Ato 0 ~ Prefácio

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Inoue91
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Inoue91 » 30 Ago 2015, 16:33

Carlos


— Eu ficaria feliz em ajuda-la, seria como um agradecimento pelos bons momentos que sua musica me fez passar, alem de que eu estou morando aqui perto o que acaba facilitando caso eu queria vir aqui e pegar o livro sobre a constelação de Pégaso ou de Leão, você quer começar com o livro de Taça certo ?. — Assim pegava o livro de Taça e abria em sua primeira pagina, esperando com que Cecilia se acomodasse para assim o brasileiro poder iniciar a leitura

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Keitarô
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Keitarô » 30 Ago 2015, 23:20

Tenzi

— Entendo. Bom, não é natural que estrangeiros sem ligação com Atena tenham permissão para ficar aqui... mas não quero negar a decisão de sua armadura. Se ela a trouxe, aqui ela deve permanecer até que o destino resolva sua situação.

— Agradeço, senhor... cavaleiro — Agni sorriu com a forma de tratamento utilizada. Havia se metido em um lugar misterioso e místico com pessoas misteriosas e místicas. Não entendia o que era um cavaleiro de ouro, mas deveria ser algo bom e importante, já que Tenzi tinha muito respeito pelo outro jovem, tão novo quanto ele mesmo, ou até mais.

— O Mestre me revelou que receberíamos novos santos em breve, Tenzi — Atlas sorriu, satisfeito e orgulhoso do que dizia. — Creio ser muito importante que o visitemos. Ele pode ter alguma previsão nova, ou mesmo uma missão para você. Não duvido que já saiba de sua chegada. O Mestre é um homem muito poderoso. Ele é o atual cavaleiro de Virgem.

O santo do mesmo signo de Tenzi era o atual Mestre do Santuário. Aquilo tudo era muito novo para o muviano de Compasso, mas um certo orgulho o atingiu ao saber que seu signo era, no momento, o líder do exército da deusa protetora do planeta.

— Imagino que queiram comer algo? Em breve já será o almoço, e à tarde poderemos ver o Mestre. Posso providenciar um almoço à moda grega aqui mesmo, ou mostrar mais do lugar se estiverem interessados. Os tempos são de paz e pouca preocupação, ao menos por enquanto — o semblante de Atlas tornava-se levemente mais sério, mas ainda sorridente. — Então temos tempo.

Agni coçou a bochecha com um dos dedos metálicos.

— Eu... preciso mesmo é de um banho. — levemente envergonhada com a colocação, não podia evitar de dizer a verdade.

Atlas olhou a moça, e depois a Tenzi, levantando as sobrancelhas. Depois levou a mão ao queixo.

— Claro, claro, um banho antes do almoço. Vou providenciar toalhas e roupas frescas. Podem usar o banheiro da casa de Áries, há uma banheira com água quente bem espaçosa. — Atlas caminhou até um corredor, sumindo por alguns instantes silenciosos, voltando com duas mudas de roupa e duas toalhas. Trazia ainda sais de banho em um recipiente plástico. — Irei providenciar o almoço, e volto em meia hora. Fiquem... à vontade

Ele então saiu, deixando os dois a sós. Agni ficou envergonhada repentinamente.

— Acho... que ele concluiu algumas coisas precocemente... Ahaha.

Amaretsu

Três baterias de soldados chegaram à sala do diretor, portando suas armaduras de aço mais padrões — poucos possuíam armaduras de aço customizadas como a de Amaretsu. A primeira bateria chegou com três soldados, a segunda com quatro, mais dessincronizados, e a última chegou com apenas dois, descasados e ofegantes.

— Ela nos atacou — disse a soldado da última bateria. —, Mas conseguimos fugir. Nos atacou de cima da Torre, quando patrulhávamos o terreno aberto, no meio da chuva!!

O outro concordou com um movimento de cabeça. Ambos pareciam muito nervosos. Os outros soldados estavam mais calmos, focados na ação tática que haviam treinado tantas vezes. Inegável, porém, era o fato de que raramente recebiam ataques diretos em seu próprio quartel militar. Todos olharam para Amaretsu, que embora também fosse uma soldado, distribuía, naquele momento, as ordens. Dois soldados acudiram o diretor e o levaram por onde vieram na direção da enfermaria, cujo caminho era fechado e não deveria sofrer ataques surpresa de alguém na torre do lado. Os outros se organizaram dentro da sala, procurando por pontos cegos da invasora, que servissem para recarregar as armas ou preparar os disparadores laser que alguns possuíam. Os dois últimos se encarregaram se guardar Nike no cofre do subsolo, outro caminho fechado e secreto.

