Amaretsu
Amaretsu não sabe mensurar quanto tempo passou pensando naqueles fatos. Inclusive, cochilou. Sonhou que era noite, estava numa floresta semelhante ao bosque com o lago que visitara horas antes com Fátima, mas não o mesmo. No meio da floresta havia uma clareira ocupada por uma construção de alta tecnologia. Era familiar, mas ao mesmo tempo diferente de tudo o que ela vira no QG de aço ou em qualquer outro lugar.
Como se a mente voasse e atravessasse paredes, sua vista adentrou a construção, revelando um laboratório improvisado. Havia pessoas em jalecos, computadores e equipamentos, celas com pessoas e o que pareciam ser lobos dentro, e uma grande máquina ao fim, uma cápsula com um líquido azulado onde alguém boiava inconsciente.
Uma certa agonia foi tomando conta de Amaretsu, enquanto ela foi passando a entender de quem se tratava. Quando estava para ver o corpo e o rosto da pessoa, tudo ficou preto, um grito ecoando na sua cabeça que a fez acordar assustada.
"NÃO VENHA! FUJA!"
O sol estava para se por. Fátima não parecia estar em casa, mas Amaretsu sabia que de tempos em tempos a senhora saía para fazer uma ou outra coisa, como colher ervas, estender roupas na parte detrás da casa, ou algo assim.
Carlos
— Ué, não estamos atacando o Santuário — ele ficou um pouco confuso com a pergunta. — Estamos vivendo nossas vidas SEM o Santuário. Quem precisa deles? Nem Atena eles têm, afinal. Fiquei sabendo daquela noite maluca na tal Universidade. Cê tava lá, né?
Tudo estava indo muito bem, e Hagar ficou claramente pensativo e depois curioso quando Carlos falou que ele merecia mais, e que seu caso pessoal era algo a parte das outras armaduras negras. Só que tudo foi por água abaixo quando ele falou sobre Amaretsu.
— Pera aí. Sua colega? Você está com ela? Temos ordens para CAPTURAR Amaretsu. Se eu soubesse, ela já estaria com o mandante da missão. Bem, vai estar em breve, de todo jeito. Serpus vai dar um jeito. Agora você… Não parece que é um de nós, afinal. Vou ter que esfregar sua cara na areia, mesmo não querendo. Tsc, eu sou mesmo um bonitão bobão.
Ele ficou triste por um momento, e depois balançou a cabeça negativamente. Resmungou algo sobre "você tem razão, Misha", e bateu os punhos, fazendo Cosmo ricochetear para os lados. A luta era iminente.
Carlos automaticamente ganha a Iniciativa.
Cecilia
— Ahm… Acho que sim — ele olhou para a armadura de canto de olho, comparando com a própria vestimenta, basicamente colete e placas militares úteis contra projéteis balísticos comuns, mas não contra Amaretsu, ou mesmo Cecilia, se esta usasse seu Cosmo. — Eu vi o que vocês são capazes de fazer. Há lendas sobre guerreiros sobre-humanos em todas as sociedades, afinal, mas foi uma surpresa saber que é verdade. Quantos há de vocês?
Então ele pareceu perceber como Cecilia na verdade deveria ser cega, pelos olhos sem vida, o cristalino opaco. Surpreendeu-se, mas segurou a reação.
— Como conseguem? Ser mais que pessoas comuns, digo. É a armadura que potencializa? Já ouvi falar em testes assim nos governos do oeste.
Cecilia passou por celas vazias — o complexo todo parecia uma prisão pequena — e, ao dobrar num último corredor à direita, o homem apontou para a última sala. Deveria ser o capitão deles.
Tenzi
Fulano, sorridente, permanece com o braço esticado, o cantil ofertado. Fez silêncio por alguns segundos, quando explanou:
— Essa é uma pergunta de caráter filosófico, amigo. Posso dizer que estou do meu lado… que é temporariamente o mesmo lado que vocês. Estou observando a tal missão para capturar Amaretsu. Poderia ir e resolver tudo, mas isso seria injusto. Uff — ele suspirou, preso no dilema. — É o prêmio por uma obsessão, acho…
Ele resolveu beber mais água, mas logo depois encheu o cantil de novo. Então, ofereceu.
— Meu nome não é Fulano, mas não quero me identificar. Você já sabe mais que qualquer um, porque conseguiu ver meu rosto. Digo que sei onde Amaretsu está, e que ela em breve será atacada pelo Cavaleiro Serpus de Órion Negro. Eu a avisarei instantes antes, e assim ela poderá lutar e fazer a justiça que deseja. Em troca desta informação, peço que não intervenham. Caso contrário, terei que interferir na sua interferência! Mesmo sendo só um cavaleiro de aço, sei de uns truques.
Ele estralou os dedos e, de repente, sua barba e cabelo cresceram. Tenzi conseguiu ver o movimento do Cosmo, então tratava-se de uma técnica.
— Tipo esse. Eu gosto de não ser encontrado, hehe. Mas você me encontrou. Hummm…
Com um outro estalar, o rosto voltou ao que era antes. Era seu verdadeiro?
Dados:
Amaretsu: 20/20 PVs, 16/20 PMs; Sugoi, sem dados da armadura.
Tenzi: 15/15 PVs, 29/35 PMs; 13/15 cargas; Sugoi.
Cecilia: 25/25 PVs, 24/25 PMs; 13/15 cargas; Sugoi. PD: Cura, e 2 PEs temporários.
Carlos: 30/30 PVs, 40/40 PMs; 22/25 cargas.
Próxima atualização: dia 29.11.2021, segunda-feira.