Touhou RPG - Sidequests

[Reimu Hakurei]

Megumi

A transformação de Lucian era um tanto quanto extrema, e eu percebi que o vampiro tinha aquele costume de lutar sempre a 100% de si, sempre se adaptando a cada situação. Tentei pensar em algum significado a mais para este estilo de combate, será que sua personalidade também seria assim? Mas na verdade ele parecia indeciso… Talvez seu estilo sempre mutável quisesse mostrar isso. Como eu ouvi uma vez no colégio, o pato e suas características frente aos outros animais. O pato nada como os peixes, anda como animais terrestres, voa como as outras aves, mas faz todas as três coisas de maneira desengonçada. Por querer ser tudo, não é exatamente bom em nada. Seria este o motivo de Lucian ser tão solitário?

Ninguém preenchia seus buracos porque ele não se permitia tê-los. E não se permitindo ter buracos, estava cego para os que tinha. Um ciclo interminável.

A forma quase dracônica de Lucian me lembrou de alguns animes e jogos que já havia visto antes; parecia uma forma de defesa poderosa porque os golpes da vampira nada faziam, e o universo dela era, em teoria, muito maior que o do vampiro e mesmo o meu, juntos! Então ela voou para cima, e isso me cheirava a armadilha. Mas eu não conhecia muito de vampiros, então não sabia dizer muito bem o que ela estaria querendo fazer… Esperava que Lucian conseguisse ganhar.

Mas o que a vitória significaria para ele, afinal? Youkais eram confusos. Nem eu naqueles dias ficava assim!

[Lucian Y.]

Quando ouvira a pequena palavra ‘ganbatte’, lembrou-se daquela voz do passado, e instintivamente olhou para quem falava. Era uma jovem Vampira do Caos, não uma Gata Fantasma. Em um suspiro, e um sorriso, os olhos ficaram baixos com a lembrança. Por que se lembrara? O animo, tinha que ser, Flandre tinha o mesmo animo. Será? Sorria levemente.

-- ... ‘Kuroyami’ ... –

Por algum motivo, estava gostando mais daquilo do que deveria, as palavras ficavam-lhe gravadas, seu coração acelerado, sua mente tentava capturar cada detalhe de cada imagem que via.

“— Três pares de asas, e ainda tem caudas, ainda é um vampiro, ou se tornou um demônio?”

Essas palavras foram as que mais ficaram gravadas no garoto, sentia um sentimento de falta de segurança, ao mesmo tempo que de felicidade. Sorria levemente, meio bobo, e sereno. Por um lado era bom ouvir isso, por outro não. Mais uma pequena contradição interna do jovem, temia virar aqueles ‘demônios’ malignos de histórias, e que apareciam em livros sagrados. Mas... A verdade poderia ser bem diferente, sentia, que na verdade, ele era mais demônio no passado, do que nos últimos tempos.
Com as mãos nos bolsos, olhava perdido para o teto de folhas da floresta, um olhar ainda triste, sem vida, mas talvez não fosse de todo culpa dele. Um Sorriso leve e Sereno logo se fez presente, após pensar com uma expressão séria. O desafio de Remilia, a pega-la. O animava ainda mais, se sentia realmente uma criança.

Flexionou as pernas, usando-as para pegar força, impulso. E então as seis asas se moveram. Um movimento sinistro, a muito descrito em livros. O ‘Infante Diabo’ bateu as asas. O movimento que agitava até mesmo as sombras! Um movimento que agitaria as sombras do Abismo. Um movimento que Agitou todas as sombras do Abismo, e além. Transporá o teto verde, e das sombras o ‘demônio’ acendia ao infinito azul, sempre com um sorriso no rosto.
Ao alcançar sua amada, com um sorriso a abraçou, colocou a ponta do indicador sobre o nariz dela e dera-a um beijo na testa.


-- Pique! Esta com você Hime! –


Não conseguiu resistir, com um bobo sorriso e um mostrar da ponta da língua ( um ‘;P’ ) disse tais palavras em um tom de uma criança que brinca em um parque.
Logo as asas se fecharam sobre ambos, formando uma ‘esfera escura’, estranhamente, era um pouco espaçosa ali dentro.