Amaretsu em menos de um minuto saíra e voltara com sua armadura; os soldados da sala haviam tentado abrir fogo, mas não tiveram sucesso em alvejar o alvo. A invasora continuava observando do topo da torre, ao lado. Os xingamentos de Amaretsu não chegaram até ela, em razão da forte chuva, mas os disparos sim. Os outros soldados sentiram-se levemente intimidados com as declarações da amazona de aço, mas logo em seguida dispararam também suas armas físicas e energéticas.
Amaretsu
Força de Ataque [PdF; Ataque Especial 0; –1 PM]:
4 + 1d = 12 [6] = Crítico

Soldados
Força de Ataque [PdF]:
2 + 1d = 9 [6] = Crítico

Invasora
Força de Defesa:
1d = [2]
O melhor disparo possível. A melhor sincronia alcançável. Os disparos dos soldados visavam a garganta da invasora, e o disparo de Amaretsu, em função de seu cosmo, saiu como uma .50, evaporando a água que encostava no caminho do ataque. A invasora pareceu se mexer, colocando-se em uma posição defensiva, e se abaixou em determinado instante. Se por acaso desviou-se dos primeiros tiros, o de Amaretsu foi certeiro no ombro. Impulsionada pela força do ataque, a invasora perdeu o equilíbrio e começou a cair pelo lado de trás da torre, rolando pela pequeno telhado inclinado e então caindo em direção ao chão, quatro andares abaixo. Um trovão nublou a audição de todos, e não foi possível ouvir o baque do corpo contra o chão.

— Conseguimos? — perguntou um dos soldados.

Carlos e Cecilia

— Carlos, acho que não é hora para isso — Safira olhou o livro de Touro por cima, fechando-o e colocando à frente, na mesinha. — E se alguém tiver de ler para Cecilia, acho melhor que seja eu, já que estou no mesmo dormitório que ela!

Kátia observou divertida o comentário que se formava entre os três alunos. Parou a própria conversa com Saja e palpitou:

— Vocês podem ficar com os livros até terminarem. Cecilia, eu infelizmente não tenho seus dois livros em braile, mas acredito que isto não será um problema. Vocês três entenderão o que quero dizer quando começarem a ler com interesse. Comecem lendo as constelações menores, e só depois leiam sobre as zodiacais, certo?

Ela serviu mais uma rodada de vinho, que parecia sempre estar pela metade. Talvez uma ilusão de ótica por causa da luminosidade reduzida do local, ou apenas uma impressão mesmo. Saja tomou mais alguns goles da taça e suas bochechas logo começaram a rosar. Não parecia ter muita resistência ao álcool, mesmo sendo um vinho mais suave.

— Então, Kátia, todos eles estão na mesma situação? Por que os trouxe aqui hoje?

— Ah... não, apenas o Carlos. Não sei bem como explicar, mas o fato de estarmos todos aqui hoje acaba sendo uma grande coincidência do destino. Aliás, você deseja saber suas constelações protetoras no meu mapa astral, Saja?

— ... Sim, mas... algo me diz que não agora. Talvez seja o vinho. Desculpe-me se eu fizer algo ou falar algo que vocês não gostem, eu gosto muito de vinho, mas acho que sou fraca ao álcool, hahaha — e terminou a taça, pedindo que a amiga colocasse mais do líquido enebriante na taça, pedido prontamente atendido.

— Acho que estamos parecendo uns bêbados, não? — disse a diretora, um pouco mais alegre. — Gosto do clima amigável, porém. Tira um pouco essa obrigação de estudos e faculdade, e tudo mais. Eu só deveria estar apresentando o resto do local, mas realmente aqui está bom. Então, digamos que a Acrópole, o Santuário em si, onde estamos, é um local meio místico e que realiza desejos. Quais os seus anseios? Quem sabe eles não se tornem realidade? — a diretora deu um sorriso profundo, os olhos mais baixos. Era sensual até mesmo para as outras.

