunicado de alguma forma, acredito. Uma intuição, um sonho...

Mão no queixo, a barba já não incomodava mais; nunca mais cresceria a não ser que desejasse.

— Pode ter sido algo. A região pode ser realmente diferenciada por algum motivo. Se bem que, com tantas guerras, não faz muito sentido... deveria estar clamando por uma atitude benéfica. O que sobra ter sido alguém... E isso não responde nada. Pode ter sido qualquer um. E então há duas conclusões.

"Ou esta pessoa se acha boa o suficiente para julgar que o mundo não está preparado, que está jovem demais para isso; ou esta pessoa não quer que o mundo melhore, ou pelo menos mude; que tudo continue como está, a mesma ladainha carniceira atual."

— Isso mostra que ainda somos jovens — o ruivo sorriu, terminando seu discurso. — Caso contrário, teriam desejado o bem e talvez a mudança, não o de sempre. Mas não me surpreende. Afinal... os que nada fazem para melhorar algo sempre criticam e impõem obstáculos aos que tentam. Será um jogo interessante tentar descobrir quem foi a criança da vez.

"Porque foi preciso que nós tenhamos impedido o acidente do LHC, evitado que o Universo fosse reescrito, e tais pessoas nada fizeram; mas trazer esperança, acabar com guerras e quem sabe semear Amor, não foi permitido. Definitivamente, crianças maldosas."

Sorriso de quem compreendia (e faria tudo de novo, uma hora ou outra). Dois planos de como chamar a atenção dos possíveis envolvidos surgiram em sua mente, mas tudo a seu tempo. O primeiro aconteceria na próxima madrugada.

Virou-se e seguiu para o quarto. Pegou o telefone e ligou para Nakamura, para questionar sobre a comiket. Não a perderia por nada neste mundo, mesmo que precisasse estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. ZUN devia algumas explicações. Aproveitou e usou o computador para pesquisar mais sobre Touhou. Que outros lugares existiam catalogados fora Gensokyô? Além disso, é claro, leu tudo o que podia na tal wiki sobre Yukari Yakumo.

Noite

— Olá, Michio-kun — o ruivo foi chegando na mesa de jantar e encontrou o jovem já comendo. Resolveu puxar um papo já que não havia, ainda, conversado muito com ele. Depois perguntaria sobre Umeko também. —, como tem passado? Imagino que seja um pouco difícil, na sua idade, essa situação toda, ou estou errado?

Puxou uma cadeira e sentou, começando a se servir. Sorria esperando a resposta do jovem japonês. Uma pergunta óbvia surgiu em sua mente: será que ele já havia jogado Touhou?

OFF: depois que o Nulo responder a dele, eu continuo meu extra, se for conveniente.

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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Shino » 29 Jul 2014, 20:46

Para Lucian


— Eu também sou culpada pela morte delas?!

Virou-se e encarou os espectros criados por Dainn, Adelaide não tinha memória do que havia feito enquanto era controlada por Lúcifer, nem mesmo lembrava de ter causado a morte do mordomo, como poderia lembrar das mulheres que lhe eram apresentadas, ainda sim, se o que o milenar falou fora verdade, ela também carregaria a dor delas.

As lágrimas escorriam, arruinando ainda mais a maquiagem já danificada, do mesmo jeito ela se aproximou, mas estranhamente, o corpo da mulher não atravessou as figuras, ela conseguiu abraçar a ambas!

— Nem mesmo sei quais são seus nomes, nem como as machuquei, mas, ainda que seja um pedido egoísta de minha parte, me perdoem.

Soluços, lágrimas torrenciais, a figura refinada, nobre, agora parecia mais uma pequena criança que perdeu seu brinquedo. A atitude do ser milenar não fora a das melhores, agira de modo contraditório, abraçando-a, reconfortando a mulher de sua dor, e agora, jogando sobre ela outra responsabilidade.

— Não foi sua culpa!

O silêncio tomou o lugar, poucas eram as coisas que fariam Dainn sentir surpresa e esta era uma delas, todos, Nero, Emily, Lucian, admirados com o que acontecia logo em seguida, Rin e Nirvana, os espectros trazidos por Dainn, estavam perdoando Adelaide.

