Tenzi percebeu que havia vários Cosmos batalhando ali naquele lugar. Conseguia sentir o Cosmo de Amaretsu um pouco distante, como se estivesse enclausurado num lugar mais embaixo. Os Cosmos de Cecilia e Carlos estavam próximos, nalgum lugar mais à oeste e mais acima, talvez num andar superior. A princípio, não sentia o Cosmo de Kátia.
A mulher asiática de armadura não tinha ferimentos graves. Nas laterais de sua boca havia traços de sangue escorrido que foi limpado com a mão ou o braço, apenas. Sua condição era normal, ainda que estivesse com uma armadura de combate, provavelmente de aço, como Amaretsu. A única diferença é que a mulher tinha nível de Cosmo humano comum — e a armadura parecia ter Cosmo próprio, embora menor que uma armadura sagrada. A mulher estava estática, parada, olhando para o longe, vazia.
Mesmo com Tenzi à sua frente, ela não saía do foco, como se numa espécie de transe.
Repentinamente, o prédio inteiro tremeu, vindo do oeste.
Amaretsu
Amaretsu ameaçou o soldado com a espada em seu pescoço. Surpreendeu-se com o fato de que a espada não parecia afundar a proteção do pescoço do soldado.
— Mas é claro que estou a serviço dos Cavaleiros de Aço! Fui informado por meu superior que o laboratório estava sendo atacado… Encontro você, transformada em lobo, com os três pesquisadores desacordados! O alarme só tocou aqui e na ala de treinamento! Vim em missão furtiva… e não me ameace. Você não tem como perfurar minha armadura!
O soldado parecia um tanto quanto despreparado, ou amador. Mesmo com a ameaça de Amaretsu, tentou recuar para trás rastejando no chão. A luz no capacete que acendeu quando ele controlou a arma remotamente se apagou, uma vez que o aparato havia sido destruído. Ele, por fim, desistiu de tentar se soltar.
— Então me fale sobre quem você é, porque eu nunca ouvi falar de lobisomens entre os cavaleiros de aço. Aliás, sequer pensei que existissem!
Havia um certo medo na voz do jovem.
Então, um má pressentimento. Algo tremeu, nos andares superiores, o tremor sendo sentido, ainda que bem atenuado, mesmo ali embaixo, que era um corredor ultraprotegido no subterrâneo.
Cecilia e Carlos
Confiando na fúria que o gigante negro de Hércules estava preparando para disparar, Cecilia reforçou seu escudo de gelo com a mesma energia do começo do combate, mas no novo patamar de seu Cosmo.
Cecilia usou Ardil.
Haggar cerrou os punhos com muita força, todo o seu Cosmo concentrando nas duas mãos, quase como que singularidades. Por um momento, a própria gravidade pareceu se distorcer na proximidade de Cecilia…
Misha acertou Carlos em cheio, que defendeu boa parte do golpe físico, mas foi fritado pelo raio. A eletricidade percorreu o corpo inteiro do jovem, deixando um vapor de roupa queimada ao terminar. A visão turvou um pouco pela combinação do raio com o aparente veneno. O sangue escorria do corpo, mas Pégaso Negro continuava firme e forte.
Carlos rolou sua defesa (FD=(A5–1)×2+H6–1+1d):
FD 15, –12 PVs, com –1 do efeito venenoso.
Carlos também rolou 1d para Defesa Acrobática, gastando sua ação e 2 PMs:
Sucesso!
— O jogo está virando, Carlos de Pégaso Negro!
Misha cruzou os braços em X à frente do corpo, eletrificando-os com energia roxa que se tornou vermelha. Ela então, com um movimento rápido, levou os braços ao lado do corpo, e por sobre os membros e as mãos o Cosmo elétrico, como aura, formava garras enormes. Misha então avançou um passo firme, inclinando o corpo à frente estocando os dois braços, as garras elétricas na direção do peito de Carlos.
— Receba… Explosão de Raios Negros!
Mas Misha falharia ao acertar seu alvo.
Carlos desviou automaticamente graças à Defesa Acrobática. Essa defesa ou esquiva pode ser interpretada no próximo post.
— MISHA, ME DESCULPE!!
— Haggar! Não--
— REVOLTA DE ATLAS!!
Misha se virou, inutilmente saltando na direção de Haggar. Cecilia estava com a defesa levantada, e Carlos finalizava sua esquiva do golpe da amazona quando Haggar envergou o corpo para trás e lançou, na forma de uma martelada, os dois punhos contra o chão. A visão foi engraçada a princípio. A pedra pareceu ondular, como se fosse água. Logo, o chão se tornou incandescente e numa velocidade indescritível começou a se romper, ondas de energia escura saltando de baixo para cima das rachaduras. As pedras e o Cosmo rumaram na direção de Cecilia, mas também Misha e Carlos, e até mesmo para trás de Haggar.
Assim, como se tivesse sido explodido por uma bomba, o chão, as paredes e o teto daquele corredor explodiram para todos os lados.
Haggar atacou em área:
FA 67
Graças a Ardil, Cecilia não foi atingida pelo ataque, refletindo sua parte do dano para Haggar, que também sofreu dano ele mesmo. Misha e Carlos podem tentar uma esquiva para receber FD+1 (é impossível esquivar totalmente deste ataque).
Os escombros e os quatro caíram no andar debaixo, num corredor muito mais amplo que o superior. Não parecia haver pessoas ali. Cecilia era a única aparentemente consciente, o brilho de seu escudo de Cosmo tornando-se mais transparente, já que a defesa refletiva havia se dissipado devolvendo a onda de choque de Haggar. Os outros pareciam estar soterrados.
Carlos deverá, na ordem, interpretar sua defesa contra o ataque de Misha e depois como se "defendeu" contra o ataque de área de Haggar.
Dados:
Amaretsu: 13/20 PVs, 0/20 PMs; 13/20 cargas.
Tenzi: 8/15 PVs, 33/35 PMs; 13/15 cargas; Sugoi.
Cecilia: 13/25 PVs, 1/45 PMs; 13/15 cargas; Sugoi (3/7).
Carlos: 6/25 PVs, 57/69 PMs; 22/25 cargas; Sugoi (PMs>50).
Estes dados ainda não consideram o ataque de Haggar.
Próxima atualização: dia 01.12.2019, domingo.