— E-eu — disse Safira, arriscando ser a primeira. — Eu quero aperfeiçoar o meu violino e encontrar o meu acompanhamento perfeito! E também quero ficar muito forte aqui na Grécia! Mesmo sabendo que isso não tem muito a ver... hahaha... — ela coçou a nuca, e Cecilia viu um contorno levemente diferente ao redor da garota. A mesma sensação de antes.

— Bom, eu — esboçou Saja, mais descontraída por alguém ter começado antes, mas ainda envergonhada por ter de responder isso, e procurando as palavras certas. — Eu gostaria que todos os meus alunos se formassem, só não sei se isso conta como um anseio meu... bem, gostaria de entender mais sobre alguns mistérios próprios. Acho que a Grécia pode me ajudar nesta busca interior.

— Será um amor deixado no passado? — cochichou Safira para Cecilia, bem baixinho.

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Galahad
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Galahad » 31 Ago 2015, 15:15

Tenzi

Inicialmente Tenzi ficava preocupado que Agni não pudesse ficar ali no Santuário, mas logo Atlas dizia que ela poderia ficar, já que a armadura a trouxera para o local também, o que lhe deixava mais tranquilo, já que teria algo desapontador, chegar tão longe e não poder apresentar mais daquele mundo para sua companheira de viagem.

— Eu também agradeço, mestre Atlas —. dizia como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros. — Eu não teria chegado aqui sem a ajuda da senhorita Agni, gostaria mesmo que ela conhecesse mais sobre Atenas.

Escutava então falando duas coisas interessantes: a chegada de novos santos e o signo do atual Mestre do Santuário. Novos santos seria uma oportunidade única, Tenzi talvez pudesse treinar junto deles, desenvolve-se junto de uma nova geração de santo, isso era algo animador.E saber que o Mestre era do mesmo signo que ela, enchia o jovem com um certo orgulho, assim como uma determinação para atingir novos patamares.

— E eu estou ansioso para o conhecer, conversar com ele.

Tenzi estava tão perdido nesse pensamento, que quase não escutava Altas perguntar se eles gostariam de comer, estava para responder que não estava com tanta fome assim, pois não fazia tanto tempo desde que comeram pela última vez, mas antes não apenas escutava o cavaleiro falando sobre o estado dos tempos atuais, o que deixava o cavaleiro receoso, como também escutava Agni falando sobre um banho primeiro ser melhor. De fato, já tiveram chances de comer durante a viagem, mas tomar um banho não, iria concordar com a amiga de viagem, se manifestando, mas via a forma que Atlas olhara para ele e Agni, o que lhe deixara confuso, assim como a forma que o cavaleiro de Áries encerra a frase.

"Isso foi estranho"

Virava-se então para Agni, e via a ficando envergonhada, enquanto falava que Atlas se precipitara em algo, o que deixava Tenzi um pouco confuso. Mas um entendido logo
vinha a sua mente, juntando a questão de Agni pedir um banho, o olhar de Atlas para os dois, e ele deixar que a dupla usasse a banheiro ao mesmo tempo, parecia que Atlas realmente achava que algo a mais acontecia entre a dupla. Tenzi baixava um pouco a cabeça, um pouco vergonhado, não por causa do banho em si, pois já tomara banho com pessoas do sexo oposto em Jamiel, mas elas eram com irmãs, tias, ou mesmo "segundas" mães para o jovem, pessoas com quem ele crescera e viram ele crescer, mas era a suposição do cavaleiro de ouro que o deixava envergonhado.

— Humm...bem... —. coçava a cabeça, sem ter certeza de como continuar. —...acho que podemos aceitar a oferta dele, não é? Se fomos mesmo usar o banho ao mesmo tempo, eu posso entrar primeiro, ficando mais no fundo e de costas o tempo todo para a porta, assim cada um teria seu espaço e você poderia sair primeiro quando acabasse. Mas claro, eu entendo se você quiser recusar, não nos conhecemos há muito tempo, a situação seria um pouco desconfortável.

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Pontus Maximus
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Pontus Maximus » 31 Ago 2015, 17:48

Amaretsu:

Com minha visão mais aguçada do que a dos demais eu confirmei que os disparos foram bem sucedido.

