Ato 0 ~ Prefácio
- Pontus Maximus
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- Registrado em: 09 Dez 2013, 21:15
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Amaretsu:
-Bom mãe a guerra nem sempre pode ser vista como algo ruim, embora a paz seja muito melhor, mas não tiro sua razão quando diz que extrapolamos os limites várias vezes, mas não quero acreditar que o "atire primeiro e pergunte depois" seja a melhor das soluções nesse ponto concordo com a senhora. O Diabo tem culpa, os seres humanos também e os deuses do Olimpus principalmente, acredito que quando o grande dia chegar os deuses do Olímpo tenham a pior das punições, pois ouvi histórias que eles "recompensaram" os Cavaleiros de ouro ancestrais com algo terrível, e eles não mereciam aquilo. Mas enfim.
-Espero que o pai volte logo, nos duas estamos sentindo sua falta, e espero que o "focinho" dele não tenha crescido diante das barbaries que os malditos terroristas nos fazem ver todos os dias.
Focinho comprido é um termo que os filhos de licaon usam para dizer o quanto estão mais perto de se tornarem como o rei Licaon, quando submetidos a um sentimento muito extremo e negativo como irá ou ódio mortal, sempre nos transformamos nos tornamos mais parecidos com os lobisomens de filmes hollywoodianos e deixamos de ficar parecidos com os dos filmes clássicos tipo B, a transformação tornasse mais bestial até o fim da batalha quando temos cabeça para retornar a forma humana, mas o comportamento também sofre mudanças, alguns ficam mais irritadiços e outros melancólicos. Espero que meu querido pai continue um "ator de filmes B" quando eu o encontrar.
Depois de um bate papo com minha mãe eu me refresquei e tomei aquela ducha revigorante e peguei no sono rápido, como todo bom mortal adora dormir com barulho de chuva. Mas o sonho que eu tivera me deixou de orelha em pé, parecia um aviso para eu tomar cuidado com minhas atitudes e não me deixar levar pelo mundo que esta cada vez ruim mesmo com nossos esforços para melhora-lo.
Fui acordada com uma misteriosa mensagem que me dizia para estar na sala do diretor o mais breve possível, olhei para os lados e tentei ouvir cada som e sentir cada cheiro nas proximidades para saber quem tinha deixado a mensagem, respirei fundo e fiz um silêncio para poder captar algo, tentando usar meus "instintos primitivos" para isso, não sei se dará certo mas tentei mesmo assim. Então me vesti e me preparei para ir ter com ele, quase esqueci a máscara, coloquei ela em meu rosto e depois de pronta fui até ele, usando um uniforme preto com direito a colete e coturno como fazem os batalhões de Operações Especiais de alguns exércitos do mundo a fora, vai que é alguma treta das grandes, depois de pronta fui ter com o diretor que parece mais uma máquina, não dorme nunca, pensei comigo mesma.
OFF: Não gastei pontos para perceber alguém por perto, foi mais interpretativo mesmo.
-Bom mãe a guerra nem sempre pode ser vista como algo ruim, embora a paz seja muito melhor, mas não tiro sua razão quando diz que extrapolamos os limites várias vezes, mas não quero acreditar que o "atire primeiro e pergunte depois" seja a melhor das soluções nesse ponto concordo com a senhora. O Diabo tem culpa, os seres humanos também e os deuses do Olimpus principalmente, acredito que quando o grande dia chegar os deuses do Olímpo tenham a pior das punições, pois ouvi histórias que eles "recompensaram" os Cavaleiros de ouro ancestrais com algo terrível, e eles não mereciam aquilo. Mas enfim.
-Espero que o pai volte logo, nos duas estamos sentindo sua falta, e espero que o "focinho" dele não tenha crescido diante das barbaries que os malditos terroristas nos fazem ver todos os dias.
Focinho comprido é um termo que os filhos de licaon usam para dizer o quanto estão mais perto de se tornarem como o rei Licaon, quando submetidos a um sentimento muito extremo e negativo como irá ou ódio mortal, sempre nos transformamos nos tornamos mais parecidos com os lobisomens de filmes hollywoodianos e deixamos de ficar parecidos com os dos filmes clássicos tipo B, a transformação tornasse mais bestial até o fim da batalha quando temos cabeça para retornar a forma humana, mas o comportamento também sofre mudanças, alguns ficam mais irritadiços e outros melancólicos. Espero que meu querido pai continue um "ator de filmes B" quando eu o encontrar.
Depois de um bate papo com minha mãe eu me refresquei e tomei aquela ducha revigorante e peguei no sono rápido, como todo bom mortal adora dormir com barulho de chuva. Mas o sonho que eu tivera me deixou de orelha em pé, parecia um aviso para eu tomar cuidado com minhas atitudes e não me deixar levar pelo mundo que esta cada vez ruim mesmo com nossos esforços para melhora-lo.
Fui acordada com uma misteriosa mensagem que me dizia para estar na sala do diretor o mais breve possível, olhei para os lados e tentei ouvir cada som e sentir cada cheiro nas proximidades para saber quem tinha deixado a mensagem, respirei fundo e fiz um silêncio para poder captar algo, tentando usar meus "instintos primitivos" para isso, não sei se dará certo mas tentei mesmo assim. Então me vesti e me preparei para ir ter com ele, quase esqueci a máscara, coloquei ela em meu rosto e depois de pronta fui até ele, usando um uniforme preto com direito a colete e coturno como fazem os batalhões de Operações Especiais de alguns exércitos do mundo a fora, vai que é alguma treta das grandes, depois de pronta fui ter com o diretor que parece mais uma máquina, não dorme nunca, pensei comigo mesma.
OFF: Não gastei pontos para perceber alguém por perto, foi mais interpretativo mesmo.
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Carlos
Carlos inicialmente mantinha o olhar fixo na estrada, após alguns minutos ele olhou para Safira e Cecilia através do retrovisor, coçou o queixo, pensou em puxar conversa, mas Katia fora mais rápida, enquanto as garotas conversavam, o brasileiro olhou para o céu mais precisamente na direção da constelação de Pégaso, deu um leve sorriso, ao ouvir Katia comentar de Saja, Carlos lembrou que ela havia comentado que também iria visitar o santuário.
— Falando da Saja, onde ela está ? Quando estava com ela na biblioteca ela havia comentando que você a tinha convidado para visitar o santuário, ela irá nos encontrar lá ?
Durante o resto da viagem Carlos ficou calado, ele tentava prestar atenção no percurso, não que isso fosse ajuda-lo em alguma coisa, mas era uma das únicas coisas que ele tinha para fazer e assim deixava com que as garotas conversassem entre si, respondendo apenas quando lhe faziam alguma pergunta ou fazendo um comentário que se adequasse com o tópico da conversa.
— A cerimônia de abertura parece que foi bastante agitada, uma pena eu ter tido outro compromisso no mesmo horário, poderia me contar o que aconteceu depois prima ?
Fechou os olhos por alguns minutos, brasileiro estava um pouco cansado e por isso aproveitava o momento que tinha para descansar um pouco os olhos, voltando a abrir apenas quando Katia avisou que queria conversar um pouco mais tarde.
— Certo, ficarei grato em ajuda-la, se achar melhor pode passar em meu quarto mais tarde para conversarmos.
Ao sair do carro Carlos esticou as pernas e estralou o pescoço, por mais que a viagem tivesse sido rápida ele tinha a necessidade de se alongar depois de ficar dentro de um carro, apesar de saber a verdade sobra o Santuário, os sentidos de Carlos ainda estavam confusos, ele enxergava as 12 casas, mas algumas outras coisas ele ainda tinha um pouco de dificuldade de enxergar, talvez ele ainda tinha que se acostumar.
Carlos inicialmente mantinha o olhar fixo na estrada, após alguns minutos ele olhou para Safira e Cecilia através do retrovisor, coçou o queixo, pensou em puxar conversa, mas Katia fora mais rápida, enquanto as garotas conversavam, o brasileiro olhou para o céu mais precisamente na direção da constelação de Pégaso, deu um leve sorriso, ao ouvir Katia comentar de Saja, Carlos lembrou que ela havia comentado que também iria visitar o santuário.
— Falando da Saja, onde ela está ? Quando estava com ela na biblioteca ela havia comentando que você a tinha convidado para visitar o santuário, ela irá nos encontrar lá ?
Durante o resto da viagem Carlos ficou calado, ele tentava prestar atenção no percurso, não que isso fosse ajuda-lo em alguma coisa, mas era uma das únicas coisas que ele tinha para fazer e assim deixava com que as garotas conversassem entre si, respondendo apenas quando lhe faziam alguma pergunta ou fazendo um comentário que se adequasse com o tópico da conversa.
— A cerimônia de abertura parece que foi bastante agitada, uma pena eu ter tido outro compromisso no mesmo horário, poderia me contar o que aconteceu depois prima ?
Fechou os olhos por alguns minutos, brasileiro estava um pouco cansado e por isso aproveitava o momento que tinha para descansar um pouco os olhos, voltando a abrir apenas quando Katia avisou que queria conversar um pouco mais tarde.
— Certo, ficarei grato em ajuda-la, se achar melhor pode passar em meu quarto mais tarde para conversarmos.
Ao sair do carro Carlos esticou as pernas e estralou o pescoço, por mais que a viagem tivesse sido rápida ele tinha a necessidade de se alongar depois de ficar dentro de um carro, apesar de saber a verdade sobra o Santuário, os sentidos de Carlos ainda estavam confusos, ele enxergava as 12 casas, mas algumas outras coisas ele ainda tinha um pouco de dificuldade de enxergar, talvez ele ainda tinha que se acostumar.
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Tenzi
Tenzi escutava em silêncio Agni falando sobre a Grécia, totalmente atento para poder aprender mais sobre o local para aonde iriam em seguida. Pelo que ela falava, parecia ser um local impressionante, e, enquanto escutava, algo acontecia, não conseguia mais escutar a companheira direito ao tocar a caixa da armadura, pois não estava mais la...
O que acontecia em seguida era algo simplesmente inacreditável, mesmo depois da batalha que tivera contra o nobre e a entidade que o possuía. Tenzi se via saindo do planeta, vendo encantando seus diferentes traços, mas não parava ai, pois seguia então em direção das estrelas, vendo também a lua, tão bela, mesmo menor e sem tanta diversidade quanto a Terra. Aquela jornada continuava, levando o jovem além, que agora podia via os outros planetas girando em torno do Sol, numa bela dança cósmica, tudo isso embelezado vários outros astros, numa quantia que não conseguia contar, principalmente quando deixamo aquela região.
