Movida pelo instinto e a intuição que dizia ser o laboratório o foco dos eventuais ataques, a amazona seguiu um caminho diferente do que havia percorrido com sua mãe e a amazona de prata para chegar ali. Por isso, passou longe de onde havia deixado o diretor, Kátia e os outros.
Embora o alarme estivesse ativado, não havia destruição aparente no quartel. Um ou outro soldado operacional corria de um lado para o outro. Curiosamente, havia poucos guerreiros propriamente ditos, e a maioria estava confusa. Quando viam Amaretsu em sua forma lupina branca passando, assustavam-se, mas de alguma forma identificavam se tratar da soldado, provavelmente pela armadura.
Distanciando-se mais um pouco, a amazona chegou na região dos corredores dos laboratórios, geograficamente mais abaixo. Ao chegar no corredor principal, havia uma pequena escada que levava para o que seria o subterrâneo, uma medida preventiva caso a Academia fosse atacada por explosões. Dessa forma, as pesquisas possuíam proteção extra.
Ali, sim, parecia haver vítimas. Num laboratório mais ao fundo do corredor havia alguém deitado no chão, metade do corpo para dentro a outra para fora. E, dentro do próprio laboratório, duas outras cientistas caídas, uma delas com roupas militares de teste. Curiosamente não estavam mortos, apenas desmaiados.
Tenzi
Segurando Agni, Tenzi tratou de saltar por dentro do espaço como costumava. A viagem, dessa forma, foi rápida. Logo estava de volta à barreira de Cosmo, onde teve de parar com os teleportes e atravessar andando normalmente. Uma vez dentro, pôde recomeçar os saltos, até que estava novamente nas ruínas onde escolhera ir por aquele caminho, enquanto Cinzel voltara para o outro lado.
— Ele disse que ia procurar alguém, né? Será que encontrou? — disse Agni, olhando para os lados, na dúvida.
A entrada no Santuário estava muito calma. Havia poucos Cosmos dentro da sede onde tinham encontrado Cinzel minutos antes, mas nem sinal dele, efetivamente. Agni colocou as mãos na cintura, pensativa.
— E agora, Tenzi? Vai esperar, ou procurar em outro lugar?
Sentindo as doze casas, apenas o Cosmo distante do mestre, no topo do caminho, era sentido. As outras casas, como sempre, respondiam à leitura com Cosmos calmos e imóveis, atestando a falta de guerreiros. Atlas não havia voltado ainda, aparentemente.
Carlos e Cecilia
A diretora afirmou positivamente com a cabeça, e rumou para o banheiro. Entrou e puxou a porta levemente, sem a fechar — havia um clique que poderia trancá-la. Não que fosse impossível de abrir; de toda forma, assim foi deixada a porta.
— Vou ficar escondida, então… boa sorte!
A sequência de batidas continuou, a tensão um pouco mais estável por parte dos dois cavaleiros, talvez porque estavam em posição de reação, Cecilia com a aura de Cosmo pronta para contra-ataque, inclusive. Assim, em questão de segundos, a dobradiça da porta de aço foi cedendo por pura força bruta. A mão de quem batia já estava praticamente toda delineada no aço.
Mais um golpe e a porta cedeu, abrindo-se. Não caiu, apenas foi até o fim de curso, como uma porta comum, só que muito mais pesada e grande.
Eram dois guerreiros, realmente. O primeiro, grande, braços largos e fortes. A segunda, uma mulher loira, bem delineada, face determinada. Ambos tinham armaduras negras.
— Ora — disse o homem, divertido. — Não é que sua intuição estava certa, Misha? Dois cavaleiros!Estou trabalhando nas imagens, em breve teremos.
— Sim. Não percamos tempo. Eu fico com o Pégaso, você pega a menina.
[...]
Próxima atualização: dia 14.11.2019, quinta-feira.