Touhou RPG - Mega City

[Keitarô]

Reno

Extra

— Não, nada. A Lua é apenas um astro desabitado e sem nenhuma coisa diferente do que o conhecimento científico deste planeta indica.

Reno sorriu. Era, afinal, um mestre em enganar os olhos.

Fim do Extra

Reno trazia consigo ainda o ato de ser capaz de ver, ouvir e perceber quaisquer coisas em qualquer lugar do planeta e na vizinha do sistema solar. Algo até que meio absurdo, mas mantido em contenção por ser uma forma especial de sentir o que não podia ser sentido normalmente. Nada como poder enxergar o inalcançável, ouvir o inaudível, tocar o intocável — trazer tudo para perto de si, ou ir até onde não se pode, sem realmente estar lá. Passara a noite em claro e aproveitara para sentir o cheiro do mar, sentir o calor de vulcões, o frio das geleiras do norte; enxergar a aurora boreal, tocar o pelo macio de animais dóceis que jamais poderia ver em situações normais. Mas, na feira, era apenas um homem comum assistindo às apresentações. Ainda…

Acompanhou as duas apresentações espetaculares bastante animado. Bateu palmas para os dois shows, completamente absorvido no que se passava ali. A tecnologia do local era uma força a ser respeitada, uma fonte de evolução. Um caminho correto e errado ao mesmo tempo, mas uma opção possível rumo à perfeição. Uma faculdade racional belíssima criada por seres ainda muito carnais e bestiais. Como Reno, claro… era o que pensava, sério, observando Satsuki, a presidente do conselho estudantil da primeira escola. Tudo nela chamara sua atenção: a forma como posava, a expressão decidida, os cabelos longos e belos. O corpo, claro. E a sua apresentação, embora fosse voltada à exposição, atiçara a curiosidade do rapaz.

Reno, não sabedor de tudo, tinha curiosidade de saber como se formavam certas relações de afinidade entre pessoas que mal se conheciam. Tinha teorias a respeito das relações mais profundas, é claro, mas as mais superficiais — pelo menos num primeiro momento, já que às vezes se tornavam algo muito mais profundo com o tempo, como com Umeko — o deixavam curioso. Lera naquele mundo sobre hormônios e a parte biológica do corpo humano, mas abranger isso para todas as raças, todos os estados biológicos de vivência, ainda não conhecidos pelos cientistas terrestres… era bastante complexo e apenas um chute. Talvez todas as relações entrassem na sua teoria mais profunda, o que dava a todos com quem sentia tal sensação um lugar muito especial no peito. Desta forma, Satsuki conquistara um lugar apenas pelo interesse curioso que Reno sentia.

Não pôde deixar de experimentar um pouco do que aquilo significava.

Fechou os olhos e, sem tentar ser muito invasivo, concentrou-se em seu ofalto. Qual seria o perfura da garota? Como se estivesse a cerca de um metro dela, respirou o ar para captar o cheiro da garota. Viu de perto o seu cabelo, sua presença — tendo noção exata da altura da garota em relação à sua — e sua expressão determinada. Precisava conhecê-la. Concentrou-se na habilidade de burlar a realidade e provocou um toque suave no ombro de Satsuki. Chamando sua atenção, tocou gentilmente o queixo, como se deslizasse um dedo de dentro para fora na direção da plateia. Turvou um pouco a imagem da quantidade enorme de pessoas deixando-se mais nítido que os outros, e quando ela trocasse olhares com o ruivo, faria tudo voltar ao normal. Porque a partir dali, não serviam poderes.

Apenas um sorriso sutil e profundo, um pouco com o lado da boca, um olhar baixo com seus olhos vermelhos de ressaca, as sobrancelhas melindrosas e curiosas. Foi o primeiro contato com ela, uma mensagem de que queria conhecê-la, se fosse possível.

[Shino]

Para todos (exceto Keiko)

— Em alguns minutos começará a apresentação do terceiro colégio, Furumizu no Gakuen!

Os alto-falantes disponíveis nos corredores indicavam que logo se iniciaria a próxima apresentação da Expo-Baker, mas agora era hora de encontrar a senhorita Tabane e pegar o Titânio.

Layla e Keiko não estavam junto a vocês, a fada avisou que a Oni teve de ir ao banheiro, aparentemente algo que ela comeu não havia feito muito bem ao seu estomago, e que depois que acudisse ela, ambas os encontrariam.

Durante o trajeto do corredor, vocês puderam assistir uma cena interessante, duas duplas de garotas estavam conversando, uma dupla vocês reconheceram, eram as estudantes do primeiro colégio a se apresentar, Satsuki e Ryuuko, mas não reconheceram a segunda dupla:

— Parabéns pela apresentação, senhorita Satsuki! (morena desconhecida)

— Obrigada, a próxima apresentação é a de vocês, não é? (Satsuki)

— Isso mesmo! Eu e Maria-sama seremos as próximas a nos apresentar! (loira desconhecida)

— Espero que para um bando de riquinhas a apresentação de vocês não deixe a desejar! (Ryuuko)

— O que você disse? (loira desconhecida)

— Calma Aoi-chan, o melhor jeito de responder a senhorita Ryuuko é com nossa apresentação! (Maria)

— Ryuuko-chan, não é assim que se trata uma rival, devesse demonstrar respeito! (Satsuki)

— Ahhh, fala serio! (Ryuuko)

— Bem, devemos nos apressar, não gostaria de deixar o publico esperando! (Maria)

— Correto, nós assistiremos do nosso camarim! (Satsuki)

Então as duplas se separam, aparentemente Satsuki e Maria (a de cabelos roxos) demonstravam uma rivalidade sadia!

— Ahhh, Satsuki, já ia me esquecendo, estamos precisando de novos alunos no nosso conselho estudantil, esteja livre para se transferir! (Maria)

— Digo o mesmo! (Satsuki)

Quando Maria e Aoi já não estavam mais na área, Satsuki pediu que sua irmã se adiantasse, que ela tinha algo a fazer. Ryuuko não questionou a irmã, seguindo o corredor e indo em direção ao seu camarote, já Satsuki ficou ali, encarando vocês!


