Eä - Aventura

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Galahad
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por Galahad » 26 Nov 2014, 21:49

Arvoui seguia pela trilha da floresta, admirava a neve que caia, afinal, não a via muito em seu lar, ou na comunidade hafling em que passara os últimos anos. Porém, logo a neve ia embora, dando lugar a uma garoa fina, e após a passagem dela, o elfo guardava suas roupas de frio, e seguia em direção do rio que escutara, talvez o ajudasse a chegar na Cidade mais rápido assim.

Enquanto andava pela floresta, o elfo não conseguia deixar de admirar a fauna e flora do loca, via aquelas planas e animais diferentes, e imaginava se elas algum dia foram como as que existiam em seu lar, mas foram alteradas pela magia existente naquele reino, talvez, um dia, quando conseguisse aquilo que buscava, fizesse um estudo sobre isso: o efeito da magia nos seres vivos. Mas isso seria outro dia, ou mesmo outro ano, agora tinha outras coisas a fazer.

O elfo continuava seu caminho, e ao se deparar com árvore titânica, não conseguia resistir a vontade de fazer anotações do que via ali, ficava ainda mais impressionado quando passava pela sua cabeça a ideia de que aquilo poderia ser na verdade três árvores, cujo troncos se encontravam juntos por algum motivo, e isso o motivava ainda mais a fazer seu desenho, registrando cada detalhe possível, até mesmo o menor dos insetos que conseguia enxergar nelas.

"Talvez, se eu encontrar algum recém-chegado daqui algum tempo, este possa ser meu presente, não um guia, mas uma amostra do que poderá encontrar."

Quando acabava seu desenho, Arvoui levava um susto quando escutava élfico antigo ecoando pela floresta, proferido por uma voz grossa, e não apenas isso, mais também as árvores começavam a se mexerem, e num destes movimentos quase o elfo caíra devido ao vento provocado pela movimentação. Logo aquelas árvores se revelam serem ents, seres de grande ideia e sabedoria, os quais já ouvira falar antes, escutara sobre Wiseleaf, o ent mentor do deus dos elfos; assim como Lifewatcher, o ent plantado por Galahan e Soleil na missão para salvar Vitta; e claro, também escutara sobre os cem ents da Floresta Sagrada, embora nunca tenha visto a floresta pessoalmente.

"Esta é uma oportunidade única!"

Arvoui então tocava seu peito, sobre o coração com dois dedos, e depois os lábios, numa saudação aos ents, e depois falava, tentando user o élfico antigo de melhor forma possível, sendo o mais respeitoso possível em seu tom voz.

--- Saudações, anciões, é uma honra conhecê-los. Eu me chamo Arvoui El'than, Aquele que Busca Conhecimento, e peço humildemente passagem a este Cidade da Origem.

O elfo aguardava a resposta dos ents, embora estivesse um pouco confuso, não se lembrava de haverem mais de uma Cidade da Origem.

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Dornelles
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por Dornelles » 28 Nov 2014, 03:03

"Foi um ataque premeditado, não há outra explicação", pensou Liorav. Troca de fechaduras após uma invasã sem que tivessem levado objetos de valor? Isso não cheirava bem. Agora que havia encontrado um rastro, poderia segui-lo até sua origem. Usaria o poder de Soleil mais uma vez, enquanto vasculhava o quarto. Ficaria atento ao que a enferma dizia, enquanto revirava tudo.

-Àqueles que têm fé é concedido o dom de compreender as línguas. Que meus ouvidos se abram e minha compreensão se expanda. Por Soleil, em Soleil, com Soleil.

-Procurem saber se houve outros casos como o de lady Sophia, se houve outros arrombamentos nos aposentos de outros enfermos, por obséquio. Vou tentar mais uma cartada. -disse aos guardas.

Off: teste de Percepção pra procurar pistas de quem possa ter entrado no quarto e Compreender Idiomas pra tentar traduzir o que lady Sophia está pronunciando. Se não há venenos, resta procurar outras fontes.
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ramongtx
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por ramongtx » 29 Nov 2014, 18:31

-- Guardas, meu nome é Uhtred, gladiador da Arena de Tolária! Eu estava de passagem pela sua cidade quando ouvi falar sobre o grande combate que vocês hospedarão hoje. Eu estava esperando poder falar com alguns dos patronos e lutadores de sua Arena antes da luta porém, para, quem sabe, conseguir participar. Eu tenho sua permissão?