-Sim meu amigos, ela caiu da torre, vamos mexam-se, um dos nossos colegas pode estar ferido na torre, mas precisamos ter certeza que ela não esta sozinha.

Pela sala do Diretor eu procurei alertar a base:

-Estamos sob ataque, repito estamos sob ataque isso não é um treinamento.

Olhando para os outros:

-Mais alguém aqui sabe lidar com curativos de emergência?

Caso tenha eu darei cobertura caso não tenha eu digo para que chamem um médico mais qualificado.

-Vamos até lá, mas mantenham o foco pode haver mais, cada um cobre uma direção especifica no campo de visão, façamos como no treinamento, caso a encontrarmos e ela ainda estiver respirando levaremos ela para a sala de interrogatório da prisão, mas se oferecer qualquer resistência, por menor que seja, quero que a matem imediatamente entendido? seja como for neutralizem seus braços e pernas o quanto antes, de preferência quebrando-os, nunca se sabe que truque ela pode ter na manga (ou eles).

Se ela ou eles querem briga, conseguiram, então eu saio em sua direção e espero ser acompanhada pelos demais.

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Inoue91
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Inoue91 » 03 Set 2015, 09:30

Carlos


— Tudo bem Safira, tudo bem, eu já entendi... Eu só estava tentando ser gentil — Respondia enquanto pousava sobre a mesa o livro da constelação de Taça.

Carlos encostou novamente as costas no encosto do sofá, levantou a cabeça olhando para o teto fechou os olhos por alguns segundos, ao escutar Katia voltar a falar abria os olhos e inclinava o corpo para frente apoiando os cotovelos sobre suas coxas enquanto entrelaçava suas mãos para assim poder prestar atenção.

— Bom, já que podemos ficar com eles devo iniciar minha leitura amanhã — O brasileiro dizia enquanto separava o livro de Pégaso e de Leão, o colocando em um canto da mesa próximo ao lugar em que estava sentado — Tem um pedido que eu gostaria de fazer para você Katia, mas acho melhor faze-lo uma outra hora, você teria um tempo para falar comigo em particular ? — Agora Carlos pegava a sua taça de vinho com sua mão esquerda e levava próximo ao rosto assim sentindo o seu doce aroma, dando um pequeno gole logo em seguida.

Pousava a taça sobre a mesa e percebia Katia servir mais rodada do vinho, mas a taça estava pela metade não ? Em todo caso era bom o brasileiro maneirar, ele não tinha o costume de beber e se extrapolasse iria ficar bêbado e isso era algo que ele não gostaria que ocorresse por este motivo resolveu fazer uma pequena pausa, ficava um pouco decepcionado ao ouvir que Saja não desejava saber sobre suas constelações protetoras ao menos naquele momento, talvez ela quisesse fazer aquilo quando estivesse sozinha, em todo caso era uma decisão que Carlos tinha que respeitar.

— Uma pena, gostaria muito de saber quais são suas constelações protetoras Saja, mas acho que isso ficará para um outro dia. — Olhava para Saja com uma expressão séria, queria demonstrar para ela determinação e em um tom sério voltava a dizer— Espero que não tenha se esquecido de nossa promessa, eu tenho a intensão de cumpri-la e estarei esperando ansioso para quando este dia chegar.


Estava sendo uma noite agradável, um grupo de amigos tendo uma boa conversa enquanto apreciavam um bom vinho, Carlos não se lembrava da última vez em que tinha feito algo semelhante, ele escutava atentamente os anseios de sua prima e de Saja e quando chegasse a sua vez ele antes de começar a fala dava outro gole em seu vinho

— Meus anseios ? Bom... Primeiramente eu gostaria de me formar, batalhei muito para ter esta oportunidade e não posso deixa-la para traz — Fazia uma pequena pausa para pensar o que falaria em seguida. — Em segundo lugar, o que desejo requer muita responsabilidade e maturidade, em meu estado atual é praticamente impossível eu alcançar o que desejo, ainda tenho muita coisa para aprender, eu sei que não será uma tarefa nada fácil e que por isso terei de dar sempre o meu melhor, talvez eu demore anos ou até mesmo décadas para que esse sonho se concretize, mas é algo que eu estou disposto a continuar sempre em frente, crescer apreender, compreender, fortalecer e amadurecer, tudo para que este sonho se concretize.