A visão que se seguia era ainda impressionante. Pois Tenzi via a "verdade" do universo, algo que que dissera de certa forma na luta contra o nobre, de como as coisas estavam conectadas num círculo, o início e o fim.Via a esfera que era formada pela nebulosa, com uma ponta ligada à outra, dentro de tudo aquilo uma ou região, a qual se aproximava incrivelmente rápida do jovem. Acordava então após aquela viagem, depois de ter visto aquela imagem de um "espelho espacial", com Agni o sacudindo.
"Novamente você me surpreende, Armadura."
Tenzi tentava ficar sentando, enquanto segurava sua cabeça com uma das mãos, tentando pôr as ideia em ordem.
— Eu estou bem agora, Agni. — tentava passar uma expressão mais tranquila, a fim que ela não se preocupasse mais. — Desculpe por isso, parece que ser cavaleiro pode ser mais confuso que eu pensava — dava uma risada, embora claramente estivesse sem jeito . — Ao tocar a caixa da armadura tive uma visão impressionante, ela me mostrou algo que parecia um portal, que refletia o espaço, fazendo o mesmo ponto se dobrasse, como num círculo perfeito, conectando o início consigo mesmo.
Tenzi escutava em silêncio Agni falando sobre a Grécia, totalmente atento para poder aprender mais sobre o local para aonde iriam em seguida. Pelo que ela falava, parecia ser um local impressionante, e, enquanto escutava, algo acontecia, não conseguia mais escutar a companheira direito ao tocar a caixa da armadura, pois não estava mais la...
O que acontecia em seguida era algo simplesmente inacreditável, mesmo depois da batalha que tivera contra o nobre e a entidade que o possuía. Tenzi se via saindo do planeta, vendo encantando seus diferentes traços, mas não parava ai, pois seguia então em direção das estrelas, vendo também a lua, tão bela, mesmo menor e sem tanta diversidade quanto a Terra. Aquela jornada continuava, levando o jovem além, que agora podia via os outros planetas girando em torno do Sol, numa bela dança cósmica, tudo isso embelezado vários outros astros, numa quantia que não conseguia contar, principalmente quando deixamo aquela região.
A visão que se seguia era ainda impressionante. Pois Tenzi via a "verdade" do universo, algo que que dissera de certa forma na luta contra o nobre, de como as coisas estavam conectadas num círculo, o início e o fim.Via a esfera que era formada pela nebulosa, com uma ponta ligada à outra, dentro de tudo aquilo uma ou região, a qual se aproximava incrivelmente rápida do jovem. Acordava então após aquela viagem, depois de ter visto aquela imagem de um "espelho espacial", com Agni o sacudindo.
"Novamente você me surpreende, Armadura."
Tenzi tentava ficar sentando, enquanto segurava sua cabeça com uma das mãos, tentando pôr as ideia em ordem.
— Eu estou bem agora, Agni. — tentava passar uma expressão mais tranquila, a fim que ela não se preocupasse mais. — Desculpe por isso, parece que ser cavaleiro pode ser mais confuso que eu pensava — dava uma risada, embora claramente estivesse sem jeito . — Ao tocar a caixa da armadura tive uma visão impressionante, ela me mostrou algo que parecia um portal, que refletia o espaço, fazendo o mesmo ponto se dobrasse, como num círculo perfeito, conectando o início consigo mesmo.
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Cecilia
— Se o Derik está enfermo, não sei, mas creio que foi a presença dele que senti quando estávamos voltando da biblioteca. — limpava um pouco de suor da testa com as costas de uma mão, um sorriso perturbado em virtude das nuances de tentar focar à estrada com seus sentidos em um veículo automotivo de alto movimento. Teve até vezes que levara os braços à frente do rosto em uma tentativa estulta de proteger-se de uma colisão iminente. — Que bom que ela está bem, seria bom se ela pudesse participar desse passeio. — a alemã deixava um sorriso sutil escapar ao sentir o olhar da diretora. — Vou visitá-la mais tarde se terminarmos essa excursão mais cedo.
Cecilia então mantinha-se calada por um tempo, a mão esquerda apoiada no cabide logo acima da janela da porta à sua esquerda, de vez em quando abrindo os olhos em surpresa ao notar uma paisagem diferenciada. Doze casas interligadas, um vilarejo, monumentos famosos; não se lembrava do vilarejo e das doze casas em suas pesquisas na internet. Seria algo recentemente novo?
— Não sei como posso ajudar. — coçava a cabeça, preocupada. — Não posso ver um retrato dela, então seria bom se você me emprestasse algo com o cheiro dela. Meu olfato está bem assustador esses dias.
Cecilia ria, e quando o carro estacionava ao lado do que seria uma ruína, ela preparava a bengala e abria a porta vagarosamente. Sentia a brisa noturna por alguns segundos, afastando uma mecha desgarrada do rosto com a mão livre e virando-se instintivamente na direção apontada pela diretora, um sorriso triste quando percebia que seu radar não alcançava tão longe assim sem o auxílio de fontes sonoras, mas em contrapartida via auras contornando todos os presentes e a ruína ali perto. Decidia aproximar-se da diretora quando esta a fitava de um jeito estranho novamente, os olhos abertos e uma expressão neutra no rosto.
— Mmm...pensei que essa região era composta só de ruínas, mas vejo que algumas construções foram bem preservadas. Pena estar tarde, gostaria de visitar esse vilarejo e a estátua lá no morro, mas acho que vai demorar um bocado para subir, haha. Huh? O que é isso?
Com passos curtos, afastava-se do carro e aproximava a mão cautelosamente da aura que envolvia uma das pilastras, como se tentasse coletá-la e quando o fazia, notava algo de errado em si: uma aura similar a envolvendo.
— Estranho...essas auras... — levantava a mão direita, girando o pulso algumas vezes para checar o contorno da aura em suas mãos, levemente confusa e depois verificava que todos, incluindo as ruínas, estavam envoltos por uma energia diferente. Que nem a Sara, mas em uma intensidade menor. — Será que era isso que você queria mostrar-me? Não entendo...
E com isso, caminhava na direção do teatro vagarosamente, atenta a qualquer detalhe fora do normal e aos movimentos da diretora. Sentia que ela estava escondendo algo, mas o quê?
— Se o Derik está enfermo, não sei, mas creio que foi a presença dele que senti quando estávamos voltando da biblioteca. — limpava um pouco de suor da testa com as costas de uma mão, um sorriso perturbado em virtude das nuances de tentar focar à estrada com seus sentidos em um veículo automotivo de alto movimento. Teve até vezes que levara os braços à frente do rosto em uma tentativa estulta de proteger-se de uma colisão iminente. — Que bom que ela está bem, seria bom se ela pudesse participar desse passeio. — a alemã deixava um sorriso sutil escapar ao sentir o olhar da diretora. — Vou visitá-la mais tarde se terminarmos essa excursão mais cedo.
Cecilia então mantinha-se calada por um tempo, a mão esquerda apoiada no cabide logo acima da janela da porta à sua esquerda, de vez em quando abrindo os olhos em surpresa ao notar uma paisagem diferenciada. Doze casas interligadas, um vilarejo, monumentos famosos; não se lembrava do vilarejo e das doze casas em suas pesquisas na internet. Seria algo recentemente novo?
— Não sei como posso ajudar. — coçava a cabeça, preocupada. — Não posso ver um retrato dela, então seria bom se você me emprestasse algo com o cheiro dela. Meu olfato está bem assustador esses dias.
Cecilia ria, e quando o carro estacionava ao lado do que seria uma ruína, ela preparava a bengala e abria a porta vagarosamente. Sentia a brisa noturna por alguns segundos, afastando uma mecha desgarrada do rosto com a mão livre e virando-se instintivamente na direção apontada pela diretora, um sorriso triste quando percebia que seu radar não alcançava tão longe assim sem o auxílio de fontes sonoras, mas em contrapartida via auras contornando todos os presentes e a ruína ali perto. Decidia aproximar-se da diretora quando esta a fitava de um jeito estranho novamente, os olhos abertos e uma expressão neutra no rosto.
— Mmm...pensei que essa região era composta só de ruínas, mas vejo que algumas construções foram bem preservadas. Pena estar tarde, gostaria de visitar esse vilarejo e a estátua lá no morro, mas acho que vai demorar um bocado para subir, haha. Huh? O que é isso?
Com passos curtos, afastava-se do carro e aproximava a mão cautelosamente da aura que envolvia uma das pilastras, como se tentasse coletá-la e quando o fazia, notava algo de errado em si: uma aura similar a envolvendo.
— Estranho...essas auras... — levantava a mão direita, girando o pulso algumas vezes para checar o contorno da aura em suas mãos, levemente confusa e depois verificava que todos, incluindo as ruínas, estavam envoltos por uma energia diferente. Que nem a Sara, mas em uma intensidade menor. — Será que era isso que você queria mostrar-me? Não entendo...
E com isso, caminhava na direção do teatro vagarosamente, atenta a qualquer detalhe fora do normal e aos movimentos da diretora. Sentia que ela estava escondendo algo, mas o quê?
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Amaretsu
A academia estava praticamente deserta. Todos os guerreiros e funcionários (que também eram guerreiros, já que se tratava de uma organização militar) estavam recolhidos em seus quartos ou postos, quietos, silenciosos. Os passos de Amaretsu, assim, ecoavam pelos corredores percorridos na direção da sala do diretor. Um certo clima de ansiedade tomava conta da brasileira — primeiro uma missão importante, um reconhecimento de sua capacidade, e logo depois uma reunião às escondidas, de madrugada. Só poderia ser algo importante.
A porta da sala do diretor, a única sala do último andar daquele prédio onde ficavam os dormitórios, estava entreaberta. Um feixe de luz saía do local e iluminava um pouco o corredor. Amaretsu sentiu um frio na barriga estranho. Aproximando-se, pôde ouvir o diretor falando com alguém ou sozinho, a respeito do objeto que encontrara mais cedo na Turquia. "Ah, Nike, por quê...?"
— Amaretsu? — quase sobrenaturalmente, o homem parecia saber que a amazona se aproximava da sala. — Pode entrar, por favor. Pedi que a chamassem porque precisava ter certeza de algo.
Ele cumprimentou a amazona com um movimento de cabeça. Parecia cansado, observando a metade do artefato sobre a mesa. Um lindo e limpo pedaço de metal sem nada especial.
— Pode tocar nele, para mim? Ele não reage desde que você me entregou. Assim fica mais difícil de tirar quaisquer conclusões.