-- Como vo-você é Cruel Hime! Quis brincar de pique no sol, só para a Sakuya brigar comigo!--


Sorriu como uma raposa! Colocando a mão direita sobre o peito, fechando os olhos, e inclinando a cabeça para a esquerda disse.


--Mas... Não irei permitir que o sol a toque! Mesmo... Que tenha que usar como escudo a mim mesmo --

[Nulo]

Keiko

— Sou um livro aberto, não?

Sorria, olhando para Satori e as outras, virando-se para observar Koishi logo em seguida.

— Claro, vamos!

Socava o ar com a mão esquerda, contente, visualizando as garotas trajando vestes de banho em sua mente.

"Hehehe...ops!"

Limpava um pouco de baba que escorria pelo canto da boca com a mão esquerda, balançando a cabeça logo em seguida.

"Sim, sim, só um descanso..."

E então esperava as outras para comprar seus trajes de banho, convidando a Layla. Sentia-se estranha; seria a primeira vez que sairia para comprar roupas com amigas...

"Amigas...huh?"

Lançava um olhar furtivo para o braço direito, rindo. Depois iria pedir conselhos e ajuda para as irmãs Komeiji, um rápido treinamento, talvez. Sentia que estava desenvolvendo uma habilidade parecida...

[Shino]

Para Michio


A ação da mulher foi no mínimo curiosa, e a reação do rapaz se fez no seu rosto.

Ela caminhou até Michio e segurou a face do garoto com ambas as mãos, um toque leve, não desprovido de força, mas nada que machucasse ou ferisse.

Os olhos vermelhos encararam os do garoto e logo desbotaram em lágrimas.

— Você... você... você tem o mesmos olhos dela...

Agora a garota ia ao chão de joelhos.

— Me perdoe... me perdoe... eu não sabia que aquilo ia acontecer... quando Sakuya nos mandou para cá, não sabia que algo de tamanho e peso relativo seria sugado para lá... não sabia que ela seria puxada...

E com essas palavras o garoto entendeu o que havia acontecido a sua mãe... ela foi arrastada para um ano no futuro.


Para Keiko


E em um único segundo, você pensou, estou no paraíso!

— Quem sabe, talvez você tenha morrido, e aqui seja o céu!!! (Satori)

— Irmã, lembra o que o senhor Koenma falou, existe muitos céus e infernos, quem sabe esse é particular da Keiko-chan. (Koishi)

Para onde Keiko olha havia garotas lindas, não só durante as compras dos biquínis, como também na praia. A propósito, a garota encontrou o modelo que desejava, um Sukumizu, ele estava realmente caro, mas Tsubasa não se importou em pagar por ele, a amiga merecia por todo o sacrifício do dia anterior. Ou assim parecia, pois ela mesmo havia comprado um modelo para ela também.

Ei, ei, vamos logo com isso, hoje o dia é de diversão! (Hibiki)



Até mesmo Genjurou estava participando, mais ele se divertia do jeito dele.

Ia ser uma boa manhã para Keiko...

Ei, Keiko-chan... você passa bronzeador em mim?

Realmente, seria uma manhã muito boa!


Para Reno


— Infantil?

A sobrancelha esquerda parecia ter perdido o controle, ou era apenas nervosismo, a mascara que ela tentava manter ia desabando a cada instante... Reno tinha acertado em cheio.

— O que... você quis dizer... com infantil... onde em mim é... infantil???

Um bom observador diria: nada! Era uma mulher madura, com pouco mais de 18 anos e um corpo que faria inveja a muitas.

— Ei... volte aqui... onde pensa que vai... um chá... isso... você disse que minha prima faria um chá... acho que é o dever de uma Hakurei pelo menos servir um chá.

E se Reno voltar e aguardar o chá!

Aqui, o chá, e também fiz uns biscoitos... mas não se engane... eu não fiz eles especialmente para você... eu fiz porque quis!!!


Para Lucian


Sorriu!