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Nulo
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Nulo » 04 Set 2015, 23:53

Cecilia

— Eer... — a alemã coçava uma das bochechas, levemente desconcertada com os comentário dos brasileiros. Não achava que merecia essa lisonja, mas... — Agradeço a intenção mesmo assim, obrigada.

Inclinava a cabeça em cumprimento, sem entender o que a diretora queria falar com o fato de que não encontraria problemas na leitura dos livros. Pensando bem, entendia quase nada do que ocorria ali, mas a noite estava boa e o vinho também. Como o vinho estava bom...

— Mesma situação? — levava uma mão à bochecha, curiosa com a conversa que Saja tinha com a diretora. Entornava a taça mais uma vez, sentindo-se cada vez mais leve e eufórica. — Meus anseios...

Cecilia então repousava a base da taça em suas coxas, segurando o objeto pela haste com as duas mãos e pensando em uma resposta para dar. Sorria ao ouvir o comentário de Safira, seus pelos se eriçando levemente ao notar um contorno diferente na amiga. Saja parecia bem altruísta com seu desejo, mas deve ser um desejo comum para uma professora ver seus pupilos crescerem. Carlos por sua vez queria se formar e atingir algo que não parecia estar disposto a revelar. O que ela poderia dizer?

— Hmm, meus anseios... — a loira tartamudeava, pensando no que poderia dizer e se seria adequado fazê-lo na frente de todos, mas os efeitos do vinho facilitavam a tarefa. — Se tivesse feito essa pergunta antes de ontem, eu iria responder que queria a minha visão de volta. Não mais, haha.

Deixava um sorriso genuíno escapar, colocando a taça de volta à mesa e entrelaçando as mãos sobre a coxa.

— Se eu puder desejar algo, gostaria que todas as pessoas que estiverem "perdidas" encontrem a luz, como eu estou encontrando a minha. É difícil, mas só podemos seguir em frente, não? Hmm...

A alemã repousava as costas no sofá, sentindo os efeitos do vinho em seu corpo e principalmente em sua percepção especial, o que era bastante interessante, todavia, o contorno em Safira era diferente dessa vez. Seria efeito do álcool, mesmo?

— Essa aura, Safira...cosmo?

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Keitarô
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Keitarô » 14 Set 2015, 02:02

Tenzi

Agni observou curiosa a proposta de Tenzi. Por reflexo, coçou um dos ombros com a mão oposta e passava a impressão de estar se "protegendo", embora usasse roupas bem ventiladas, na verdade. Ela passou um tempo silenciosa, observando a expressão do cavaleiro como se quisesse entender exatamente o que ele queria ter dito com aquilo.

— Você acha que o banheiro daqui é como aquelas piscinas rasas grandes onde o vapor não permite ver muito longe? Por mim não tem problema, Tenzi, acho que assim é melhor para o Atlas. Ao menos foi o que ele deixou a entender. Vou dar uma olhada.

Ela então caminhou na direção oposta à entrada daquele compartimento, encontrando um corredor mais comprido e então o que parecia ser o banheiro. Havia um pouco de água previamente preparada, mas mais poderia ser colocada ainda. Ela voltou e contou o achado a Tenzi, e logo depois Atlas chegou com as toalhas e duas mudas de roupa gregas, além dos sais de banhos. Desejou um banho relaxante e que ficassem à vontade o quanto quisessem (o que ia de encontro à suposição de Agni), retirando-se novamente do cômodo para ir resolver os trâmites do almoço algum tempo depois.

Agni pegou as próprias coisas e foi primeiro ao banheiro. Lá dentro, sem Tenzi ver, retirou as próprias roupas e enrolou-se com a toalha, esperando então que o jovem fosse. Atlas ligou o fluxo de água e o banheiro inundou até a altura correta, a água morna mais com muito vapor. Era realmente impossível ver a parte anterior da grande banheiro se o banhista estivesse na parte posterior.

