Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

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Pontus Maximus
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Pontus Maximus » 03 Abr 2018, 17:15

Amaretsu:

Quando ele se ofereceu para ajudar da primeira vez:
-Obrigada Tenzi.

O Lemuriano era bem gentil e educado, mas eu espero que não apenas ele mas que todos ali não se esqueçam do ancião enfermo, aquela aparência inofensiva do idoso é um tipo de disfarce clássico mas ainda sim muito eficiente. Mas se todos ali se esquerda se esquecerem dele eu terei que redobrar minha atenção.

Quando indaguei sobre a segurança do vilarejo de Rodorio eu me tranquilizei sobre a informação de que havia segurança, só espero que a amazona responsável pela guarda não seja uma Amazona de Prata, pois aprendi nos registros abertos dos Cavaleiros de Aço que os Cavaleiros de Prata são mais tendenciosos a traição, pelo menos nas últimas guerras santas.

Falei em voz alta ainda na ambulância:
-Espero que a chefe da guarda não seja uma Amazona de Prata, não confio muito neles.

Mas em minhas reflexões eu me lembrei que sou uma lobisomem e como tal a prata me ofende mais do que nos outros guerreiros, mas nenhum lupino (incluindo eu mesma) não sentimos nenhum medo dela.

Mas passando por parte do território local eu até me senti bem vendo aquela vegetação e árvores, acho que meu lado lupino se sentiu quase a vontade, mas eu percebi isso depois, quando meu subconsciente deixou evidente demais e eu, apesar de uma loba eu não deveria deixar esses pensamentos falarem alto, sou humana antes de ser lobisomem.

Ao ver a Amazona de Prata cumprimentar Carlos aquilo não me incomodou não, contudo sua armadura me fazia desconfiar dela, depois foi a vez de Tenzi que se reencontrou com uma ente querida, nessa hora eu suspirei de saudades do meu pai, Comandante da Armada de Aço, como eu gostaria de que ele pudesse estar aqui também.

Então eu prossegui seguindo as instruções de Atlas e ajudei com os feridos, eu desci as águas, eram agradáveis mas não senti nenhuma força sobrenatural nelas, eu apenas sai de lá molhada, mas não reclamo disso, acho que minha licantropia é algo que está acima das forças de Atena, eu sei que no meu caso somente Deus poderia me ajudar, mas não era a hora ainda, meu quadro não tem cura e pelo visto não posso deixar de ser uma lobisomem tipo 2 para voltar a ser tipo 1, com uma transformação menos bestial e mais humana. Mas talvez essa piscina possa ajudar com os outros, e com um Cantil eu peguei um pouco das águas e ofereci a Cecília:

-Cecília, minha irmã de armas, estas águas são incapazes de me ajudar mas talvez possa ajudar você, pegue esse Cantil e lave seus olhos, talvez ajude.

Esperei a resposta de Cecília e depois na enfermaria eu tratei de vigiar os enfermos, fiquei algumas horas de olho principalmente no ancião enfermo da estrada. Mas as vezes eu me pegava em reflexão:

-O Santuário não é um porto seguro, mas as vezes eu gosto da simplicidade desse lugar, no entanto eu também gosto das modernidades tecnológicas, não posso e não quero deixar de ser uma Amazona de Aço, Atena já tem guardiões suficientes, mas o mundo precisa de uma Força Tática para lutar por eles, já que o Santuário só se mexe quando Atena esta por perto, só se salva os Cavaleiros de Bronze, que também são guerreiros do povo.

-Por falar em tecnologias me lembrei de que minha armadura que está sempre comigo, com uma mochila, eu me lembrei que ela precisa de um "upgrade" mas será que alguém aqui sabe lê dar com tecnologia avançada?
Vou deixar para pensar nisso depois.

Com Atlas:
-Cavaleiro de ouro, Minerva é uma parte de Atena de acordo com as palavras dela mesma, Nike esta dentro dela, apenas peço que não deixe que um traidor, um "Judas Iscariotes" lhe faça mau.

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Nulo
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Nulo » 04 Abr 2018, 14:24

Cecilia

"Que estranho..."