— Não se culpe tanto, ainda que tenha sido suas mãos, não era seu coração!

— Mas, por minha culpa você perdeu seus entes queridos.

A pequena nekomata segurou a mão da vampira e apontou para a imagem parada do mordomo.

— Ele nasceu uma espada, uma arma, uma ferramenta da morte.

— Mas, mesmo sendo um objeto criado para matar, para cortar os inimigos, ele só irá cortar alguém, se alguém o usar para isso. Do mesmo jeito foi você, naqueles dias, você era a espada, e Lúcifer era a mão que a empunhava, se ele não a tivesse empunhado, você nunca nos cortaria, por isso, não se culpe, por isso sorria, e viva, por suas filhas, pelo meu menino, por você mesma!

As mulheres então começaram a sumir, primeiro foi Nirvana e por fim Rin, que antes de sumir, encarou a pequena Emily e balançando o dedo indicador de um lado para o outro, transmitia uma mensagem curta, sem necessidade de palavras.

— Desculpe mestre, acho que não vou ir contra a senpai!


...


“— Outra sessão de fotos para a REVOCS, só no mês passado tive três sessões com eles, sei que sou Idol, mas já estou começando a me irritar com isso, e tem aquele fotografo gordo, e ele fica me encarando, me da arrepios!!!” (Tsubasa)

“— Boa, consegui uma chance para tirar umas fotos da Chris, agora é só levar para a agência e tirar ela do anonimato, com esse corpo, com essa voz, vou fazer uma Tsubasa 2!!!” (Ogawa)

“— Ai não, outra vez ele querendo tirar fotos minhas, tipo, eu sei que sou linda e gostosa, mas precisa de tudo isso, e ele vem com aquele papo de que é para a agência dele, sei que agência é essa, aquela no seu quarto debaixo das cobertas, ainda bem que a Aoi-san me falou da fama do Ogawa!”

Aparentemente existia um equivoco nessa conversa, Tsubasa não se pronunciava em relação aos dois, mais a imagem de um homem, o tal fotografo latejava em sua memória. Ogawa tinha interesse pessoal na Chris, mas longe do que ela imaginava, ele queria promover outra Idol, ser o empresário das duas, já a garota imaginava algo bem mais depravado da parte do homem.


...


Ruínas era tudo que se via a antiga morada das Irmãs Scarlet, a mansão onde nasceram, fora reduzida a escombros, marcas de queimaduras de séculos atrás (trezentos anos ou mais) ainda podiam ser vistas. O fogo deve ter começado no subsolo e logo se espalhou por todo o prédio, não havia duvida, era um incêndio criminoso, perpetrado pelos vampiros que tomaram a vida do pai de sua amada.

— Não que eu não goste de fotos, mas não estou interessada em fotos do Ogawa!

Chris se manifestava, respondendo a indagação que já tinha a resposta, mas logo continuou:

— Mas se for você que quiser tirar minhas fotos, não vou ficar irritada não!

O rosto corou, estavam sozinhos, ninguém a quilômetros.

— Quer me agradecer? Tem um jeito sim!

Aproximou de você, reduzindo à distância a zero, aqueles melões bem na sua cara!

— A Ashiina-chan me falou o que você fez com ela, parece que foi bem agradável, que tal, uma mordidinha!

Sentiu a barriga roncar frente a aquele banquete, depois de morder a jovem naquela noite, não teve mais nenhuma refeição “decente!”.


Para Kenji


— Podemos fazer os dois Kenji-sama!!! (Aika)

O sol já estava se pondo, os últimos raios solares deixando a visão daquela terra dourada, algo tão comum, tão natural, mas em outra terra, tão longe de casa, aquele simples efeito natural era um novo espetáculo que compartilharam juntos. Mas não era hora para um vou noturno, caminhar seria uma boa ideia no momento e o parque não estava muito longe, um passeio calmo, semelhante à parte da manhã, agora a temperatura mais fria ajudava a manter os três mais juntinhos, talvez fosse ideia das duas desde o inicio, a brisa fria ao corpo, um calor humano para se esquentar, e você era quem forneceria aquele calor. Estava ao centro, abraçando as duas, suas mãos a cintura delas.