No entanto, mesmo ao toque de Amaretsu, nada pareceu acontecer com a suposta metade de Nike. Aquele pedaço de metal permanecia inerte. O diretor trocava olhares de Amaretsu para a peça, curioso e questionador.
— Tem alguma ideia de como me mostrar o poder que viu naquele lugar, Amaretsu? Se este for realmente um artefato de Atena…
Tenzi
— A armadura? E o que isto quer dizer? Ela vai nos levar até lá, é isso que significa a visão?
Compasso pulsava em um cosmo quente e dualizado: duas energias que eram só uma. O começo que também era o fim, o círculo eterno. Rena não estava ali para orientar como Tenzi deveria seguir, e tinham que fazer uma grande viagem. Se a armadura realmente possuísse uma capacidade como aquela, seria conveniente e ao mesmo tempo compatível com seu usuário, que também era capaz de realizar algumas viagens rápidas por meio de saltos teleportadores.
Agni, no entanto, falou em tom de brincadeira. Começou a recolher suas coisas, batendo a poeira, para guardar na mochila. Se fossem realmente seguir até a Grécia, dali, e ela estava interessada nisso, precisariam se apressar para aproveitar o máximo de tempo de viagem durante o dia, a parte ensolarada. Observou ao redor, seus olhos de caçadora novamente atentos aos movimentos, ao céu, ao vento, aos animais, tudo.
— Então? Acredito que seria melhor voltarmos um pouco, no caminho. Descer esta montanha e seguir para oeste, em linha reta. Talvez ainda hoje consigamos chegar a um pequeno vilarejo que há logo após aqueles pequenos montes, no oeste. Próximo há o palácio de Zangla, onde começa a rodovia. Pegar uma carona nos ajudaria muito!
Ela sabia muito sobre viagens, e estava familiarizada com o mapa local. Uma sensação de que aquele não era o caminho correto, porém, tomava conta de Tenzi. A armadura ainda o chamava…
Carlos e Cecilia
Safira comentou a Carlos que contaria boa parte do que pudesse lembrar da grande apresentação que houvera no dia anterior. No dia, na biblioteca, ou no almoço, algum instante assim.
Nas ruínas, Kátia aproximou-se de uma coluna, calada, e olhou o céu. Atenta, desviou o olhar para o templo à frente, e observou seus alunos sorridente.
— Acho que todos vocês me ajudarão com o caso. Em breve entrarei em mais detalhes. Ahhh… a noite está linda, não acham? Querem conhecer minha casa? Carlos já a visitou, na época da matrícula.
Safira torceu um pouco o nariz, mas logo voltou ao normal. Talvez não houvesse relação com o que a diretora dissera. Kátia focalizou Cecilia, que brincava com as auras que via e tocava. A diretora achou curioso o fato de Cecilia questionar sobre ser isso que a mulher de cabelos roxos quereria mostrar à alemã.
— Também, Cecilia, também. Eu sinceramente penso que todos deveriam saber sobre o cosmo… mas cada coisa a seu tempo.
Ela então seguiu para dentro do templo, caminhando como se fosse uma garota animada. As visões estranhas não paravam de acontecer, agora, para todos (embora Cecilia visse com interferência e em preto e branco, sempre). Cenas que pareciam antigas, como se revividas em flashbacks momentâneos, povoavam a construção, em ruínas. O templo deveria ter sido grande no passado, mas agora estava cortado pela metade. Duas dezenas de passos e estavam do outro lado. Kátia então seguiu para a esquerda, dirigindo-se de volta ao vilarejo que viram minutos antes, mais especificamente na direção do monte e sua estátua. Era uma leve subida marcada por diversos restos de arquitetura grega. O silêncio imperou, um pouco.
Minutos depois, o cenário já mudava. Ela seguiu um caminho de terra batida e dobrou à direita, onde todos avistaram uma escada de mármore. Tudo estava bem cuidado, ali. A escada, pequena, continuava em um chão branco grande, com vários templos ou casas espalhadas no caminho. Lá na frente começava a subida das casas interligadas, culminando com uma estátua meio oculta pela última e maior casa, daquela posição. Ao lado havia uma torre-relógio apagada.
— Eu moro em um daqueles templos — ela se referia ao maior dos que estavam naquele piso, antes da subida das casas mais à frente. — As estrelas me dizem que vocês gostarão de conhecê-la.
Não havia luz, e o templo que Kátia entrou estava deserto. Muitas portas, uma iluminação de penumbra que vinha de lugar nenhum. Ela seguiu até a última porta de um corredor, dando acesso ao que parecia ser uma pequena biblioteca. Tudo ali era coberto de muita energia. Mesmo Carlos, que ali já estivera antes, conseguia ver um pouco, como se fosse uma ocasião especial.
A academia estava praticamente deserta. Todos os guerreiros e funcionários (que também eram guerreiros, já que se tratava de uma organização militar) estavam recolhidos em seus quartos ou postos, quietos, silenciosos. Os passos de Amaretsu, assim, ecoavam pelos corredores percorridos na direção da sala do diretor. Um certo clima de ansiedade tomava conta da brasileira — primeiro uma missão importante, um reconhecimento de sua capacidade, e logo depois uma reunião às escondidas, de madrugada. Só poderia ser algo importante.
A porta da sala do diretor, a única sala do último andar daquele prédio onde ficavam os dormitórios, estava entreaberta. Um feixe de luz saía do local e iluminava um pouco o corredor. Amaretsu sentiu um frio na barriga estranho. Aproximando-se, pôde ouvir o diretor falando com alguém ou sozinho, a respeito do objeto que encontrara mais cedo na Turquia. "Ah, Nike, por quê...?"
— Amaretsu? — quase sobrenaturalmente, o homem parecia saber que a amazona se aproximava da sala. — Pode entrar, por favor. Pedi que a chamassem porque precisava ter certeza de algo.
Ele cumprimentou a amazona com um movimento de cabeça. Parecia cansado, observando a metade do artefato sobre a mesa. Um lindo e limpo pedaço de metal sem nada especial.
— Pode tocar nele, para mim? Ele não reage desde que você me entregou. Assim fica mais difícil de tirar quaisquer conclusões.
No entanto, mesmo ao toque de Amaretsu, nada pareceu acontecer com a suposta metade de Nike. Aquele pedaço de metal permanecia inerte. O diretor trocava olhares de Amaretsu para a peça, curioso e questionador.
— Tem alguma ideia de como me mostrar o poder que viu naquele lugar, Amaretsu? Se este for realmente um artefato de Atena…
Tenzi
— A armadura? E o que isto quer dizer? Ela vai nos levar até lá, é isso que significa a visão?
Compasso pulsava em um cosmo quente e dualizado: duas energias que eram só uma. O começo que também era o fim, o círculo eterno. Rena não estava ali para orientar como Tenzi deveria seguir, e tinham que fazer uma grande viagem. Se a armadura realmente possuísse uma capacidade como aquela, seria conveniente e ao mesmo tempo compatível com seu usuário, que também era capaz de realizar algumas viagens rápidas por meio de saltos teleportadores.
Agni, no entanto, falou em tom de brincadeira. Começou a recolher suas coisas, batendo a poeira, para guardar na mochila. Se fossem realmente seguir até a Grécia, dali, e ela estava interessada nisso, precisariam se apressar para aproveitar o máximo de tempo de viagem durante o dia, a parte ensolarada. Observou ao redor, seus olhos de caçadora novamente atentos aos movimentos, ao céu, ao vento, aos animais, tudo.
— Então? Acredito que seria melhor voltarmos um pouco, no caminho. Descer esta montanha e seguir para oeste, em linha reta. Talvez ainda hoje consigamos chegar a um pequeno vilarejo que há logo após aqueles pequenos montes, no oeste. Próximo há o palácio de Zangla, onde começa a rodovia. Pegar uma carona nos ajudaria muito!
Ela sabia muito sobre viagens, e estava familiarizada com o mapa local. Uma sensação de que aquele não era o caminho correto, porém, tomava conta de Tenzi. A armadura ainda o chamava…
Carlos e Cecilia
Safira comentou a Carlos que contaria boa parte do que pudesse lembrar da grande apresentação que houvera no dia anterior. No dia, na biblioteca, ou no almoço, algum instante assim.
Nas ruínas, Kátia aproximou-se de uma coluna, calada, e olhou o céu. Atenta, desviou o olhar para o templo à frente, e observou seus alunos sorridente.
— Acho que todos vocês me ajudarão com o caso. Em breve entrarei em mais detalhes. Ahhh… a noite está linda, não acham? Querem conhecer minha casa? Carlos já a visitou, na época da matrícula.
Safira torceu um pouco o nariz, mas logo voltou ao normal. Talvez não houvesse relação com o que a diretora dissera. Kátia focalizou Cecilia, que brincava com as auras que via e tocava. A diretora achou curioso o fato de Cecilia questionar sobre ser isso que a mulher de cabelos roxos quereria mostrar à alemã.
— Também, Cecilia, também. Eu sinceramente penso que todos deveriam saber sobre o cosmo… mas cada coisa a seu tempo.
Ela então seguiu para dentro do templo, caminhando como se fosse uma garota animada. As visões estranhas não paravam de acontecer, agora, para todos (embora Cecilia visse com interferência e em preto e branco, sempre). Cenas que pareciam antigas, como se revividas em flashbacks momentâneos, povoavam a construção, em ruínas. O templo deveria ter sido grande no passado, mas agora estava cortado pela metade. Duas dezenas de passos e estavam do outro lado. Kátia então seguiu para a esquerda, dirigindo-se de volta ao vilarejo que viram minutos antes, mais especificamente na direção do monte e sua estátua. Era uma leve subida marcada por diversos restos de arquitetura grega. O silêncio imperou, um pouco.
Minutos depois, o cenário já mudava. Ela seguiu um caminho de terra batida e dobrou à direita, onde todos avistaram uma escada de mármore. Tudo estava bem cuidado, ali. A escada, pequena, continuava em um chão branco grande, com vários templos ou casas espalhadas no caminho. Lá na frente começava a subida das casas interligadas, culminando com uma estátua meio oculta pela última e maior casa, daquela posição. Ao lado havia uma torre-relógio apagada.
— Eu moro em um daqueles templos — ela se referia ao maior dos que estavam naquele piso, antes da subida das casas mais à frente. — As estrelas me dizem que vocês gostarão de conhecê-la.