Ficando perto do fim da fila indiana, Cecilia ajudava a empurrar uma maca com um dos feridos enquanto com seus sentidos vasculhava o terreno em busca de mais informações. Tirando o fato de uma floresta bem ali naquele local, as energias que perfaziam o ambiente como uma cacofonia de sons faziam-na sorrir de vez em quando com o absurdo daquilo tudo.

— O ar está bastante saturado.

E com esse comentário silencioso, continuava o caminho apenas tentando "sintonizar-se" o máximo que podia...até que chegava à fonte. Obedecia Atlas, depositando a maca que puxara onde o cavaleiro havia instruído antes de aproximar-se de Safira e perguntar, curiosa.

— O que tu estás vendo?

Tinha medo de estar perdendo alguma coisa, mesmo com os sentidos aguçados, então perguntava para resguardar-se. Infelizmente para a alemã, sua mente não estava preparada para focar em tantas coisas ao mesmo tempo, pois era o seu maior desejo naquele momento. Decidia focar no lago e o fazia com os olhos abertos, perdendo-se na superfície do lago, no ondular da água quando alguém ali adentrava, nas energias rodopiando no ar...até que alguém lhe removia de seu "transe" momentâneo.

— Senhorita Amaretsu...?

Ao ouvir o pedido da amazona de aço, Cecilia esboçava um pequeno sorriso em seu rosto, balançando a cabeça negativamente.

— Realmente agradeço a intenção, senhorita, mas estou feliz do jeito que estou. Vejo mais agora que "perdi" a visão.

Curvava o tronco em cumprimento para a amazona, tentando ser o mais educada possível para então ajudar o pessoal com as macas. Não sabia se era para entrar na fonte ou não, mas ajudava a empurrar as macas lá para dentro e, caso realmente fosse necessário, removeria seu par de botas para entrar naquele lago.

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Keitarô
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Keitarô » 10 Abr 2018, 11:06

Aos poucos, os pacientes iam visivelmente melhorando. Feridas sutilmente se fechavam, a palidez dava lugar à pele corada. Algumas pessoas respiraram fundo de maneira significativa, embora todos tenham se mantido deitados. Um ou outro não esboçava grandes reações — como Saja —, mas mesmo assim, havia um sentimento geral de que todos ali iriam ficar bem. O ancião da estrada teve os ferimentos fechados, mas parecia dormir.

Sara adentrou o lago ajudada, e sentou-se. Fechou os olhos e respirou fundo, quase meditando. Parecia confortável em estar ali. Minerva fez o mesmo, mas caminhou na direção da grande árvore e do paredão, a água indo até o busto. Deixou os braços abertos, flutuando sobre as águas, e girou, curtindo a sensação. Sorriu deslumbrada.

— Sinto-me muito bem… mas não é uma sensação familiar. É como se eu quase me lembrasse de algo, mas não consigo… — ela olhou para o paredão, subindo o rosto. As copas das árvores ao redor dificultavam um pouco a visão do céu, mas, lá em cima, era possível ver o topo do elmo de Atena.

Amaretsu, ao carregar os assistidos para a água, sentiu uma sensação curiosa no corpo inteiro. Parecia abraçada por amor, algo muito parecido com familiares sensações em prece ou mesmo em culto, mas ainda assim, diferente, porque era uma sensação física direta. No entanto, como esperava, não sentia que sua licantropia havia sido curada, ou havia regredido. Talvez só pudesse saber quando a transformação voltasse.

Safira, questionada por Cecilia, prontamente entrou no lago para ajudar a puxar a maca com a amiga.

— Não estou vendo nada além do próprio lago… se é isso que você quer dizer — ela parecia confusa com a pergunta da amiga. — Mas há uma sensação curiosa, sim… algo em mim se faz notar, uma energia, não sei explicar. Essa energia parece crescer bem devagarinho. É confortável!

