Ato 0 ~ Prefácio

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Shino
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Shino » 21 Jul 2014, 09:19

TENRU

“— Acho que exagerei mesmo!!!”

O rosto corou um pouco, encabulado com suas próprias ações, nem havia dado um “bom dia” ou “boa tarde” e já chegou enchendo o homem que salvara sua vida de perguntas e tal. Decidiu seguir o ritmo do lugar, abocanhou novamente a maçã, mastigando um pedaço mais lentamente e esperou o cavaleiro.

— Essas caixas são as armaduras sagradas?!

Levantou num pulo, assustado com o que havia feita, seria sacrilégio usar a urna de uma delas como assento? Voltou-se a caixa prateada que usará como banco e reparou no desenho central da mesma, passou a mão sobre ela, tentando tirar alguma sujeira que tivesse deixado, e agora se sentou sobre o chão ao lado da mesma.

“— Maravilha, bela primeira impressão Tenru, agora estou ferrado!”

Reparou para ver como o olhavam, seria surpresa ou reprovação, bem agora era tarde. Guardou novamente o pedaço da armadura quebrada, Hakurei havia dito que o fragmento não possuía alma, mas ainda exalava aquela sensação reconfortante, guardou-o novamente no bolso, quem sabe mais tarde faria um amuleto com ele.

Terminou a maçã e pegou outra fruta, desta vez comendo mais rapidamente, finalizou sua refeição um pouco depois do cavaleiro, também não era de comer muito, gostava de manter o físico magro e elegante, combinava mais com o cabelo longo e de coloração exótica.

— Obrigado pela refeição!

Fechou os olhos e bateu a palma das mãos enquanto dizia as palavras, demonstrando agradecimento pela refeição servida. Esperou o pessoal se levantar e depois disso o fez também.

— Entendido Hakurei-sensei, aguardarei o tempo que for necessário, mas digo, estou pronto a qualquer hora!

Hakurei ganhara um novo discípulo, e ia precisar de muita paciência com ele!


Extra

Uma expressão mais seria se fez no rosto do rapaz, agora mais calmo com o que foi dito a ele pelo professor. Fechou os olhos e pareceu meditar, talvez estivesse meditando suas ações pelo o que Hakurei o tinha dito, mas logo sorriu, e por fim disse:

— Entendo... é uma palavra-chave!!! (password)

Fim do Extra
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Imagem Imagem
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Keitarô
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Keitarô » 21 Jul 2014, 23:40

Nataku

Os primeiros passos foram o que poderia se esperar, ao menos em sua imaginação, do caminho traçado em uma caverna quase sem iluminação. A pedra era quente, deixando ainda mais clara a presença próxima do vulcão há alguns quilômetros dali, acima e adentro. Mas não havia perigo; Agapito não o enviaria ao perigo mortal de enfrentar uma força da natureza.

Seu psicológico é que construía os mais diversos monstros no local. Ora parecia ver pessoas, ora animais, ou seres fantasiosos; tudo fruto de sua imaginação e da pouca luz que, ao longo do caminho, tornava-se cada vez mais escassa. A entrada já se tornara um ponto luminoso quando você deixou de enxergar. Olhos abertos ou fechados já não importavam mais, e seu tato e audição tornaram-se seu grande guia. O chão, por sorte, era quase sempre plano, apenas um pouco curvo em decorrência da natureza pouco circular do túnel.

Poderia parar ali e ali ficar, mas até então o teste de que Agapito mencionara não parecia ter começado. Tudo estava como deveria estar. Uma sensação pulsante podia ser sentida por você, é verdade, mas ocorreu-lhe de que poderia apenas ser auto-sugestão. Logo, estava claro que o teste era mais à frente ainda, e portanto você não podia parar. A escuridão trazia medos e alerta constante, mas tinha que seguir.

O corredor começou a ficar difícil de ser avançado com velocidade. Aos poucos protuberâncias surgiram no solo e paredes, que tornavam-se cada vez mais pontiagudas e afiadas. Era necessário desviar com cuidado, e o medo era quase tangível. Difícil respirar o ar úmido e quente ao mesmo tempo. Havia descido um bom tempo: a entrada já não era mais visível. Por sorte o corredor era unidirecional, e parar voltar bastava dar a volta.

Foi quando suas mãos não conseguiram mais tocar parede alguma. Havia solto a pedra para poder desviar de um obstáculo e, caminhando três passos em linha reta, não havia mais parede. Voltando em operação reversa não encontrou novamente. Estava em uma clareira?

A sensação de estar anestesiado do mundo, na escuridão total… Parecia ser observado… aquela sensação era conhecida. Nataku lembrou-se das experiências que sofrera. Preso, em uma maca, anestesiado, de alguma forma conseguia ouvir, às vezes ver, mesmo de olhos fechados, o que acontecia consigo. Como lhe usavam para experimentos bizarros em prol de um “bem maior” para a sociedade. Tudo mentira, com certeza era apenas pelo dinheiro. A raiva e a tristeza tomaram seu coração, e com isso sentiu vontade de sentar, deitar, e abraçar os próprios joelhos. Definhar… Como se o passado fosse culpa sua.

Azimute

A voz misteriosa era, dentro de certos limites, respeitosa, porque esperou que você respondesse o que queria. Inclusive parecia saber que, depois de sua primeira frase, haveria uma segunda ainda mais imperativa que a primeira. Um sorriso sutil pôde ser sentido mesmo sem um rosto para emiti-lo; a voz era capaz de transparecer sensações. Mas era um sorriso desafiador; superior como era, expressava-se como um pai que ri da atitude inconsequente de um filho muito jovem que não conhece do mundo, e logo se arrepende.

”Porque as coisas não precisam ser sempre resolvidas pela força.” — mas, depois do seu grito de revolta, setenciou — ”Mas, às vezes, é necessário.”

