Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

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Keitarô
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Keitarô » 02 Jun 2018, 23:25

Atlas passou colhendo algumas gotas de sangue de cada um dos guerreiros com armadura sagrada. Não usava o pulso para furar, e sim a digital do polegar: com um toque de seu indicador, uma sensação quente surgia e o dedo estava a sangrar como se furado por uma agulha. Algo de seu cosmo se mexia para que isso funcionasse, mas não ficava claro que tipo de técnica era aquela. Ele fazia a coleta diante da armadura. Cada santo apontava o dedo para sua própria armadura e, quando as gotas caíam sobre o metal, Atlas lançava um pouco de pó estelar.

Sucessivamente, as armaduras iam brilhando e o santo de ouro, junto com Compasso, tratavam de consertar as falhas que apareciam diante do brilho. Tenzi aprimorava sua técnica com os conselhos de Atlas, nos breves minutos que se passaram.

— Ainda não é momento — balbuciou o mestre, pensando alto.

— Eu gostaria de aproveitar para explicar como cheguei até aqui — começou Minerva, concluindo o olhar que dava a Carlos depois da conversa que tiveram. — Desde muito tempo eu tinha vontade de viajar pelo mundo para descobrir mais sobre algumas coisas com as quais sonhei toda minha vida. Tudo ficou mais claro quando encontrei metade de um arco de um metal inquebrável no porão de minha casa, herança familiar. Estou falando daquilo que vocês chamam de Nike.

"Nesses anos, eu comecei a desenvolver o que chamava de poderes... que se tornavam mais fortes junto da metade de Nike que me mostrava muitas visões. Eu decidi que viajaria à Grécia quando tivesse dinheiro para isso, o que se tornou possível cerca de duas semanas atrás. No avião, senti uma energia muito forte vinda de um rapaz, algo familiar, mas totalmente diferente do que já havia encontrado antes, e resolvi testá-lo. Fingi que derrubaria o avião com meu poder, e ele intercedeu, evitando."

Minerva caminhou e parou para retomar um pouco do ar. O mestre estava atento, confirmando com a cabeça, como se antevisse a história que ela estava contando.

— A verdade é que ele me mostrou que era muito irresponsável brincar com isso, com o Cosmo, que era como ele chamava. Apresentou-se como cavaleiro de Atena, e eu senti que estava no caminho certo, pois depois de Nike, sempre pensei ser a própria Atena, embora o artefato nunca tenha me confirmado isso e, depois de eu ter essa conclusão, ele ter parado de me enviar visões do passado.

"Quando descemos na Grécia, seguimos a intuição de nosso Cosmo e passamos perto da Universidade, seguindo o piar de uma coruja que o cavaleiro disse ser um símbolo da deusa. Ela nos guiou por um caminho pedregoso, muito semelhante ao que seguimos de carro mais cedo, na direção do Santuário. Os problemas começaram quando encontramos dois soldados que faziam a guarda de uma suposta entrada para a cidade lá de baixo..."

— Vocês chegaram até a entrada de Rodório? — questionou Atlas, que já terminara a armadura de Tenzi junto dele e passava para Pégaso Negro.

— Não sei dizer. Tudo ficou confuso nessa hora. Os soldados não responderam aos nossos questionamentos... apenas abriram passagem, um seguindo à frente como se fosse guia. De repente, a cidade não estava mais lá, e nós subíamos uma escada, onde havia alguém sentado no trono, no topo, rodeado de cavaleiros de armadura negra, alguns civis, uma mulher de máscara. Nataku tentou lutar para me proteger, mas foi vencido... — ela trazia tristeza na estória, pois sabia que a jornada do cavaleiro tinha apenas começado, e por tê-la encontrado, teve um fim precoce.

— Nataku de Cabeleira de Berenice — completou o mestre —, o mestre dele, o antigo santo de Câncer, havia me comunicado seu início de jornada, realmente. Então ele foi morto pelos inimigos.

— Sim, e então aquele homem, Ingi, me vendou e me levou para algum lugar estranho. Tentou fazer experimentos estranhos usando máquinas que pareciam não funcionar como deveriam... ele sabia usar cosmo, mas sua energia era podre... então, descobriu uma forma de absorver o cosmo dos outros, supondo que, se tivesse mais força, poderia roubar o cosmo de Atena e de Nike em mim. Manteve-me sequestrada naquelas cavernas da Universidade.