Cecilia, por sua vez, ao entrar no lago (não havia proibição por entrar com calçados, todos estavam), também sentia algo diferente. Com a resposta de Safira, seus sentidos começaram a captar algo muito diferente. O ambiente estava saturado de energias, sim, mas o toque da água era com certeza distinto. Parecia algo meio leitoso, uma energia que subia pelo seu corpo em espiral, reconfortando-a. A sensação cresceu e quase se tornou visível, mas quando a alemã respondeu a Amaretsu dizendo que não pretendia molhar os olhos, a progressão da energia pareceu cessar, mantendo-se dali da frente.

Tenzi, enquanto trazia os assistidos para a água, repentinamente teve uma inspiração. Lembrou-se de sua mestra, tempos atrás, dizendo-lhe algo sobre estar presente. Não parara para refletir sobre isso, mas aquele lugar o fazia se sentir ali, e ele sentia que a maioria também se sentia assim, embora não percebessem. Ao olhar para Atlas, notou uma aura mais clara, sutil e quase invisível ao seu redor. O santo de ouro percebeu o olhar de Tenzi e retribuiu com um sorriso. Havia uma imponência, uma… presença nele que Tenzi nunca havia visto em um vivo antes. Talvez ele pudesse ajudá-lo.

— Tenzi? No que está pensando? Como passou na sua viagem? — Agni trouxe o muviano de volta ao mundo real.

Carlos não percebeu nada de muito diferente a não ser o grande cosmo benéfico presente, e a sensação regenerativa da água. Estava mais preocupado em ajudar todo mundo, fazendo seu trabalho como cavaleiro. Então, quando se virou de lado para sair da água e ajudar uma das enfermeiras a colocar o último ferido nas águas, teve uma visão. De repente o lago não era mais lago, e sim um chão de terra batida. Havia lama avermelhada em alguns pontos, e corpos. Grande parte da floresta estava queimada e destruída. O paredão das doze casas e do templo de Atena, atrás, ainda era o mesmo, e havia cavaleiros encostados nele aparentemente descansando. Gente sem braço, outros desmaiados, outros tentando ajudar.

No centro do que seria o lago, havia três pessoas. Uma amazona com o rosto gravemente ferido, sem um dos olhos, a máscara quebrada em uma das mãos. O metal um pouco fosco com a sujeita sugeria uma armadura de bronze. Seu cabelo curto e negro estava parcialmente tingido de sangue. Ela, em pé, prestava respeito aos dois à frente, uma mulher de longos cabelos castanhos que trazia no colo um homem deitado. A mulher vestia pedaços de uma armadura familiar, fechada, mas que Carlos nunca tinha visto antes. Ela chorava pelo homem, que vestia uma armadura quebrada clara e azulada, o peitoral destroçado por um golpe fatal.

Ele tossia sangue e quando o fazia o sangue também fluía pelo rasgo gigante do peito. Ofegava nos momentos finais. A visão de Carlos era, até então, muda, mas de alguma maneira ele pôde ouvir a breve conversa entre os dois, naquela hora:

— Rodório… a guerra acabou. Mas você nos deixará… E eu não posso fazer nada…

— A… At…

— Me chame pelo nome…

— Na… Natasa… — havia um sorriso em meio ao sangue. No entanto, os olhos se tornaram sem brilho, naquele momento.

— Seu sacrifício jamais será esquecido, Rodório… Voe pelas estrelas, Pégaso.

A amazona, mais atrás, chorava mesmo através dos ferimentos do rosto.

Carlos voltou à visão normal, Mika cutucando-o.

— Ei, presta atenção! — ela tinha ajudado a enfermeira com o último assistido, que já estava no lago e parecia sorrir, embora cansado.

Algum tempo depois, Atlas se pronunciou:

— Os leitos nA Casa já estão preparados. Vamos levá-los para o tratamento intensivo. Creio que estarão bem em poucos dias.

Quando a força-tarefa começou a se mobilizar para levar todos para dentro, Atlas chamou Kátia para conversar, e a diretora chamou a atenção dos jovens, incluindo Safira e Minerva.

— Temos de subir. O Mestre está nos esperando. Ele está descendo as casas, e nos encontrará em Áries, na minha casa — completou Atlas.

Sara ficaria para cuidar da perna quebrada, junto com Saja e os outros pacientes.