A sala adquiriu uma coloração levemente avermelhada. Algo estava mudando ali, um calor forte podendo ser gradativamente sentido. Logo seus cabelos estavam grudados à testa, e o suor escorria para dentro de seus olhos e boca, o gosto salgado começando a servir de indícios que algo ali estava errado. E pior: não havia volta. A sala começou a tremer, algumas das caixas vibrando ao ponto de andarem em direções aleatórias e tombarem, abrindo e revelando, em sua maioria, estarem vazias. Olhando ao redor, algumas miragens começaram a se formar: a imagem do chão mais próximo às paredes opostas parecia se ondular, por causa do calor forte e mormaço. Seus movimentos estavam lentos e era difícil respirar por causa do ar quente. Outra ilusão se formava mais à frente, na forma de uma bola de fogo muito vermelha, girando em torno de si mesmo, do tamanho da largura da porta de pedra que você ultrapassara há pouco.

Desespero. Aquela bola de fogo não era uma miragem.

— Azimute!

Seu pai chegou à frente do compartimento e olhou desesperado para a cena, bem a tempo da bola ser disparada na sua direção. O calor escaldante se aproximando em câmera lenta, a esperança quase se esvaindo. Instintivamente colocaste os braços à frente do corpo, mas de que adiantaria? A bola de fogo fora conjurada por sabe-se lá o quê, e tinha quase o seu tamanho. Morrer carbonizado parecia seu destino.

Uma luz azulada muito forte envolveu seus sentidos. Você caiu de costas e desmaiou.

***

Acordou horas depois. Estava em um corredor úmido, sendo carregado nos braços por seu pai, que possuía duas alças nos ombros passando por debaixo das axilas e uma caixa grande nas costas. A princípio ele não percebeu que você acordara, e apenas seguia em frente por um trecho da caverna do qual você não se lembrava de ter passado.

Zam
Zam
Força de Ataque [Força]:
3 + 1d = 9 {3 + [6]}
Crítico!

Zoe
Força de Defesa:
2 + 1d = 5 {2 + [3]} = –4 PVs
A mistura de sentimentos e a situação pareceu expulsar cosmo de sua mente pelo corpo inteiro. Um cosmo quente, que você quase não identificava como sendo seu, porque não o tinha conhecido daquela forma. Nenhum treino provocara, até então, aquela sensação. O cosmo foi à perna e sua mente sabia o que fazer; inclinando-se de maneira quase perigosa, sua aproximação foi absurdamente veloz. Zoe fixou mais os pés no chão e inclinou o corpo um pouco na direção de seu ataque, e este foi o único esboço de defesa que ela conseguiu acertar. O braço esquerdo se flexionou e a mão fechou em punho, para proteger o rosto do lado esquerdo. Inútil, errou a proteção por longe, já que o chute fora nas costelas.

Tum!

Você teve a impressão de, após o impacto, sentir cosmo vestigial brilhar e se dissipar rapidamente, jogado da sua perna. Mal conseguiu acompanhar o movimento de Zoe, que foi retirada do chão de maneira desengonçada, inclinando ainda mais o corpo na forma de um C e caindo a alguns metros dali, em um rolamento que deve ter dado dores terríveis à sua coluna. Ela se levantou com alguma dificuldade, instantes depois; havia rachado a máscara no impacto contra o chão. Oscilando ofegante por causa da dor que sentia, pensou em levar a mão ao ponto de impacto que sofrera, mas não o fez. Voltou à posição de guarda.

— V-você é realmente muito boa, Zam! Talvez eu não consiga…

Balançou a cabeça negativamente. Não podia já começar considerando que iria perder e que não era digna do posto de Amazona. Suspirou fundo e emitiu seu cosmo. Era um cosmo quente, também aconchegante e, de maneira semelhante à de Zam, era pela primeira vez emitido com aquela voracidade por estar pressionado a uma situação extrema. Ela deslizou pela terra a perna direita, fazendo um sulco no terreno fofo do cemitério, deixando a outra mais atrás; quase a posição de um atleta de corrida. O punho direito ficou ao lado das costelas e o outro braço esticou-se, a mão em garra, na sua direção. O cosmo roxo se concentrou no punho direito de maneira intimidadora:

— Vamos ver se você resiste a isso! Impacto da Raposa Negra!

Dois passos largos, era uma corrida ou um salto? Um soco compacto que se transformou em um direto; a aura de uma raposa dando um bote pôde ser vista no cosmo de Zoe, que se aproximava de maneira violenta da jovem de cabelos roseados.
Zoe
Força de Ataque [Força]:
4 + 1d = 8 {4 + [4]}

Zam
Esquiva:
3 = Falha!
Força de Defesa: 3 + 1d = 7 {3 + [4]} = –1 PV
OFF: já rolei os dados de esquiva e defesa, mas deixo a interpretação para você. E mudarei o teste para a máscara rachar. Dano abaixo de sua H significa sucesso automático no teste para evitar ter a máscara quebrada. Apenas danos superiores à sua H precisam de um teste.

Eric

A perseguição, a começo, foi difícil. O homem saiu pela porta no andar de cima e pareceu sumir. Eric, sem dificuldades, levado pelo seu cosmo que queimava ao máximo que conseguira até hoje, saltou naquela direção e parecia um cometa de energia saindo da casa anexada à mansão. Mas não o conseguia encontrar…

Um barulho de mata. A mansão ficava rodeada por uma mata bem cerrada, e a cerca de trezentos metros na direção lateral esquerda da construção, entrando no bosque, havia um lago quase perfeitamente redondo e cristalino. O assaltante parecia ter seguido naquela direção, um arbusto aos poucos deixando de se mexer em função de um movimento recente. Isso, unido ao som que ouvira antes, acusou a presença do ladrão naquela direção.

Mas o tempo para Eric parecia passar mais devagar, dilatando-se. O verde das árvores ficava cinzento, algumas imagens se distorciam de maneira bizarra — sem saber como, estava quebrando algumas barreiras pessoais em detrimento do bem maior que estava tentando recuperar. Eric só perceberia seus feitos muitas horas ou mesmo dias depois, quando refletisse sobre os efeitos que causara no ambiente ao redor enquanto se movia atrás da caixa prateada dos Heisenberg.