[Caso mais insitência seja necessária] -- Uma pergunta: vocês podem assistir o espetáculo, quando ele começar? Façamos assim então, em troca do favor, eu prometo que volto por essa mesma saída, e levo vocês para a taberna, onde contarei tudo que aconteceu de primeira mão e pago uma cerveja para cada, é claro!

[Caso a entrada seja negada] Uhtred busca a entrada principal, abrindo caminho entre os plebeus sedentos pela batalha, amaldiçoando aqueles guardinhas patéticos por não o deixarem passar. Se Khydora permitisse, ele ainda os iria encontrar em batalha, e poderia se vingar dos insetos.
[Caso a entrada seja permitida] -- Há! Obrigado companheiros! Se eu entrar na arena, apostem em mim. Vocês não se arrependerão!

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blue
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por blue » 23 Dez 2014, 16:18

As três árvores se moveram em sincronia, abaixando suas copas na direção do solo em uma espécie de reverência. As vozes colossais ecoaram novamente pela floresta:

--- Tu és bem-vindo, Arvoui El'than, Aquele-que-busca-conhecimento! Nós te abraçamos em nossa proteção enquanto a sua Jornada não se inicia.


Arvoui aceita os cumprimentos e, subindo por um pequeno aclive, adentra na cidade protegida pelos ents. O local não era muito grande, talvez um pouco maior que o vilarejo halfling que habitara antes de partir para o Reino dos Bardos, e demonstrava uma simbiose com os três guardiões ents impressionante, digna das principais cidades élficas que Arvoui já vira. Construções de madeira clara brotavam dos ents, como filhotes abraçados e protegidos pelos cuidados de seus pais, intercaladas com algumas casas de alvenarias um pouco afastadas dos troncos. O vilarejo era vivo, com as mesmas espécies da flora e da fauna que o elfo havia visto no seu caminho até ali, entretanto o que mais chamara a atenção de Arvoui foram os habitantes da Cidade.

Possuíam aparências diferentes entre si, apesar do mago conseguia identificar algo como três etnias ou raças entre as criaturas, mas como ponto comum todos pareciam ser feitos de um material maleável muito parecido com madeira. Alguns mais claros e outros mais escuros, como se viessem de árvores diferentes, o material simulava músculos, pele, unhas e até cabelos.

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O primeiro que avistou parecia se assemelhava com uma versão distorcida de um humano. Uma longa barba de ramos secos e raízes descia-lhe pela face e tórax até se unir com o seu corpo mais ou menos na altura da cintura. Eles andavam nus, entretanto o elfo não avistava nenhum orgão genital como esperaria de um humanóide comum, mas ainda assim tinha a leve impressão de que era um macho daquela espécie. Andando mais um pouco pela Cidade, avistou outros parecidos. O mais baixo parecia bater nos ombros de Arvoui, mas, em sua maioria, passavam três ou quatro cabeças acima das orelhas do elfo. Suas vozes eram grossas e pronunciavam as palavras lenta e pausadamente e todos possuíam feições que o elfo considerava como masculinas.

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A outra etnia que encontrou eram seres esguios e femininos, quase como uma contrapartida aos anteriores. Suas feições de madeira faziam Arvoui lembrar as mais belas elfas que havia visto em vida. Seus rostos eram finos e delgados, os olhos nada mais eram do que gemas brilhantes das mais diversas cores e tiras e ripas, do mesmo material que constituía seus corpos, se dobravam acima de suas cabeças em uma espécie de penteado, dando a cada um daqueles seres uma particularidade que ajudava diferenciar-lhes entre si. Arvoui encontrou um grupo de três ou quatro que conversavam e riam próximas a uma casa. Suas vozes eram doces e alegres, melodiosas como uma canção.

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A última das raças era pequena, com altura que variava entre a estatura média de um halfling até a um anão. Além disso, alguns dos seres possuíam comportamentos animais e, mediante algum pouco tempo observando, o elfo notou que, de fato, eles faziam o papel de seres de estimação das outras duas etnias. Eram companheiros que não pareciam andar longe de seus donos, sempre membros das duas primeiras raças. Sua fisionomia lembrava a versões diminutas dos ents bípedes que Arvoui já havia visto em Galenbar, um corpo humanoide com uma pequena copa de folhas acima das cabeças. No lugar onde normalmente se encontrariam os olhos, via-se apenas uma luz tênue emitida pelas cavidades oculares.