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Pontus Maximus
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Pontus Maximus » 10 Abr 2018, 23:17

Amaretsu:

Em Pensamento:

-Que sensação é essa, por um momento eu achei que fosse o Carlos me abraçando, mas não era, essas águas que achei que não teriam efeito em mim de repente me tocaram fundo de certa forma, algo que nenhum homem da ciência poderia explicar, algo quase divino.

Então pensei rápido e ergui uma das mãos para poder observar melhor minhas garras e por algum tempo a observei e apesar de não ter meus Sentidos lupinos bem treinados eu fiz um teste rápido, ainda funcionam, mas esse toque talvez tenha ido mais fundo, sei que não estou curada, essa é a única certeza que tenho.

Cecília:

A princípio tive uma surpresa com a resposta de Cecília, sem resposta fiquei um tempinho meditando em sua negativa, mas por mais que eu discordasse de ter os olhos possivelmente curados eu percebi um certo "brilho" na decisão dela:

Com Cecília:
-Garota, você é corajosa, digo isso com todo respeito, de certa forma lhe dou razão, nossos defeitos as vezes cooperam para nos tornamos em pessoas melhores, de certa forma lhe dou parabéns pela sua coragem Cecília de Taça, você está sendo um exemplo para as pessoas, não sei se eu teria peito para encarar esse tipo de desafio. Estou triste com sua condição mas alegre em ter te conhecido Soldado.

Dei um tapinha de leve no ombro de Cecília com um toque de bom humor, peguei a água do cantil e fui devolve-la a piscina foi então que percebi o estado de "transe" do Carlos quando a Amazona de Prata o tirou do seu estado de Paralisia.

Com Carlos quando saiu das águas:
-Carlos, tudo bem com você? O quê houve?

Esperei sua resposta e depois dei uma olhada rápida em volta para ver Tenzi, pelo visto, do nosso grupo, parecia ser o único "inteiro" nessa história, ele tem assuntos a tratar e esta com sorte em encontrar amigos como a moça que não conheço e o Cavaleiro de Ouro.

Ao ver a alegria de Minerva em frente a grande árvore na mata e achei engraçado mas achei frustrante ouvir dela que não lembra de nada, será que isso faz parte da "estratégia" de Atena? Deliberadamente criar uma amnésia tão agressiva em si mesma?

Quando a Diretora Kátia nos chamou:
-Sim Senhora estou a caminho.

Em Pensamento:
-Não gosto de ser pessimista, mas para o Grão Mestre se pronunciar, saindo de seu "escritório", a situação é seria.

OFF: Testei meus sentidos de forma muito rápida, sem gastar PD, apenas interpretação, as garras são de Adaptador apenas.

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Galahad
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Galahad » 11 Abr 2018, 13:05

Tenzi

Tenzi se perdia por alguns momentos, lembrava das palavras da sua mestra na noite após a batalha na Universidade, em que encontrara sua mentora num plano superior para uma conversa com ela sobre os fatos do dia, na ocasião fora dito que receberia uma visita dela dentro de pouco tempo. Seria aquela presença em Atlas um sinal da sua mestra? Talvez, se Atlas permitisse tal incorporação, não seria impossível, imaginava que o cavaleiro de conseguiria obter sem muitos problemas uma sintonia com a entidade.

"Será? Talvez eu deva pergu--"

O Santo de Compasso então percebia que estava pensando demais ao ouvir Agni o chamando, não fora muito educado de sua parte conversar com ela e de repente se focar em outra coisa. Tenzi sacudia a cabeça, tentando se focar no ali e agora com Agni, então sorri novamente para a jovem.

— Desculpe, Agni. — o rapaz ainda não tinha certeza de como deveria a chamar, se deveria usar ou não senhorita ou qualquer outra forma de tratamento, já que agora não eram completos estranhos. — Algo no mestre Atlas me fez lembrar da minha mestra... Mas, sobre minha viagem, não sei dizer ao certo, teve seus momentos difíceis por conta de lutas e momentos inusitados, mas teve momentos bons, conhecendo pessoas novas e por aprendido com o mestre Atlas que você estava bem, o que me deixou mais tranqui- ah, desculpe sobre isso, talvez não tenha sido educado da minha pergunta de você para outra pessoa... estava preocupado por você estar num lugar tão diferente — Tenzi fica um pouco sem jeito ao perceber que falava demais — E como passou o tempo por aqui?