— Maldito, deve ser um playboyzinho de merda!!!

— Aposto que não ta co3¨&$ ninguém, deve ser “arroz”!

— P*&&@ nenhuma está na cara que ele é um vi@*%$#, que está bancando o pegador para enganar a família.

Engolia a seco o que ouvia, não tinha como evitar, duas garotas ao mesmo tempo, quantos que o olhavam não estavam morrendo de ciúmes, muitos deles não tinham nenhuma para esquentar a noite e você exibia duas, mas não foi apenas da ala masculina que recebeu criticas, muitas mulheres também sussurravam quando passavam e não eram comentários apenas sobre você, alguns eram voltados para as suas garotas.

— Olha só, deve ser rico!

— Bonito daquele jeito, eu acho que é ator de novela!

— Devem ser duas pro$%¨&*#@$!

— A lá em casa!

— Nem ligo de ser a terceira, ou a quarta!

— Que roupas escandalosas, essas garotas de hoje em dia!!!

— Onde é que elas malham?

Em vez de se sentirem ruins, cada comentário que recebiam parecia inflamar mais ainda o ego das garotas, não se importavam se eram criticas, ou elogios elas mantinham o orgulho e sorrisos, afinal, elas seriam tudo aquilo que diziam, se fosse para você.

Numa parte mais calma do lugar vocês se sentaram em um banco, ficaram a namorar um pouco, algo que mataria os invejosos de mais cedo se estivessem a assistir. Em um momento Aika decidiu usar seu colo como travesseiro, deitando a cabeça sobre suas pernas e assistiu você e Kiyone a curtirem o momento.

— Dias como esse não serão mais incomuns, tenho certeza que superaremos qualquer problema, que derrotaremos qualquer mal, para que tenhamos nossa vida feliz, nossas memórias vivas :D .

Ele segurou a sua mão e a conduziu a barriga dela.

— Quem sabe mudamos o mundo, quem sabe um dia youkais possam andar nestas terras como eu e a Kiyone andamos agora, um mundo para eles *ela alisou sua mão que havia colocado sobre a própria barriga* que um dia viram.


...


Depois de namorarem mais um pouco, decidiram ir embora, a noite já estava avançada e assim já podiam voar livremente, o passeio noturno foi bem relaxante, o vento nos cabelos, o friozinho a percorrer o corpo, o que levou elas a o “sanduícharem” (Kiyone voando as suas costas, Aika a sua frente). Um bela vista, tão bela quanto a do dia que visitaram a torre, ou talvez mais bela ainda, já que não havia limite de altura desta vez.

No decorrer do caminho, decidiu subir acima das nuvens, onde se podia notar a lua cheia com mais detalhes, um espetáculo aos três que findava aquele passeio.

Quando retornaram ao hotel, uma surpresa, na entrada estava Remilia a te esperar.

— Kenji-san, podemos conversar?
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Inoue91
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Inoue91 » 29 Jul 2014, 22:47

*Inoue estava caído de costas no chão, o mal estar causado pela teleportação ainda o incomodava, ele levava a mão a testa e fechava os olhos para que a tontura passasse, ao abrir os olhos viu o meigo rosto de Hina que o estava observando com um lindo sorriso, ela estava com a mão estendida, Inoue pegava na mão de Hina e com a ajuda dela se levantava.

--Obrigado, Hina-chan ao menos você entende que teleportação me faz passar mal, me pergunto como que você aguenta isso numa boa. (Dizia enquanto fazia um carinho na cabeça de Hina)

--Vamos para o hotel onde estou hospedado, meus amigos estão lá, na parte da tarde, irei apresentar você para eles, quando chegar eu quero descansar um pouco passei a noite inteira sem dormir.

*Caminhava com sua irmãzinha por Paris, ia até a estação de metro e de lá pegavam um metro até a estação mais próxima do hotel, por sorte estavam perto e por conta disso demoraram apenas alguns minutos.

