--- Eu me chamo Miya, é um prazer, Arvoui! --- ela sorri, meneando a cabeça em um cumprimento. Ela olha para as árvores ao redor, a mente distante vagando por lembranças, e diz
--- A guerra pode não ser bela muitas vezes, mas é importante. Meu reino está em guerra há anos com as criaturas do Grande Norte. Para Kamigawa, guerra significa proteção. Significa defender aqueles que nós amamos. Para os mortos, guerra significa sacrifício por algo maior. Mas mais importante, guerra significa renovação. Se não fosse a guerra, nem eu e nem você estaríamos aqui, tendo esta conversa.
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Irys acorda Gulk agitada, tentando fazer com que o homem-crocodilo entender que não era seguro ficar mais nos arredores da cidade. Irys amarra as rações de viagem que havia conseguido junto de seus pertences e lidera o caminho se afastando da cidade. Os dois marcham longe das estradas em direção norte, se afastando ainda mais de Latvéria, até que a noite cai e, mesmo para os olhos de Irys, torna-se difícil caminhar em meio a floresta. Uma garoa, leve mas ainda assim irritante, cai dos céus encharcando as roupas e equipamentos da dupla. Vendo-se obrigados a parar e armar acampamento, os dois se recolhem próximo a um conjunto de árvores densas que oferecia uma pequena proteção.
Gulk, acostumado com a água, parecia não se importar com a chuva e dormiu enroscado a alguns arbustos, enquanto Irys manteve-se acordada fazendo a vigia próxima a uma fogueira precária que havia feito. Como a comunicação com Gulk era limitada, não podia deixar a função de vigia para o grandalhão. Duvidava que ele entenderia o objetivo de se manter acordado para proteger o acampamento.
Nos dias seguinte, a dupla seguiu viagem rumando para norte, acompanhando a fronteira de Durkein e Überfall. Por não estarem seguindo as estradas, Irys se localizava com um ou outro ponto geográfico que reconhecia de quando fizera o caminho de ida até o pântano de Gulk. Ela apenas queria se afastar o máximo do grupo que estava indo atrás de seu companheiro, depois ponderaria sobre o destino. Sabia que a cidade do mago que a tinha contratado ficava a poucos dias de viagem para Oeste, enquanto que a cidade grande mais próxima ficava a cerca de 3 ou 4 dias para dentro do território de Überfall.
Em uma noite chuvosa, Irys fazia a vigia do acampamento, dessa vez havia encontrado uma caverna aos pés de uma colina. Apesar de pequena, era suficientemente bem protegida da água e do vento, coisas que a irritaram profundamente nos últimos dias. Havia feito uma fogueira enquanto Gulk conseguira caçar dois cervos para a dupla. A frente da caverna, se aquecendo próxima de uma fogueira improvisada, Irys estava cansada. Intercalava algumas espiadelas rápidas para a floresta ao redor com minutos de sono.
Mal notou quando algumas figuras cercaram a entrada da caverna e uma espada repousou em seu pescoço. Acordou assustada, levando a mão para a espada curta na sua cintura:
--- Tsc tsc tsc ... --- um humano ruivo e alto disse baixinho, apertando o sabre contra a garganta da elfa.
--- Eu não faria isso se fosse você. Acha mesmo que com esse seu cabelo você não ia chamar atenção de ninguém? Não fosse essa chuva, teríamos te encontrado muito mais rápido.
Trajava uma armadura completa muito bem trabalhada. Portava um sabre em uma das mãos e, às costas, um arco curto estava amarrado com tiras de couro. No ombro direito, o brasão do mago Ehlif, a chama azulada sobre o vermelho, quem havia contratado Irys para capturar Gulk.
--- Onde está a criatura? Ela está aí dentro? --- o homem sussurrou, mas antes que Irys pudesse fazer algo, ele completou olhando para a gruta escura
--- ... diga baixinho!
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Liorav comprou alguns mantimentos frescos e um pouco mais de rações e carne seca para a viagem. Passou ainda o dia em Solius e, na manhã seguinte, partiu para Thorn. A viagem fora tranquila como Hynna havia previsto. Liorav encontrou um ou outro viajante pelo caminho e passou por alguns vilarejos onde curou enfermos. Na manhã do sétimo dia de viagem, avistou Thorn.
Uhtred e Galdrus seguiram em direção a Thorn, conversando pelo caminho sobre os dois, enquanto vislumbravam a cidade. Para o centauro, Thorn era menor que Tolaria, entretanto, para o anão a primeira cidade da superfície era vislumbrante.
A beira do mar, a cidade possuía um porto singelo e algumas poucas embarcações de grande porte eram visíveis, em meio a muitos barcos pesqueiros ou apenas menores, utilizados para transportar cargas ou pessoas para as proximidades. Envolta de uma muralha alta que compreendia um semi círculo ao redor das casas e prédios, Liorav avista algumas torres de guarda e alguns homens que caminhavam pela murada. Rastros de fumaça das chaminés das casas eram visíveis em pontos espalhados por Thorn, enquanto que, fora da muralha, era possível ver alguns homens trabalhando nas diversas plantações espalhadas por ali, bem como alguns rebanhos pastando.
Liorav, Uhtred e Galdrus chegaram quase que ao mesmo tempo no portão da cidade. Quase cinco vezes mais alto que o centauro, a estrutura de madeira reforçada com tiras de ferro estava fechada e homens no topo do muro gritaram para os três:
--- Alto lá! Identifiquem-se! A cidade de Thorn não está recebendo forasteiros a mando de Sir Thomas Ferwick, o capitão da guarda de Thorn!
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OFF: DonaKei, respondendo a sua pergunta do tópico OFF
I + G : Irys e Gulk
Liorav, Uhtred e Galdrus estão em Thorn, enquanto que Arvoui está em algum lugar de Eä'Singen (impossível dizer o local exato do mapa, devido ao território mágico e dinâmico do reino).
Se tiver alguma dúvida (não detalhei nenhum ponto de dentro dos reinos pq não achei necessário), ou se tiver algum lugar que quer procurar (uma cidade grande, longe da influência do indivíduo X ou um local longe de cidades em que não serei encontrada... etc etc etc) me diga que eu digo se há algo assim próximo/invento kkkkkk
Vamos continuar a discussão sobre o mapa e localização lá no tópico OFF.