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Nulo
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Nulo » 15 Abr 2018, 21:21

Cecilia

A garota retribuía o cumprimento de Amaretsu com um sorriso, embora não fosse verdade a parte dela ser "corajosa". Do contrário, tinha tanto medo e dúvida que ninguém ali esperava. Não iria vocalizar pois não era um assunto interessante e adequado para o local naquele momento...e talvez ninguém ali estivesse a fim de ouvi-la, de qualquer forma, julgando suas tentativas anteriores frustradas.

"Estou longe de ser corajosa."

Ademais, a água daquele lago realmente parecia ter um poder sobrenatural que misteriosamente "recuou" ao perceber que a alemã não queria ter sua visão curada, o que deixava aquilo tudo ainda mais interessante. Era como se tivesse uma vontade própria.

"Cabe a mim superar minhas próprias falhas."

Depois de finalizar seu trabalho de transferir as macas para o lago e refletir sobre o que acontecia silenciosamente, Cecilia escutava o pedido para visitar o "Mestre do Santuário." Não tinha a mínima ideia de quem seria e suspeitava dos motivos para tal encontro, mas não iria perturbar ninguém vocalizando suas teorias. Iria confirmá-las, ou não, em poucos instantes.

— Tudo bem, estou preparada.

Dizia a garota após recuar do lago e tentar "espremer" sua vestimenta para retirar um pouco d'água dali. Não iria querer sujar tanto a casa de Atlas.

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Inoue91
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Inoue91 » 21 Abr 2018, 20:44

Carlos

Carlos aproveitava aquele breve momento para relaxar, ele fechava seus olhos e tentava não pensar em nada, mas obviamente não conseguia pois Saja não apresentava reação de melhoria nenhuma e ele ficava se perguntando o que havia acontecido com ela, ainda de olhos fechados ele inspirava e expirava lentamente o ar, apesar de sua preocupação aquele breve momento ajuda na recuperação de sua energia.

Carlos ainda estava de olhos fechados quando de repente todo o barulho que estava a sua volta sessou algo que ele achou muito estranho e ao abrir os olhos, estava em um local totalmente diferente, sua roupa estava suja de lama e sangue, havia corpos para todos os lados, a grande floresta que o cercava fervia em chamas e o que aparentava ser a praça do Rodório estava totalmente afetado pela a batalha que ali houvera, a única coisa que permanecia intacta era o paredão das dozes casas e do templo de Atena e encostado sobre ele haviam cavaleiros os quais Carlos não soube dizer se estavam mortos ou se descansavam.

Ao centro avistava três pessoas, dentre elas uma amazona, ele segurava sua mascarava quebrada e estava gravemente ferida no rosto, ele achava tudo ali muito familiar mas não reconhecia ninguém, ele se perguntava quem eram aquelas pessoas e que batalha que havia ocorrido ali, era algo que ele teria que conversar com Katia e assim ter acesso aos livros da biblioteca, Carlos não podia interagir com elas mas podia ouvir o que diziam e pela conversa conseguiu deduzir que ali estavam o antigo cavaleiro de Pegaso o qual Carlos retomou ainda mais sua atenção para saber se aquele era o mesmo cavaleiro que aparecia em seus sonhos e ao seu lado Atena.

Carlos queria descobrir mais sobre o que havia ocorrido ali, quando sentia um cutucão em sua bochecha, por um momento tudo se congelou e o som parou e em seguida outro cutucão que fazia com que a visão se desfizesse, voltando a ver o lago, Carlos olhava para o lado e percebia Mika, ele então percebia que seu nariz sangrava um pouco, rapidamente ele o limpava para que ninguém notasse e então respondia a Mika e Amaretsu.

—Desculpe, acabei me perdendo em meus pensamentos e viajei para o mundo da lua — Dava um sorriso sem graça — O que aconteceu ?

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Keitarô
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Keitarô » 14 Mai 2018, 02:01

Todos

O comentário de Amaretsu gerou em Cecilia um pensamento curto, mas complexo, sobre dificuldades e coragem.