O assaltante também parecia ser bem rápido, porque não era facilmente alcançável. Seguindo uma trilha mais ou menos improvisada — e provavelmente seguida também pelo ladrão —, Eric alcançou o grande lago, a tempo de ver o inimigo em suas roupas negras e máscara que tapava toda possível identificação contornando o lago pela direita. Eric não sabia por que ele estava seguindo aquele caminho, já que centenas de metros naquela região mais à frente havia apenas algumas colinas e então montanhas. Mas aquilo pouco importava; apenas queria o que era seu por direito.

Do lado exato oposto do lago, o homem parou sua corrida ninja, levantando um rastro de poeira ao frear. Virou-se para você, a caixa nas costas como se fosse uma mochila, e mesmo distante você pode ver os olhos azuis desafiadores. Era um olhar provocador. Seu cosmo pôde, pela primeira vez, ser sentido. Um cosmo ruim, ganancioso, e familiar.

Tenru

À tarde, seguiram-se algumas explicações sobre armaduras sagradas. De maneira generalizada, Hakurei explicou a conceituação de uma armadura e o que ela significava, sem entrar em outros conceitos como por exemplo o processo de fabricação e manutenção. Tais assuntos ficariam para os próximos dias, ou quem sabe ainda mais tempo; Hakurei não tinha certeza de quanto tempo o jovem queria permanecer ali, mesmo que dissesse querer se tornar um cavaleiro de Atena. A verdade é que ele não tinha poder para tornar ninguém cavaleiro…

— Como disse mais cedo, as armaduras são vivas, Tenru. Desde que nascemos, somos protegidos pelas estrelas de determinadas constelações. Veja que isso pode ter mais explicações metafóricas do que se imagina, mas por enquanto vamos tentar imaginar que uma determindada constelação possui um cosmo quase consciente, e que nos protege a vida inteira.

Ele fazia desenhos (inclusive muito bem-feitos) para ilustrar sua aula. Embora Tenru não gostasse de estudar, de alguma forma o velho tinha o poder para prender sua atenção, ainda que vez ou outra o jovem se distraísse ao pensar em histórias fantásticos com o que Hakurei comentava.

— Há muito tempo atrás Atena e outros deuses revelaram a nós como construir uma armadura forte o bastante que materializasse esta essência que nos protege, as constelações e o destino. Isto é uma armadura. Mas veja que, embora a armadura seja uma poderosa representante da constelação, elas não estão permanentemente ligadas. Uma armadura pode ser destruída e até mesmo morta temporariamente, e isso não ocorrerá jamais na destruição da constelação, é claro. O contrário, porém, é um pouco mais cruel…

Ele puxou para si uma caixa de armadura escura, dentro da qual havia diversos fragmentos de armadura negra da mesma forma que o que você havia recebido dias antes.

— O fragmento que lhe enviei faz parte desta armadura. Uma constelação obsoleta, que trocou de nome e foi englobada por outras constelações. A antiga constelação de Gato. Existia uma armadura para esta constelação, mas como seu cosmo foi dividido entre outras estrelas irmãs, sua vida se extinguiu.

Era um conceito confuso. Em teoria, a mudança das constelações era uma atitude mundana e humana, simplesmente um acordo científico que, de tempo em tempos, é mudado pela União Internacioinal Astronômica. Mas o que Hakurei queria dizer era simples e bem inovador: não eram os humanos que mudavam as constelações.

Eram as constelações que mudavam e, de alguma forma, avisavam o inconsciente humano disso.

— Alguma dúvida?

Extra

— Eu não entendo o que quer dizer. Mas tenho certeza de que fala sobre algo que não conhece a fundo, pequeno Tenru.

Fim do Extra

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Tsunayoshi
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Tsunayoshi » 22 Jul 2014, 15:00

A imprevisibilidade do combate era uma coisa mágica. Zam deu tudo de si em seu primeiro ataque. Ainda não era o melhor que podia fazer, a intenção era descobrir do que Zoe era capaz. Só que este mesmo golpe abriu vantagem a seu favor no início da luta. O bloqueio ineficaz da oponente permitiu que seu chute entrasse limpo, então colocou todo o peso nele, como se para atravessar o alvo, e mesmo depois de atingir a companheira continuou o movimento, girando sobre a perna direita e retornando à mesma posição de antes. Assumiu postura novamente.

Antes a surpresa fosse o primeiro golpe bem aplicado, mas não era apenas isso. Sentiu algo explodir dentro de si naquele momento. Seu cosmo reagira de forma intensa, calorosa, como nunca havia sido antes. Era sua primeira experiência mais próxima do combate real, sem instrutores, sem contenções, com o mínimo de autocontrole, o suficiente para que não se tornasse uma luta mortal.

Sua atenção voltou à luta no momento em que Zoe lhe dirigiu a palavra. Parecia machucada... Normalmente deixariam o combate de lado e verificariam o estado uma da outra, desculpando-se pelas feridas causadas. De fato, foi o que Zam quase fez, ameaçando deixar sua guarda e seguir até a companheira. Mas lembrou-se que agora era diferente. Aquele combate era diferente. Prometeu à sua oponente um embate entre iguais, e isso significa até rendição ou derrota. Cerrou os punhos, guarda mais sólida. Iria aproveitar a vantagem adquirida e atacar com tudo quando tiver oportunidade, visando encerrar a luta.

O cosmo emitido por Zoe, quando assumiu aquela postura diferente do normal, obrigou Zam a trabalhar sua própria energia, queimando o cosmo em busca de solidez e determinação mental. Era a evolução exigida pelo combate, a experiência da luta. Ao avançar da oponente, recuou uma perna, flexionando-a contra o chão. Braços e antebraços em ângulos fechados à volta do corpo. O próximo ataque parecia grande. Não conseguiria evitar, então precisava resistir.