*Ao chegar no hotel estranha que já havia um quarto em seu nome, pensou por um momento em quem poderia ter reservado e apenas um nome veio a sua cabeça

“Será que Fiora reservou um quarto e esta a me fazer uma surpresa, mas agora eu estou com Hina aqui, espero que ela não esteja pelada na cama, ela não pode estar pelada na cama”
*Enquanto pensava, Hina perguntava para quem era o colar de diamantes, aquilo desconcentrou Inoue e meio sem jeito tentava mudar o assunto da conversa enquanto coçava sua nuca.

--Olha Hina-chan, quando eu for te apresentar aos meus colegas veja lá o que vai falar heim, não quero ficar constrangido na frente deles.

*Assim enquanto desconversava chegava na porta do quarto, colocava a chave na fechadura, a girava para destrancar a porta, ao abrir a porta acendia a luz do quarto, e para sua surpresa Fiora estava de lingerie deitada na cama, Inoue tentava tapar os olhos de Hina, mas a essa altura Hina já devia ter visto a cena toda.

“Pelo menos ela não esta pelada”

*A situação não era nada agradável, Hina tinha descoberto para quem era o colar de diamantes de uma maneira não muito agradavel, Fiora perguntava quem era aquela, Inoue não tinha nada a esconder afinal era sua irmã, ele estava apenas com medo, Hina sempre brinca falando que é a esposa de Inoue, e caso ela viesse a falar aquilo a situação não iria ficar muito boa.

-Shhhhhhh, não fale nada, quero fazer uma surpresa para ela (Falava em voz baixa para Hina)

*Fiora então perguntava quem era Hina, e a chamava de senhoritazinha.

--Essa aqui é Hina-chan, minha irmãzinha, resolvi traze-la pois as habilidades dela podem ser uteis para o grupo.

*Hina respondia afirmando que era irma de Inoue mas ao mesmo tempo ela soltava uma provocação em Fiora a chamando de vovó, Inoue percebia pela cara de Fiora que ela não havia gostado nada daquele comentário ela então se levantava e vinha na direção de Inoue e de Hina,e chamava Hina de anciã, meio nervoso e não sabendo muito o que fazer, Inoue gaguejava enquanto tentava falar.

--Aca... Aca... (Enquanto gaguejava algumas palavras Hina Novamente retrucava Fiora e a chamava de Novinha Acaba, mas antes que Fiora pudesse devolver o insulto Inoue falava) Acalmem-se, Hina-chan, não insulte minha namorada isso é feio, você gosta de deixar seu nii-chan triste ? se continuar a insultar ela eu vou ficar triste. E querida eu digo a mesma coisa não brigue com minha, ficarei triste se vocês não se derem bem, Hina-Chan é muito apegada a mim e por isso deve estar com ciúmes.

“Agora eu me pergunto, revelo para ela que tenho mais 5 irmãs ? , se com uma já foi assim imagina com as outras, ai ai ai no que eu fui me meter”

--Por favor não briguem (Bocejava), eu passei a noite inteira em claro, minha cabeça esta começando a doer pelo cansaço. (Colocava a mão esquerda na boca de Fiora e a direita na boca de Hina, para ver se elas paravam de falar).

--Vamos tentar conversar ( Dizia bocejando novamente), vamos (com a mão esquerda pegava a mão de Fiora, e com a mão direita pegava a mão de Hina, então levava as duas para cama, fazendo cada uma sentar em uma ponta, ele entao se sentava entre as duas ) --Olha, vamos fingir que tudo isso não aconteceu e começar do zero (Olha para Fiora) --Querida, esta aqui (Olhava para Hina ) é Hina Inoue (Voltava a olhar Fiora), ou como eu a chamo Hina-Chan, é minha irmãzinha, ela veio comigo pois poderá ser uteis nas próximas missões, ela sabe magias de cura que pode ser de grande ajuda para o grupo (Ele parava de falar e olhava para Hina).