"E o que é a Coragem, minha Taça?", disse uma voz feminina familiar no pensamento de Cecilia, que até se assustou com tal questionamento. Porém, mesmo que tentasse prestar atenção, a voz não voltou.

Agni sorriu sutilmente para Tenzi, os braços de aço para trás do corpo, uma mão segurando a outra. O traje leve grego a deixava com uma aparência mais leve e menos violenta que antes.

— Passei bem por aqui, sim. As pessoas são gentis, parece tudo parado no tempo… Mika percebeu que gosto de lutar e eu tenho participado de alguns treinos das amazonas. É tudo meio mágico.

Ela percebeu que o grupo subiria, e por isso disse a Tenzi que depois conversariam mais. Assim, junto com as outras enfermeiras, direcionou-se à casa para ajudar no tratamento das vítimas mais graves do ataque à Universidade.

Kátia, percebendo a confusão de Carlos, reteirou:

— Vamos subir até a casa de Áries, onde o Mestre estará nos esperando. Você já o conhece, não é mesmo, Carlos?

Mas o pensamento do cavaleiro ainda estava nas imagens mostradas nitidamente. Seria Rodório o mesmo Pégaso preso em seus sonhos? Uma rápida análise de cosmo dava a resposta: inicialmente, sim; porém, depois, não. A confusão se dava por serem guardiões da mesma constelação, o que os tornava parecidos, mas, ao focar as particularidades dos cosmos de cada um, claramente tratavam-se de pessoas diferentes. Então, voltou a si de vez.

Mika acenou com a cabeça desejando boa sorte a todos, pois ficaria, junto com os soldados, ajudando no transporte das pessoas, junto também com os funcionários que Kátia havia mobilizado. O plano era que quando descessem da reunião, as pessoas estariam todas na sede de entrada das doze casas, onde ficava a biblioteca menor em que Kátia trabalhava.

— Eu não subirei com vocês — explicou Kátia —, ficarei na administração da biblioteca. Preciso registrar os últimos fatos por lá. Aguardarei vocês e os trabalhadores.

Assim, o grupo seguiu na direção de volta do caminho. O registro da energia da água ainda seguia com cada guerreiro, inclusive Atlas. Sara acenando e Agni a levando para dentro da grande tenda foram a última visão do grupo antes de começarem a circular o paredão da montanha, subindo rumo à parte mais alta. Logo estavam na trilha mais seca e morta, que combinava com o clima perene de ruínas gregas do local. Acessaram a pequena escada que trazia de volta ao pátio geométrico com dois grandes canteiros, onde, mais à frente, havia uma grande casa retangular. Mais moderna, parecia ter sido construída mais recentemente.

— Eu fico por aqui — disse Kátia, subindo os degraus da construção e orientando o grupo a seguir pelo acesso central, que atravessava a construção e permitia observar o outro lado. — Boa sorte a todos, inclusive a você, Minerva.

A candidata a Atena, que até então tinha resolvido guardar suas palavras, sorriu e balançou a cabeça. Parecia meio perdida.

Assim, o grupo seguiu ao outro lado, andando mais alguns metros no pátio de pedra branca. Havia um silêncio curioso, ali, e a brisa afagava a todos. Os pequenos degraus, largos, surgiram, chamando atenção para a primeira grande casa, metros acima. O símbolo central na casa de arquitetura antiga indicava o bode zodiacal. A casa contemplava todo o caminho, de um lado ao outro, sendo teoricamente muito difícil ultrapassá-la sem passar por dentro. Ao menos do lado material.

Do sentido energético, a leitura da casa tinha todo um cosmo específico, talvez relacionado ao signo. O cosmo de Atlas tinha grande sintonia com a casa, mas era interessante notar essa lógica: não era a casa que tinha um cosmo parecido com o seu santo, e sim o contrário. Dentro dela era possível sentir dois grandes cosmos, um certamente quieto, como que adormecido, semelhante à casa e Atlas; e outro, vivo e em movimento, totalmente diferente. Exalava respeito e organização, liderança. Certamente era o mestre.