Amaretsu

O grupo, tenso e raivoso, correu na formação militar descendo a torre do diretor, rumo ao local onde aproximadamente o inimigo havia caído. Ainda chovia forte, mas as armaduras de cada um dos cavaleiros de aço os protegida da água. Contornando o prédio, a tensão cresceu ainda mais ao perceber que, por trás daquela torre não havia ninguém no chão, nem mesmo uma capa. Observando ao redor, não havia marcas ou pistas. Foi apenas os sentidos levemente aguçados de Amaretsu que a permitiram enxergar, ao longe e na chuva, um inimigo fugindo. Aproximava-se já da muralha da academia, por um lado onde a vigia estava fraca ou ao menos havia sido abatida. Os outros soldados não viram a movimentação.

Dois dos que estavam com ela observavam ao redor e começaram a atirar para lugares aleatórios. Pararam após algum tempo, meio surpresos.

— Ahn? Eu tinha certeza que havia visto ali, mas não era nada...

— Claro que não, ele estava deste lado!

No meio da conversa, Amaretsu continuava vendo o inimigo seguindo rumo à muralha no seu ponto de vista. Seria o verdadeiro?

Carlos e Cecilia

— O meu anseio é o mesmo que o seu, Cecilia, que interessante! — disse Kátia, juntando as próprias mãos animadas. Ela então fechou os olhos e respirou fundo, assumindo uma postura mais séria. Levantou-se e caminhou até uma das fileiras de livros, sumindo por um tempo.

— Aonde ela foi? — perguntou Safira, curiosa. Aproveitou para encher as taças de todo mundo antes que Kátia voltasse, e o fez rapidamente como se tivesse medo que a diretora a descobrisse.

— Kátia é assim mesmo — disse Saja, aproveitando para beber mais um pouco. —, parece sempre saber de algo mais, me pergunto se ela se surpreende com alguma coisa na vida. De alguma forma me incomoda, se eu paro para pensar nesse jeito dela.

Kátia voltou com uma taça gigantesca multicor: branca, negra, dourada, azulada. Era muito grande, deveria ter uns oitenta centímetros de altura. Ela a colocou sobre a mesa e para a surpresa de todos estava cheia de água límpida e cristalina. Parecia muito pesada, pelo volume dali de dentro. Kátia sentou-se e girou a mesa central, o que de alguma forma a fez diminuir de altura, sendo possível olhar para dentro da taça mesmo sentado.

— Então nós podemos olhar... e ver se nossos anseios se realizarão ou não! O que me dizem?

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Galahad
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Galahad » 14 Set 2015, 14:12

Tenzi

O jovem cavaleiro ficava um pouco preocupado com o silêncio de Agni, pois lembrava do que a companheira contara, sobre a tragédia que causara ela ter aquelas prótese no lugar de seus braços. Temia que aquela sua sugestão pudesse trazer memórias ruins a ela, ainda mais ao ver ela e "protegendo" diante suas palavras, mas logo ela voltava a falar, o que lhe tranquilizava um pouco.

— Eu acho que o banho deve ser assim, senhorita Agni, pelo menos se for como o que existe na minha comunidade. Assim podemos tomar banho em pouco tempo, se dividimos o local.

Tenzi então ficava sozinho um pouco, enquanto Agni ia checar o local de banho, o qual ele esperava que fosse um grande o bastante para abrigar os dois, e ainda desse privacidade para dois, tendo vapor como era no banho comunal de Jamiel, que, aliais, o cavaleiro já ajudara a limpar em meios de seus afazeres. O jovem sentia uma certa curiosidade, queria explorar mais um pouco do local, mas não o fazia, tanto por respeito por Atlas, quanto por que Agni voltava.

— Me parece bom, senhorita Agni. Vamos até lá.

Seguia com Agni para o banheiro, encontrando com Atlas no caminho, agradecendo os itens que o guerreiro dourado entregava para eles. Seguia então em direção do banheiro, já sentido-se ansioso, também porque começava a sentir vontade de tomar um banho, quanto porque ia dividir o local com Agni.

Chegando em frente ao banheiro, Tenzi não discordava de Agni entrando primeiro - ainda que ele houvesse sugerido para que ele mesmo o fizesse, assim a jovem poderia sair primeiro do banho -, apenas concordava com ela, deixando que ela entrasse e se comodasse ali como achasse melhor. O cavaleiro então entrava após um tempo, avisando primeiro que iria entrar, a fim de evitar qualquer problema, e, logo que o cômodo era preenchido pelo vapor, começava a tirar suas roupas, para depois enrolar a parte de baixo de seu corpo a toalha, se guindo com cuidado, tateando o chão com os dedos dos pés, e, ao sentir a beira da banheira, sentava-se a li, para então entrar no banho, colocando os sais na água.