O Impacto da Raposa Negra atingiu rente, violento, impelindo Zam para trás, marcas irregulares gravadas no chão de terra por onde seus pés foram arrastados. A energia da técnica agrediu seus braços e tronco, as pernas sentiram o impacto. Membros superiores ameaçaram dormência, e os inferiores fraquejaram, mas conseguiu absorver grande parte do dano. Agora era a hora de revidar.

Chamou o cosmo do fundo da mente. Emanando por todo corpo, a energia queimava em tons de vermelho e branco. Zam assumiu postura meio de lado. Perna e braço direitos semiflexionados, apontados para fora. Perna e braço esquerdos levemente estendidos, na direção da oponente. Punhos na altura da cintura. E um instante o ar se carrega de ozônio, um estalo seco ecoa, e Zamzam dispara como um trovão avermelhado, um raio irregular, em direção a Zoe. A imagem de uma raposa em carga sobrepondo-se a da garota.

— Raposa Relâmpago!

A abordagem foi de frente, mas o soco descreveu uma pequena curva pela direita, com a intenção de evitar qualquer bloqueio frontal, e atingir o tórax.

[Vou queimar 1 PM para Ataque Especial I. FA = F2 + H3 + 1d6.]

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Shino
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Shino » 24 Jul 2014, 16:01

TENRU

— Não sensei, nenhuma!

Tenru se levanta, deixando de lado o simples banco de madeira que estava usando para assistir aula do mestre Hakurei, quem diria, o homem possuía uma metodologia de ensino tão inovadora que conseguia prender a atenção do rapaz, que um dia já havia fugido de casa para não ter que estudar.

Andou devagar, se aproximando da janela, debruçou o braço na mesma e encarou o horizonte, o por do sol já se encontrava em sua fase final, aos poucos se podia ver as estrelas no céu.

— Nós japon...

Parou, nem sabia mais se era japonês ou não, o que Rena havia dito mais cedo voltava com força e atormentava o rapaz, ele podia ser mesmo uma criança adotada.

— Bem... os japoneses crêem nos espíritos de seu ancestrais, que os mesmos zelam por eles do outro mundo.

Pausou novamente, desta vez se voltando ao ex-cavaleiro que o salvara há tempos atrás, encarou os olhos do seu salvador e continuou a sua opinião.

— A idéia é a mesma, apenas substituindo os espíritos ancestrais pela constelação. Alguém olha por nós do outro mundo, nos guiando, nos protegendo, nos incentivando. É por isso que homenageiam os mesmos a noite, quando os espíritos passeiam sobre a terra, pois é a noite que conseguimos melhor enxergar as constelações!

Aproximou-se novamente de Hakurei, mas voltou sua atenção a armadura morta. Juntou as mãos e agradeceu a ela, por todos os que por ela protegeu ainda quando viva.

— Descanse em paz!

Sentou novamente no banco e pediu que Hakurei continua-se com sua aula, não se importava muito com quanto tempo iria demorar esse aprendizado, só não queria passar décadas ali, talvez o homem não pudesse o fazer cavaleiro, se precisasse o mesmo se tornaria por conta própria, mas uma coisa ele podia:

“—Se não puder proteger Atena, protegerei aquelas que defendem seus soldados, serei o suporte de todos os cavaleiros!"
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Spectro
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Spectro » 24 Jul 2014, 18:55

Nataku

- Não!!!!! Nataku colocou as mãos na cabeça tentando afastar seus demônios, seus olhos
se encheram de lágrimas, e quando a gota quente de seus olhos tocou sua bochecha, ele se espantou!
Fazia tempo que não derramara uma lágrima sequer, achou que haviam secado para sempre, mas Nataku era
humano. Seus sentimentos ainda que difíceis de lidar haviam se manisfestado.
Aos poucos foi se recompondo, mas o calor do local ainda incomodava muito, não havia mais como se locomover
pelo tato, a parede sumira, decidiu dar passos bem curtos adiante, colocou a mão direita a frente do peito.
Isso para evitar que desce de cara com algo sólido.

Suas mão tremiam, suas pernas relutavam em seguir, mas mesmo aquelas lembranças teriam de desaparecer,
teriam se quisesse continuar, sentiu seu coração bater mais forte fechou os olhos e continuou, teria de se
acostumar a escuridão.

Apertou seu cachecol com sua mão esquerda e tomou coragem, sentiu um pulsar diferente em seu coração.
"Seria aquela energia de novo???? Pensava ele.

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Lord Itilan
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Lord Itilan » 25 Jul 2014, 13:39

AZIMUTE
Azimute ficou sem entender o que havia acontecido. Lembra-se apenas do calor chegando perto de seu corpo e...mais nada.
Carregado pelo seu pai, preferiu manter o silencio. Seu pai também o carregou silenciosamente.

Sentia o corpo todo dolorido, mal conseguia senti-lo totalmente.
O caminho parecia totalmente novo. Quando chegaram numa clareira, seu pai o encostou no chão para descansar. Novamente o ignorou e permaneceu em silencio.

- Pai...acho que devemos conversar. Peço desculpas por ter lhe desobedecido, mas senti que deveria fazer o que fiz. Infelizmente não imaginava o que poderia acontecer. Nunca me perdoaria por coloca-lo em risco. Mas, acho que você me deve explicações. O que foi tudo isto? Alguém ou algo falou comigo e me atacou. Por que? Você é o homem do qual aquela voz falou? O homem que visitou aquelas ruínas antes? Por favor, me responda!

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Keitarô
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Keitarô » 26 Jul 2014, 01:15

Zam

Zoe também se preparava para atacar. Ela se reaproximava quando você partiu como um raio de cosmo que era.
Zam
Força de Ataque [Força]:
5 + 1d = 13 {5 + [6] + 2}
Crítico!