-- E Hina-chan (Olhava para Fiora) -- Esta é Fiora-ch( pensou em falar chan, mas se dissesse poderia deixar sua irma mais brava) Fiora-san (voltava a olhar para Hina), ela é minha namorada, conheci ela durante a ultima missão, foi um momento especial para mim.(Ele entao voltava seus olhos para frente),

--As duas são importantes para mim, Hina-Chan você sempre vai ser minha irmãzinha, sempre vou estar ao seu lado quando você precisar, não vou esquecer você, continuarei a brincar com você, a fazer compras com você, te levar de cavalinho, e entre outras coisas, e Fiora-san você tambem é muito especial para mim, te conhecer fez reviver em mim um sentimento o qual eu não sentia a muito tempo, eu estou muito feliz, e digo a mesma coisa, estarei sempre ao seu lado, tivemos poucos momentos juntos mas foram momentos lindos e inesquecíveis, e quero poder ter mais momentos como aqueles ao seu lado.

-- Gostaria muito que as duas se entendessem, sei que ambas podem ser grandes amigas e vê-las brigando me deixa muito triste, poderiam tentar pelo menos uma vez ?, por favor é tudo o que eu peço, tentem por mim.

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Galahad
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Galahad » 30 Jul 2014, 00:54

Kenji


O jovem arqueiro sorria com a resposta de Aika, parecia que iria conseguir encerrar aquele dia de uma forma bem mais agradável que esperava. O encerramento poderia ser bom, mas parte de seu início não fora tão bom quanto desejava, pois escutava certos comentários de algumas pessoas que ali estavam, alguns eram direcionados para ele, o que fazia o arqueiro ficar com raiva, além de tentar encarar quem o proferia, outros já eram direcionados para suas duas amadas, estes sim faziam Kenji ferver de raiva, e se a situação diferente, com certeza daria uma lição naquelas pessoas, mas apenas ria um pouco no final, ainda com os braços em volta da cintura de ambas, sentindo menos frio por causa disso.

— Hahaha, parece que nem todos têm a sorte que nós temos, não é? Ainda que eu esteja um tanto quanto nervoso com esses comentários, sei que tudo isso é inveja de não terem duas mulheres tão especiais quanto vocês na vidas deles.

Ao chegar na parte mais calma do parque, Kenji sentava-se entre as duas garotas. Coloca a mão sobre as pernas deles, e dizia num tom calmo e gentil, e com um toque de malícia.

— Acho que não teria forma melhor de passar o dia, passeando ao lado de duas das mulheres que amo. Vocês significam tanto para mim, não são apenas pessoas com quem me importo e amo, como também pessoas que para sempre terão uma parte de minha alma e meu amor. O jeito e personalidade de cada uma, seu carinho, dedicação me motivam a continuar nessa luta toda.

O arqueiro sorria, e dividia um momento de carinho com a duas, primeiro tocando-lhe o rosto com uma mão, olhando fundo em seus olhos, e trocando um longo e apaixonado beijo, enquanto com a outra mão envolvia novamente a cintura durante o beijo. E assim ficava por um tempo, trocando carícias, aquecendo-se para manter longe o frio de París, até o momento que Aika deitava a cabeça em seu colo, momento em que o arqueiro dava atenção para Kiyone, a quem amava também, tanto quanto a Elemental Sombria. E quando estava com a mão ma barriga dela, Kenji respondia num tom mais sereno, e confiante, mas não de arrogância, mas de segurança.

— Farei de tudo para que nossas memórias vivas tenham um mundo que mereçam elas, que as aceitem e que seja cheio de oportunidades e coisas para ver.

Durante a viagem de volta, Kenji aproveitava a vista, não apenas da cidade, mas também de suas amadas, que estavam próximas dele, o ajudando a voar desapercebido pelos céus daquela cidade de luzes. O frio já não importavam, nem mesmo o vento, apenas aqueles duas mulheres e a paisagem a sua volta importavam ao arqueiro, que ria baixinho e dizia.

— Acho que logo terei que pensar num passeio que supere esses para a próximo vez que houver tempo livre, não é? Hehe.

Quando chegava ao hotel, e via Remilia esperando ali, a expressão de Kenji mudara, ficava mais apreensivo que estivera nesses últimos dias, pois não sabia o que a jovem vampira queria falar com ele, embora ele mesmo quisesse falar com ela, pois este fora um dos motivos de ter enviado aquelas flores para a vampira. Se apressava para encontrar a vampira.