...


O camarim da IS estava borbulhando, felicidade estava estampada no rosto de todos do clube de ciência que eram muitos na verdade, além dos que se apresentaram, estavam mais algumas mulheres no recinto.

— Ichika, que tal um copo de chá de cevada? (garota de cabelos prateados)

— Valeu Laura, estava mesmo com sede! (Ichika)

— Ichika, que tal mais um Chun Juan (garota de cabelos castanho escuro em Twin Tails)

— Quero sim, *mastiga um pedaço*, a comida da Rin é uma das melhores! (Ichika)

Se via que o rapaz era mimado por todas as garotas da sala, apenas a irmã mais velha dele, a professora Orimura Chifuyu e sua assistente, Yamada Maya, não o ficavam paparicando ele. Até mesmo as irmãs, Sarashiki Kanzashi e Sarashiki Katana Tatenashi disputava a atenção do mesmo, que reinava solitário entre tantas garotas, mas diferente de Kenji, não conseguia manter uma relação unificada entre todas, ou ele nem mesmo sabia que estava vivenciando tal situação (um completo idiota).


Boa tarde, e sejam bem vindos!


Quem os recebera não foi a senhorita Tabane, e sim sua irmã mais nova, Houki, a mesma garota que a poucos minutos estava se apresentando no palco do evento!

— Peço desculpas, depois da apresentação minha irmã saiu as pressas, disse que tinha uma coisa muito importante a fazer, se incomodariam de aguardar a volta dela?

Não pareciam ter muita escolha, teriam que esperar o retorno da cientista, pelo menos poderiam assistir as demais apresentações em um local acomodado e com petiscos!


...


Para Keiko


— Meu amor, agora é a apresentação da sua irmã mais velha, acho que devemos ficar e assistir a mesma! (Reina)

— É verdade, fiquei tão empolgada com a situação que nem pensei nisso, Maria-nee-chan ficaria muito triste se não assistirmos a apresentação dela! (Rihoko)

— Mariele meu anjo, peço também que fique com Reina-sama e Rihoko-chan, lembre-se de assegurar a volta delas. (Martha)

— Sim, okaa-sama, eu as protegerei com minha vida! (Mariele)

— E eu protejo a Mariele-chan e mama! (Rihoko)

— Obrigada Rihoko-chan, você é a melhor amiga que a Mariele poderia ter! (Martha)

Com um beijo suave na testa da pequena Rihoko, a mulher loira se despedia por hora de suas amigas e filha. Você seria escoltada por Masane, Shiori (a mulher que notou-lhe primeiramente), Martha e Reiji (o homem), que só concordou em perder a apresentação de sua filha mais velha, por um suposto servicinho especial triplo realizado por Masane, Shiori e Reina.

Seguindo-os você se viu fora do estádio, num heliporto, lá um homem aguardava junto a um grande helicóptero.

— Segawa, estamos retornando ao colégio! (Reiji)

— Claro senhor, com o clima de hoje a viagem deve durar uns 5 minutos! (Segawa)

— Não sei quanto tempo dura essa viagem, mais ela não vai...

O grupo virou-se em direção a voz, a qual você conhecia muito bem, era Layla que estava esperando vocês. Mas antes que você tivesse tempo de falar alguma coisa ela terminou a frase dela.

... não sem mim! (Layla)

Layla já sabia da situação, afinal das contas, ainda estavam conectadas mentalmente, ela sabia de toda a conversa, e também sentiu tudo que você sentira!

— Não vale Keiko-chan, onde já se viu me deixar para trás e sair com suas amiguinhas que conheceu agora! Sim, eu sou ciumenta sim! (Layla)

A mesma reação que elas tiveram com você, também tiveram ao ver Layla, os olhos brilharam!

— Martha-san! (Shiori)

— Sim, hoje parece ser nosso dia de sorte! (Martha)

— Perdoe nossa ação rude, jamais deixaríamos para trás pessoas tão valorosas, é claro que esta convidada também! (Martha)

Layla encarou as mulheres, colocando você entre os braços dela, era com se você fosse propriedade dela, um brinquedo que ela não emprestaria a ninguém, mas por ainda esta conectada mentalmente a você, todo sentimento que era repassado pela proximidade das mulheres a você, era repassado a ela e isso a agradava.

— Acho que não tem problema, se eu for junto, não é, Keiko-chan? (Layla)

Era uma pergunta, com uma resposta obvia!

O helicoptero não demorou a decolar, era grande, provavelmente um modelo militar, caberia facilmente umas 30 pessoas dentro dele, Martha voltou a se pronunciar:

— Senhoritas?

(Ela aguardou sua apresentação)

— Layla, pode me chamar de Layla!

— Bem, eu me chamo Martha Heidi e estes são, Takayama Reiji, Tsuzuki Shiori, Amaha Masane e Segawa Hiroki, acredito que vocês já notaram que eu e minhas duas amigas não somos... bem... diria que não somos pessoas comuns. A essa hora na Expo Baker deve esta iniciando a apresentação da Maria-chan e da Aoi-chan, elas vão apresentar isso para o publico!


...


Volta para o grupo


Era o começo da apresentação da Furumizu no Gakuen e como as demais, os apresentadores introduziram as participantes ao publico:

— Clever, se não me engano a próxima escola é a Furumizu no Gakuen? (Falcon)

— Isso mesmo Falcon, a Furumizu no Gakuen é o próximo colégio a se apresentar, e suas representantes são Soho Maria e Furumizu Aoi, neta do fundador do colégio, senhor Furumizu Tatsuoki. (Clever)

— Foi uma grande perda não, o grande Tatsuoki veio a óbito a dois anos, não teve a chance de ver os frutos da neta. (Falcon)

—Verdade Falcon, verdade, mas agora veremos a apresentação das mesmas! (Clever)

Maria olhou ao redor, procurando seus conhecidos, conseguiu enxergar sua irmã mais nova e sua mãe, além de uma amiga!