Zoe
Força de Defesa:
2 + 1d = 7 {2 + [5]} = –6 PVs
Derrota!
Reagindo a seu ataque, ela colocou os dois braços à frente do corpo, flexionados para proteger parte do tronco e também do rosto. Uma defesa rápida e eficiente. Seu cosmo arroxeado pôde ser visto instantes antes de Zam resolver atacá-la, plantando uma defesa que infelizmente falharia em protegê-la.

A sua estratégia fora perfeita. Como Zoe defendeu a frente do corpo, um pequeno cruzado que fosse acertaria a lateral do rosto ou costelas. Seu ataque foi, portanto, perfeito. Acertou a lateral da cabeça dela em cheio, absurdamente rápido como você planejava. A garota voou novamente de forma parecida à anterior. Chocando-se de costas contra o chão e fazendo um sulco profundo na terra até bater contra outra lápide, dessa vez com os dizeres: “FABIO, OURO”. Uma sensação estranha tomou conta de Zam ao ver aquela lápide levemente torta por causa do impacto de Zoe, desacordada.

Ao se aproximar novamente da garota, Zam percebeu a máscara rachada em uma das pontas, revelando um olho violeta desfocado. Ela estava desmaiada, o corpo em uma posição estranha e os membros desfalecidos. Zam era a grande vencedora daquele embate. A sensação do cosmo latejante passou subitamente, seu cosmo se acalmando como antes, mas o palpitar do coração permaneceu por mais alguns instantes. Em seguida, um aperto forte.

O cosmo decadente voltou com tudo, e bem à sua frente — vinha de Zoe o tempo todo. Uma aura pesada e má passou a circundar seu corpo, de forma que se aproximar era uma tarefa muito difícil e Zam se viu forçada a recuar frente àquele poder. Zoe, ainda o olho desfocado, levantou-se e estralou o pescoço e a coluna.

— Ah, Zam, eu não consegui te derrotar!... Eu não sou digna de ser uma amazona…! — o tom de voz era debochado, como se tentasse deixar explícito que Zoe era uma garotinha cujo corpo havia crescido demais em função do treinamento, mas a mente não.

Silêncio, angústia vinda do cosmo de Zoe.

O Santuário anda mesmo decadente, não? — voz bestial e sedosa, grave e jovial misturadas, quatro em uma só. A sensação era de que uma respiração errada e seria possível morrer ali mesmo. O que era “aquilo”? Não era Zoe, com certeza. — Nem mesmo um cavaleiro de ouro para proteger seus civis vizinhos… Tsc.

Mas o corpo de Zoe ainda estava debilitado; um fio de sangue escorria por debaixo da roupa do ombro direito, e também das costelas do lado direito. O ser bufou e então com um salto, pareceu sumir numa fenda da própria existência, sem deixar rastros. Até mesmo do cosmo.

Uma nova forte presença se fez, mas desta vez era um cosmo imponente. Vinha da casa de Áries. Rapidamente chegou ao cemitério, já que este se colocava a apenas cinco minutos de distância a uma caminhada rápida, e para um cavaleiro de ouro isso era praticamente um passo. Logo, ele chegou, e você tinha certeza, era o cavaleiro de Áries. Você não havia o conhecido ainda, pois os boatos que corriam é que ele estava viajando. Era tão jovem…!

— O que houve aqui? Sinto um cosmo negro resquicial muito forte.

Tenru

O homem ficava em silêncio para ouvi-lo quando você queria se manifestar com relação a alguma coisa que Hakurei havia dito. Rena observava mais ao fundo, cuidando de seus próprios afazeres manuais (era difícil saber exatamente o que ela estava fazendo, talvez tecendo roupas) mas também interessada nas lições que um dia também já tivera. Ao final de suas colocações sobre sua cultura e sobre como havia conseguido entender a mensagem, ele continuou:

— Não — ele disse ao ver você agradecer pela armadura e seus prováveis serviçios no passado. —, não é hora, ainda, desta armadura descansar. Sua constelação pode não existir mais, mas outras se agruparam no lugar, tomando emprestado sua força. Ainda há cosmo latente aqui, Tenru. Mesmo morta, uma armadura ainda é útil.

Sem mais nem menos ele se levantou, e disse que mostraria os aposentos em que você ficaria, nos andares superiores do palácio. Estava frio lá fora, mas dentro daquele local o ambiente era ameno, confortante. Ás vezes uma briza fria corria, é verdade, mas qualquer um, mesmo sem agasalho, sentia aquele calor reconfortante de se estar agasalhado contra o frio da natureza. Só havia, no entanto, pedras ali, fazendo parte da estrutura do palácio. Tal sistema de refrigeração não parecia ter origem alguma.

Antes de dormir, em uma cama improvisada de palha em um andar quase vazio, um pensamento estranho tomou sua mente, quase como se tivesse sido colocado:

”Se nossos ancestrais nos observam, se nossas estrelas e constelações nos observam, então jamais há o que temer.”

No dia seguinte, após o desdejum, Hakurei sentou-se no mesmo lugar de antes e esperou você e Rena se aproximarem também — Atlas estava ausente desde o crepúsculo do dia anterior. Então ele reiniciou a aula, pegando uma pequena caixa com três repartições. Ali dentro havia três pós de coloração diferente.

— Estes são os metais lendários dos quais as vestimentas sagradas dos santos de Atena são feitas, Tenru. O primeiro, prismático e muito fino, é gamânio. O segundo, cromado e quase vivo, metálico, oricalco. E o terceiro é pó estelar — ele sorriu, prevendo as perguntas de como se conseguia aquilo nos dias de hoje, principalmente “pó estelar”. — Parte destes materiais veio de meteoritos ou então foram explorados em minas lendárias de continentes que já não… existem mais. Mas temos o suficiente para restaurar armaduras por algum tempo.

Ele se virou e buscou um martelo dourado que também poderia ser uma machadinha, e uma outra ferramenta que parecia uma picadora de gelo, também dourada. Virou-se para a antiga armadura de Gato e, olhando para a armadura, entregou-te as ferramentas. Continuou.