— Remilia-sama? Hun, claro que podemos. Apena peço que aguarde um momento. — o arqueiro voltava para perto de Aika e Kiyone, e num tom que refletia seu estado, dizia para elas. — Me desculpem por não poder encerrar essa noite como deveria, Aika-chan, Kiyone-san, mas tenho que falar com a Remilia-sama, essa pode ser a chance de falar tudo com ela, novamente, peço desculpas, mas essa conversa pode acabar afetando muito a nós.

Esperava a reação das duas Elementais, para então voltar para perto de Remilia. Kenji queria conversar com ela fazia tempo, queria explicar muito do que acontecera com ele, do seus sentimentos por ela e outras pessoas.

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Nulo
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Nulo » 31 Jul 2014, 17:57

Keiko

— Onigashima? Mas o quê...

Keiko balançava a cabeça em aparente confusão. Aquilo estava estranho...pai? Ilha dos onis? O que estava acontecendo? Nada fazia sentido...se bem que não se lembra de uma figura paterna quando era mais jovem. Ficava travada no lugar, olhando para o suposto Michio e para "ela" se aproximando. Realmente, o cheiro era daquele garoto que a acompanhara mais cedo...

— Shunten doji...? Mas como?

Ela sabia das histórias. Sabia de como ele e mais outros três youkais aterrorizaram o mundo no passado e de que os mesmos encontraram seus fins nas mãos de grandes heróis. Como seria viver aterrorizando os outros? Como será que eles batalhavam? Como foram derrotados?

— Quem...sou eu?

Dúvida. Receio. Transgressão. Transtorno. Keiko se arrastava à esmo, checando aquelas construçoes. Seu corpo sabia a função de cada local daqueles. Ali não era sua casa mas sentia-se à vontade ali. Nostalgia? Como poderia sentir nostalgia de um lugar que nunca foi? Por que seu corpo treme tanto? Por que estava com tanta fome? Estava em uma ilusão ou era a sua realidade?

— Por quê?

Quando se dava por si, estava ao lado de Michio. O punho esquerdo cerrava, o corpo tremia, os olhos rubros ficavam arregalados. A língua deslizava pelo contorno de seus lábios instintivamente, a voz doce de sua outra "eu" a fazia vacilar. O ensejo ali à seu alcance.

— Eu...não é isso, e-eu...

Tartamudeava, aquele "almíscar" invadindo suas narinas cada vez que inspirava com dificuldade. Arquejava, tresloucando-se com a cena. A voz "dela" continuava a provocá-la, "empurrando-a" à perdição.

— Eu não posso, eu n-não...eu...posso...

A mão esquerda se aproximava do garoto indefeso, levantando o braço direito dele. A oni se inclinava, aproximando o nariz e sentindo aquele odor a invadir.

— C-certo, só uma mordida...

A mão puxava o braço para à boca. A língua sedenta da oni percorria o membro suado por alguns instantes, confirmando o gosto que ela sentira" quando fez algo similar ao garoto no LHC...espera. Foi ela mesmo ou a "outra"? Não importava. Deveria focar no "banquete" à sua frente. A boca abria, revelando "presas" que ela nunca imaginou em possuir ou usar em uma situação dessas. Ela fechava os olhos, o braço em sua "mira". Seus dentes encontravam a carne macia e o gosto de sangue invadia seu paladar.

Cedera.

Extra

No LHC...

— Hnnngh...n-não...eu...posso...mmhngh!

Keiko se contorcia, os olhos e dentes cerrados, suando bastante. Parecia estar perdida em um pesadelo profundo. Tentava rolar no chão mas era mantida no local pelo ruivo que a segurava, até que subitamente para. O tempo passa, a mesma sem esboçar reação alguma, aparentemente mais relaxada.

— Mmmhm...só uma mordida...

A mão esquerda se movia rapidamente, agarrando o braço do ruivo com força, puxando o membro para mais perto de sua boca que já estava aberta, as presas à mostra, preparada para...

*NHAC*

...enterrá-las ali.