— Sejam bem-vindos a Áries — disse Atlas, tomando a frente num caminhar mais rápido. —, espero que gostem da experiência, embora o que nos tenha chamado aqui seja a necessidade. O Grande Mestre é uma pessoa única, e de grande conhecimento. Certamente saberá nos orientar.

Adentraram na casa e logo sentiram a magnitude do lugar. O espaço era grande, rodeado de colunas e caminhos laterais que levavam certamente a outros compartimentos. Atlas seguia sempre em frente, porém, no grande corredor central, sabendo que caminho tinha de fazer. Após algumas dezenas de metros, parou. Todos avistaram um homem trajando um manto claro comprido, com um adorno de cabeça semelhante a um capacete. Tinha longos cabelos vermelhos, e trazia o rosto protegido por uma máscara, parecida com as das amazonas.

— Bem-vindos — a voz não muito definida denotava um mestre jovem, fato compatível com sua altura mediana e ombros não tão largos. —, sou o líder religioso de Atena no Santuário. É um prazer.

Ele visualizou a cada um dos presentes, demorando seu olhar (que podia ser sentido mesmo através da máscara) pessoalmente por algum tempo. Alguns mais (como Amaretsu e Cecilia), outros menos (como Safira e Carlos).

— Já conheço alguns, na carne ou no espírito. Aos outros, eu aguardava a vinda de vocês para conhecessem em verdade a missão de suas vidas. E ela tem muito a ver com a senhorita…

— Minerva — ela se antecipou, nervosa. O Mestre praticamente não havia olhado para ela. Tinha muitas dúvidas e lembranças ruins de tudo isso. —, eu gostaria de entender o que está acontecendo… você pode ajudar?

— Posso, e irei. Receio que você não poderá mais deixar as doze casas por algum tempo, para garantir sua integridade, Minerva. Seu poder é necessário à Terra.

— Então isso significa… que sou Atena?

Safira era a mais apreensiva de todos, acompanhando a conversa como quem assiste a um jogo de tênis de mesa.

— Hum — o Mestre deu um risinho suave, de intenção imprevisível —, apenas se você escolheu não se mostrar. Caso contrário, não, você não é Atena.

Minerva ficou em silêncio, franzindo a testa. Não tinha entendido. Atlas observava, mas parecia tão confuso quanto.

— Mas será necessária — concluiu o Mestre.

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Pontus Maximus
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Pontus Maximus » 14 Mai 2018, 22:54

Amaretsu:
Depois de deixar a piscina natural com propriedades sobrenaturais eu me senti diferente, não me sinto curada pois meu caso só Deus pode curar, mas me senti bem embora estivesse molhada, mas deixaria minha farda se secar com o tempo, isso não era um problema. Mas seja como for ainda sou uma Lobisomem feminina.

Seguindo as orientações da Diretora Kátia e saber onde encontra-la numa emergência já era um bom começo, mas enquanto isso eu buscava encontrar os outros santos do zodíaco com quem fiz amizade, para os demais estar no Santuário era como estar em casa, mas isso não aconteceu comigo, ser estrangeira em outros paises eu sei como é mas o Santuário, não sei porque eu me sentia deslocada, pensamentos de possíveis ataques de inimigos poderosos, com controle maior sobre o Cosmo eram constantes enquanto caminhavamos, eu não não tinha nenhum apoio tático dos Cavaleiros de Aço, mas tudo bem, se houver corruptos aqui, eu os farei chorar e lamentar o dia que nasceram. Caminhando pela Vila Rodorio, seu povo e sua passagem por "pontos turiscos" me faziam me sentir como se eu estivesse viajado no tempo.

O mestre do Santuário, Atlas nem se quer falou seu nome, mas isso não quer dizer nada, pelo menos não ainda. E no meio do caminho eu fiz algumas considerações em voz alta:

-Atlas, nem todo registro é aberto aos Cavaleiros de Aço, alguns assuntos são confidenciais, até ai tudo bem, todo pais e governo precisa de sigilos e segredos, no entanto os arquivos abertos os Cavaleiros de Aço do meu Quartel General, quer sejam livros ou em arquivos digitais nos contam que até corruptos entre a elite dos Cavaleiros de Atena, que são vocês os Guerreiros de Ouro, já tentaram matar Atena ainda sendo um bebê, o Grão mestre já se comportou alguma vez de maneira suspeita? Acho importante saber disso o quanto antes, não seremos pegos de surpresa.