— Papa... baka! (Idiota!) (Maria)

— Aoi-chan, vamos arrebentar! (Maria)

— Sim, Maria-sama!


...


Cada camarote dispunha de um telão de 110 polegadas ultra HD, resolução mínima de 4K. Era como se estivesse frente a elas, visão melhor do que tinham da arena e por isso, quando elas se transformaram, sentirão como se estivesse bem em frente a elas!


...


Maria
Aoi

Em menos de uma fração de segundos elas se transformaram, e o choque foi imenso, mas aos poucos foi aliviado, e em seu lugar veio a euforia, o publico ficava maravilhado a cada instante, já vocês não sabiam o que imaginar, elas eram humanas usando algum tipo de ciência, ou seriam youkais disfarçadas?

—Rachel, o que acha? (Mina)

— Não tenho certeza, não é algo que já tenha visto, não posso dizer se são youkais ou não. (Rachel)

— Ainda sim, não sei se é estupidez, ou um plano perfeito, sendo ou não youkais! (Evangeline)

O que as três vampiras falavam era plausível, se forem mesmo youkais elas estavam jogando grande, demonstrando suas exóticas formas como se fossem uma invenção cientifica.


— Boa noite a todos, espero que estejam gostando da nossa apresentação! (Maria)

O som se fez audível, a voz dela era captada pelo microfone e transmitida em alto e bom tom, Maria era quem apresentava o show e também a modelo que desfilava na passarela.

— Senhoras e senhores, gostaria de apresentar a invenção do clube de biotecnologia da Furumizu no Gakuen, as Cloneblades!



Volta para Keiko


Masane
Shiori

Estas são as Cloneblades, um equipamento desenvolvido pela Furumizu no Gakuen. Estas lâminas destravam o limite humano, permitindo uma evolução sem igual, são as armas supremas, mas ainda não são perfeitas, que tal, gostaria de nos ajudar a alcançar a perfeição?

O cheiro que elas emitiam agora não comparava em nada com o de antes, era quatro ou cinco vezes mais forte, e com certeza, era cheiro de Onis!

[Inoue91]

Inoue

* O animo de Inoue não estavam dos melhores, ele não havia gostado muito da ultima apresentação, para falar verdade até agora não tinha visto nada de demais,logo apos o encerramento da segunda apresentação ele procurava por Charlote como o combinado, Layla dissera que Keiko estava com problemas do estomago e que por isso não iriam acompanhar o grupo e que depois nos encontraria.

* Ao passar pelo corredor, encontrou com as duas garotas do primeiro colégio, estavam conversando com uma outra dupla como não as conhecia e como a conversa que estavam tendo não era de seu interesse ele apenas passou por elas e caminhou direto para o camarim o qual estavam indo.

* O camarim estava lotado, os que ali estavam pareciam satisfeitos com a apresentação que haviam feito, ao ser recepcionado, agradecia gentilmente pela hospitalidade, ao ouvir que teriam que esperar mais, apenas revirou os olhos e preferiu ficar em silencio, não tendo muita opção achou melhor aproveitar um pouco do camarote que estava, deixou que Hina fizesse o que bem entender, Inoue pegou um copo de cerveja, e então começou a procurar um local onde fosse permitido fumar ( uma sacada caso tenha) caminhou até lá, apoio a cerveja em cima de uma mesa e de seu bolso puxou um maço de cigarro, pegou um cigarro o acendeu e deu um trago, aquilo de certa forma ajudava o jovem youkai a relaxar um pouco, ele então soltava a fumaça pelo nariz.

- Ah.... como isso é relaxante..... não me lembro quando foi a ultima vez que fumei um.

* Pegou novamente a cerveja que havia deixado em cima de uma mesa, e encostou contra uma parede, dava um gole em sua bebida e logo depois dava outro trago em seu cigarro, e assim permaneceu ali por um tempo, quando acabasse sua bebida voltava para dentro para pegar outro copo e então voltava para o local onde estava.

* Eventualmente ele viu que a apresentação do terceiro colégio iria começar, mas por algum motivo ele não estava muito afim de ver tal apresentação, então simplesmente voltou para a sacada onde continuou a fumar e beber, pelo barulho que ouvia julgou que a plateia estava gostando da apresentação, dava outro trago, sultava novamente a fumaça pelo nariz e então suspirava um pouco de tédio, sem muito o que fazer pegava seu headphone colocava em sua cabeça e então dava play em seu discman e voltava a ouvir o cd que havia ganho nas ferias.

[Nulo]

Keiko

A oni observava a interação das garotas, curiosa. Uma família, talvez? Bem no fundo sentia uma pitada de inveja. Sem necessidade, já que tinha a fada que adorava.

Ao chegar no heliporto e notando o helicóptero, Keiko hesitava um pouco; concordara em conversar em um lugar mais privado, mas não estava indo longe demais? Layla provavelmente ficaria com raiva.

— Layla-chan...? — Keiko fitava a fada com um pouco de espanto e incerteza, como uma criança descoberta pela mãe antes de fazer uma travessura. — Eer...eu...huh? — O susto logo dava espaço ao alívio quando escutava o verdadeiro intento de Layla e a confirmação das presentes.

— Claro, sem problemas. Hehe... — Apenas ria com o ciúme da amada, que a "protegia" das outras ao ponto de parecer uma boneca dela, o que não era tão distante da realidade em certas situações; tinha noites que era "usada" como uma, e adorava! Conexão mental é um artifício bastante perigoso mas peculiar ao mesmo tempo; não havia necessidade de esconder seus sentimentos, seus medos e sua vida, estava sintonizada com a fada. Seria algo do tipo a verdadeira união entre duas entidades? Entrava no helicóptero, estranhando um pouco a necessidade de ir para tão longe apenas para uma conversa, se é que fosse apenas uma "conversa".