— Obrigada Lucian, eis um verdadeiro cavalheiro, um nobre, um vampiro... muito obrigada...

E de gentil, o sorriso mudou para um maldoso!

E quando o jovem vampiro usa suas habilidades telepáticas para descobrir as verdadeiras intenções da vampira, percebe seu erro, ele havia caído em uma armadilha!

— ...obrigada, mas agora você cai!

Remilia não havia se movimentado aleatoriamente como o jovem pensou, na verdade ela tinha se aproximado de uma caixa d'água, um enorme reservatório que alimentava todo o estádio.

A garota forçou a mão direita para fora da redoma que Lucian criou com suas asas, mesmo que ele quisesse impedir não teve como, ela era simplesmente muito mais forte que o garoto e então como simples palavras mágicas ela conjura uma magia.

As águas se movem em direção as mãos de Remilia, formando uma gigante lâmina de água pressurizada.

— Então seja bonzinho meu querido, e me dê a sua cabeça!!!

E com um golpe certeiro...

[20:34] Taulukko: GM entrou na sala...
[20:34] GM: Teste de Armadura de Lucian
[20:34] GM: Rolou 1D6=4

...uma cabeça voa.

A luta havia acabado!!!

OFF:

Vamos explicar a ação!

Remilia usou a magia Lâmina d'Água, ela permite atacar com FA=H+1d+10. Nada que realmente preocupe Lucian, afinal das contas, ele está invulnerável a magia, mas o que importa aqui não é o dano, e sim o segundo efeito da magia:

"O conjurador move as mãos e controla essa lâmina como uma arma vorpal"

E aqui começa a mágica do negócio.

Vorpal (30): caso você consiga um acerto crítico, a vítima deve fazer imediatamente um teste de Armadura: se falhar, será decapitada. Se tiver sucesso, apenas sofre dano crítico normal...

Ou seja, como mesmo me explicou o Keitarô outro dia, eu não preciso causar dano. Basta que o Lucian falhe em um teste de A que já foi. E o melhor, na sua ultima ação, você usou metamorfose e reduziu a sua A para 3.

Assim sendo, Remilia usa um movimento e 15 PMs (10 da magia e 5 para reduzir a conjuração da magia de uma ação para um movimento da habilidade Supervelocidade) e com sua ação ela ataca usando o Controle sobre o Destino: Crítico automático (2 PMs) para um acerto crítico automático, assim forçando Lucian a um teste de A que resultou em falha.

OFF:

Assim dois objetos vão ao chão, um corpo e sua cabeça separa dele. Os olhos de todos se arregalam, espantados, aterrorizados, apenas Flandre, Koishi e Satori sorriam, um sorriso tão cruel como o da vampira mais velha, que descia ao chão lentamente.


Olha que sorrisinho lindo!

— O que foi pessoal, porque essas caras... *o sorriso se tornou mais sínico* ... é assim que youkais jogam!

Alguns sentiram náuseas poderosas, vontade de botar o que haviam comido no desjejum para fora. Remilia continua com o sorriso estampado na cara!

— Vocês são dramáticos demais, que eu lembre, eu não dei autorização para ele morrer... anda logo, levanta dai, suas irmãs vão começar a chorar se você continuar parado ai no chão.

E como se nada houvesse acontecido, Lucian se levanta, inteiro, intacto, mas como natural, sua mão direita confere o próprio pescoço.


Para Kenji e Inoue


— Então vamos lá mestre ♥♥♥

Então Kenji sentiu o peso do mundo, manter 3 elementais juntas sem usar o trance mode era algo exaustivo, mas ele nunca se daria por vencido, elas mereciam e ele não voltaria atrás.

Assim as três surgiam naquele lugar, mas suas formas seriam muito problemáticas, afinal, eram garotas feitas de carne, osso e elementos.

— Humm... não sei não, andar assim vai dar problema. Ei, que tal agente imitar aquelas garotas. (Shinobu)

Não muito longe um grupo de amigas passavam, elas estavam curtindo a cidade luz.