— E o homem do trono que você viu — levantou Atlas, limpando o suor da testa enquanto observava Tenzi terminando o conserto de Pégaso Negro, que tinha mais rachaduras que Compasso. —, como ele era?

— Eu não lembro... ele tinha cabelos escuros e desajeitados. A única coisa que ouvi dizer foi a ordem para atacar Nataku e depois me levarem. Tinha a voz bem grave, e os olhos indescritíveis. Pareciam olhar através da carne. Não gosto de me lembrar...

O mestre levou a mão ao queixo, olhando para o nada.

— Posso vê-lo pela sua energia e descrição esparsa. É, obviamente, nosso atual inimigo, embora ainda às sombras. É o corruptor por trás do que enfrentamos e enfrentaremos. Vocês precisam de suas armaduras e de preparação. Ele agirá em breve, principalmente após ter perdido a primeira batalha.

Atlas olhou para o mestre, enquanto passava para a armadura de Cecilia. Tinha um certo olhar de compreensão, mas não quis opinar. Tenzi seguiu logo depois de terminar Pégaso Negro. Safira resolveu se aproximar para ver como os dois faziam.

— Minerva, tu ficarás protegida no templo de Atena, inacessível a qualquer um que não atravesse as doze casas, embora estejamos em falta de cavaleiros de ouro — continuou o mestre —, e vocês, santos de bronze e aço, precisam de preparar. Treinarão na casa de Gêmeos.

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Pontus Maximus
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Pontus Maximus » 03 Jun 2018, 23:05

Amaretsu:

O Sacrifício de sangue foi algo necessário mas quase simbólico ao meu ver, gotinhas de sangue apenas, tive receio de que fosse algo pior, depois disso, um brilho lançado por Atlas o Cavaleiro de Aries brilhou sobre as feridas/cicatrizes das armaduras, agora eu entendo, as armaduras recebiam a luz das estrelas de uma forma refinada, sem radiação ultravioleta direta, filtrada para não se tornar radioativa e tóxica, conservando a vida do usuário e o fortalecendo, bom pelo menos é mais ou menos assim que eu entendi.

Para disfarçar minha curiosidade enquanto Atlas e Tenzi passei a mão e meus cabelos, senti com o toque dos meus dedos o véu em meu rosto, busquei ajeita-lo em minha face, mas eu olhei para Cecília e me veio um rápido pensamento em forma de pergunta:

"Será que o mestre aceitaria usar uma máscara? Qual a posição do Grão Mestre sobre amazonas sem máscara?"

Deixei esse pensamento de lado, e como eu fui a única a não precisou ter o sangue retirado eu fui na direção de Carlos, segurei sua mão e olhei seu dedo com seu pequeno furo, limpei a ferida, e olhei para ele com um olhar sereno, por ser homem e eu mulher e sendo menor do que ele, precisava olhar para cima para ver sua face, queria lhe falar mas não pude, Minerva relatou tudo que lhe aconteceu, o resumo de sua história e de como foi parar em mãos erradas.

Assim como os demais ouvimos que um herói que nunca tinha ouvido falar tombou em combate para salva-la, de um corruptor e seus súditos, Ares (se é mesmo o deus da guerra) ele vai pagar e quando ela mencionou sobre aquela amazona terrorista e Ingi, eu larguei a mão do Pégaso Negro e meu semblante se tornou furioso, dei uns passos para trás, olhei para a Donzela de Ferro (minha Armadura) e manifestei uma parte do meu cosmo em forma de fogo, cobrindo minha mão fechada, eu a abri e manisfestei as garras daquela mão, meus dentes por debaixo do véu se tornaram quase visíveis quando meus caninos cresceram, mas o tecido não rasgou.

Em voz alta:

-Malditos, todos esses psicopatas que te sequestraram, maldito seja o corrupto que mais se parece com um Vampiro e maldita seja aquela amazona, meretriz miserável que tirou meus grandes amigos de mim.