Não havia luz, e o templo que Kátia entrou estava deserto. Muitas portas, uma iluminação de penumbra que vinha de lugar nenhum. Ela seguiu até a última porta de um corredor, dando acesso ao que parecia ser uma pequena biblioteca. Tudo ali era coberto de muita energia. Mesmo Carlos, que ali já estivera antes, conseguia ver um pouco, como se fosse uma ocasião especial.
- Pontus Maximus
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Re: Ato 0 ~ Prefácio
Amaretsu:
Estava tendo um sonho do tipo profético quando fui pega de surpresa com a chamada do diretor Gracus, mas despertar e partir para o conflito é algo que treino fazer constantemente, tinha ido dormir sabendo da noticia que veria meu pai em breve. O Diretor me recebeu com aflição em seu ser tudo por causa daquele pedaço de artefato, tenho certeza de que ele tem sua importância mas confesso que nem pensei mais sobre ele depois que retornei, pois minha mente pensava mais nas boas e más lembranças que Nike me dera do que no próprio artefato em si. As vezes tinha raiva das cenas que eu vi em flash back e outras vezes alegria mas seja como for eu não queria tocar naquilo de novo, apesar de ter saído poderes de luz e me fazer bem tive que pagar um preço, lembranças ruins que me enfurecem de vez em quando, mas de tais recordações deixarei para falar mais delas numa outra hora.
-Diretor Gracus, talvez eu tenha uma ideia de como fazer funcionar, si é que ainda funciona, a prova de seu poder é essa tempestade que esta caindo lá fora nesse instante, mas já que o senhor quer saber mais acho melhor fazermos isso em outro lugar, pois seu escritório pode ser pequeno e ser desastroso, isso se funcionar.
Não queria mais saber de Nike mas ordens são ordens e fiz uma rápida oração em minha mente pedindo a Deus por proteção se algo acontecer.
Se o Diretor concordar iremos para um local mais próximo e mais adequado, caso contrário será ali mesmo, seja como for eu lhe digo:
-Senhor se afaste de preferência fique atrás de mim a uma distância segura por favor.
Segurando não com firmeza mas também sem fazer "corpo mole" encostei a peça na minha fronte e ascendi meu cosmo gerando uma aura de fogo me envolvendo em chamas como se eu tivesse pirocinésia (uma habilidade que pareço ter mas não tenho, não que eu saiba). E esperei alguma reação. Caso contrário tentarei um pouco mais para ver se "entro em contanto" com o artefato, espero que apenas uma pequena quantia de cosmo seja necessário caso contrário vou ter que manifestar muito mais força como na minha batalha anterior.
OFF: F+1 (Ataque Especial Básico, mas não é ataque é apenas simbólico), caso precise de mais energia vai mais F+2 totalizando 3 Pm's gastos.
Editado: Teste de R de transformação Licantropica esqueci de dizer, desculpe.
Estava tendo um sonho do tipo profético quando fui pega de surpresa com a chamada do diretor Gracus, mas despertar e partir para o conflito é algo que treino fazer constantemente, tinha ido dormir sabendo da noticia que veria meu pai em breve. O Diretor me recebeu com aflição em seu ser tudo por causa daquele pedaço de artefato, tenho certeza de que ele tem sua importância mas confesso que nem pensei mais sobre ele depois que retornei, pois minha mente pensava mais nas boas e más lembranças que Nike me dera do que no próprio artefato em si. As vezes tinha raiva das cenas que eu vi em flash back e outras vezes alegria mas seja como for eu não queria tocar naquilo de novo, apesar de ter saído poderes de luz e me fazer bem tive que pagar um preço, lembranças ruins que me enfurecem de vez em quando, mas de tais recordações deixarei para falar mais delas numa outra hora.
-Diretor Gracus, talvez eu tenha uma ideia de como fazer funcionar, si é que ainda funciona, a prova de seu poder é essa tempestade que esta caindo lá fora nesse instante, mas já que o senhor quer saber mais acho melhor fazermos isso em outro lugar, pois seu escritório pode ser pequeno e ser desastroso, isso se funcionar.
Não queria mais saber de Nike mas ordens são ordens e fiz uma rápida oração em minha mente pedindo a Deus por proteção se algo acontecer.
Se o Diretor concordar iremos para um local mais próximo e mais adequado, caso contrário será ali mesmo, seja como for eu lhe digo:
-Senhor se afaste de preferência fique atrás de mim a uma distância segura por favor.
Segurando não com firmeza mas também sem fazer "corpo mole" encostei a peça na minha fronte e ascendi meu cosmo gerando uma aura de fogo me envolvendo em chamas como se eu tivesse pirocinésia (uma habilidade que pareço ter mas não tenho, não que eu saiba). E esperei alguma reação. Caso contrário tentarei um pouco mais para ver se "entro em contanto" com o artefato, espero que apenas uma pequena quantia de cosmo seja necessário caso contrário vou ter que manifestar muito mais força como na minha batalha anterior.
OFF: F+1 (Ataque Especial Básico, mas não é ataque é apenas simbólico), caso precise de mais energia vai mais F+2 totalizando 3 Pm's gastos.
Editado: Teste de R de transformação Licantropica esqueci de dizer, desculpe.
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Tenzi
Tenzi escutava Agni comentando sobre a visão que ele tivera, e ainda que o tom dela fosse de brincadeira, o jovem cavaleiro não se irritava ou ficava magoado, pois entendia que aquilo não era algo que estava fora do cotidiano dela, ele mesmo estava tendo algum dificuldade em se acostumar com aquela nova "visão de realidade" que a armadura estava lhe dando. Também sabia, ou achava que sabia, que Agni é uma boa pessoa, que não faria pouco caso de alguém.
— Eu também não tenho certeza do que isso significa, senhorita Agni. Talvez ela o faça...
O jovem então via Agni se preparando para partir, assim como falando todo um planejamento para a viagem até Atenas, e aquilo tudo parecia bem montado, um caminho certo para o destino que queriam, mas Tenzi tinha uma sensação que aquele não era o caminho certo para chegar ao Santuário, não sabia por que, já que nunca fora ao Santuário. Tenzi olhava para a caixa da armadura, querendo tocar nela, mas, antes de o fazer, olhava para sua companheira de viagem, e dizia com uma certa preocupação na voz.
— Eu não quero lhe ofender, senhorita Agni, mas algo em mim diz que esse não é o caminho que a ser seguido...eu não sei qual é o correto, e sei que você conhece mais de viagem que eu, mas ainda assim tenho uma forte sensação que não devemos seguir essa rota. — gesticulava em direção à armadura. — pode não acreditar, mas a armadura realmente se comunica comigo, e parece que ela quer dizer algo... eu gostaria que você também pudesse ver... — dava uma pausa, pensando no que falaria a seguir. — eu não sei se isso vai funcionar, mas gostaria que segurasse minha mão enquanto eu toco a caixa da armadura, não sei se isso permitirá que você veja o que armadura quer transmitir....
Tenzi agora dava uma pausa maior, pois não tinha parado para pensar se Agni realmente queria ver aquilo ou não, poderia estar forçando ela a entrar naquela nova "realidade" que envolvia o Cosmo.
— Eu também temo tentar teletransportar para adiantar a viagem, e não conseguir levar você como da última vez. Sei que estou numa jornada para treinar, me tornar um cavaleiro de verdade, mas também não quero perder contato com a primeira boa pessoa que conheci fora de Jamiel. — estendia uma das mãos em direção de Agni, esperando para ver se ela aceitaria ou não. — Eu não vou te forçar a dividir essa visão comigo, senhorita Agni, sei que muita coisa estranha está acontecendo de uma vez, e seja qual for a sua decisão, eu a respeito. E se acontecer da armadura me levar sem você, agradeço profundamente por ter me aguentado até agora, e fico feliz que você tenha sido a primeira pessoa que conheci ao sair nessa jornada, e lhe desejo sorte em sua própria viagem, como também desejo lhe ver outras vezes
Tenzi dava um sorriso enquanto dizia essas palavras, e, Agni aceitando ou não segurar sua mão, tocava na caixa da armadura com a outra mão, esperando pelo melhor, queimaria seu Cosmo se fosse necessário para fazer aquilo que desejava, mas apenas se Agni concordasse com ele, pois não queria contrariar a vontade dela.
------------------------------------------------------
Off:
Sendo necessário, e Agni aceitando, gasto 1 PD e ativo Mentor, para pegar Comunicação ou PES para dividir visão com Agni, nesse último projetando visão na caixa da armadura; e Superpoder(A Teleportação Aprimorada de Vectorius) a fim se teletransportar com Agni para o local em que devem ir.
Tenzi escutava Agni comentando sobre a visão que ele tivera, e ainda que o tom dela fosse de brincadeira, o jovem cavaleiro não se irritava ou ficava magoado, pois entendia que aquilo não era algo que estava fora do cotidiano dela, ele mesmo estava tendo algum dificuldade em se acostumar com aquela nova "visão de realidade" que a armadura estava lhe dando. Também sabia, ou achava que sabia, que Agni é uma boa pessoa, que não faria pouco caso de alguém.
— Eu também não tenho certeza do que isso significa, senhorita Agni. Talvez ela o faça...
O jovem então via Agni se preparando para partir, assim como falando todo um planejamento para a viagem até Atenas, e aquilo tudo parecia bem montado, um caminho certo para o destino que queriam, mas Tenzi tinha uma sensação que aquele não era o caminho certo para chegar ao Santuário, não sabia por que, já que nunca fora ao Santuário. Tenzi olhava para a caixa da armadura, querendo tocar nela, mas, antes de o fazer, olhava para sua companheira de viagem, e dizia com uma certa preocupação na voz.
— Eu não quero lhe ofender, senhorita Agni, mas algo em mim diz que esse não é o caminho que a ser seguido...eu não sei qual é o correto, e sei que você conhece mais de viagem que eu, mas ainda assim tenho uma forte sensação que não devemos seguir essa rota. — gesticulava em direção à armadura. — pode não acreditar, mas a armadura realmente se comunica comigo, e parece que ela quer dizer algo... eu gostaria que você também pudesse ver... — dava uma pausa, pensando no que falaria a seguir. — eu não sei se isso vai funcionar, mas gostaria que segurasse minha mão enquanto eu toco a caixa da armadura, não sei se isso permitirá que você veja o que armadura quer transmitir....
Tenzi agora dava uma pausa maior, pois não tinha parado para pensar se Agni realmente queria ver aquilo ou não, poderia estar forçando ela a entrar naquela nova "realidade" que envolvia o Cosmo.