— Pode ser então! (Yumiko)

E rapidamente os modelos de roupas que aquelas transeuntes usavam eram copiadas pelas garotas.

— E então Kenji-sama! Fiquei bonita? (Litana)

As garotas estavam prontas, e então vocês foram as compras, havia tantas coisas diferentes em Paris, roupas, joias, comidas, diversos tipos de vinhos e bebidas. A manhã parecia ser curta para tudo aquilo.

O celular de Inoue tocou!

Parecia que mais alguém parecia interessada em passear com vocês.

[Keitarô]

Reno

Não foi exatamente uma isca, mas funcionou de forma tão rápida e eficiente que o sorriso de vitória era inevitável. Reno parou por um instante e deixou o sorriso se anuviar. Virou lentamente o rosto, a expressão séria tomando seu rosto, mas era uma seriedade na forma de flecha: para quem a carapuça já havia servido, era quase desprezo ou pena.

Sem falar nada, resolveu virar totalmente e caminhou de volta, mantendo a seriedade mas desfazendo a sensação de desprezo. Estava dando uma chance a quem, na verdade, não parecia ter muita experiência. Hideko não era exatamente orgulhosa, a palavra que a definia era outra, e ela tinha sorte: Reno faria algo que raramente fazia com as garotas, contar parte de suas estratégias. Não que gostasse do jogo que era o cortejo entre homens e mulheres, mas no estágio atual dos seres vivos ele ainda era necessário. E Hideko parecia precisar aprender. Esperou pelo chá sentado, observando a janela e a paisagem, e sorria distante. Quando ela voltou, fechou os olhos e mirou o sorriso a ela.

— Eu aceito os seus biscoitos, Hideko-chan — um complemento usado para crianças. Só poderia ficar pior com um "~kun", mas ele não seria tão cruel assim. —, agora você está sendo bem educada.

Comeu um ou dois biscoitos e bebeu um gole de chá. Estariam gostosos? Vindo da mão de uma mulher, o gosto era o de menos; a atitude por si só já tinha um prazer intrínseco.

— Você quer saber o que é infantil? — o homem vasculhou a mulher com os olhos, começando dos ombros, busto, quadril e pernas (as quais não devia ter uma boa visão já que ela deveria estar sentada) e por último os lindos cabelos, rosto e olhos, fixando-se neles. — A postura. Sabe, eu adoro tsunderes, e elas realmente fazem sucesso com os homens. Não sei se era a sua intenção treinar para ser uma, mas está fazendo errado. Dessa forma vai afastar todos eles, Hideko... -chan.

E colocou o chá de volta ao pratinho.

— Quer ajuda? Se quiser, eu posso ensiná-la a amarrar o coração de qualquer homem que quiser. Mas desculpe se eu estiver sendo pretensioso, talvez a função de sacerdotisa te impeça de algo desse nível. Algumas coisas simplesmente não mudam, não é mesmo?

Mais um biscoitinho, e atenção aos olhos.

Extra

Um arrepio na espinha, a orelha esquerda esquentou e ficou vermelha. Reno conhecia aquele sentimento... Em algum lugar, estava perdendo a chance de apreciar a visão de lindas garotas de sukumizu na praia. Coçou o rosto e voltou a atenção a Hideko.

[Inoue91]

Inoue , por um momento permaneceu calado, estava apenas observando os carros que passavam pela rua, as diversas pessoas com as quais cruzava pela calçada, agradecia por não ter alguns animais em sua cola naquele momento eles poderiam criar certa confusão e o guerreiro também não estava muito afim de ouvir o que eles tinham para dizer.

Kenji estava disposto a mostrar a cidade para suas elementais e mesmo sofrendo um grande desgaste chamou as três, por um momento Inoue pensou em ajudar Kenji a ficar de pé, mas o mesmo mostrou estar determinado a mantê-las lá e conseguiu ficar em pé, elas então copiavam as roupas de algumas garotas para poder se adaptar a este mundo.

"Já vi que roupas para elas ele não vai precisar comprar"

--Então, podemos pegar o metro e ir para...o celular de Inoue tocou o interrompendo, ele pediu para que Kenji o aguardasse um minuto, assim pegou o celular olhou quem estava ligando e então o atendeu.

