Para Inoue
— Pouco me importa se vai matá-lo ou não, me importo sim se você for morto. Mas dizer para você não ir não vai mudar o fato de que você vai. (Naomi)
Naomi fechava os olhos e apertava as têmporas do rosto com seus dedos, não entendia exatamente o que o irmão queria, mas sabia que dialogar não ia adiantar em nada.
— Nós vamos para reunião, faça o que quiser! (Naomi)
— Onee-chan! (Miyoshi e Hina)
— Calma meninas, seu irmão não vai sozinho, eu vou com ele! (Umeko)
Umeko que havia sumido do seu campo de visão por alguns instantes surgia novamente ao seu lado, a mulher mantinha um olhar calmo em direção a Naomi, como se estivesse esperando algo da outra mulher, que não demorou a se pronunciar.
— Ótimo, o deixo em suas mãos Umeko! (Naomi)
— Hi! Onee-sama! (Umeko)
Era incrível como ambas as garotas pareciam confiar uma na outra, como se fossem amigas de longas datas, mas talvez, por terem personalidades parecidas, elas sabiam o que a outra estava pensando.
...
O palpite foi certo, e no alto da Stak Tower você encontrou o Tengu, na verdade, encontrou vários tengus, em suas formas civis, trabalhando. Eles poderiam contratar uma equipe para concertar o andar que muito foi danificado na noite anterior mas preferiam os mesmo fazer a faxina. O cheiro da massa ainda estava fresco, e tinha áreas que se podia notar que não havia passado pela manutenção ainda, a noite seria longa para eles, mas a visita inesperada fez com que os mesmos largassem as ferramentas e agarrassem o que podiam usar como armas.
— Ok pessoal, continuaremos amanhã, todos dispensados.
— Mas chefe?
— Sem mais nem menos! Todos dispensados!
A contragosto os Tengus dispersaram-se, encaravam você enquanto iam embora, mas não ousaram fazer nada, apenas o
grande homem ficou.
O homem mantinha a face escondida na imagem humana, caminhando calmamente até uma prateleira e removendo da mesma um jarro de barro, logo em seguida ele se senta sobre uma área do chão que estava coberta por uma lona e toma um gole do sakê.
— Então, a que devo a visita garoto?
Para Todos
O raiar do sol anunciava o novo dia, mas está bela visão foi negada a vós, ou pelo menos aos vampiros, pois o Bund possuía em suas instalações aberturas para janelas, ainda que essas quase nunca fossem utilizadas.
A nova reunião se fez presente na mesma sala onde noites atrás os alunos da IS Gakuen haviam jantado, pois agora havia tantas pessoas, e todos tinham que tomar café.
O clima do lugar era bem familiar, algo agradável de se ver, tantas raças diferentes sobre a mesma mesa, trocando pratos, repassando alimentos, claro que tudo aquilo incomodava as três empregadas, ou melhor, quatro, agora uma outra garota, de grandes dotes estava junto as três que já conheciam.
— Garotas parem com essa cara! (Mina)
— Hime (princesa), esse não é o jeito para se portar a mesa!
— Quem liga para isso, a séculos vivo presa nesse mundinho de etiqueta, hoje posso ser apenas uma outra garota... Ei!!! Esse pão é meu!
A garota se divertia junto aos demais, imersa na inusitada situação, mas logo que a “festa” acabava, ela voltava a se comportar como a típica rainha que era.
— Então Vera, qual o relatório? (Mina)
— Conversamos com a senhorita Satsuki, ela nos concedeu parte do seu tempo hoje, teremos uma reunião com a mesma e o senhor Inumuta as 09:00. (Vera)
— Ótimo, conseguiu informação do outro rapaz! (Mina)
— Peço desculpas Mina-sama, o jovem Kazehito não foi localizado, soubemos que ele se mudou recentemente e não conseguimos ainda o atual paradeiro do mesmo! (Vera)
— Se mudou!? Suspeito, talvez o que tenha dito antes esteja certo Kenji-san, talvez o garoto esteja mesmo envolvido. (Mina)
— Discordo Mina-san!
As palavras da fada morena arrancavam toda a atenção que no momento se voltava para a rainha vampira, que impressionada retrucou logo em seguida.
— E o que leva a crer isso, Layla-chan? (Mina)
— Esses últimos dias estive em contato com a diretoria da Furumizu Gakuen, e em uma conversa casual aprendi um pouco sobre o rapaz. (Layla)
...