— Ah, desculpem-me. Sou Keiko. — Dava o seu nome habitual para a mulher que a observava, lançando um olhar rapidamente em seguida para o veículo em que se encontrava. Era bem grande para ser propriedade particular de uma só pessoa... — Prazer. Mas o quê...?

Keiko olhava a transformação com um pouco de surpresa e desconfiança. As auras de Masane e Shiori mudaram drasticamente, fora o traje que elas usavam; um misto de armadura bastante reveladora mais...lâminas? Pareciam assustadoras e sensuais ao mesmo tempo. Extremamente interessante...

— Cloneblade? — Keiko fitava as duas, olhando-as do pé à cabeça, curiosa. Armas supremas que destravam o potencial humano? — Ajudá-las a alcançar a perfeição? — Era uma oferta tentadora mas ao mesmo tempo estranha. Keiko não era humana para começar, talvez elas queriam testar o potencial dos tais equipamentos nas mãos de um youkai? Generosidade demais, fora esse cheiro estranho de onis. Será que a arma foi feita com...?

— Certo... — Keiko assentia, um leve tom de preocupação em sua mente. É fato de que seria interessante "alcançar a perfeição", mas a que custo? O que elas iriam pedir em troca? Talvez estivesse paranóica demais. Sim, provavelmente isso...

— Bem...como posso ajudar? — Ficaria para ver onde isso terminaria.

[Galahad]

Kenji

Ao escutar de Layla que Keiko não estava se sentindo bem, Kenji pedia para à oni seu desejo de melhoras, esperava que a amiga conseguisse ver o restos das apresentações da Expor, ele mesmo estava ansioso para as ver, achava que Keiko também estaria.

Ao passar pelo corredor e ver as duas duplas discutindo, Kenji dava uma certa atenção à cena, achava interessante o jeito que pessoas demonstravam sentimentos de rivalidade, especialmente no caso de mulheres, que demonstrava de uma maneira bem diferente dos homens, sendo menos física e também menos relacionada a inseguranças. O que surpreendia Kenji era o fato que Satsuki ficava encarando o grupo, algo estranho, mas o arqueiro respondia o ato com um aceno amigável de cabeça, para então seguir em direção do camarote do colégio de Charlotte.

Quando o grupo chegava ao camarote, e Kenji via a cena que ocorria entre o garoto chamado Ichika e as jovens que o cercavam, Kenji não conseguia evitar de rir um pouco da situação. Ainda que o piloto tenha tido a mesma sorte do arqueiro de encontrar amor junto a mais de uma pessoa, a relação entre elas era bem caótica, bem diferente da harmonia que havia entre Kenji e suas esposas.

"—Acho que nem todos podem ter o que temos, não é?"

Notava então a aproximação da jovem chamada Shinonono Houki, que avisava que sua irmã tivera que se ausentar, algo inesperado, mas não muito grave, afinal, ainda conseguiram o Titânio, ainda que não de imediato.

—Oh, isso é algo inesperado. Mas não acho que será um problema, obrigado pelo aviso, Shinonono-san.

Respondia de forma educada, para então se acomodar num canto do camarote, a fim de assistir à próxima apresentação, a qual logo começava. Escutava os apresentadores falarem um pouco sobre as jovens que adentravam o palco, embora não desse muita importância àquilo, pois era a apresentação em si que interessava a Kenji, e ela com certeza não decepcionara. Era com certeza algo surpreendente de se ver, se perguntava como os humanos conseguiram criar algo como os poderes daquelas tais Cloneblades, apenas esperava que não tivesse sido por mais questionáveis.

[Keitarô]

Reno

Reno quase se esqueceu do real motivo de estarem ali. Tanto havia acontecido nos últimos tempos que a missão principal de recolher os materiais precisava ser lembrada de tempo em tempos. Agora, o próximo componente. Um pequeno empecilho apareceu no caminho, porém. No corredor por onde seguiam para pegar o titânio. Ao vislumbrar o que aconteceria, Reno desacelerou o passo. Chegou próximo a Inoue e comentou:

— Inoue, podem ir na frente. Eu os encontro depois, sei que ficará tudo bem.

Assim, parou e fez menção de pegar algo no bolso: seu celular. Verificou a agenda apenas para matar um pouco do tempo, que continha apenas dois números. Inoue e ZUN. Deu um pequeno riso ao olhar para aquela tecnologia. Na semana de férias havia aberto o aparelho e investigado seus circuitos até entendê-los um pouco.

Assim que o grupo passou a andar mais a frente, voltou a caminhar, e vislumbrou Satsuki parada. Questionou-se se ela tinha percebido seu convite minutos antes, mas preferiu pensar que não. O traje que usara na apresentação era uma lembrança de que as pessoas naquela terra, embora não conhecessem sobre magia e outros poderes sobrenaturais, tinham também seus méritos que poderiam ser considerados acima do natural. No entanto, alguns outros efeitos podiam não ser percebidos assim mesmo, como um toque à distância, uma ilusão ou um sentido ampliado.

— Hum? Olá…! Satsuki, não é mesmo? Muito bonita a sua apresentação, meus parabéns. Vocês são muito bons no que fazem — o ruivo observou a garota sem desviar muito o seu olhar: fixou-se em apreciar seus cabelos, e então alterou entre a boca e os olhos. A expressão determinada de Satsuki era uma imagem única. — Prazer, eu me chamo Reno Urashima.

Bloqueou o celular e colocou-o novamente no bolso. Ajustou a gola da camisa, supondo que talvez ela estivesse abafando-o ou apertando-o, e se pôs a olhar a garota, prestando atenção em suas reações. Inicialmente sério, e depois da troca das palavras, um sorriso sutil. Atenção exclusiva. Dois truques especiais para que as pessoas tenham sempre uma visão simpática de si mesmo: não sorrir desde o começo, mas apenas depois de um tempo, o que leva o outro a entender que apenas após um pequeno exame da conversa é que o primeiro sorriu para ele, aprovando-o; e atenção exclusiva, em especial aos olhos, o que faz com que o outro note que a atenção está toda sobre si.