--Moshi Moshi, Inoue na linha com quem eu falo?

[Galahad]

Kenji

Mesmo sentindo o peso de manter as três garotas ali, Kenji não reclamava, nem mesmo demonstrava desconforto ou algo do tipo. O jovem já passara um bom tempo com a Aika Sombria, que desde um tempo conseguia se manter por si naquele mundo, lutara muitas vezes ao lado de Natsuko, especialmente contra nessa última missão, quando enfrentara os diversos vampiros, e tivera algumas batalhas também ao lado de Kiyone, que ajudara a ferir o monstro que enfrentaram no Japão, por isso agora ele sentia que tinha que passar aquele tempo com as três elementais: elas mereciam um tempo para aproveitarem aquele mundo, esquecendo, mesmo que temporariamente, qualquer problema.

Kenji escutava Shinobu sugerindo que ela e suas duas companheiras se vestissem com algumas garotas que ali passavam, coisa com a qual o arqueiro concordava, pois realmente era uma boa ideia, por mais bela que elas fossem, os "trajes" que elas normalmente usavam não seria muito apropriados para serem usados em público, atraíram bastante atenção, especialmente a errada. Vendo suas amadas assumindo aquelas roupas, e Litana perguntando se ficará bonita, Kenji abre um sorriso gentil, e ao mesmo charmoso, e respondia.

— Mais é claro que ficou bonita, Litana-chan, ou melhor dizendo, mais bonita ainda. Todas vocês são belas, independentemente do que vistam. — o jovem então se aproximava das três elementais, as mãos em direção delas. — Prontas para aproveitarem o dia, minha amadas?

O arqueiro estava pronto para levar as três para um passeio por Paris, tendo certeza de usar o dinheiro que tinha para comprar alguns presentes para elas, assim como para suas outras amadas, tantos as elementais, quanto as garotas de Gensokyõ; procuraria talvez alguma joia ou vestido para Remilia, algo que combinasse com a vampira; pensava em encontrar alguma bebida especial para Suika, se não, algo que tivesse haver com a oni, especialmente com aquele sentimento que tivera quando se beijaram do lado de fora da Mansão; levaria algo também para Rin, com quem se encontra algumas vezes após a primeira festa das Vampiras Scarlet que participara , seria algo que combinasse com o jeito felino da Kasha; Aika, as duas Aikas, deveriam ganhar algo que refletisse o jeito puro delas, ainda que puros de maneiras diferentes; Kiyone com certeza gostaria de algo mais refinado, pois dentro das elementais, era a mais madura, em mais de um aspecto; Natsuko receberia algo que combinasse com sua personalidade sempre animada e meiga; e quanto a Okuu, ainda tinha que aprender mais sobre ela, mas achava que conseguiria pensar em algo .

"Possibilidades, tantas possibilidades."

Enquanto caminhavam, o telefone de Inoue tocara, e Kenji parava, tanto curioso para saber do que se tratava, e por não querer se distanciar do companheiro.

[Reimu Hakurei]

Megumi

De vez em quando acontece de eu pegar, na biblioteca pública da minha cidade, um livro que me prende ostensivamente ao enredo. Tudo contribui para me convencer que aquele livro possui uma das melhores histórias que eu já li até hoje. Histórias são sempre um espetáculo quando a gente se identifica com elas, desde o enredo fatal ao desenvolvimento das personagens. E às vezes eu até esqueço do enredo e passo a ler apenas pelo personagem, seja porque concordo com suas motivações, seja porque me "apaixonei" pelo ser fictício do livro (parece raro mas mal consigo contar nos dedos quantas vezes aconteceu!), seja porque quero descobrir o que vai acontecer com ele no final da história.