— Como se sente Layla-chan?
Do outro lado do vidro estava Reina, Martha e Masane, além de outras alunas que acompanham o teste ansiosas.
— Eu estou bem, na verdade, me sinto muito bem, chega a ser nostálgico. (Layla)
A fada encarava a câmara de teste com certo fascínio e temor, a garota havia passado por grande parte de sua vida em um ambiente parecido com aquele, mas que apenas a trazia dor e tristeza. Mas agora era diferente, pois as pessoas do outro lado do vidro estavam ali para ela, ainda que desejassem resultados, o bem estar da fada estava acima de tudo.
— Então vamos lá! (Layla)
Layla deixou seu corpo sentir o poder emanado pelas manoplas, duas, uma para cada braço dela. Que em instantes formavam uma
poderosa armadura, semelhante a que Keiko havia recebido.
— É um sucesso! Conseguimos Layla!
A alegria de todas era contagiante, era a primeira vez que ela ouvia estas palavras vindo do outro lado do vidro e isso a animava.
— Um brinde garotas! (Masane)
Masane trazia consigo uma garrafa de cerveja Duff e ia enchendo os copos das mulheres, obviamente as alunas ficaram com refrigerante e sucos.
— Melhor impossível, graças a Keiko e Layla poderemos melhorar ainda mais as cloneblades. (Martha)
— Sim, tínhamos problemas com a segurança das mesmas, era uma faca de dois gumes, se aumentássemos a força delas, causaria efeitos colaterais. (Reina)
— Mas agora graças as suas amostras de sangue aprendemos como a Witchblade é adaptada ao corpo youkai, e podemos fazer o mesmo por nossas irmãs, assim todas as alunas poderão equipar suas cloneblades sem problema algum. (Martha)
— Martha! Martha-san... ei! Já começaram a festa!
— Tivemos sucesso Shiori-san! Venha, vamos comemorar! (Masane)
— Aceito, mas primeiro tenho que repassar as informações, seu garoto já está abrigado. (Shiori)
— Obrigada Shiori-san, desculpa ter lhe atribuído tão penosa tarefa! (Martha)
— Que isso! (Shiori)
Layla se distanciava das mulheres mais velhas para se servir de outros pratos, quando ouviu as demais alunas cochichando sobre algo a respeito.
— O garoto da Martha-sama!?
— Vocês não sabem, mas ela tem um filho!
— Filho!
— Fale baixo! Sim um filho, e vocês não sabem, é aquele garoto, o tal do Kazehito Yuuto!
— Serio!
— Falem baixo!
Layla se aproximou das demais garotas que se intimidaram pela proximidade da fada.
— Layla-sama!?
A morena prensou a garota na parede, arrancando suspiros e rubor da face das outras alunas, ela aproximou sua face do rosto da garota e sussurrou nos seus ouvidos!
— Me diga tudo ♥♥♥
...
— Pelo que eu sei, o garoto se mudou por causa da casa onde ele e o pai moravam ter sido incendiada! (Layla)
— Incendiada! (Mina)
— Isso mesmo, não foi um acidente, foi um incêndio criminoso. (Layla)
— Entendo... você falou que esta tal de Shiori estava cuidando da moradia dele, será que você consegue o lugar onde ele esta agora? (Vera)
— Claro que sim, basta um telefonema que eu descubro isso! (Layla)
— Ótimo, isso encerra a procura, só nos resta um ultimo tópico! (Vera)
— É sobre as amigas da Houki-chan! (Mina)
— Vocês descobriram onde elas estão? (Houki)
— Infelizmente ainda não, mas conseguimos algo importante, lembra que falou que elas foram adotadas? (Vera)
— Sim, claro! (Houki)
— Descobrimos a família que as adotou. Talvez podemos conseguir deles o paradeiro delas!(Vera)
— Isso me anima muito, se tudo der certo não só minha irmã, como todas as garotas vão ser salvas... (Houki)
—O QUE!?
O berro que Layla exclamava cortava novamente a atenção da sala que mais uma vez se voltava a ela, aflitos pela situação os demais aguardavam a mulher terminar a ligação para saber o que estava acontecendo.
— Keiko temos que ir para a Furumizu Gakuen! (Layla)
— Calma Layla-san, o que aconteceu!? (Vera)
— Masane e Mariele foram atacadas, e a pequena Rihoko foi sequestrada! (Layla)
OFF: Três caminhos a seguir, quem vai em qual?