— Eu também temo tentar teletransportar para adiantar a viagem, e não conseguir levar você como da última vez. Sei que estou numa jornada para treinar, me tornar um cavaleiro de verdade, mas também não quero perder contato com a primeira boa pessoa que conheci fora de Jamiel. — estendia uma das mãos em direção de Agni, esperando para ver se ela aceitaria ou não. — Eu não vou te forçar a dividir essa visão comigo, senhorita Agni, sei que muita coisa estranha está acontecendo de uma vez, e seja qual for a sua decisão, eu a respeito. E se acontecer da armadura me levar sem você, agradeço profundamente por ter me aguentado até agora, e fico feliz que você tenha sido a primeira pessoa que conheci ao sair nessa jornada, e lhe desejo sorte em sua própria viagem, como também desejo lhe ver outras vezes
Tenzi dava um sorriso enquanto dizia essas palavras, e, Agni aceitando ou não segurar sua mão, tocava na caixa da armadura com a outra mão, esperando pelo melhor, queimaria seu Cosmo se fosse necessário para fazer aquilo que desejava, mas apenas se Agni concordasse com ele, pois não queria contrariar a vontade dela.
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Off:
Sendo necessário, e Agni aceitando, gasto 1 PD e ativo Mentor, para pegar Comunicação ou PES para dividir visão com Agni, nesse último projetando visão na caixa da armadura; e Superpoder(A Teleportação Aprimorada de Vectorius) a fim se teletransportar com Agni para o local em que devem ir.
Editado pela última vez por Galahad em 11 Ago 2015, 21:38, em um total de 1 vez.
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Carlos
Carlos se aproximava de Cecilia, ele queria ajudar a garota pois sabendo da atual condição dela, ela poderia ter um pouco de dificuldade em andar por um terreno como aquele, ele ainda estava um pouco nervoso por estar do lado de uma pessoa a qual ele admira, respirou fundo tomou um pouco de coragem e dizia.
— Cecilia... Como que eu posso dizer... Posso ajuda-la...O terreno aqui é um pouco desnivelado e este local também possui bastante lances de escadas, isso pode lhe atrapalhar um pouco, por isso gostaria de te ajudar a se guiar por aqui ? Pelo menos até chegarmos em um local mais adequado. Posso pegar em seu braço ? — O brasileiro esperava pela resposta de Cecilia, caso fosse positiva, ele dobrava seu braço esquerdo e guiava a mão de Cecilia para seu cotovelo para que ela pudesse ter um apoio melhor. — Eu nunca fiz isso antes, caso eu esteja fazendo errado é só me corrigir.
Andava em um ritmo não muito acelerado, enquanto guiava Cecilia desviava de pequenos buracos ou desnivelamento e sempre avisava quando um lance de escadas se aproximava, parou a alguns metros de Katia, e quando esta olhou para o céu, o brasileiro também olhou, dava um leve sorriso, e voltava a prestar atenção em Katia.
— Realmente está uma noite muito linda, o céu está mais estralado do que o costume.
Carlos pensou em fazer um comentário sobre o cosmo, mas era como Katia havia dito, tudo ao seu tempo, talvez o favor que ela queira pedir tivesse algo relacionado, por este motivo ele resolveu ficar em silencio, tentava então puxar um pouco de papo com Cecilia que estava ao seu lado.
— Safira já deve ter contado sobre o meu pequeno problema, mas eu conheci este lugar no meu primeiro dia de aula, eu estava caminhado para o campus, eu imaginei que não seria muito difícil, afinal um senhor havia me avisado que era apenas seguir reto da rua a qual eu estava, mas eu acabei me perdendo, tive algumas complicações no caminho e vim parar aqui, por sorte encontrei Katia e por ela ser a reitora da Universidade acabou me ajudando com os eventuais problemas, foi assim que acabei visitando a casa dela, e perdendo alguns dias de aula. — Fazia uma pequena pausa para respirar e então continuava. — Safira brinca bastante comigo devido a esta minha condição, ela as vezes é um problema, mas também já me fez ver coisas únicas hehe.
Ao entrar no templo, algumas visões começaram a ocorrer, Carlos parou de andar por um momento, observou atentamente o que estava acontecendo, ele se perguntava o que poderia ser aquilo e apenas deduziu que Katia explicaria mais tarde, coçou os seus olhos com sua mão livre e voltou a andar. Ao passar pelo vilarejo Carlos lembrou de algumas casas que ele havia passado em uma de suas corridas matinais, olhava para Katia e então percebia que ela não havia respondido a sua pergunta, assim ele perguntou novamente.
— Katia, você ainda não respondeu a minha pergunta, o que aconteceu com Saja ? Ela me disse que também iria vir visitar o templo.
Carlos já havia visitado aquele local antes, ele ainda continuava a admirar a arquitetura do local mesmo já tendo visto ela antes, e quanto ao comentário das estrelas fez com que Carlos apenas desse um leve sorriso com o canto da boca, ele notava que tudo estava coberto com um pouco de energia, realmente aquela noite seria uma noite especial.
— Me diga Cecilia, você não se incomodava por estar sempre rodeada por holofotes ? Digo isso porque alguns artistas lá do Brasil, eles não conseguem ter uma vida social ou ao menos aproveitar alguns pequenos momentos, é só eles colocarem os pés para fora de casa que os paparazzi não saem da cola deles, eles não podem ir ver um filme ou comprar um pão na padaria da esquina pois sempre vai ter alguém para fotografar ele e qualquer coisa que ele fizesse já virava capa de jornal ou de revista.
Carlos se aproximava de Cecilia, ele queria ajudar a garota pois sabendo da atual condição dela, ela poderia ter um pouco de dificuldade em andar por um terreno como aquele, ele ainda estava um pouco nervoso por estar do lado de uma pessoa a qual ele admira, respirou fundo tomou um pouco de coragem e dizia.
— Cecilia... Como que eu posso dizer... Posso ajuda-la...O terreno aqui é um pouco desnivelado e este local também possui bastante lances de escadas, isso pode lhe atrapalhar um pouco, por isso gostaria de te ajudar a se guiar por aqui ? Pelo menos até chegarmos em um local mais adequado. Posso pegar em seu braço ? — O brasileiro esperava pela resposta de Cecilia, caso fosse positiva, ele dobrava seu braço esquerdo e guiava a mão de Cecilia para seu cotovelo para que ela pudesse ter um apoio melhor. — Eu nunca fiz isso antes, caso eu esteja fazendo errado é só me corrigir.
Andava em um ritmo não muito acelerado, enquanto guiava Cecilia desviava de pequenos buracos ou desnivelamento e sempre avisava quando um lance de escadas se aproximava, parou a alguns metros de Katia, e quando esta olhou para o céu, o brasileiro também olhou, dava um leve sorriso, e voltava a prestar atenção em Katia.
— Realmente está uma noite muito linda, o céu está mais estralado do que o costume.
Carlos pensou em fazer um comentário sobre o cosmo, mas era como Katia havia dito, tudo ao seu tempo, talvez o favor que ela queira pedir tivesse algo relacionado, por este motivo ele resolveu ficar em silencio, tentava então puxar um pouco de papo com Cecilia que estava ao seu lado.
— Safira já deve ter contado sobre o meu pequeno problema, mas eu conheci este lugar no meu primeiro dia de aula, eu estava caminhado para o campus, eu imaginei que não seria muito difícil, afinal um senhor havia me avisado que era apenas seguir reto da rua a qual eu estava, mas eu acabei me perdendo, tive algumas complicações no caminho e vim parar aqui, por sorte encontrei Katia e por ela ser a reitora da Universidade acabou me ajudando com os eventuais problemas, foi assim que acabei visitando a casa dela, e perdendo alguns dias de aula. — Fazia uma pequena pausa para respirar e então continuava. — Safira brinca bastante comigo devido a esta minha condição, ela as vezes é um problema, mas também já me fez ver coisas únicas hehe.
Ao entrar no templo, algumas visões começaram a ocorrer, Carlos parou de andar por um momento, observou atentamente o que estava acontecendo, ele se perguntava o que poderia ser aquilo e apenas deduziu que Katia explicaria mais tarde, coçou os seus olhos com sua mão livre e voltou a andar. Ao passar pelo vilarejo Carlos lembrou de algumas casas que ele havia passado em uma de suas corridas matinais, olhava para Katia e então percebia que ela não havia respondido a sua pergunta, assim ele perguntou novamente.
— Katia, você ainda não respondeu a minha pergunta, o que aconteceu com Saja ? Ela me disse que também iria vir visitar o templo.
Carlos já havia visitado aquele local antes, ele ainda continuava a admirar a arquitetura do local mesmo já tendo visto ela antes, e quanto ao comentário das estrelas fez com que Carlos apenas desse um leve sorriso com o canto da boca, ele notava que tudo estava coberto com um pouco de energia, realmente aquela noite seria uma noite especial.
— Me diga Cecilia, você não se incomodava por estar sempre rodeada por holofotes ? Digo isso porque alguns artistas lá do Brasil, eles não conseguem ter uma vida social ou ao menos aproveitar alguns pequenos momentos, é só eles colocarem os pés para fora de casa que os paparazzi não saem da cola deles, eles não podem ir ver um filme ou comprar um pão na padaria da esquina pois sempre vai ter alguém para fotografar ele e qualquer coisa que ele fizesse já virava capa de jornal ou de revista.
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Cecilia
— Agradeço a ajuda, Carlos.
Deixava o rapaz guiar a sua mão esquerda ao cotovelo dele, segurando a bengala com a mão direita e seguindo pela ruína, observando as auras que realçavam todos os corpos dali.
— O céu... — inclinava o rosto instintivamente para cima ao ouvir o comentário de Carlos e de Kátia, os olhos enevoados refletindo as estrelas, mas nada via. Lembrava-se da noite que tivera com Safira no dia antes de ontem, sorrindo. — As estrelas devem estar maravilhosas. Quero conhecer sim, se não for incômodo.
Mantinha o sorriso no rosto, animada, contendo um riso ao notar a leve irritação de Safira e depois ouvia o comentário da diretora sobre as auras.
— Cosmo...?
Cecilia inclinava o rosto para um lado, como se tentasse olhar para a diretora por cima do ombro, um sorriso sutil em seu rosto. Cosmo, o termo que Pitágoras usou para citar o universo. Nome peculiar para aquele tipo de aura, mas nada comentava, por enquanto. Continuava o seu caminho vagarosamente, curiosa com aquilo.
— Hmm, entendo. — assentia com a cabeça quando Carlos contava sua breve história, ainda achando que era para a prima que ele devia mais explicações. — Algo bastante inusitado, não?