— Você vai restaurar esta armadura e ela será receptáculo de uma constelação órfã. Sua armadura foi há muito destruída e ela não possui representante há duzendos anos. Está pronto para aprender, aprendiz?

O calor vindo de Hakurei era forte. Rena também passava uma sensação calorosa, diferente da do mestre, mas mais emocionada (!!!). A armadura aos seus olhos então pareceu emitir uma emoção que chegou ao seu coração: medo, amargura, mas esperança. Ela… parecia se comunicar com você. Cada ranhura, cada trinca, começou a mostrar em sua mente uma cena, um combate, uma forma diferente de ter sido ferida. Mas isso não importava; ela queria ser restaurada e desejava ser vestida para lutar pelo bem.

Seria um outro felino.

Nataku

A energia se expandiu em um tom violeta confortável. É como quando nos fazemos um chocolate quente, ou acendemos uma lareira para espantar o calor por nós mesmos. A diferença é que aquela fonte de energia não era externa; era interna. Era o cosmo, o que Agapito ensinara já há algum tempo a você, junto de todas as lições de moral que ele. Apesar do calor externo incômodo, o seu interno era maior e ofuscava o calor externo; e era menor ao ponto de ser ameno. Naquele momento, parte de seus medos se abrandaram, mas isso não duraria muito tempo.

Limpando as lágrimas, você pôde começar a ver ao redor. O calor externo havia sumido, e no lugar havia frio, um frio capaz de sobrepor o calor do seu cosmo. Não que agora sua energia fosse inútil; caso não estivesse queimando o cosmo, provavelmente congelaria ali mesmo. A imagem que via era amedrontadora. Você não estava mais em um corredor, e sim em um lugar aberto. O céu era escuro de um tom de azul degradante, e havia formações rochosas com cheiro de enxofre e algo podre para todos os lados. A pedra escura manchava suas roupas, e os pés ardiam do frio, mesmo calçados. Sua vida parecia querer esvair do próprio corpo, sendo protegida apenas por seu cosmo.

Mais a frente, uma pequena encosta se levantava e formava um corredor. Neste corredor havias várias pessoas caminhando em fila indiana rumo a um penhasco. Elas eram inexpressivas e, mesmo que você não estivesse, ainda, próximo a elas, sentia que não conseguiria interagir com nenhuma. Elas simplesmente o ignorariam.

Ou será que não?

Aproximando-se, você percebeu que algumas pessoas pareciam reagir a seu cosmo quente, evitando-o por ser o calor incômodo. Ninguém respondia a pergunta alguma sua, e foi com um frio na barriga que, seguindo a fila, você percebeu que ao fim desta as pessoas simplesmente se jogavam em um fosso gigantesco. Impossível enxergar seu fundo, impossível mesmo enxergar a parede do outro lado. Era maior do que qualquer coisa que você já poderia ter imaginado, uma visão de escuro absoluto quase infinito.

Antes mesmo de pensar em como impedir aquilo de continuar, ou talvez em como fugir daquele lugar, foi com surpresa que, ao se virar, você percebeu algo assustador: havia naquela fila, aproximando-se do fosso sem fim, as mesmas pessoas que haviam, anos antes, usado você para fazer experiência brutais em laboratório. Ao contrário das outras que apenas caminhavam, aquela equipe de médicos parecia resistir. Seus corpos estavam dilacerados e inexpressivos como todos os outros, mas você sabia de alguma forma que eram eles. Estavam jogados no chão, tentando se arrastar de volta ao caminho contrário, mas não funcionava: a terra os empurrava como se fosse viva, os outros seres da fila também tentavam puxá-los. Era um caminho sem volta.

Ou será que você podia interceder de alguma forma?

Uma voz distante, feminina, ecoou em sua mente. Triste.

”Se desejar, você pode salvá-los. Ou permitir que sofram pelos pecados que fizeram. O que lhe parece justo?”

Azimute

O homem olhou-o com compreensão, perdido em pensamentos. Foram longos minutos de silêncio, um clima pesado de quem fez algo errado e não achava as palavras para se desculpar. Só depois ele conseguiu reunir as frases corretas para explicar o passado, o presente, e ter um vislumbre do que poderia ser o futuro.

— Você já se perguntou o nome da ilha onde vivemos, Azimute? — ele começou de maneira retórica, tentando afastar de si mesmo o fantasma de ter escondido um conhecimento de seu único filho da vida. — Estamos em uma ilha chamada Lemúria, também chamado de Mu. No passado, foi um continente muito rico e próspero, mas apesar do conhecimento elevado da raça que ocupava este lugar, sua moral era podre e mesquinha. Como resultado, o Destino afundou este continente, uma… prova coletiva para desafiar a fé.

Talvez fosse algo difícil de entender, como aquela história poderia ser verdade. Quando o pai de Azimute falava em passado, isso significava milhares de anos, antes mesmo das civilizações inteligentes mais antigas catalogadas na atual história da humanidade. Mas o conhecimento histórico do homem é sempre limitado; sempre há mais escondido nas estrelas do que se pode imaginar.

— De alguma forma aquela pequena cidade manteve-se quase intacta à desgraça que se sucedeu no lugar, e formaram-se ruínas incríveis. Foi aqui que eu aprendi tudo o que sei, após ter sido o único sobrevivente de um naufrágio a alguns quilômetros da ilha-continente. O conhecimento de que este continente persiste em parte é algo, suspeito eu, que o Destino não quer que o resto do mundo descubra. Por isso ele não é encontrado em mapas, nem visitado. Algo sempre acontece com quem se aproxima daqui.

Ele retirou a caixa das costas e colocou ao lado. Uma das faces do objeto estava contorcida, entortada e parcialmente derretida.

— Então eu encontrei um pequeno santuário de armaduras, e também achei livros que contavam sobre o cosmo e as estrelas. Sobre os deuses. Sobre… muita coisa.