[Shino]

Para todos (exceto Keiko e Reno)


A terceira apresentação terminara, o feito do colégio Furumizu era algo bastante interessante, mas relativamente menos incrível que os dois primeiros, por meros dois fatos, em momento algum foi mostrado algum tipo de habilidade de vôo, presente nas duas primeiras apresentações, e pelo simples fato de que aquele poder estava disponível apenas para mulheres, talvez por ter sido criado num colégio feminino.

O cronograma continuava perfeitamente, e o quarto colégio a se apresentar logo entrava no estádio.

— Clever, teremos agora a apresentação de um colégio de fora de MegaCity? (Falcon)

— Sim Falcon, o Center City Middle School (o nome certo é Center não Central ) é um colégio do estado da Pennsylvania, na costa leste dos Estados Unidos! (Clever)

— Isso coloca em maus lençóis o jovem Joseph Carter Jones, visto que o povo da cidade tem um sentimento negativo para com o resto do continente. (Falcon)

— Uma verdade triste Falcon, depois de dois conflitos armados MegaCity tem esta antipatia para com os demais estadunidenses, mas espero que nossos cidadãos leve em consideração que o jovem Joey nem mesmo era nascido naquela época remota, que na Expo-Baker somos todos amantes da tecnologia! (Clever)

— Bem falado Clever, e agora a apresentação começará! (Falcon)

Subindo as escadarias do palco vem um jovem garoto, que trazia o que parecia um brinquedo nos braços, ao qual ele coloca no centro do palco.

— Boa noite pes... (Joey)

Antes que pudesse concluir suas palavras, a voz do garoto era abafada, algo bem engraçado, visto que ele estava com um microfone. Sua voz era abafada pela de uma jovem garota que logo que notada, capturou as câmeras com sua beleza juvenil.

— Me dá um J, me dá um O, me da um E, me da um Y, JOEY, JOEY, JOEY, vai tigrão!

Não teve quem não sentisse a vontade de rir subindo pela garganta, a namorada do rapaz, a senhorita Lina Davis, demonstrava sua empolgação e amor frente a todos, o que fazia o "tigrão", que mais parecia um gatinho molhado na chuva, corar mais que tomate.

Depois de recuperar-se do choque, ainda que muito agradável, o rapaz continuou sua apresentação!

— Boa noite pessoal, na minha apresentação gostaria de apresentar aos senhores meu melhor amigo não humano, o grande Heroman.

O rapaz apontava para o brinquedo que mais cedo colocou no centro do palco, novamente a vontade de rir vindo a garganta, mas no fim, sumiu, instantaneamente, ao quando o garoto ativou um controlador que recobriu seu braço esquerdo e o pequeno brinquedo, em instantes assumir uma nova forma.



O pequeno brinquedo que tinha apenas 30cm agora era um gigante de 3 metros, forte, robusto, um guardião implacável, um colosso pronto para defender seu dono, ou amigo.

— Velocidade, força e grande resistência, o Heroman é um verdadeiro herói, protegendo os indefesos de qualquer mal, mas o mesmo não trabalha sozinho, junto a ele...

E num segundo o garoto sumiu da frente de todos, reaparecendo ao lado dos apresentadores, com um hotdog e refrigerante em mãos. Do outro lado do estádio, estava um vendedor de hotdogs, que nem notou quando o lanche que estava em sua mão havia desaparecido e no seu lugar estava o dinheiro do pagamento do mesmo.

— esta o seu parceiro de equipe, com esta manopla, eu posso correr em alta velocidade, e proteger o Heroman também, uma dupla que protege ambos e lutam como irmãos! (Joey)

E o publico ia novamente ao delírio, principalmente as crianças, que criança não gostaria de ter um brinquedo que a protegesse do perigo, e com poucos minutos e muito carisma o jovem Joey derrubava a intolerância e preconceito que alguns podiam ter.

Mas seu show não terminava ali, o golpe de misericórdia vinha agora, quando o garoto demonstrava uma habilidade suprema do seu amigo.

— Heroman possui grandes habilidades, e uma das mais incríveis é essa!

— HEEEROOOOOOOMAAAAAANNNNNNN AUUUUGGGMMMEEEEENTTTTT!!!!

Um silêncio, quase mortal, se de um simples brinquedo de 30 cm, a um robô de 3m já impressionava, o que pensar daquele mesmo robô, que agora tinha quase 60m.



— E então pessoal, gostaram! (Joey)

Do alto do ombro do gigante se via o garoto. O “tigrão” empunha respeito agora, todos que riram dele agora perdiam o ar, em um segundo ele estava arrebentando, e arrebentava com estilo.



Para Keiko



A viagem não durou muito, o secretario estava certo, apenas 5 minutos para vocês chegarem nos domínios da Furumizu no Gakuen.

Logo que pisaram fora da aeronave, foram recepcionadas por varias alunas que, mesmo num feriado, continuavam no campus.

— Sejam bem vindos! (Alunas)



Todas eram bastante educadas e bonitas, provavelmente seriam alunas em sistema de Internato, ou aquelas que queriam fugir da algazarra da cidade nesses dias.

Vocês se despediram das mesmas e entraram no prédio, já distantes da alunas Martha respondeu sua pergunta.

— Talvez não tenha percebido, mas o nome de nossas peças são Cloneblades! (Martha)

— O que indica que elas são copias de outra peça, não é? (Layla)

E novamente Keiko se via em posição de "boneca", sendo guiada por Layla em seus braços.