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Tsunayoshi
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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Tsunayoshi » 01 Ago 2014, 15:03

4º DIA

Noite

— Ah! Reno-san! — surpreso pela iniciativa do outro, já que planejava procurá-lo uma hora dessas. Reno é um dos companheiros que lutou ao lado de Michio no LHC. Keiko e Reno. O outro dia, com a oni, foi divertido! Era bom que pudesse passar algum tempo com eles. — Estou bem, acho. Não sobraram nem cicatrizes do outro dia!

Sorriu dando uns tapinhas no próprio rosto, mostrando o pequeno curativo e alguns cortezinhos praticamente sarados.

— Hum... essa situação... Você diz, todo esse rolo com o futuro e o passado... — encarou o prato, usando o garfo para brincar com o restante da comida, pensativo. — Não sei... É algo difícil de absorver até acontecer de verdade. Quero dizer, se eu for parar pra analisar, minha vida de antes, a normal, sem youkais e bosses megalomaníacos, continua igual. Eu vou à escola, saio com meus amigos, estudo... Pouca coisa mudou, tirando as ausências prolongadas das aulas e matérias acumuladas que tenho de estudar quando volto das missões. — desistiu da comida, descanso o talher e colocando o prato de lado. Deslizou os braços cruzados pela mesa, recostando a cabeça em seguida. — E de repente tem essas... tarefas do Koenma. Não parecia de início, mas eu pude ver como a interferência dos youkais afeta a vida das pessoas normais. Todos os acontecimentos históricos da humanidade tiveram dedo de seres sobrenaturais. Assim como acredito que eles veem da mesma forma, humanos interferindo em seu modo de vida. Mas ainda sobra essa sensação. Essa... barreira, não sei dizer. Como se fossem dois mundos diferentes, que apesar de próximos, são incapazes de se misturar ou coexistir de forma não caótica... Então pessoas como os Detetives lutam para manter o equilíbrio. E acredito que isso queira dizer, na prática, minimizar os estragos causados pela interferência de youkais mal intencionados. Só que isso deixa tudo mais estranho. Tipo... — recostou-se na cadeira novamente, coçando a cabeça. Procurava um modo de explicar como se sentia. — Mesmo que eu deixe de ser detetive, e por algum motivo não precise mais ter contato com assuntos sobrenaturais, esse mundo ainda existe. E... colide, constantemente, com o mundo “normal”. E isso vai continuar acontecendo, mesmo que eu ignore completamente sua existência. Mas exatamente por serem tão distintos, demora a cair a ficha. É difícil perceber o estrago que eventos sobrenaturais podem causar ao cotidiano das pessoas normais. Por isso é estranho, por isso é complicado medir... a responsabilidade, se é que ela existe. Somos apenas um grupo de alguns tentando deter um evento que vai influenciar todo o mundo... Dentro da minha cabeça isso ainda parece tão vago...

Recostou a cabeça no apoio da cadeira, suspirando, enquanto percorria o olhar pelo teto. Então as sobrancelhas sinalizaram quando lhe ocorreu algo.

— Reno-san... Já visitou o outro lado? Quero dizer, Gensokyo. Eu nunca fui lá. Dois anos lidando com o pirado do Koenma e seus casos, e nunca pisei no lugar.

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Re: Touhou RPG - Sidequests

Mensagem por Keitarô » 02 Ago 2014, 20:16

Reno

Extra

Reno tentava manter Keiko quieta, segurando-a para que não batesse a cabeça enquanto se contorcia fosse lá onde estivesse. Pensou que ela deveria estar tendo um sonho bem intenso, do tipo revelador, e pensou que ele também gostaria de passar por um daqueles alguma hora.

— Fique tranquila, estou aqui pra te proteger, se necessário…

Riu baixinho, um pouco irônico. Era óbvio que era muito mais fácil Keiko proteger Reno do que o contrário.

— Obrigado, Keiko, você realmente tem se esforçado muito por n—

Pressão fina, sensação de dor e agonia, sangue escorrendo… Keiko mordia seu braço com tanto gosto que a dor era quase boa. Ficou algum tempo olhando a cena sem saber o que fazer, quando então resolveu suportar a dor. Afagou a cabeça da pequena e se aproximou, quase num abraço. Suportaria como ela suportou.