Ele parecia vislumbrado e perdido em suas próprias memórias. Pareciam ter sido tempos bons, e só daquela forma, graças ao conhecimento e às descobertas, é que aquele homem não se perdeu na insanidade de viver afastado da civilização. Ele era o único conhecedor dos vestígios de uma civilização muito mais avançada (de acordo com o seu próprio tempo), detentora de conhecimentos proibidos.

— Mas um dia, após tanto visitar este santuário, meu cosmo pareceu chamar a atenção de algo, ou alguém. Aquele ser. Ele se apoderou do lugar que de alguma forma lhe era querido, eu acredito, e eu não visitei mais as ruínas de Lemúria.

Ele olhou ao redor, na clareira em que estavam. Parecia surpreso. A verdade é que nunca havia achado aquele caminho, e estava novamente conhecendo algo novo. Trocando em miúdos, naquele momento a curiosidade do homem era a mesma de Azimute.

— Estamos seguindo por aqui há algumas horas e eu não sei onde este corredor vai terminar. Mas acho que é nosso único caminho, pois voltar pode significar a morte. Não há mais volta, Azimute.

As têmporas de Azimute palpitvam em ressonância com duas coisas diferentes. Uma delas era aquela caixa, e isso ele já sabia desde quando a havia encontrado; a segunda era com o caminho. Não sabia onde acabaria.

Carlos

Que viagem. Carlos se via em um beco, após ter dado cabo em alguns ladrões para proteger uma mulher aparentemente indefesa. Tamanha sua surpresa quando o último o atacaria de maneira desonrosa e a mulher reagiu, saltando em um chute giratório e colocando o homem para dormir. Depois daquele ataque… melhor executado do que qualquer lutador esportista da televisão… Carlos teve certeza que desde o começo ela não parecia indefesa coisa nenhuma.

Ela explicou sobre algumas coisas que ele não entendia, ou pensava ser apenas coisas de mangás e outras histórias em quadrinhos, ou filmes de ficção. Parecia absurdo demais, mas um calor em seu coração queria acreditar que era verdade.

— Você deve seguir até Atenas e conversar com o chefe da guarda dos soldados de Atena. Ele sentirá seu cosmo e a partir daí tudo fará sentido, Carlos. Eu suponho que você não saiba como chegar até lá, então vou te ajudar.

Um toque em sua testa, e tudo foi ficando turvo. A última imagem que você viu antes de desmaiar foi o sorriso de maneira jeitosa e meiga que ela tinha. Era extremamente atraente, e você desejaria continuar conversando com ela… Mas isso não foi possível. Perdeu a consciência. Quando acordou, estava diante de um arco grego que marcava o início da Acrópole, um lugar histórico para a humanidade. Mas a visão era diferente do que você ouvira falar nos livros e fotos. Havia muita coisa do outro lado do arco, plantas, construções, pessoas caminhando, enfim, vida.

Mas as fotos, e mesmo as outras pessoas do lado de cá do arco, ao olharem ali pra dentro, viam apenas ruínas de um tempo já passado.

Ao entrar no arco, na Acrópole, o jovem foi abordado por dois guardas. Eles questionaram o que o rapaz estava fazendo ali, e acharam sua história bem estranha, principalmente porque nem mesmo o nome da mulher que havia orientado o rapaz a seguir até ali ele sabia. Resolveram chamar a atual líder do esquadrão de soldados da Acrópole, a amazona Mika de Lira. Carlos achou curioso o fato de ter um “sobrenome peculiar”, e também de todos ali usarem armadura (uns com vestimentas que cobrem bem o corpo, outros com menos…).

— Forasteiro — ela pareceu ignorar o aviso dos outros guardas, ainda que eles existissem. Alguns haviam chegado perto da cena e pareciam meio constrangidos com a presença da capitã e seu jeito meio seco. —, quero que me conte o que faz aqui com suas palavras.

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Inoue91
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Inoue91 » 26 Jul 2014, 23:25

Carlos

*Carlos não fazia ideia por onde estava andando, ele queria chegar na universidade logo para começar os estudos, mas a medida que andava se via mais perdido ainda, ele dobrou a esquerda, andou alguns metros, depois dobrou a direita, quando se deu conta ele estava em uma rua sem saída, ele ia dar meia volta e tentar novamente achar o caminho certo, mas no fim da rua ele enxergou dois homens atacando uma mulher.

“Até um pais como a Grécia não esta livre dos ladroes”

*Tomado por um senso de justiça, Carlos não podia deixar que a garota fosse roubada, ele correu na direção deles e gritou.

--Ei !!!! seus covardes duma figa, mexendo com uma dama indefesa, deixem ela em paz e venham resolver isso comigo.

*Os homens deram risada, ignoram a mulher por um momento que agora estava caída no chão, eles encurralaram Carlos contra a parede e então começaram a atacar, socos, chutes, cotoveladas, inúmeros golpes viam de ambos o lado, o garoto conseguia defender alguns, mas alguns lhe acertavam em cheio, ele não saberia por quanto mais tempo ele iria aguentar, o sangue escoria pelo canto de sua boca e quando tudo parecia estar perdido, Carlos sentiu uma energia fluir por seu corpo, era algo que ele nunca tinha sentido antes, ele apenas deixou a energia fluir, concentrou-se e desferiu um soco contra um dos agressores, o golpe atingiu o homem em cheio, que caiu desacordado, incrédulo Carlos olhava para o seu punho tentando entender o que havia acontecido.

--Mas não é possível ( Dizia o agressor que estava de pé)

*Aproveitando da distração de Carlos, o agressor de forma desonrosa, mas antes que fosse atingido a mulher surge através de um lindo salto em um chute giratório, o golpe acerta em cheio o agressor e este cai inconsciente. Carlos não estava entendo nada do que havia acontecido, ele fez inúmeras perguntas e calmamente a mulher respondia as perguntas, de inicio tudo parecia fantasia mas a medida que ela explicava aquilo parecia ter um pouco de sentido.