Espero a resposta dele durante o percurso até a Casa de Áries:

O vento me trazia um alento, me deixava calma até com um pouquinho de sono, momentos de paz, principalmente nos dias de hoje são raros de se aproveitar, mas o leve sono passou de vez quando estive diante as portas de Áries e fiquei maravilhada com a bela estrutura interior, embora não quisesse demonstrar minha admiração e o tempo todo eu estava com meu Fuzil Tático em mãos mas resolvi me preparar para tudo e saquei de minhas costas uma de minhas espadas na outra mão, o cosmo da casa era enorme, nunca vi poder parecido e o poder do Grão Mestre a minha frente me deixou um tanto desconfortável.

Ouvi suas palavras com um certo ar enigmático, sua máscara ocultava mais do que sua face, mas foi então que lhe dirigi a palavra:

-Grão Mestre, espere um momento, o senhor diz que Minerva não pode sair mais das Casas do Zodíaco de Ouro, eu sei que ela esta no lugar certo para se achar as respostas, mas o que eu quero saber é o que vão fazer com ela? Pois mesmo entre os heróis do Santuário vários deles traem Atena e vendem suas almas para os inimigos na primeira oportunidade, o que eu quero saber é: Como podemos confiar em você? Suas palavras estão misturadas com mentiras e verdades? Atlas de Áries acredita no senhor piamente, e ele até conhece o Tenzi de Compasso aqui presente que confia em suas palavras.

-Não me leve a mau, perdi entes queridos recentemente, não quero que isso se repita.

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Keitarô
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Keitarô » 15 Mai 2018, 10:56

Uma vez que essa parte será mais interação, poderei responder pontualmente a cada um. Façamos um teste.
Amaretsu ainda lembrava da resposta de Atlas ao entrar com os outros na casa de Áries, penetrando na grande mistura de cosmos que era aquele lugar.

"Entendo sua desconfiança, Amaretsu, mas é claro que o Grão Mestre é confiável. Ele também é o líder de Rodório, e o povo ama suas ações. No entanto, não o julgue por seu jeito excêntrico. Ele é difícil de entender... suspeito que veja mais do que nossos olhos podem perceber.", respondeu o santo de Áries com um sorriso de quem tenta acalmar os ânimos.

Diante do mestre e seus questionamentos, Amaretsu sentiu que sua reação fosse natural. O mestre a observou em silêncio, mexendo os dedos de uma das mãos.

— Você traz consigo armas ao interior dessa casa, que julgam serem necessárias para proteção. Tuas palavras são desconfiadas e cheias de guerra. O exterior é sempre reflexo do interior. Creio que saiba disso?

O mestre começou a se aproximar a passos lentos do grupo, em especial de Amaretsu. Cada um sentiu uma curiosa vibração no corpo, e em sua armadura dentro da urna. Repentinamente, quase sem perceber, a urna ficou mais leve. Ao checarem, suas próprias urnas haviam se soltado e flutuaram até uma área mais ao lado, metros do mestre e de todos. As armas de Amaretsu também, assim como sua armadura mecânica.

— Gostaria de lembrá-los: fé não é crença. A crença muda sempre, a não ser que sejamos orgulhosos. A fé... é simples rendição ao Universo.

O mestre olhou para Atlas, que entendeu. Aproximou-se das armaduras que começaram a sair da urna, elevando-se no ar, com exceção da armadura de aço. As circulou, observando curioso.

— Não estão tão avariadas. Mas trazem as dúvidas e tristezas de vocês.

Pégaso Negro chegou rapidamente em voo, sendo avaliada por Atlas logo em seguida. Ele sorriu com a chegada repentina da veste sagrada.

— Minerva deve ficar — continuou o mestre — para entender seu propósito exterior e se proteger daqueles que já sabem que ela existe e que a perseguirão.

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