— Isso mesmo, todas as nossas são "filhas" de uma peça superior, que vem desde os tempos mitológicos guiando as mulheres. Dizem que Cleópatra, Joana D'Arc, Artemisia, entre outras foram aquelas que empunharam a lâmina suprema. (Martha)

Depois de algumas portas, muitas delas abertas por um sistema de segurança bem rígido, vocês notaram que outras alunas apareciam, mas não tão comuns como as primeiras.

— Essas são Leticia, Jennyfer e Alexandra. Três de nossas melhores alunas que estão nos ajudando no projeto Witchblade. (Martha)

— Sejam bem vindas! (Alunas)

Como todas as demais, Keiko sentia uma atração por todas, e elas pela pequena Oni. Todas emitiam o cheiro, cheiro de Oni, forte, mas ainda não era o cheiro de um Oni de verdade, mas foi por os pés dentro da sala, que o odor lhe impregnou o pulmão, era Oni, puro, ou pior, ainda mais forte que um Oni normal, um cheiro concentrado.

— Esta é nosso maior trunfo, a Witchblade! (Martha)

Aquele odor, não tinha duvida alguma, vinha daquela manopla de ferro, daquela jóia que "olhava" para você, bem no fundo dos seus olhos, ou no fundo de sua alma.

— Nenhuma de nós conseguiu empunhar ela, pois a mesma tem vontade própria, não é ela que é usada, somos nós que somos usadas por ela. E dentre todas, aquela que chegou mais próxima de liberar todo o poder da Witchblade, foi a senhora Ibaraki Takeru à vinte anos atrás. (Martha)

Ao fundo estava uma quadro, em tamanho real, de uma jovem.

— E pensar que todo aquele potencial foi destruído pela pessoa que ela mais amava, por um homem! (Martha)

Com exceção de Reiji e Segawa, não havia nenhum outro homem, na região inteira.

— Depois de muito pesquisar, descobrimos o motivo de tamanha evolução, descobrimos que a Ibaraki Takeru descendia de um ser mitológico. Algo que os humanos comumente chamam de demônio, mas na língua natal de seus ancestrais são chamados de youkais! (Martha)

Tanto você quanto Layla se voltaram a Martha logo que ela tocou no assunto.

— Somente um youkai pode usar todo o poder da Witchblade e nós queremos os dados, com isso, poderemos criar Cloneblades mais poderosas e seguras, o que me diz Keiko, gostaria de tentar empunhar ela? (Martha)



Para Reno



— Obrigada, fico feliz que nossa pequena apresentação tenha o alegrado senhor Urashima, espero que tenhamos garantido seu voto.

Talvez Reno ainda não soubesse, mas todas as escolas eram avaliadas pelo publico, não apenas os que estavam na primeira apresentação, nos demais dias da Expo Baker, seriam demonstrados novas apresentações, testes na verdade, expondo as habilidades das invenções dos alunos. Ao final o colégio ganhador será financiado pelos próximos quatro anos.

A expressão de Satsuki não mudara em momento algum, mantinha-se seria, olhos nos olhos, sem ao menos piscar, não sorria, mas também não demonstrava nenhum ressentimento, os lábios sempre fechados quando não estava a conversar.

— Nós próximos dias serão melhor demonstrados as habilidades das nossas Kamuis, mas vou adiantar uma delas para você!

Ela se aproximou, a boca seguia para perto do seus ouvidos, mesmo com o corpo dela colado ao seu, não sentia intimidade nenhuma, era como se o toque do corpo dela trouxesse a mesma seriedade da conduta da mulher.

— Quando nossas Kamuis estão despertas, nossos sentidos se tornam mais afiados, percebemos melhor tudo a nossa volta, o que me leva a perguntar, como fez aquilo?


Extra (especial para o Kenji)

— Sim Kenji-sama, nosso relacionamento é especial, mas na verdade, a situação do Ichika-san se deve por apenas um fato! (Yumiko)

E como um coro perfeito, todas que estavam dormentes em seu coração disseram:

— PORQUE ELE É UM BANANA!!!!

Fim do Extra

(OFF: Resposta rápida da Keiko e do Reno, que eu posto uns extras amanhã)

[Nulo]

Keiko

— "Filhas" de uma peça superior... — Keiko pensava a respeito enquanto era guiada pela amada ao longo daquele colégio. Lâmina suprema que guiava as mulheres, clones, garotas "perfeitas" e um colégio internato; qual seria o objetivo maior dali? Sentia um pouco de preocupação com aquilo tudo, mas o jeito que Layla a "protegia" das outras a deixava mais tranquila. "Calma, Layla-chan, não irei fugir. Hahaha!".

— O-obrigada. — , a oni ficava desconcertada na presença das três novas garotas. Seria o cheiro de oni deixando seus instintos enebriados? — Bem, eu...huh? Witchblade? — Se na presença das garotas o corpo de Keiko ficava estranho, na presença da manopla seu corpo tremia. Sentia-se pequena e frágil perante "aquilo", andando lentamente em passos curtos e cautelosos. Os olhos encontravam a imagem da tal Ibaraki Takeru, que parecia uma oni com ela. Ela entrou em comunhão com essa arma, será que ela conseguiria?

— Uma youkai? — O olhar apreensivo da oni encontrava o de Martha e logo em seguida o de Layla. Um breve aceno para a fada e depois outro para Martha, consentindo ao teste. — Sim, v-vou tentar. — Keiko voltava o olhar à manopla, afastando as pernas um pouco como se procurasse estabilidade e levando uma mão ao busto, um pouco atônita. Tinha certeza de que aquele olho a penetrava, analisando cada milímetro de sua essência, a alma. — Você...entendo. — Não precisava se esconder mais. A manopla queria descobrir a "verdadeira" Keiko e ela precisava acatar. Não precisava, era ordenada a acatar. Entregava o boneco de pelúcia para Layla e espalhava o cabelo com uma das mãos, desfazendo a maquiagem especial que usava num instante. Os chifres surgiam, seu estigma, a marca de seu lado youkai. Os olhos escarlates pareciam brilhar mais como se em ressonância com a aura da manopla e as garras afiadas ficavam à mostra, mas não era o suficiente.