E então, sem mais nem menos, o livro amanhece de um jeito diferente. Toda a vontade que eu tinha na noite anterior parece sumir e eu o coloco em um canto afastado da mesa, sem vontade de continuar. Quando isso acontece talvez eu volte depois para terminá-lo, talvez eu tenha que ler tudo de novo para lembrar do enredo até então. O motivo do desinteresse varia e pode ser cruel: da atitude impensada de uma personagem com quem eu me identificava a motivo algum, puro desinteresse espontâneo. Por causa disso, eu criei um pacto comigo mesma para quando tais situações acontecem:

"Não me forçarei a ler algo que não estou no momento certo para ler. Mas fingirei que a história continua sem mim e que torcerei por ela até o final."

Que, basicamente, é a volta de interesse dias, meses, anos depois. Quando volta, é claro. Um dos motivos de jargão sobre as mulheres!

Tudo foi muito rápido e, desde que a visão dos universos se turvou em meus olhos a atenção parecia ter se dissolvido. Sem conseguir entender o que estava acontecendo, vi bruscamente a cabeça de Lucian rolando no chão e a vampira vitoriosa e orgulhosa de si. A visão mística que eu tinha sumiu, ou então meu universo havia superado os ali presentes, porque meu corpo pulsava de um jeito estranho. Tudo voltou ao normal quando todos estavam bem segundos depois. Lucian perdeu desta vez. Comecei a me questionar por que eu estava torcendo se eu nem sabia o porquê daquela luta.

Vontade de suspirar e então eu deixei o lugar. Minha cabeça estava perdida em muitas possibilidades do que fazer a seguir. Ouvi Keiko e as outras dizerem que iam à praia e concluí que seria bom. Eu não gostava do mar… mas praias sempre eram revigorantes!

— Ei meninas, eu posso ir à praia com vocês?

Havia um biquíni verde há muito guardado esperando para ser usado! Já na praia, tempos depois, eu me mantinha um pouco quieta, pensando se aquilo tinha sido realmente uma boa ideia (não tinha muito assunto para conversar com as outras ou estava esperando o momento certo), descansando debaixo de um guarda-sol.

[Nulo]

Keiko

— Aaaaah!

Keiko colocava as mãos nas bochecas, guinchando que nem uma garotinha. Keiko nunca foi de sair, passando praticamente a vida na Cidade Antiga. Aquela imensidão à sua frente, o céu limpo, o oceano azul, as garotas em trajes de banho...espera aí...alguém falou em garotas em trajes de banho?

— Mestra...eu...entendo!

Olhava para o céu por alguns segundos, assentindo com a cabeça para o sol. Com o lado do punho esquerdo fechado, batia na palma da mão direita aberta, como se tivesse visto uma epifania.

— Augh...

A felicidade era tanta que esqueceu do estado do braço direito, um lampejo de dor emanando dali, mas o suficiente para despertá-la de seu breve delírio. Vislumbrava o traje que recebera de Tsubaki e a "genialidade" da sua mestra; o mesmo era bem apertado mas realçava os seus seios quase inexistentes, pelo menos, por enquanto...

— OBRIGADA, TSUBASA!

Agradecia para a mesma, animada, lançando olhares furtivos de vez em quando para a figura dela; o jeito que a água escorria de seu busto, virilha e coxas...a sukumizu apertada realçando seu busto e umbigo...ai ai...

— Opa, estou indo, Layla!

Acenava para as presentes e logo aproximava-se de Layla, passando alguns segundos olhando o seu corpo sob a luz do sol. Estava bastante escuro no dia que "perdeu" o braço e passou a noite com ela...

— Uau, Layla...você é perfeita.

Colocava-a de bruços em uma esteira de praia, segurando o bronzeador com a mão direita e usando de Pequenos Gestos para transferir o conteúdo para a esquerda, deslizando-a pelo corpo da fada. De vez em quando, usava o dedo indicador delicadamente para fazer uma trilha nas marcas do corpo dela. No fundo, sentia um pouco de inveja; seu corpo era bem infantil comparado ao dela, mas também estava feliz na oportunidade que teve de passar a noite com ela. Uma das muitas! As marcas eram bem bonitas, também...

— Hmm?