Com Atlas e Tenzi:

-Preciso do talento de vocês para reforçar a blindagem de minha armadura, mas antes preciso configurar alguns recursos de suporte para torna-los padronizados ao invés de suporte tático, preciso transformar minha Armadura de Aço em uma Máquina de Guerra, se precisar do meu sangue eu darei a vocês sem problemas.

Busquei me acalmar aos poucos e disse a Minerva e ao Grão Mestre.

-Minerva, tudo será esclarecido, estamos indo bem, se você for o nosso anjo da guarda ou não nós te protegeremos, e Grão Mestre quando começamos os treinos? Estou com muita vontade de fazer justiça aos meus, eles tiraram de mim alguns, eu vou tirar tudo deles.

OFF: Assim que receber o aval eu vou distribuir os pontos de armadura.

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Galahad
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Galahad » 04 Jun 2018, 00:11

Tenzi

— Entendo agora, Grande Mestre, aguardarei o momento então.

Dita tais palavras num sussurro, Tenzi começava a trabalhar nas armaduras junto de Atlas. A primeira a ser consertada era sua própria armadura, o Santo usava o seu sangue doando para fechar os ferimentos de Compasso, se guiava pelo brilho dourado para saber os pontos em que as rachaduras eram piores, para então fechar os ferimentos de sua armadura, mas não era só isso que fazia, pois naquele momento ajustava Compasso para que esta ficasse em harmonia com seu cosmo atual, crescendo em força assim como o cavaleiro crescera através dos combates que travara. Assim como Tenzi estava desenvolvendo sua capacidade de reparar armaduras, Compasso estava desenvolvendo a capacidade de se reparar com a ajuda de cosmo, assim como melhorando suas capacidades defensivas.

Com o trabalho em Compasso terminado, Tenzi seguia seguia para Pégasos Negro, está apresentava mais danos que Compasso, o que não era uma surpresa, já que Carlos enfrentara mais batalhas. Enquanto consertava a armadura do colega, Tenzi pensava no que escutara dos eventos que levaram Minerva até o Santuário. Parecia que Nike havia sido o que inciara a jornada da jovem, jornada que não fora fácil, tendo sofrido nas mãos de Ingi e também visto seu protetor, Nataku de Cabeleira de Berenice, perdendo a vida para a proteger. A portadora de Nike também encontrara o corruptor por trás de Ingi, mas infelizmente não lembrava o rosto dele, talvez conseguisse com a ajuda de metição e algum cavaleiro do Santuário, talvez o próprio local ajudasse alguma forma.

Após ter sido feito o conserto em Pégasos, começava a cuidar de Taça, só limpava o suor da testa antes de iniciar, assim como fazia movimentos circulares com o pescoço. Felizmente Taça não havia sido danificada, o que era necessário ali, era a preparar para se adaptar ao recente crescimento de sua portadora, isto seria feito com a ajuda da leitura do ser da Cecilia, um dos motivos pelo qual o sangue fora necessário. Ao perceber Safira ali, Tenzi gesticulava com a cabeça para que ela se aproximasse.

— Ainda não estou no mesmo nível que minha Mestra ou do mestre Atlas, então espero que minha técnica ainda rudimentar não seja estranha demais, senhorita Safira.

Tenzi então escutava as palavras do Grande Mestre sobre o que seria não só de Minerva, como do grupo que se formara graças a batalha contra Ingi. O lemuriano só lamentava que aparentemente Minerva ficaria isolada, só sendo visitada por aqueles que atravessem as doze casas, achava que se Minerva tivesse a chance encontrar Agni as duas talvez se dessem bem.

"Espero que isso seja possível um dia, talvez isso faça com que a vida no Santuário mais agradável para elas. Embora haja a questão da Agni ser suscetível a cosmo externos..."

Mas seus pensamentos se afastavam disso ao perceber a aproximação de Amaretsu, a Amazona estava bem alterada, o que se mostrava não só no que ela fara em voz alta, como no pedido que fizera a ele a Atlas. Talvez pedido realmente incomodaria o Santo de Compasso se a armadura da guerreira fosse uma armadura sagrada, mas ouvir a expressão "Máquina de Guerra" ainda não era agradável.

— Eu posso tentar, senhorita Amaretsu, mas não tenho certeza se conseguirei, já sua armadura foi criada com métodos e materiais diferentes dos quais estou familiarizado.