Já ao entrar no templo, forçava os músculos faciais como se tentasse discernir o que seriam aquelas visões borradas, mas logo desistia quando via que o esforço era em vão. Mantinha o rosto sempre na mesma direção, mas vasculhava o perímetro em todos os ângulos com seu radar e ficava mais tranquila quando notava que Safira e Carlos também percebiam aquilo; pelo menos não era uma alucinação ou uma alucinação exclusiva dela. Decidia manter seus comentários para si, apenas aproveitando o cenário e a caminhada sob à brisa da noite. Não conseguia conter um sorriso quando chegavam em um local mais ajeitado, estranhando o fato daquelas ruínas estarem tão bem cuidadas. Então seria essa a acrópole? A torre-relógio por algum motivo lhe chamava a atenção...
— As estrelas...?
Cecilia franzia o cenho, pensando no que a diretora dissera e se realmente ela previu algo a seu respeito. Por uns segundos, suspeitava se não tinha algo de errado naquilo tudo e se aquilo não era algum tipo de armadilha, mas prometeu ao espírito que iria cumprir sua parte, então decidia ficar mais alerta. Seus sentidos não conseguiam captar a presença de ninguém fora do grupo no templo que Kátia os levava.
— A senhora reside aqui sozinha...? — perguntava, julgando pela reação de Safira de que aquele local era mal iluminado. — Não consigo sentir mais ninguém...
Pensava em perguntar se ela não tinha medo de ficar em um lugar desses sozinha, mas optava por permanecer em silêncio, atenta. Ao ver a biblioteca ali, assentia com a cabeça, lembrando-se do primeiro encontro que tivera com a diretora e ela mencionando ser uma bibliotecária. Então ela tem uma biblioteca em sua "casa", que era enorme, por sinal. Soltava o cotovelo de Carlos, apoiando-se com as duas mãos no cabo da bengala e aproximando-se de uma estante, checando a aura que a envolvia de mais perto.
— Hmm...eu iniciei minha carreira bem cedo, então a adaptação não foi das mais conturbadas. — deslizava os dedos através da espinha de um livro aleatório na estante, tentando verificar seu conteúdo, sem sucesso. — No começo parecia alienígena, mas com o tempo acabei me resignando, afinal, era o meu ofício. Estudar, trabalhar, estudar, trabalhar... Pouco tempo tive para socializar e quando o tinha, sentia-me...isolada e encontrava-me novamente com o meu afã. — devolvia o livro para a estante, as duas mãos de volta ao cabo da bengala. — Querendo ou não, o meu acidente me trouxe aqui e admito que a vida em incógnito é bastante atraente. Talvez era justamente o que eu precisava...
Com isso, aproximava-se dos outros, esperando o que Kátia tinha para falar sobre aquilo tudo.
— Biblioteca interessante. Possui algum livro em braille, senhora?
— Agradeço a ajuda, Carlos.
Deixava o rapaz guiar a sua mão esquerda ao cotovelo dele, segurando a bengala com a mão direita e seguindo pela ruína, observando as auras que realçavam todos os corpos dali.
— O céu... — inclinava o rosto instintivamente para cima ao ouvir o comentário de Carlos e de Kátia, os olhos enevoados refletindo as estrelas, mas nada via. Lembrava-se da noite que tivera com Safira no dia antes de ontem, sorrindo. — As estrelas devem estar maravilhosas. Quero conhecer sim, se não for incômodo.
Mantinha o sorriso no rosto, animada, contendo um riso ao notar a leve irritação de Safira e depois ouvia o comentário da diretora sobre as auras.
— Cosmo...?
Cecilia inclinava o rosto para um lado, como se tentasse olhar para a diretora por cima do ombro, um sorriso sutil em seu rosto. Cosmo, o termo que Pitágoras usou para citar o universo. Nome peculiar para aquele tipo de aura, mas nada comentava, por enquanto. Continuava o seu caminho vagarosamente, curiosa com aquilo.
— Hmm, entendo. — assentia com a cabeça quando Carlos contava sua breve história, ainda achando que era para a prima que ele devia mais explicações. — Algo bastante inusitado, não?
Já ao entrar no templo, forçava os músculos faciais como se tentasse discernir o que seriam aquelas visões borradas, mas logo desistia quando via que o esforço era em vão. Mantinha o rosto sempre na mesma direção, mas vasculhava o perímetro em todos os ângulos com seu radar e ficava mais tranquila quando notava que Safira e Carlos também percebiam aquilo; pelo menos não era uma alucinação ou uma alucinação exclusiva dela. Decidia manter seus comentários para si, apenas aproveitando o cenário e a caminhada sob à brisa da noite. Não conseguia conter um sorriso quando chegavam em um local mais ajeitado, estranhando o fato daquelas ruínas estarem tão bem cuidadas. Então seria essa a acrópole? A torre-relógio por algum motivo lhe chamava a atenção...
— As estrelas...?
Cecilia franzia o cenho, pensando no que a diretora dissera e se realmente ela previu algo a seu respeito. Por uns segundos, suspeitava se não tinha algo de errado naquilo tudo e se aquilo não era algum tipo de armadilha, mas prometeu ao espírito que iria cumprir sua parte, então decidia ficar mais alerta. Seus sentidos não conseguiam captar a presença de ninguém fora do grupo no templo que Kátia os levava.
— A senhora reside aqui sozinha...? — perguntava, julgando pela reação de Safira de que aquele local era mal iluminado. — Não consigo sentir mais ninguém...
Pensava em perguntar se ela não tinha medo de ficar em um lugar desses sozinha, mas optava por permanecer em silêncio, atenta. Ao ver a biblioteca ali, assentia com a cabeça, lembrando-se do primeiro encontro que tivera com a diretora e ela mencionando ser uma bibliotecária. Então ela tem uma biblioteca em sua "casa", que era enorme, por sinal. Soltava o cotovelo de Carlos, apoiando-se com as duas mãos no cabo da bengala e aproximando-se de uma estante, checando a aura que a envolvia de mais perto.
— Hmm...eu iniciei minha carreira bem cedo, então a adaptação não foi das mais conturbadas. — deslizava os dedos através da espinha de um livro aleatório na estante, tentando verificar seu conteúdo, sem sucesso. — No começo parecia alienígena, mas com o tempo acabei me resignando, afinal, era o meu ofício. Estudar, trabalhar, estudar, trabalhar... Pouco tempo tive para socializar e quando o tinha, sentia-me...isolada e encontrava-me novamente com o meu afã. — devolvia o livro para a estante, as duas mãos de volta ao cabo da bengala. — Querendo ou não, o meu acidente me trouxe aqui e admito que a vida em incógnito é bastante atraente. Talvez era justamente o que eu precisava...
Com isso, aproximava-se dos outros, esperando o que Kátia tinha para falar sobre aquilo tudo.
— Biblioteca interessante. Possui algum livro em braille, senhora?
Re: Ato 0 ~ Prefácio
Amaretsu
O cosmo envolveu Amaretsu e o pedaço de Nike como se ambas fossem uma só. Gracus observou do ponto seguro que a amazona havia sugerido, um pouco surpreso — não era muito comum haver cavaleiros de aço com controle total dos próprios cosmos, e Amaretsu o fazia muito bem. Ele ainda não vira tal poder, mas agora sabia que poderia utilizar disso em mais missões especiais, no futuro. Gracus mesmo, porém, não era um homem comum: ele também possuía seus truques.
— Belo controle de cosmo flamejante, Amaretsu, eu posso ver certas auras cósmicas e acredito que está funcionando…! — um sorriso vencedor começava a ser esboçado no rosto duro do diretor, cujos olhos já vislumbravam, através do redemoinho de chamas, um brilho dourado singular sendo emitido de Nike.
Nike, então, descolou-se da testa de Amaretsu e passou a flutuar mais a frente, girando em torno do próprio eixo. Emitia um brilho suave de som constante e relaxante. A sensação de estar ali presente era agradável e Amaretsu sequer percebeu que havia escorregado aos efeitos do uso de cosmo — sua aparência estava lupina, pelo esforço utilizado. Gracus também pareceu não perceber, ou pelo menos não interessou-se pelo fato. Em vez disso, caminhou em direção a Nike e a observou de perto, sem tocá-la. Havia um sentimento de comoção na sala, e Amaretsu sentiu-se emocionada por razões desconhecidas.
— Ah… Atena — ele abriu os braços como se fosse receber um abraço de alguém muito importante. Fechou os olhos, soltando um ou duas lágrimas, visivelmente emocionado. — Isso conforta meu coração. Nike ainda vive mesmo ferida… Atena voltará para nos proteger, e a protegeremos, pelo bem da Terra…!
Uma impressão ruim tomou conta do lugar, acompanhada de uma brisa fria vinda da única janela daquela sala. Gracus fez menção de virar para observar o que era, mas tudo aconteceu muito rápido: uma faca lançada do lado de fora rumou em linha perfeitamente reta, como se não fosse afetada pela gravidade, e acertou a lateral do pescoço do diretor, que embora não tenha gritado de dor, cambaleou e caiu ao chão. A faca desfez-se em energia, insinuando que fora um golpe de cosmo.
Tenzi
— Huh? Bem, podemos tentar…
Com mais medo do que qualquer outra impressão, Agni tocou a mão de Tenzi. Por precaução, os dois estavam com todos os suprimentos próximos guardados em suas mochilas, que trajavam no momento, já que estavam se arrumando para recomeçar a viagem. O cavaleiro tocou na caixa da armadura e, fechando os olhos, tentou enxergar o que a peça ateniense o dizia, assim como transferi-lo para Agni. Para sua surpresa, porém, nada aconteceu. A pulsação continuava, mais forte que antes, mas não havia visão alguma, nem sequer saíram do lugar. Tenzi tentou lembrar de alguma lição de "Rena" a respeito das projeções visionárias, mas nada lembrou. Talvez a mestra jamais tivera falado sobre isto antes.
Abrindo os olhos, o jovem percebeu uma Agni ainda amedrontada, mas um pouco mais calma.
— Acho que nada aconteceu, então? Se bem que sinto algo vindo da sua mão… como se fosse um choque, mas é agradável e quente. Não duvido do que está me dizendo, principalmente pelo que vi ontem, mas não podemos simplesmente saltar daqui até a Grécia, não concorda?