Pensava em pedir para Layla passar bronzeador nela, também; mas com a sukumizu...ficava mais complicado. Terminava o "serviço" e lançava o olhar aos seus arredores. Tsubaki parecia divertir-se juntamente com Genjurou em um canto...Hibiki e Miku em outro canto, Layla ao seu lado, as irmãs Komeiji mas a frente...mas Megumi parecia meio calada. Não teve muito tempo de conversar com a mesma durante a missão, então despedia-se temporariamente da fada e logo aproximava-se da Megumi que descansava sob o guarda-sol.

— Megumi-san?

Fitava a mesma, tentando não ser intrometida...sem sucesso.

— Vamos nadar?

Usava a mão esquerda para puxar o braço dela, demonstrando a sua intenção.

— Caso não saiba nadar, não se preocupe. Eu lhe ajudo com isso!

Recitava algumas palavras mágicas, levantando a mão esquerda e repousando os dedos indicador e médio na glabela. Keiko não sabia nadar, também, mas tinha uma magia preparada para casos extremos! Anfíbio. Caso ela estivesse disposta, a levaria para nadar junto com as irmãs Komeiji e dali...poderia ter uma conversa com todas...e apreciá-las de mais perto, claro...

(OFF: Gasto 2 PMs para conjurar Anfíbio na Keiko e na Megumi.)


Extra

Não sabia se era por estar desenvolvendo habilidades similares às irmas Komeiji ou se a presença delas estava ressoando algo em sua mente...mas sentia como se alguém estivesse desesperado em ver garotas de sukumizu; ela entendia o desespero, mas...

"Um velho tarado, talvez?"

Olhava para os lados rapidamente, mas não notava nada de estranho. Coçava a cabeça por alguns segundos, pensativa e logo voltava a "convencer" ou animar Megumi.

[Tsunayoshi]

Desconfiava que Iku recusaria por receio e estranheza, ou aceitaria por curiosidade, e não havia sequer imaginado o cenário que aconteceu de verdade. A mulher se aproximou e tomou o rosto do garoto em um toque gentil, examinando-o com seus bonitos olhos vermelhos. Michio, surpreso, travou (o que já é costume, na verdade), sua mente fantasiando os rumos que aquele evento poderia tomar, todos dignos de um eroge. Mas então Nagae ajoelhou, chorando, e seu desabafo atingiu o rapaz com violência. Cerrou os punhos com força, baixou a cabeça, olhos fechados. Corpo tenso.

Suspeitou o tempo todo, desde o que ouvira de Irina. Só que ter certeza é muito diferente de suspeitar. Agora era um fato concreto, e não deixava mais espaço para esperanças e desejos positivos. Sua mãe fora parar no futuro dali um ano, e já não havia nada que ele pudesse fazer, a não ser esperar. E é muito difícil apenas aceitar isso!

Aceitar? Não tem de aceitar! Elas eram culpadas, não eram? Abriram mão do equilíbrio da existência e viajaram no tempo apenas para salvar a própria pele! Mas... O inimigo era muito poderoso... Não tinham outra opção... Não, não importa! Isso é problema deles, gensokyanos!!!

Abriu novamente os olhos, com raiva, e então viu a garota em prantos. Enxergou a si mesmo ali. Perdido, ansioso e com medo. Uma criança birrenta querendo alguém em quem jogar a culpa. Culpados de... nada, na verdade, apenas vítimas de uma série de acontecimentos infelizes, que as forçaram a medidas drásticas. Bom, talvez existam verdadeiros culpados. Um grupo de cinco. Mas precisa amadurecer e aprender a deixar ir embora. Não vale a pena continuar alimentando isso.

Respirou fundo, voltando ao controle de suas próprias emoções. Agachou junto de Iku.

—Está tudo bem. Aqui... — recostou gentilmente o rosto da mulher em seu peito, envolvendo-a em um abraço sincero. — Não é culpa sua. Eu vou te ajudar, aqui, e contra o inimigo no futuro. Eu vou te proteger.

Desde aquele dia ela convive com esse fardo, remoendo a culpa por algo que sequer foi sua escolha? E também sem poder voltar pra casa...