— Mais? — Keiko assentia, o rosto bastante enrubescido e a respiração mais errática devido àquela experiência toda. Aproximava-se mais da manopla, o medo dando lugar à uma euforia estranha. — Isso mesmo... — Os dedos encontravam a barra do vestido que usava e ela se despia, deixando as roupas caírem e ficando somente com os trajes de baixo, revelando-se perante a todos e principalmente para a arma. — Pronto... — Aproximava agora com mais segurança e mais leve, ignorando todas as presentes e focando na Witchblade. — Posso? — A manopla estava ao alcance de sua mão, estava perto. Certificava-se de que estava fazendo nada errado e esticava a mão na direção da Witchblade...

[Keitarô]

Reno

Com a aproximação de Satsuki, Reno concluiu que seu raciocínio estava certo. Podia ser, talvez, unilateral, apenas de sua parte; mas ainda assim, era diferente. Fosse impressão ou uma lembrança distante, e por mais que a quantidade de tipos de relação tendesse ao infinito, aquele contato não era natural. Sentiu-se feliz, realizado pelo dia — havia encontrado alguém cujo quase toque trazia seriedade, calma e até paz. Até mesmo segurança. Talvez ela não soubesse disso. Ou talvez soubesse.

Virou um pouco o rosto na direção do de Satsuki, mas pouco; não ousaria tocá-la daquela distância. Não era a hora... e talvez nunca seria. Mas o toque, sabia o ruivo, era desnecessário. Apenas uma ilusão criada pelo corpo carnal de matéria daquele mundo.

— Pensamentos densos. Talvez você possa chamar de fé — não sabia se a moça aceitaria sua explicação, mas era a verdade. —Pensamentos irradiam para todos os lados como ondas eletromagnéticas. Sendo ondas, podem quanticamente também serem partículas, quase como se tivessem massa e peso. Dê energia suficiente a um pensamento e ele atingirá uma vibração tão alta que certos fenômenos acontecerão. Muitos chamam isso de milagre, embora seja... ciência.

Uma palavra nova descoberta pelo homem na Terra.

— E é basicamente isso. Com minha vontade posso externalizar meus sentidos e sentir o que quiser. Peço desculpas se pareceu invasão de seu espaço... deve ter sido uma atitude muito desmedida de minha parte, para fazê-la vir me questionar nestas condições... — uma pausa, decidiu usar o mesmo tratamento formal imposto por ela. Era a forma como a situação se desenvolvia. — senhorita Kiryuin. Respondi à sua solicitação?

Sorriu um pouco dividido. Testava os limites da corda que até então pensava ser um cabo de aço. Seria mesmo?

[Shino]

Extra (Keiko)

Aos olhos de quem estivesse assistindo a cena poderia parecer estranho ver uma jovem, conversar com um objeto, e seguir ordens impostas por ele. Layla entretanto entendia perfeitamente, o elo mental que compartilhavam permitia a ela assistir a cena de um jeito diferente, era como se fosse a própria fada na frente da peça e ela quase repetia tudo que Keiko fazia.

Não havia palavras, ou mesmo comunicação verbal, eram apenas sensações, mais facilmente interpretadas pela Oni. Não havia voz a ecoar em sua mente, mas entendia cada desejo da manopla e consentia a ela, era como uma serva obediente, feliz por agradar sua senhora, ainda que as ordens impostas lhe trouxessem medo ou vergonha.

Outra ordem, na verdade, uma autorização! A manopla lhe “dizia” para pega-la e vesti-la!

Era maior que o braço da Oni, provavelmente por ser feita para um tamanho mais adulto, mas nem mesmo um segundo levou para ela se ajustar perfeitamente na garota, esticando-se sobre o braço direito da mesma. Aquela joia brilhava, hipnotizante, fixa nos olhos da garota, que nem pode notar quando a mesma sumiu, e lhe desceu a garganta.

Inebriada, as mãos conduzidas pelo próprio corpo, à sensação continua do momento que a pedra escorregou pelo seu interior, penetrando o seu ser em busca de um lugar cômodo para se instalar, estabelecendo-se lá.

O calor subindo ao corpo, pensou que derreteria, era a mesma sensação vivida no ápice das noites com a fada, mas sentia ela sem parar, era difícil de caminhar, precisaria se acostumar a ela... será que elas também sentiam-se assim, a todo instante?

Não precisou de resposta, bastou os olhos se encontrarem com as das demais, que notou, sim, elas viviam sobre aquele calor, o rubor na face, o brilho nós olhos.

— Witchblade-sama!!! (Letícia e Alexandra)

As duas estavam ao seu lado, lhe ajudando a caminhar, um calor subindo no corpo das três, se viu encarando Alexandra a sua esquerda, os olhos a se encontrar, os lábios tão próximos, não resistiu!

Um beijo! Roubava os lábios da garota russa bem ali, e depois da inglesa.

Jennyfer também sentia o sentimento correr-lhe o corpo, mas seus gostos eram mais comuns, agarrou o Segawa e “arrastou-lhe” por uma das outras três portas da sala. Com um sorriso estampado na cara só se pode ouvir um comentário do mesmo antes de entrar no outro recinto:

— Adoro meu trabalho!

Mas não era apenas Segawa o único homem sortudo no local, Reiji se encontrava em situação ainda melhor. Masane e Shiori respondiam a emanação da Witchblade, transformando-se também, e agora prensavam o homem. De costas para uma parede, Reiji sorria ao ver a mulher de vermelho ruborizar ao abraçá-lo, já a de azul abraçou a outra pelas costas, fazendo Masane o recheio do “sanduíche”. Concordaram em ir para um lugar mais reservado e entraram os três em uma das outras portas.

De todas, apenas Martha não se transformou, prevendo algo assim, ela se isolou na sala de observação, e pode monitorar de lá tudo que acontecia.