Diante destas palavras, a energia da armadura ampliou-se grandemente. Havia uma sensação de "gravidade" empurrando os dois para cima, como se fossem sair voando caso perdessem a concentração em se manterem parados. Agni abriu os olhos em uma mistura de medo, horror e surpresa, mas apertou a mão de Tenzi, crispando a boca, e fechou os olhos nervosa. Os elos da energia haviam sido fechados: Grécia, salto, e as energias disponíveis para isso, o cosmo de Tenzi e o conhecimento do lugar de chegada de Agni. Sentindo que deveria simplesmente saltar, Tenzi agachou-se e pulou com todas as forças. Seu corpo saiu do chão levando a caixa da armadura, brilhando em roxo, e Agni, e os três pareceram subir infinitamente. O ambiente ao redor tornou-se logo um borrão — não estavam voando ou flutuando; naquele momento, nada fazia sentido. Tudo parecia estar se curvando sobre si mesmo.
Tenzi foi perdendo impulsão e fez menção de pousar. Instintivamente fechou os olhos e, ao tocar o chão, ouviu barulho de pedra, poeira e terra batida. Agni tremia. Abrindo os olhos, o cavaleiro pôde ver, ao longe, doze casas brancas subindo um monte que culminava com uma estátua familiar, e ao lado do monte uma torre que marcava as horas com fogo. A arquitetura dos templos e as roupas dos guardas que vigiavam o portal de entrada da região não deixava enganar. Estava no Santuário. Compasso parou de pulsar energia.
OFF: Tenzi falhou no teste de Mentor, mas não precisou gastar PDs.
Carlos e Cecilia
Safira observou curiosa o bom tratamento que Carlos dava a Cecilia, e sorriu divertida. Parecia até um pouco aliviada. A menina só voltou a conversar em tom alto dentro da biblioteca.
— Realmente, diretora, não é solitário viver aqui neste lugar sozinha? Sei que está de noite, mas mesmo lá fora a gente não encontrou ninguém!
Kátia sorriu à vontade, e ajeitou os cabelos.
— De dia há mais gente. Eu sou bibliotecária aqui, lembram? É só que atrás desta biblioteca há um anexo ao qual eu uso de casa. A diretoria da Universidade tem o mesmo recurso. Talvez eu goste de viver ao lado do meu trabalho, sempre, hahaha.
Kátia bateu palmas e algumas luzes surgiram no teto para iluminar melhor o compartimento gigantesco que era aquela biblioteca. As luzes, porém, não pareciam vir de uma lâmpada normal, fato percebido apenas por Carlos. Elas apenas flutuavam próximas ao teto. O brasileiro entendeu que se tratava do cosmo do lugar ou da diretora, e que talvez Cecilia e Safira não entendessem. Melhor que não tivessem percebido.
— Saja já deve estar chegando, ou deve já ter chegado. Pouco antes de eu deixar minha sala, recebi uma visita dela. Comentou que, se fosse mesmo para vir para cá, encontraria o caminho sozinha. Bem… não sei se isso faz muito sentido para vocês. A Saja é assim mesmo, hahaha. Esperemos que chegue logo.
Kátia foi até uma geladeira próxima, na copa do lugar, e trouxe uma jarra com o que parecia ser suco de uva. Serviu em quatro taças e pediu que os alunos fizessem um brinde àquele momento. Para a surpresa geral, tratava-se de um vinho tinto suave caseiro de sabor muito agradável.
— Carbenet Sauvignon, as minhas preferidas. Mas beberemos apenas esta taça, sim? Quero vocês plenamente atentos à excursão. — um sorriso confortante aqueceu o coração dos três alunos. Afinal, quem era Kátia? Ainda com o questionamento no ar, Kátia deixou os três tomando seus vinhos enquanto foi até uma porta do lado direito da biblioteca. Destrancou-a e a abriu, observando os outros. — Temos sim alguns livros em braile, mas aqui o aprendizado é um pouco diferente, Cecilia. Acho que vence quaisquer limitações de sentido. Em breve mostrarei a você como funciona. Agora, entremos aqui, sim?
O vinho daquela taça, ressoando em ondas, causou em Cecilia uma intuição levemente eufórica. Aquela sensação inexplicável de que algo muito bom estava muito perto de acontecer, mesmo não havendo indício algum.
Safira foi a primeira a entrar na sala, e, muito surpresa, quase não pôde falar a respeito. Carlos já conhecia o lugar, uma sala grande e simétrica com um mapa cosmológico de todas as constelações desenhadas simbolicamente no chão. Cecilia, por sua vez, não pôde enxergar com tanta precisão cada detalhe, cada desenho, cada letra simbólica, mas sentia que estava pisando em algo muito maior que os próprios três.
— Carlos — disse a diretora —, podemos começar com você, novamente? Para que elas entendam o que significa isto.
Dizendo isso, a diretora foi para a antessala junto de Safira e Cecilia, observar o mapa completo com Carlos no centro. Um estalar de dedos e o chão inteiro acendeu, cada caminho se interligando de maneira luminosa e representativa. Do emaranhado de pontos que se interligava com linhas retas, dois blocos brilharam fortemente, o primeiro em luz prateada e o segundo em luz dourada, como se refletisse o Sol.
— Safira e Cecilia, esta sala contém um mapa astrológico capaz de fazer uma leitura sobre suas constelações protetoras. É um conhecimento esotérico pouco crível nos dias de hoje, mas milenar e que realmente funciona, se todas as variáveis forem levadas em consideração. As linhas do meio do círculo são as constelações zodiacais, banhadas pelo Sol, e as outras são as constelações menores, também muito importantes para o nosso dia a dia. Carlos é protegido por Pégaso e Leão. Na constelação de Pégaso, uma estrela brilha mais que as outras. Seria a representação de Carlos, e está no centro da constelação. Isto é raro — a diretora sorriu, piscando para o brasileiro. Ele ainda não sabia, mas a relação da estrela central indicava que Carlos era ou seria um cavaleiro, ou seja, Kátia sabia o tempo todo, desde o primeiro teste, que o destino levaria Carlos a conquistar sua armadura. — Podemos dizer que Pégaso é da família da constelação de Perseu, o que dá a Carlos uma orientação de aventureiro ou herói, na vida. Estou certo, Carlos? Agora, vamos a Safira.
A brasileira, sorridente, correu animada para a sala principal, expulsando Carlos de lá.
— Agora é minha vez! Sai, Carlos, não fique se achando só porque é de Pégaso e Leão! Duvido que você sequer lembre meu signo! E eu quero descobrir quais outras constelações me protegem! — ela foi ao centro do mapa e colocou as mãos para trás, fechando os olhos e inspirando profundamente, como se aquilo fosse ajudar na avaliação.
Quando Carlos entrou na antessala, Kátia estalou os dedos. O show de luzes vindas do chão recomeçou, e os fios luminosos caminharam de forma a revelar o segredo por trás de Safira: um brilho dourado e forte em Touro, do canto direito do mapa. Não havia outra constelação, porém. A garota observou intrigada, sem saber ao certo se isso era bom ou ruim, já que tinha uma constelação a menos. Carlos entendeu facilmente: Safira não era uma amazona, no fim das contas.
— Você é de Touro, certo, Safira? — disse Kátia da outra sala. Seu olhar era sério, o sorriso levemente anuviado, mas ainda presente. — Apenas pelo mapa é difícil tirar maiores conclusões… todas as estrelas de Touro brilham muito para você. — ela então fechou os olhos, suspirando curiosa, e pediu com um gesto que Safira voltasse, pois seria a vez de Cecilia. Kátia levou a alemã até o centro do mapa e a orientou quanto ao lado que deveria observar. Cochichou, antes de voltar à antessala: "Nervosa?".
De volta à antessala, Kátia estalou os dedos. Safira pulava de ansiedade, ainda perdida no brilho de Touro. A dança de luz do chão recomeçou, e Cecilia pôde ver, pela primeira vez, todos os detalhes do mapa. De alguma forma aquela energia ativava o seu radar, e tudo estava muito claro. As luzes seguiram para o canto direito do mapa, acendendo em dourado em Peixes; ao mesmo tempo, seguiram ao centro do mapa, perto de Leão e Virgem, e desceram, acendendo a constelação de Taça. Kátia observava um pouco tensa. Após alguns momentos circulando Taça, veio a conclusão: a estrela central acendeu, e Kátia sorriu.
— Taça e Peixes. Taça é da família de Heracles, o herói semideus. Assim como Carlos, há uma inclinação heroica de mudar o mundo, mas diferente: para consegui-lo, testes titânicos são exigidos. — era irônico; mudar o mundo combinava com a carreira musical de Cecilia, capaz de levar multidões a ter uma opinião que ela proferisse, e de repente tudo isso havia sucumbido pela cegueira, um teste que só agora ela estava começando a vencer. — Vocês sabem as histórias de Pégaso, Taça, Leão, Peixes e Touro?
Enquanto conversava, Kátia voltou à outra sala. Saja entrava na biblioteca neste exato momento, mas não fora percebida por ninguém.
O cosmo envolveu Amaretsu e o pedaço de Nike como se ambas fossem uma só. Gracus observou do ponto seguro que a amazona havia sugerido, um pouco surpreso — não era muito comum haver cavaleiros de aço com controle total dos próprios cosmos, e Amaretsu o fazia muito bem. Ele ainda não vira tal poder, mas agora sabia que poderia utilizar disso em mais missões especiais, no futuro. Gracus mesmo, porém, não era um homem comum: ele também possuía seus truques.
— Belo controle de cosmo flamejante, Amaretsu, eu posso ver certas auras cósmicas e acredito que está funcionando…! — um sorriso vencedor começava a ser esboçado no rosto duro do diretor, cujos olhos já vislumbravam, através do redemoinho de chamas, um brilho dourado singular sendo emitido de Nike.
Nike, então, descolou-se da testa de Amaretsu e passou a flutuar mais a frente, girando em torno do próprio eixo. Emitia um brilho suave de som constante e relaxante. A sensação de estar ali presente era agradável e Amaretsu sequer percebeu que havia escorregado aos efeitos do uso de cosmo — sua aparência estava lupina, pelo esforço utilizado. Gracus também pareceu não perceber, ou pelo menos não interessou-se pelo fato. Em vez disso, caminhou em direção a Nike e a observou de perto, sem tocá-la. Havia um sentimento de comoção na sala, e Amaretsu sentiu-se emocionada por razões desconhecidas.
— Ah… Atena — ele abriu os braços como se fosse receber um abraço de alguém muito importante. Fechou os olhos, soltando um ou duas lágrimas, visivelmente emocionado. — Isso conforta meu coração. Nike ainda vive mesmo ferida… Atena voltará para nos proteger, e a protegeremos, pelo bem da Terra…!