— Seu cabelo cheira bem, Keiko-chan.

Ao calar-se, pôde ouvir as gotas de sangue tocando o chão, o único som do lugar fora a respiração dos dois.

Quarto dia, noite, segunda postagem

Reno tomou um copo do café com leite e deu uma mordida pequena no pão com manteiga que comia. Sentia-se saciado, mas comia assim mesmo porque o gosto ainda era bom, afinal. Escutou tudo o que Michio tinha para falar, e então bolou uma resposta que o levasse até o ponto que gostaria.

— Ora, Michio, não sejamos preconceituosos. Não existe nada sobrenatural em lugar nenhum. Talvez os homens sejam sobrenaturais. São quantos, sete bilhões? Isso não é normal — e sorriu, a conta realmente era sobrenaturalmente esmagadora para o lado dos homens. Homens que precisavam mudar, mas isto tomaria tempo. — Não se assuste. São todos seres vivos rodando a roda do Destino o tempo todo, homens, youkai, deuses, enfim, sejam o que for. Quanto antes você pensar assim, mais fácil será lidar com estas coisas diferentes de quando você tinha uma vida normal.

Mais um gole, fechou os olhos e sorriu.

— Na verdade, sua vida atual é a normal. Está vivendo um mundo quase sem mentiras, e isso é bem raro. Quanto a Gensokyô, não diria que seja um lado; existem muitos lados, por assim dizer. Mas me surpreendo com sua pergunta — colocou a xícara de café com leite na mesa, vazia, e se debruçou sobre os cotovelos, cruzando os dedos e depositando o rosto sobre eles. — Todo o grupo que você conheceu, Kenji, Keiko, Lucian e eu, somos de Gensokyô.

Reno então começou a conversar um pouco sobre sua vida antes dali. Não fazia isso há algum tempo, porque afinal ninguém tinha perguntado.

— Eu nasci em um grande vilarejo chamado simplesmente de Vila Humana. É bem maior do que parece, e ao que pesquisei, lembra muito as cidades japonesas clássicas da época feudal. Minha família vivia um pouco afastada da cidade, mas o terreno ainda era considerado parte do perímetro urbano. Éramos um clã de ninjas especializado em fazer qualquer coisa. Quando criança eu não queria seguir esta vida de morte e preferi apenas a de “fazer qualquer coisa”. Fugi e tornei-me um artista nômade…

Deitou o rosto sobre um punho fechado, o corpo um pouco inclinado para o lado. Olhava para a mesa com olhos de ressaca, estreitos, cheios de nostalgia e lembrança, um sorriso cheio de memórias.

— Após aprender a tocar qualquer instrumento, passei a me apresentar em alguns lugares variados de Gensokyô. Não é um mundo muito fácil de se viver do trabalho em segurança se você não tem poderes, sabe, mas eu tinha sorte. Imaginava que tudo daria certo e tudo acaba dando certo… — suspirou pelo nariz, tal ato podia ter muitas interpretações. — E um dia eu resolvi voltar à Vila Humana, durante o hanabi, para fazer uma apresentação. Consegui juntar uma multidão e no meio delas estava a Yukari… hoje sabemos que era a sua versão de daqui a mais ou menos um ano.

Endireitou-se novamente na cadeira, e olhou nos olhos de Michio.

— Ali meus poderes acordaram. Por um bom tempo pensei que ela era a razão, mas não tenho certeza. Acho que não, pelo menos não tudo. Enfim, Gensokyô é um mundo incrível, Michio. O que me leva a perguntar…

Retirou do bolso interno da camisa que usava o CD com a capa de Touhou que comprara antes.

— Você já jogou este jogo? Touhou… qualquer um deles. Ouvi dizer que é bem conhecido no Japão, bem famoso. Se pesquisar coisas a respeito vai encontrar todo o tipo de informação, desde artes incríveis a livros, histórias em quadrinhos, vídeos etc — havia se acostumado bem à tecnologia do mundo, já, embora soubesse apenas o básico para começar a conversar com alguém que já vivia ali há anos. — Mas tem algo estranho nisso tudo que eu quero confirmar. Você já jogou ou ao menos conhece?

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