Os amassos seus com as garotas continuaram a rolar ali na sala principal, mas quando seus olhos encontraram com os de Layla, o frio na espinha lhe devolveu um pouquinho da razão que já havia ido para o espaço.

A fada se aproximou, subiu sobre você!

Tanto você, quanto Letícia e Alexandra tremeram, encarando a fada de baixo, prontas para serem castigadas, mas foi um beijo, dado na russa que quebrou o gelo. Ela continuava a sentir tudo e o mesmo retornava para você, um turbilhão de sensações que ficava cada vez maior a cada instante. O “rala e rola”, agora a quatro, continuou até a exaustão de todas, Keiko se sentia no mesmo estado de Kenji, uma rainha num harém, e Layla, além de ser a esposa Alpha, estava no mesmo patamar da Oni.

Depois de um banquete e um cochilo também para repor as energias, é que começou os testes mesmos, coleta de materiais (saliva, cabelo, sangue, sendo este ultimo realizado por Alexandra, ou Musa como muitas vezes era chamada), testes físicos simples apenas para avaliar a adaptação do corpo da mesma pela Witchblade, e também controle daquela aura, ou teríamos mais casos de “Atentado Violento ao Pudor” rolando na cidade.

— Obrigada Keiko-chan! Podemos terminar os testes por hoje! (Martha)

— Keiko-sama, já tem um lugar para ficar? (Alexandra)

— Layla-sama vocês duas podem ficar conosco, temos muitos quartos vagos no colégio, mas se quiser, podem dormir no nosso quarto! (Letícia)

— Não é má idéia! Se quiserem, podem se matricular no colégio. Tenho certeza que serão muito bem aceitas aqui! (Masane)

— Layla, depois de analisarmos os dados da Keiko-chan, ficarei feliz em fazer uma Cloneblade para você! (Martha)

Muitas ofertas se abriam frente as duas naquele dia!
 

Extra (Reno)


— Pensamentos densos...

O corpo da garota se distanciou do seu logo que terminou a sua explicação, e ela se dispôs a pensar um pouco na sua explanação.

— Entendo, de certo modo é como as habilidades Espers dos alunos da Tokiwadai, uma manifestação da sua Realidade Pessoal, que sobrepunha à realidade comum e manifesta um efeito visto como milagroso.

— Acompanhe-me senhor Urashima, será melhor conversarmos no camarim do nosso colégio, não seria de bom grado dialogarmos aqui no corredor, sem dizer que o chá do Soroi-san e os croquetes da mãe da Mako são maravilhosos!


Supondo que você a acompanhou!


O camarim da Honooji Gakuen era pura alegria, junto a irmã de Satsuki, estavam mais oito pessoas, Mankanshoku Mako, melhor amiga da Ryuuko trouxe um bandeja com croquetes visualmente estranhos!

— Oi, você é amigo da Satsuki-sama? Quer um croquete estranho? É especialidade da minha mãe!

Antes que respondesse a pergunta, a garota empurrou uns três deles sua garganta abaixo. Ainda que incomodasse a comida entalada na garganta, o gosto dos croquetes fez o mal estar sumir rapidamente, seja lá o que for que tem no recheio dos mesmo, o gosto era incrível!

— Um chá senhor? Ou preferi outra bebida? (Soroi)

Um mordomo, veio oferecer-lhe alguma bebida e depois de se servir viu que os outros homens da sala o encaravam sem parar.

Dos quatro, apena um deles se pôs a se aproximar de você, um homem moreno, alto, muito alto, e estranhamente parecia alternar a altura quase que a todo instante, mas em todas as vezes que via, ele sempre tinha mais de 2 metros.

— Eu sou Gamagori Ira, um dos membros do conselho estudantil da Honooji Gakuen e guarda costas pessoal da senhorita Satsuki-sama, e você, quem és mesmo? (Gamagori)

— Gamagori, este é Urashima Reno (sempre sigo o padrão oriental =D), um velho amigo que não encontrava a muito tempo, não precisa se preocupar tanto assim! (Satsuki)

Por um instante, um sorriso contido, Satsuki ria da própria mentira, as vezes a preocupação do guarda pessoal atrapalhava, mas Gamagori era mais que um guarda, era um amigo e ela entendia bem todo aquela preocupação.

— Reno-san, esses são Sanageyama Uzu, capitão do time masculino de Kendô, Inumuta Hoka nosso especialista em tecnologia da informação, Jakuzure Nonon, grã-mestra do clube de musica.

— Já estes são Iori Shiroo e Harime Nui, responsáveis pelos nossos Uniformes Goku, sem eles nossa academia não estaria aqui hoje!

— Que exagero Satsuki-sama, você é que é a estrela maior da escola! (Nui)

— Sem seu apoio o estudo das fibras da vida não poderia ir em frente! (Shiroo)

— Sim senhorita Satsuki, se não fosse o apoio que deu ao meu sobrinho nada disso estaria acontecendo hoje (Soroi)

— Fico lisonjeada por todo seu apreço, mas o fato é que fiz não foi nada comparado a todo o esforço e trabalho deles dois, se não visse o potencial deles, não poderia confiar mais nos meus olhos! (Satsuki)

— Onee-chan, a apresentação da sua rival já ta começando! (Ryuuko)

— Não sei de onde aquela pobretona acha que pode se igualar a Satsuki-sama (Nonon)

Enquanto assistiam a apresentação do terceiro colégio, Satsuki senta-se no sofá ao seu lado, uma xícara de chá nas mãos, uma pergunta na língua:

— Mas me fale, você também usa a teoria da Incerteza de Heisenberg como motor para a manifestação da sua habilidade, ou possui um principio próprio?

(OFF: Keiko ganhou a vantagem Witchblade, que é igual a vantagem Cloneblade da pagina de suplementos, só que um pouquinho mais forte, F+3 e R+2 quando transformada)