— Esse lugar é agradável, não é? — falava com Agni, tentando deixar a situação mais tranquila. — Como essa é a minha primeira jornada, não imaginava que um banho seria tão bom após viajar tanto. — dizia antes de submergir a parte de cima do corpo, para depois ficar sentado na banheira, pegando um pouco de água com as mãos e derramando na cabeça, massageando seu couro cabelo em seguida. — Já visitou algum lugar assim, Agni?

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Pontus Maximus
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Pontus Maximus » 14 Set 2015, 17:26

Amaretsu:

Com minha visão de predador eu pude detectar o que os demais não estavam vendo, algo compreensível, sob tais circunstâncias (chuva forte, noite, visibilidade reduzida...).

-A não vai escapar não, daqui você não sai.

Olhando para um dos meus colegas de aço eu me pronunciei:

-Você cuide da sentinela ferida não se sabe se seu ferimento é superficial ou profundo.

Me concentrei um pouco mais, naquele momento estava preparada para Ver de longe, no escuro e o invisível, se aquilo era uma ilusão eu saberei em breve (talvez pois enxergar uma ilusão e ver nada deve ser a mesma coisa, pelo menos essa é minha teoria que será posta a prova agora).

Enquanto você vem comigo e venha atirando, eu consigo vê-la, ela esta fugindo em direção aquela muralha, e tente seguir minha linha de tiro entendido?

Pelo rádio eu solicito reforços:

-Atenção unidades próximas as muralhas próximas ao gabinete do Diretor, suspeita indo nessa direção interceptem a todo custo, não deixe que escapem quer seja viva ou morta, tanto faz câmbio.

Me posiciono para mais um disparo, talvez eu mirasse nas pernas mas não hoje, o que essa invasora fez foi grave e merece uma resposta a altura, tiro nas costas ou cabeça.

Em pensamento:

-Não corre não, como quero testar a "Donzela de Ferro" em combate corpo a corpo.

OFF: PdF1+ PdF+1 (Ataque Especial)H2+ Sentidos Aguçados.

OFF: Caso seja uma ilusão eu farei outro teste para saber onde ela está

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Nulo
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Nulo » 16 Set 2015, 21:33

Cecilia

— Uma postura bem altruísta, não? — sorria com o comentário de Kátia, as costas apoiadas no encosto do sofá. — Esforçar-me-ei para concretizá-lo.

Tinha uma "arma" boa para tal, a música. Se seu canto puder ajudar alguém em necessidade, estará fazendo o seu papel no mundo.

— Irei dar uma pausa por aqui, hehe. — comentava ao ouvir o som de sua taça sendo preenchida novamente, inclinando o rosto para baixo e entrelaçando as mãos sobre as coxas, sonolenta. — Eu entendo a sensação, senhora.

Kátia era realmente suspeita, mas parecia ser uma boa pessoa. Desejava, todavia, que ela evitasse preâmbulos. Passava então alguns segundos em um estado de sonolência, pensamentos incertos e uma sensação de vagueio tomando conta de sua mente, até que o som de algo sendo colocado sobre a mesa a despertava de seu leve devaneio. Os seus sentidos especiais logo agiam, revelando o que parecia ser uma taça gigante preenchida por algum líquido. Pela ausência de cheiro, julgava ser água. Cecilia levantava o rosto, ajeitando sua postura e escutando o que a diretora tinha a dizer, mas entendia nada. Olhar para dentro da taça e ver se os desejos seriam realizados? Talvez fosse algo simbólico, pois a única coisa que imaginava ser refletida na superfície da água ali seria provavelmente seu rosto e mesmo que aquilo mostrasse desejos, seria inútil, visto que ela enxergaria nada.

— Huhu...

Sorria, inclinando o rosto na direção da taça e abrindo os olhos como se fitasse a superfície do líquido mesmo achando que nada veria, mas decidia fazê-lo por educação.

— Vejamos...

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