— Desculpe-me Amaretsu, mas eu não tenho nem metade das respostas que você quer. Enfim, você não tem também. Somos… soldados, afinal. Eu tenho algum conhecimento técnico de eletrônica e física de campos. O sinal aqui embaixo é ruim para o rádio porque há muito concreto e metal nas estruturas ao redor, anulando o sinal que tenta penetrar ou sair. A única maneira de transmitir dados é fisicamente por cabos ou por computação quântica. Mas tudo está desligado…
Lukas se assustou com a proximidade de Amaretsu e a tratativa dela com sua superior.
— V-Você… é maluca!? Como pode dizer que estou sendo usado, e tratar a tenente dessa forma!? Você é uma simples soldado! — ele recuou alguns passos, em dúvida. — É fácil sair cuspindo teorias de conspiração dessa forma. Na sua ideia você pode ser qualquer um, aliado ou inimigo, e eu estar sendo enganado por todos… tsc.
Enquanto Amaretsu cuidava das vítimas para que fossem carregadas, Lukas foi até o painel de controle de segurança e disparou um código que iniciou a abertura das portas de segurança do andar. Para Amaretsu, ele parecia pensativo, pois parava de digitar ou de andar de tempos em tempos como se pensasse no que a soldado havia dito.
— Muito bem, vamos até a ala médica.
Amaretsu carregava os dois engenheiro, enquanto Lukas levava Lilla, a pesquisadora com traje de treinamento. Passaram das três portas de segurança e iniciaram a subida das escadas de volta. Lukas percebeu Amaretsu recolocando a máscara, quando os dois viram alguém no topo das escadas, descendo. Imediatamente Amaretsu sentiu o Cosmo do homem, e sua armadura, que lembrava a de um cavaleiro. Como era escura, sua patente não era sugestionável.
— Quem é esse? É seu amigo, Amaretsu!? — Lukas sacou a pistola do coldre, um pouco tenso.
O homem sorriu, a expressão satisfeita, mas venenosa.
Amaretsu sentiu a presença de Tenzi em algum lugar mais acima.
Tenzi
Tenzi concentrou seu Cosmo nas mãos, sentindo-se automaticamente em meditação. Compasso ressoava com o jovem, dando a ele uma sensação agradável e crescente. Então, teve a intuição de tocar em Hera, em seu ombro. Instantaneamente, sentiu um choque. O Cosmo de Hera se reavivou, cobrindo todo o seu corpo como uma aura de cor mais clara que a de Tenzi. Finalmente ela suspirou e sentou-se muito rapidamente, assustada.
Olhou ao redor e viu o santo com seu Cosmo vívido.
— Tenzi… de Compasso. Eu-- eu não sei onde estou, ou… eu estava saindo da ala de treinamento… — ela levou uma mão à cabeça enquanto levantava, tentando raciocinar, mas com dificuldade. Encostou-se na parede, olhando para baixo, pensando com todas as forças.
— Algo ou alguém chamou minha atenção para fora do prédio, e eu o persegui. Ele alçou voo e eu o segui, usando minhas técnicas para chegar até ele. Quando dei por mim, estava a dezenas de quilômetros daqui, subindo atrás dele, que debochava de meu ato como se seu Cosmo risse de mim. Chegamos até o limite da atmosfera… eu estava asfixiando quando ele partiu para me atacar… e você me trouxe de volta para cá.
Finalmente ela olhou para Tenzi, a máscara escondendo a expressão de surpresa e confusão que o Cosmo da santa de prata não fazia questão em ocultar.
— O que você fez? Como me trouxe de tão longe até aqui!?
Cecilia e Carlos
— Vocês são novatos, posso ver. Novatos que crescem rápido em poder são sempre um problema. Haggar é como vocês, mas com problemas.
Ela começa a tirar algumas pedras de cima do grandalhão. Primeiro menores, depois maiores, e por fim, com golpes de cosmo, grandes quantidades de escombros, revelando o corpo inerte do homem numa posição derrotada, os braços sem forças ao lado do corpo. Tinha os olhos abertos e sem foco, a boca aberta com a língua para o lado. A armadura tinha rachaduras, mas ainda estava inteira.
Misha olhou de relance para Cecilia e Carlos lá em cima, como se quisesse verificar que estava segura de um golpe surpresa. Depois, pareceu não se importar mais com os dois, abaixando-se em cima do peito de Haggar. Elevou a mão direita ao alto, a palma aberta; um raio de Cosmo passou por seu braço, mas não formou esfera de energia alguma. Em seguida ela encostou no topo da cabeça de Haggar. Cecilia sentia os movimentos e a energia, embora não pudesse ver em detalhes.
Por fim, um raio pareceu passar da mão de Misha ao corpo de Haggar pela palma.
— Façamos assim. Terminamos esta batalha outro dia. Já perdemos mais tempo do que imaginávamos, e destruímos mais do que precisávamos — disse Misha se levantando.
Ela saltou ao lado do homem, que de repente tossiu desesperadamente. Ele levou uma das mãos ao peito, respirando fundo, e se sentou, confuso.
— E-eu achei que--
— Deixe para depois. Vamos embora. Perdemos o combate, e Serpus estará nos esperando — ela deu as costas e saiu correndo na direção oposta.
— Mi-Misha você me trouxe da morte? Ou eu não tinha morrido? Mas eu vi a luz! MISHA! — ele se levantou e se virou para acompanhar a companheira, mas virou para Cecilia com uma cara brava. Socou o chão com o mesmo Cosmo poderoso de antes, mas mais comedido, e levantou uma montanha gigantesca de pedras e poeiras.
As pedras vieram na direção de Cecilia, mas não rumavam para atingi-la. Em vez disso, fizeram uma imensa parede improvisada de detritos que impedia quem estava dali atravessar para o outro lado com facilidade e/ou rapidez, sobrando poucas brechas, ou forçando uma escalada até quase acima do andar onde estavam.
Aos poucos, os Cosmos de Misha e Haggar foram se distanciando, até que, repentinamente, sumiram, como se ocultassem a própria presença.
Kátia saiu do banheiro após a fala de Carlos.
— O Cosmo deles… era como cavaleiros. Mas há algo estranho e errado sobre essa estória toda. O que eles faziam aqui?
Carlos não está mais sob os redutores e o efeito venenoso.
Dados:
Amaretsu: 13/20 PVs, 0/20 PMs; 13/20 cargas.
Tenzi: 8/15 PVs, 33/35 PMs; 13/15 cargas; Sugoi.
Cecilia: 13/25 PVs, 11/45 PMs; 13/15 cargas; Sugoi (5/7).
Carlos: 6/25 PVs, 55/69 PMs; 22/25 cargas; Sugoi (PMs>50).
Próxima atualização: dia 06.12.2019, sexta-feira.