*Carlos caminhava tentando se localizar e ao mesmo tempo imaginava como que iria encontrar o chefe da guarda dos soldados de Atena, enquanto imaginava foi abordado por dois guardas, e eles começaram a fazer perguntas, Carlos engolia seco e não sabia o que falar, ele não tinha a menor ideia de como foi parar ali, a mulher que ele havia encontrado antes, nem o nome dela ele havia perguntado, agora ele se encontrava em uma sinuca de bico, ele se perguntava também o porque de todos ali estarem trajando armaduras, e para piorar a situação os guardas chamaram a líder do esquadrão, nesse momento Carlos começou a suar, estaria ele realmente encrencado, a mulher então lhe fazia algumas perguntas, e tentando demonstrar calma, mas sem muito sucesso Carlos respondia.

--(Ele abria a boca, mas as palavras não saiam, o garoto estava assustado com a situação, ele então respirava fundo para tentar manter e calma, ele tentou falar novamente e desta vez as palavras saíram)

-- Antes de tudo, deixe me apresentar, eu me chamo Carlos, sou um jovem brasileiro que vim estudar aqui na Grécia através de uma bolsa de estudos, hoje eu estava indo para mais um dia de aula, mas como sou novo aqui acabei me perdendo, enquanto eu tentava achar o caminho de volta, me perdi mais ainda e acabei entrando em uma rua sem saída, ao fundo da rua vi dois homens agredindo uma mulher, e sabem, ao ver aquilo eu não poderia ficar parado, chamei a atenção dos bastardos, eles me encurralaram contra a parede, me bateram, mas de alguma forma eu consegui acertar um soco e nocautear um, enquanto ao outro foi atingindo por um lindo chute giratório dado pela mulher que até então eu julgava inocente.(Parava um pouco para respirar)

--Ela então me falou de algumas coisas sobre cosmo, Atenas, cavaleiros, enfim, falou de coisas que eu não entendi muito bem, ela me disse para vir para Atenas e conversar com o chefe da guarda dos soldados de Atena, ela disse que ele sentiria o meu cosmo e que dai tudo faria sentido, antes que eu pudesse perguntar o nome dela, ela tocou em minha testa, tudo escureceu e quando acordei aqui estava. Ela era uma linda garota tinha a pele clara, e cabelos longos e escuros.

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Lord Itilan
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Lord Itilan » 27 Jul 2014, 10:30

AZIMUTE
Azimute ouviu em silencio tudo que seu pai tinha para lhe falar. Estranhou como sua voz era carregada de culpa. Ele não parecia ofendido com o fato de Azimute ter encontrado as ruínas. Azimute até sentia, pelo tom de sua voz, que seu pai esperava que o jovem tomasse conhecimento do local algum dia. Era como se seu pai sentisse culpa pelo que havia acontecido ali. E agora estava disposto a contar tudo o que sabia.

Por algum motivo, esperava respostas como aquela. Seu pai sabia mais que ele, mas era evidente que não sabia tudo. Ouvir a palavra Cosmo fez total sentido. Azimute não perguntou nada, mas agora sabia que aquilo era nome da energia cósmica da qual seu pai lhe dissera um dia, energia que permite que um ser seja capaz de feitos admiráveis, equivalente a milagres.

Todo aquele tempo na ilha, e seu pai sempre lhe dissera sobre aquilo usando outros termos. Lembrou da energia nas ruínas, pensou nos formigamento nas têmporas. Lembrou de outros momentos passados, como quando sei pai lhe ensinara a derrubar troncos de arvore apenas com seu punho...era tudo sobre o Cosmo. Pensou se esta mudança atual em sua vida se deve também ao Cosmos.

Azimute pensou em como era engraçado o fato de que nunca se permitiu saber mais do que seu pai dissera. Era como se a palavra de seu pai fosse uma ordem divina. O que era dito era o que deveria ser feito. E agora, tudo aquilo.
Refletiu sobre a situação, e olhou pelo caminho além. Suas têmporas latejavam como se estivesse levando 1000 agulhadas. Já estava se acostumando com aquilo.
Azimute levantou e, como se aquilo fosse um sinal de compaixão a seu pai, esticou o braço para ajuda-lo a se levantar.

- Vamos, é hora de seguirmos em frente – disse, enquanto levantava o homem – Você parece esgotado. Dê-me esta caixa, deixe que eu carrego para o senhor.
O homem lhe deu a caixa. Incrivelmente, parecia mais leve que aparentava. Azimute se sentiu confortável em carregá-la.

Quando partiram pelo novo caminho, Azimute disse:
- Peço desculpas por tudo que está ocorrendo, não sabia o que poderia acontecer. Me senti guiado até aquele local. Era como se tudo aquilo precisasse ser visto. Espero poder ter a chance de recomeçarmos nossa vida novamente e... – Azimute não terminou suas palavras e engoliu seco. Por algum motivo, sentiu que sua vida e de seu pai, nunca mais seriam a mesmas.

Permaneceu em silencio. Seu pai também, como se entendesse o que seu filho sentirá. Seguiram o caminho em silencio.

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Lance
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Re: Ato 0 ~ Prefácio

Mensagem por Lance » 27 Jul 2014, 15:57

Eric

Deveria estar com medo ou preocupado, mas não estava. Se havia conseguido superar o desafio de seus antecessores então estava preparado para enfrentar um inimigo maligno. É isso que os cavaleiros fazem.

_Vc esta sem saída ! Não deixarei que saia impune por essa ousadia !

Estende o braço esquerdo para cima e o direto para o lado.

_Cruz do Tempo !

Descendo o braço esquerdo até a frente enquanto sua mão direita ia de encontro ao cotovelo esquerdo. O movimento fazia fluir um cosmos ao redor girando em dois eixos perpendiculares disparando o golpe cruzando o lago.
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