Dada essa resposta e escutando a Amazona se dirigindo ao Mestre do Santuário, Tenzi também se manifestava.

— Grande Mestr, iniciaremos o treino ainda hoje ou amanhã cedo?

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Nulo
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Nulo » 06 Jun 2018, 11:34

Cecilia

"Esse cosmo pode ser usado de tantas maneiras!"

A alemã encontrava-se girando o braço algumas vezes - apos depositar o sangue na armadura - para checar se conseguia descobrir como Atlas tinha furado seu dado. Infelizmente não conseguia, mas o próprio fato de descobrir as possibilidades infinitas que aquele poder poderia trazer já era algo bom. Decidia então acompanhar Safira com sua curiosidade sobre como o conserto daquelas armaduras funcionava e, mesmo sem conseguir notar os brilhos, atentava-se nos sons que as armaduras faziam ao serem regeneradas e na história que a candidata de deusa Minerva relatava.

"Então quer dizer que mais um santo pereceu..."

Tirando as dúvidas sobre a identidade da tal ameaça, Cecilia sentia uma pontada de medo com o relato: se não tivesse tido tanta sorte no confronto contra Ingi, poderia estar à alguns palmos debaixo da terra junto ao cavaleiro que nem tivera a oportunidade de conhecer.

"Estou envolvida em algo bastante perigoso, não?"

Por mais "corajosa" que tentasse parecer, a loira bem no fundo tinha medo. Medo de continuar lutando (algo que nem tinha começado direito), medo de não continuar lutando e alguém sofrer por sua omissão, medo do turbilhão de emoções e futuro que iria consumir-lhe.

"Isso vai passar, espero."

— Treino na casa de gêmeos? Que tipo de treino?

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Inoue91
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Inoue91 » 09 Jun 2018, 18:33

Carlos

Carlos nunca iria imaginar que para reparar as armaduras seria necessário o sangue e ficou ainda mais surpreso quando foi coletado apenas algumas gotas de seu sangue através de seu polegar.

Enquanto observava o conserto das armaduras, Amaretsu veio em sua direção e limpava a sua ferida, ele apenas sorria para a amazona e fazia um carinho em sua cabeça.

Assim após ver o processo de restauração das armaduras começou a prestar atenção na história de Minerva.

— Fingiu que tentaria derrubar o avião ? Mas e se você perdesse o controle e de fato derrubasse o avião, o que iria fazer ?

“Armadura negra, algo me diz que eu ainda irei passar por situações complicadas por conta da cor de minha armadura...”

— Você sabe dizer como que era o cosmo deste homem ? Talvez possa não lembrar de sua aparência, mas uma leitura de seu cosmo pode ser um meio de descobrirmos qualquer informação extra - Dizia enquanto coçava sua cabeça.

Embora não quisesse deixar Minerva sozinha, Carlos sabia que teria que treinar, afinal uma grande luta estaria por vir e ele queria estar preparada para ela.


— Vamos, não temos tempo a perder. — dizia enquanto começava a subir as escadas .

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Keitarô
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Keitarô » 20 Jun 2018, 23:20

Minerva concluiu a história respondendo a Carlos que sabia que o avião não cairia e que não perderia o controle, embora não soubesse explicar a certeza que tinha disso.

— Quanto ao cosmo — ela concluiu — eu me lembro sim, embora ele fosse muito bom em disfarçá-lo. Se por acaso ele se fizer presente eu avisarei imediatamente…

Atlas, que se aproximava da armadura de Amaretsu olhando com curiosidade, olhou para o Mestre e para Minerva.

— Creio que você ficará comigo aqui enquanto os jovens treinam na casa de Gêmeos, Minerva. O mesmo vale para Safira…? — o tom de dúvida se dirigia ao Mestre, que era quem sugerira o treino repentino.

— Será desta forma. Peço que subam comigo até a terceira casa. Quando entrarem, o treinamento encarregar-se-á de acontecer, e vocês entenderão.

Safira ficou chateada. Queria ir junto.

— Ah, deixa eu ia até a entrada, pelo menos. Depois eu desço e fico com o Atlas!

Atlas deu um sorriso sutil, olhando para o Mestre adivinhando que este proibiria a ideia. No entanto, o Mestre acenou com a cabeça.

