Amaretsu fugiu, e correu por um tempo incontável. Não sabia dizer se eram minutos, ou horas, pelo cansaço excessivo. Chegando às ruínas de uma cidade, pôde ver o produto das guerras humanas do passado. A cidade (ou o que foi uma cidade um dia) estava totalmente destruída. Os prédios ainda de pé, mas nenhum cosmo sensível, a não ser de um ou outro pássaro que passava bem alto. Ao menos a presença de pássaros era um bom sinal.
Com algum trabalho, pôde encontrar água num poço, conforme havia imaginado. Não teve dificuldades em retirá-la (havia baldes e ferramentas, só eram velhas e sujas), só teria trabalho para purificar uma grande quantidade. O corpo forte de cosmo talvez fosse resistente o suficiente àquela condição, de toda forma.
Saindo da cidade, havia um bairro com construções mais espaçadas, também destruídas, e então, após um muro parcialmente destruído, o caminho seguia desértico na direção antes vista durante a fuga.
Havia, ali, um cosmo pequeno, humano. Quando Amaretsu passava com cuidado, arma em punho, uma senhora saiu da casa, cautelosa. Ela falou alguma coisa num idioma que Amaretsu não entendeu, mas parecia disposta a recebê-la. Por fim, sorriu.
— Ah, você é estrangeira… é uma soldado? Parece estar fugindo. Venha, entre, eu tenho água e comida. Você precisa descansar…
Tenzi e Cecilia
— Vocês… deixe-me falar sobre como, por eras, as coisas têm funcionado.
Agni ficou interessada. Suek já estava desde o começo, de toda forma.
— Embora os cavaleiros sigam a Atena, na sua ausência o Mestre é normalmente a autoridade máxima. No entanto, cada cavaleiro é seu próprio superior. O que quero dizer é que cada um foi escolhido pela constelação e armadura, e portanto é independente para fazer o que quiser, dentro dos preceitos de Atena. Seguir ou não as ordens do Mestre é mais uma questão de formalidade, ou de lógica, já que ele é o representante. Em geral os cavaleiros de ouro o seguem, até mesmo pela proximidade das casas. É conveniente, mas não mandatório.
Ela não parecia muito satisfeita com aquela maneira de lidar com as coisas; na realidade, parecia até um pouco perdida.
— Dessa forma, pode até mesmo ser que haja mais cavaleiros no mundo atuando do que sabemos, porque talvez eles nunca venham até o Santuário, ou nunca nos contatem. Ou nunca assumam seus postos de cavaleiros. Isso já aconteceu no passado com cavaleiros de ouro… não se sabiam quantos tinham, e quem eram, mesmo em épocas de exército cheio. E por cheio, eu quero dizer 88 guerreiros. Hoje certamente somamos menos de 30, sem contar os aspirantes, que são muitos. É por isso que, apesar do desejo do Mestre, vocês são "livres".
Kátia se levantou, mais decidida. Então, um barulho de coisas caindo lá dentro do centro de recuperação, e uma grande oscilação no cosmo de Carlos e Sara pôde ser sentido por todos. Kátia levantou-se na hora.
Carlos
— Entendo. Amaretsu… aquela amazona de aço, certo? Mas--
Ela não conseguia não estar fascinada com o que via ao redor. Não entendia como fora parar ali, ou mesmo onde era "ali".
— Isso é algum tipo de técnica? Digo, quando eu fui ajudá-lo, viemos parar em algum outro lugar da Grécia? Você pode desaparecer e reaparecer em outro lugar usando Cosmo? O que é aquilo?
Ela apontou para a prisão de energia do Pégaso, aproximando-se lentamente, totalmente fascinada.
Dados:
Amaretsu: 12/20 PVs, 6/20 PMs; sem dados da armadura; Desvio de Disparos (FD+5); Comunicação e Ligação Natural (Carlos) e Sentidos Especiais (visão raio-x, visão noturna e audição aguçada).
Tenzi: 15/15 PVs, 35/35 PMs; 13/15 cargas; Sugoi.
Cecilia: 25/25 PVs, 25/25 PMs; 13/15 cargas; Sugoi.
Carlos: 30/30 PVs, 40/40 PMs; 22/25 cargas.
Próxima atualização: dia 30.05.2020, sábado-feira.