Uma impressão ruim tomou conta do lugar, acompanhada de uma brisa fria vinda da única janela daquela sala. Gracus fez menção de virar para observar o que era, mas tudo aconteceu muito rápido: uma faca lançada do lado de fora rumou em linha perfeitamente reta, como se não fosse afetada pela gravidade, e acertou a lateral do pescoço do diretor, que embora não tenha gritado de dor, cambaleou e caiu ao chão. A faca desfez-se em energia, insinuando que fora um golpe de cosmo.
Tenzi
— Huh? Bem, podemos tentar…
Com mais medo do que qualquer outra impressão, Agni tocou a mão de Tenzi. Por precaução, os dois estavam com todos os suprimentos próximos guardados em suas mochilas, que trajavam no momento, já que estavam se arrumando para recomeçar a viagem. O cavaleiro tocou na caixa da armadura e, fechando os olhos, tentou enxergar o que a peça ateniense o dizia, assim como transferi-lo para Agni. Para sua surpresa, porém, nada aconteceu. A pulsação continuava, mais forte que antes, mas não havia visão alguma, nem sequer saíram do lugar. Tenzi tentou lembrar de alguma lição de "Rena" a respeito das projeções visionárias, mas nada lembrou. Talvez a mestra jamais tivera falado sobre isto antes.
Abrindo os olhos, o jovem percebeu uma Agni ainda amedrontada, mas um pouco mais calma.
— Acho que nada aconteceu, então? Se bem que sinto algo vindo da sua mão… como se fosse um choque, mas é agradável e quente. Não duvido do que está me dizendo, principalmente pelo que vi ontem, mas não podemos simplesmente saltar daqui até a Grécia, não concorda?
Diante destas palavras, a energia da armadura ampliou-se grandemente. Havia uma sensação de "gravidade" empurrando os dois para cima, como se fossem sair voando caso perdessem a concentração em se manterem parados. Agni abriu os olhos em uma mistura de medo, horror e surpresa, mas apertou a mão de Tenzi, crispando a boca, e fechou os olhos nervosa. Os elos da energia haviam sido fechados: Grécia, salto, e as energias disponíveis para isso, o cosmo de Tenzi e o conhecimento do lugar de chegada de Agni. Sentindo que deveria simplesmente saltar, Tenzi agachou-se e pulou com todas as forças. Seu corpo saiu do chão levando a caixa da armadura, brilhando em roxo, e Agni, e os três pareceram subir infinitamente. O ambiente ao redor tornou-se logo um borrão — não estavam voando ou flutuando; naquele momento, nada fazia sentido. Tudo parecia estar se curvando sobre si mesmo.
Tenzi foi perdendo impulsão e fez menção de pousar. Instintivamente fechou os olhos e, ao tocar o chão, ouviu barulho de pedra, poeira e terra batida. Agni tremia. Abrindo os olhos, o cavaleiro pôde ver, ao longe, doze casas brancas subindo um monte que culminava com uma estátua familiar, e ao lado do monte uma torre que marcava as horas com fogo. A arquitetura dos templos e as roupas dos guardas que vigiavam o portal de entrada da região não deixava enganar. Estava no Santuário. Compasso parou de pulsar energia.
OFF: Tenzi falhou no teste de Mentor, mas não precisou gastar PDs.
Carlos e Cecilia
Safira observou curiosa o bom tratamento que Carlos dava a Cecilia, e sorriu divertida. Parecia até um pouco aliviada. A menina só voltou a conversar em tom alto dentro da biblioteca.
— Realmente, diretora, não é solitário viver aqui neste lugar sozinha? Sei que está de noite, mas mesmo lá fora a gente não encontrou ninguém!
Kátia sorriu à vontade, e ajeitou os cabelos.
— De dia há mais gente. Eu sou bibliotecária aqui, lembram? É só que atrás desta biblioteca há um anexo ao qual eu uso de casa. A diretoria da Universidade tem o mesmo recurso. Talvez eu goste de viver ao lado do meu trabalho, sempre, hahaha.
Kátia bateu palmas e algumas luzes surgiram no teto para iluminar melhor o compartimento gigantesco que era aquela biblioteca. As luzes, porém, não pareciam vir de uma lâmpada normal, fato percebido apenas por Carlos. Elas apenas flutuavam próximas ao teto. O brasileiro entendeu que se tratava do cosmo do lugar ou da diretora, e que talvez Cecilia e Safira não entendessem. Melhor que não tivessem percebido.
— Saja já deve estar chegando, ou deve já ter chegado. Pouco antes de eu deixar minha sala, recebi uma visita dela. Comentou que, se fosse mesmo para vir para cá, encontraria o caminho sozinha. Bem… não sei se isso faz muito sentido para vocês. A Saja é assim mesmo, hahaha. Esperemos que chegue logo.
Kátia foi até uma geladeira próxima, na copa do lugar, e trouxe uma jarra com o que parecia ser suco de uva. Serviu em quatro taças e pediu que os alunos fizessem um brinde àquele momento. Para a surpresa geral, tratava-se de um vinho tinto suave caseiro de sabor muito agradável.
— Carbenet Sauvignon, as minhas preferidas. Mas beberemos apenas esta taça, sim? Quero vocês plenamente atentos à excursão. — um sorriso confortante aqueceu o coração dos três alunos. Afinal, quem era Kátia? Ainda com o questionamento no ar, Kátia deixou os três tomando seus vinhos enquanto foi até uma porta do lado direito da biblioteca. Destrancou-a e a abriu, observando os outros. — Temos sim alguns livros em braile, mas aqui o aprendizado é um pouco diferente, Cecilia. Acho que vence quaisquer limitações de sentido. Em breve mostrarei a você como funciona. Agora, entremos aqui, sim?
O vinho daquela taça, ressoando em ondas, causou em Cecilia uma intuição levemente eufórica. Aquela sensação inexplicável de que algo muito bom estava muito perto de acontecer, mesmo não havendo indício algum.
Safira foi a primeira a entrar na sala, e, muito surpresa, quase não pôde falar a respeito. Carlos já conhecia o lugar, uma sala grande e simétrica com um mapa cosmológico de todas as constelações desenhadas simbolicamente no chão. Cecilia, por sua vez, não pôde enxergar com tanta precisão cada detalhe, cada desenho, cada letra simbólica, mas sentia que estava pisando em algo muito maior que os próprios três.
— Carlos — disse a diretora —, podemos começar com você, novamente? Para que elas entendam o que significa isto.
Dizendo isso, a diretora foi para a antessala junto de Safira e Cecilia, observar o mapa completo com Carlos no centro. Um estalar de dedos e o chão inteiro acendeu, cada caminho se interligando de maneira luminosa e representativa. Do emaranhado de pontos que se interligava com linhas retas, dois blocos brilharam fortemente, o primeiro em luz prateada e o segundo em luz dourada, como se refletisse o Sol.
— Safira e Cecilia, esta sala contém um mapa astrológico capaz de fazer uma leitura sobre suas constelações protetoras. É um conhecimento esotérico pouco crível nos dias de hoje, mas milenar e que realmente funciona, se todas as variáveis forem levadas em consideração. As linhas do meio do círculo são as constelações zodiacais, banhadas pelo Sol, e as outras são as constelações menores, também muito importantes para o nosso dia a dia. Carlos é protegido por Pégaso e Leão. Na constelação de Pégaso, uma estrela brilha mais que as outras. Seria a representação de Carlos, e está no centro da constelação. Isto é raro — a diretora sorriu, piscando para o brasileiro. Ele ainda não sabia, mas a relação da estrela central indicava que Carlos era ou seria um cavaleiro, ou seja, Kátia sabia o tempo todo, desde o primeiro teste, que o destino levaria Carlos a conquistar sua armadura. — Podemos dizer que Pégaso é da família da constelação de Perseu, o que dá a Carlos uma orientação de aventureiro ou herói, na vida. Estou certo, Carlos? Agora, vamos a Safira.
A brasileira, sorridente, correu animada para a sala principal, expulsando Carlos de lá.
— Agora é minha vez! Sai, Carlos, não fique se achando só porque é de Pégaso e Leão! Duvido que você sequer lembre meu signo! E eu quero descobrir quais outras constelações me protegem! — ela foi ao centro do mapa e colocou as mãos para trás, fechando os olhos e inspirando profundamente, como se aquilo fosse ajudar na avaliação.
Quando Carlos entrou na antessala, Kátia estalou os dedos. O show de luzes vindas do chão recomeçou, e os fios luminosos caminharam de forma a revelar o segredo por trás de Safira: um brilho dourado e forte em Touro, do canto direito do mapa. Não havia outra constelação, porém. A garota observou intrigada, sem saber ao certo se isso era bom ou ruim, já que tinha uma constelação a menos. Carlos entendeu facilmente: Safira não era uma amazona, no fim das contas.
— Você é de Touro, certo, Safira? — disse Kátia da outra sala. Seu olhar era sério, o sorriso levemente anuviado, mas ainda presente. — Apenas pelo mapa é difícil tirar maiores conclusões… todas as estrelas de Touro brilham muito para você. — ela então fechou os olhos, suspirando curiosa, e pediu com um gesto que Safira voltasse, pois seria a vez de Cecilia. Kátia levou a alemã até o centro do mapa e a orientou quanto ao lado que deveria observar. Cochichou, antes de voltar à antessala: "Nervosa?".
De volta à antessala, Kátia estalou os dedos. Safira pulava de ansiedade, ainda perdida no brilho de Touro. A dança de luz do chão recomeçou, e Cecilia pôde ver, pela primeira vez, todos os detalhes do mapa. De alguma forma aquela energia ativava o seu radar, e tudo estava muito claro. As luzes seguiram para o canto direito do mapa, acendendo em dourado em Peixes; ao mesmo tempo, seguiram ao centro do mapa, perto de Leão e Virgem, e desceram, acendendo a constelação de Taça. Kátia observava um pouco tensa. Após alguns momentos circulando Taça, veio a conclusão: a estrela central acendeu, e Kátia sorriu.
— Taça e Peixes. Taça é da família de Heracles, o herói semideus. Assim como Carlos, há uma inclinação heroica de mudar o mundo, mas diferente: para consegui-lo, testes titânicos são exigidos. — era irônico; mudar o mundo combinava com a carreira musical de Cecilia, capaz de levar multidões a ter uma opinião que ela proferisse, e de repente tudo isso havia sucumbido pela cegueira, um teste que só agora ela estava começando a vencer. — Vocês sabem as histórias de Pégaso, Taça, Leão, Peixes e Touro?
Enquanto conversava, Kátia voltou à outra sala. Saja entrava na biblioteca neste exato momento, mas não fora percebida por ninguém.