— Permito. Mas deves descer assim que eles entrarem na casa de Gêmeos. Vocês todos irão sem armadura, que ficarão aqui mesmo para finalizar os reparos e melhorias.

As armaduras recém-consertadas ainda brilhavam restaurando suas rachaduras e feridas visíveis.

Assim, o grupo subiu na direção da casa de Gêmeos. Segundo o mapa astral, deveriam passar pela casa de Touro para então chegar no destino, que era a terceira casa na ordem. Safira subiu satisfeita, pois era a única que não lutava e acompanhava o que estava acontecendo assim mesmo. Chegaram na casa de Touro e uma sensação diferente da casa de Áries tomou a todos. O símbolo astral jazia esculpido na zona superior próxima ao teto, logo à frente da casa.

— Nossa, aqui é… agressivo, né? — pontuou Safira.

O cosmo da casa de Touro transferia a sensação de insaciedade. Talvez um pouco de ansiedade, mas também respeito e soberania. A armadura deveria estar em algum lugar ali, escondida, pois mais de uma vez, sentindo com atenção, era possível sentir os dois cosmos sobrepostos (da armadura e da casa), para então se confundirem novamente.

Então, mais alguns minutos depois, o grupo, um pouco cansado de tantos degraus largos e altos, chegou à entrada da casa de Gêmeos. Além do símbolo astral, Gêmeos mostrava a representação de seu signo, com duas paredes formando um corredor descoberto. Nas paredes, duas crianças, ou dois anjos, a depender da interpretação.

— Que bonita! Acho que é daqui que eu volto, né? Boa sorte para vocês! — Safira começou a descer de volta, e logo passava pela casa de Touro.

Dali de cima já não ha via barulho, a não ser do vento. Havia paz, mas ao mesmo tempo dúvida. O cosmo da casa de Gêmeos simplesmente não existia.

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Pontus Maximus
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Pontus Maximus » 21 Jun 2018, 17:05

Amaretsu:

Ao ouvir a resposta de Tenzi eu ainda estava com raiva, mas não do Tenzi e sim dos meus, ou melhor, dos nossos inimigos:

Com Tenzi e Atlas depois de tentar me acalmar e apagar as chamas de minha mão:

-Me perdoe Tenzi, me perdoem Atlas, me perdoe Tenzi, a ideia de perder mais alguém de forma trágica as vezes me perturba demais, eu ainda me lembro dos flashbacks que Nike me mostrou e parte das lembranças são de heróis e heroínas caídos e humilhados pelos falsos deuses do Olimpo, com exceção de Atena, os Olimpianos traem seus súditos mais fiéis, se é que eu interpretei direito as visões, mas também existem outras, na verdade várias visões que Nike me revelou que me fazem sentir os mais variados tipos de sensações, tanto boas quanto ruins. Então, perdão eu peço mais uma vez.

Quando eu vi Atlas observando minha armadura eu falei com ele:

-Minha armadura é artificial Atlas, mas não é complicado manusear, o que eu mais preciso por hora é mexer nas configurações de recursos de suporte e padroniza-los, posso fazer isso com comando de voz mas eu não sei se ela me ouvirá com essa aura envolta, mas não se preocupe, o senhor só precisa reforçar a blindagem e o sistema interno eu atualizou quando voltar, preciso aumentar sua capacidade de atingir alvos múltiplos com as armas embutidas nela, creio que aumentando seu poder bélico ou possa ser mais eficaz numa próxima vez. Então manda ver Cavaleiro de Ouro, quero a Donzela de ferro bem bonita para o próximo "baile"

Terminei a frase em tom de brincadeira para quebrar o gelo, eu preciso aliviar a tensão e me preparar com mais calma para as "surpresas" do treinamento.

Com Safira:

Queria ter trazido meu celular para tirar umas fotos dessa lendária região, aproveita menina e tira umas fotos pois eu não posso fazer isso, mas você sim.

Com a empolgação de Carlos eu segui para a Casa de Gêmeos, pena que não era um passeio, minha vontade de colocar minha mão com a mão do Pégaso Negro e repousar minha cabeça em seu ombro teria que ficar para depois, e subindo cada degrau eu buscava fazer um reconhecimento do território como todo soldado faria em território alheio.

Com Atlas:

-Atlas me responda duas coisas: 1 não seria mais prático cortar caminho por fora até chegarmos em Gêmeos? A topografia e estrutura dessas rochas é favorável a criar um atalho.

2. Cada signo do zodíaco tem sua casa certo? Então tipo, ao invés de 12 casas como estudei nos QHs do Cavaleiros de Aço, deveriam ser 13 casas já que gêmeos são, tecnicamente 2 e não 1 certo? sempre tive essa dúvida.

Espero a resposta do Cavaleiro de Áries:

Passando por Touro senti um cosmo confuso, um clima ruim na casa, olhei para todos os lados e se não fosse por Atlas eu me prepararia para um conflito, parece que estamos sendo observados por alguém bem camuflado.

E finalmente em Gêmeos, eu vi apenas uma casa adornada por duas estátuas de dois possíveis irmãos, mas talvez não sejam irmãos e sim um símbolo de duas pessoas com mesmo signo. Que coisa confusa.

Atlas nos deixou e retornou com safira, essa casa parecia abandonada, e um silêncio ameaçador de certa forma, tentei pegar minhas armas por costume mas percebi que estava apenas de uma simbólica Armadura de Kevlar Balístico que uso por debaixo da Armadura de Aço, uma vestimenta que não garante proteção nenhuma contra poderes cósmicos. Então eu tomei a dianteira do grupo eu falei com todos:

-Cecília, Carlos e Tenzi, peço que me esperem um pouco aqui fora, para que eu possa fazer um reconhecimento sozinha lá dentro, qualquer coisa eu assobio e chamo por vocês, eu sei que o treinamento é para todos nós, mas Nike me mostrou parcialmente lembranças confusas sobre gêmeos, não consigo decifrar ainda o mistério e não quero sejamos todos vítimas de algum Cavaleiro com más intenções e Atlas sem querer tenha nos levado a um "matadouro".

Espero a resposta de todos, mas seja como for eu entro sozinha ou acompanhada por esses bravos soldados.

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Galahad
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Galahad » 22 Jun 2018, 13:11

Tenzi

Escutando as desculpas de Amaretsu, a expressão de Tenzi se suavizava. Entendia melhor o estado da Amazona, assim como o que a movia.

— Eu entendo, senhorita Amaretsu. Não precisa pedir perdão novamente, não posso dizer que entendo o que você passou ou está passando, mas sabia que irei ajudar no que for possível em sua missão, só não esperava escutar Armaduras sendo chamadas de "armas de guerra".

O Santo de Compasso então apenas escutava o que mais diziam ali, escutando os questionamentos de Amaretsu a Atlas. Não sabia como o Santo de Ares iria responder, mas ficava curioso sobre elas.

Quando Safira pedira para ir até a Casa de Gêmeos o jovem lemuriano não estranhava, aquilo poderia ser só curiosidade da jovem, como também poderia ser vontade de passar mais tempo com Cecilia e Carlos, por isso não falara nada, mas, mesmo se achasse, não tinha autoridade para permitir ou negar qualquer coisa ali.

Depois, quando o grupo atravessa a casa de Touro, Tenzi se manter calmo, mesmo com a sessão que transmitida ali. Se perguntava que tipo de pessoa seria a encarregada do lugar, se seu temperamento refletia aquela inquietação ou se a dominava, mas infelizmente o Santo ou Amazona de Toura não estava ali.

— É, aqui é bem diferente da casa de Ares, senhorita Safira.

Felizmente nada acontecera na casa de Touro, fora uma passagem tranquila, fora as sensações que o local transferira, e assim o grupo logo chegava às portas da casa de Gêmeo, ali Safira se despedira do grupo e Amaretsu fizera uma curiosa oferta ao grupo.

— Se cuide, senhorita Safira. — após esta se afastar, Tenzi se volta para Amaretsu — Acha mesmo necessário, senhorita Amaretsu? Bem, se quiser, não irei impedir, mas não acho que haverão perigos.

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Inoue91
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Inoue91 » 25 Jun 2018, 12:29

Carlos

Carlos escutava atentamente a resposta que Minerva lhe dava, apesar desta dizer que tinha certeza de que o avião não cairia ainda achou algo muito arriscado para de se fazer, afinal até mesmo o melhor profissional do mundo está sujeito a falhas e assim dava uma breve resposta.

— Talvez possamos usar isso para nossa vantagem, mas até ele reaparecer devemos tomar cuidado e estar sempre atentos.

O cavaleiro de Pégaso se posicionava ao lado de sua prima enquanto Amaretsu  conversava com Atlas, a mesma fez menção de querer ir junto até a casa de Gêmeos, Carlos conhecia bem a sua prima e quando esta colocava uma ideia em sua cabeça, praticamente nada a fazia desistir dela, mas como julgou que não teria perigo não se importou em ter a companhia de sua prima durante a subida até a casa de Gêmeos.

Enquanto atravessa a casa de Touro, Carlos sentia um leve incomodo, ele tentava se manter calmo e enquanto andava observava atentamente a construção do local, Carlos também se perguntava se a casa de Touro era uma das casas as quais estavam sem cavaleiros ao perceber que a casa estava fazia, talvez o mesmo estivesse ocupado com alguma outra tarefa.

Assim ao chegar à porta da casa de Gêmeo, Carlos despedia-se de sua prima e em seguida respondia a proposta dada pela Amazona de Aço.

— Até mais prima e tenha cuidado ao descer — Dizia dando um leve aceno de mão para Safira, em seguida voltava-se para Amaretsu — Não sei... — Dizia pensativo — Atlas já avisou que assim que assim que entrarmos o treinamento irá acontecer e que iriamos entender, talvez isso já seja parte do treinamento

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Nulo
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Re: Ato 1.5 ~ Caminho Pedregoso

Mensagem por Nulo » 25 Jun 2018, 13:05

Cecilia

— Entendido.

Ao ouvir a explicação do mestre do santuário sobre o treinamento, Cecilia assentia com a cabeça e virava-se na direção da escadaria, a cabeça inclinada levemente para cima com se encarasse o que estava por vir.

"O caminho para ser uma santa não é tão simples."

Realmente não achava muito bom para Safira acompanhá-la naquela situação, mas como o mestre só havia permitido a chegada até a entrada para ela, ficava mais tranquila. Não queria vê-la em perigo como no combate contra o Ingi nos compartimentos daquele coliseu. E desse jeito começava a acompanhar o grupo na subida, parando por uma fração de segundo para checar que a armadura estava sendo cuidada adequadamente; não olhando-a como uma possessão, mas sim como uma amiga.

"Até mais."

...

— Sim, bem opressivo.

Já quando fazia sua travessia pela casa de Touro, a loira notava como os outros aquela sensação de desconforto e impaciência. Estaria a casa ou a armadura querendo passar alguma mensagem com aquilo? Quem seria o Santo de Touro?

— Algo aconteceu com o Santo de Touro?

...

Ao chegar na casa de gêmeos, todavia, Cecilia não conseguia discernir nada ali. Não existia cosmo, sensação diferente ou algum sentimento estranho emanando dali: a armadura de gêmeos não existia?

— Signo de gêmeos, um dos quatro signos mutáveis junto com Virgem, Sagitário e Peixes...

Signos inconsistentes e com comportamento dualista, o que justificava a fama de não se mostrarem confiáveis. O quanto poderia acreditar em astrologia nessa situação? Estaria sendo apenas ludibriada pela casa ou armadura em si? Ou ambos?

"Temos de tomar bastante cuidado."

Ao despedir-se de Safira e notar a prontidão toda de Amaretsu, bem no fundo Cecilia sentia vontade de deixá-la ir na frente como seguro, mas aquilo acabaria com a ideia de um treinamento. O que quer que acontecesse, não poderia esperar ser protegida por outrem.

— Perdoe-me, senhorita Amaretsu, sei que você tem suas preocupações e mesmo que sejam fecundas, todos estamos aqui para enfrentá-las. Então não se sacrifique assim.

Com isso dito, começava a adentrar aquele templo. Protelar o inevitável só iria gerar mais dúvida do que já tinha.


OFF: Com meus 3 Pontos, aumentar H para 5, R para 3 e PdF para 1, caso seja possível. Perdão pela falta de formatação, estou no celular já que estou com problemas de acessar no PC.

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