A presença de Arvoui provocou agitação nos habitantes da Cidade da Origem, que se aglomeraram próximos ao elfo, dando-lhe as boas vindas. Eles falavam um élfico ancestral, da mesma forma que os três ents, e mostraram-se felizes em receber um visitante. Eles encaminharam o mago até uma árvore morta no centro da vila. O tronco marrom e seco erguia-se poucos metros acima do solo, exibindo galhos secos sem folhas. Da base próximo às raízes até o local onde o tronco se dividia em ramos menores, Arvoui notou que havia diversos entalhes na madeira. Um dos seres da etnia masculina explicou que haviam sido outros forasteiros que lá haviam chegado e que marcavam seus nomes, como um registro, na árvore morta como uma metáfora à renovação. A partir dali deixavam o seu “eu” para trás e abraçavam a mudança que a Jornada lhes traria. Eles entregaram ao elfo um objeto diminuto, a figura de uma pena feita de madeira com diversos escritos mágicos entalhados por toda sua extensão, e pediram que Arvoui gravasse o seu nome. O elfo fez como lhe pediram e notou que, ao tocar a pena na árvore sem fazer força, a madeira era gravada magicamente. Escreveu da melhor forma que podia e seu nome brilhou quando a pena deixou de tocar a madeira. Entretanto, quando deu uma rápida olhadela nos nomes ao redor, outros dois nomes lhe chamaram a atenção:

Raemi Aethrinuil
Fëanor Thrandil


O primeiro, o nome de sua mentora da Academia de Wissenrum. O outro, um dos seus amigos que fazia parte do grupo de magia organizado por Raemi.


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Os soldados próximos de uma das entradas alternativas da arena se assustam com a presença do centauro, quando este se aproxima. Uhtred conversa com os dois, pedindo para que pudesse competir no combate do dia. Um dos homens se mostra em dúvida em permitir a passagem do guerreiro, mas o segundo, conhecendo a fama do gladiador, diz que ele deveria conversar com o organizador do espetáculo.

Uhtred é liberado para o subterrâneo da arena, passando por corredores apertados e câmaras abafadas iluminadas por tochas de metros em metros. As memórias do centauro se agitaram, relembrando dos dois anos em que vivera num lugar como aqueles. Em parte, gostava de estar livre, mas também sentia falta dos combates. O soldado levou até uma galeria ampla, onde um grupo de cinco gladiadores se armavam. Apenas de olhar, Uhtred sabia qual era o papel daqueles homens. Eram responsáveis por "aquecer" a plateia antes do espetáculo verdadeiro. Normalmente amadores, os homens lutavam entre com armas que não eram feitas para matar ou contra feras ou animais selvagens. As apostas, nestes aquecimentos, eram singelas e designadas apenas para os apostadores ou organizadores sem tanta importância. O "peixe grande" realmente era a última luta do dia, tida como principal. Apesar da fama em Tolária, Uhtred lutara apenas uma vez no combate principal... apesar da derrota, o combate lhe rendera muito mais do que ganharia em um mês de lutas.

O soldado fez sinal para que Uhtred parasse para esperar dois homens conversarem:

--- A besta nos dará um espetáculo e tanto, mestre Ehlif --- um baixinho gorduxo com um bigode suntuoso e roupas espalhafatosas comentou, claramente tentando agradar o segundo homem. --- Muita bondade sua nos doar...

--- Poupe-me de sua ladainha, Ludwig! --- Ehlif interrompeu, com um gesto ríspido. Utilizava um pomposo manto com penas coladas à gola e ao capuz, mantido às suas costas. Nas mãos, uma bengala fina e trabalhada e, na cabeça, um tapa-olho de couro contracenava com os cabelos escuros. --- Apenas certifique-se que tanto a garota como o crocodilo estejam dentro da Arena, ou eu mesmo voltarei aqui para dar o seu couro gordo para as feras!

Ehlif virou-se e saiu pela mesma entrada que Uhtred havia chegado. Ao dar de cara com o centauro, deu-lhe uma rápida olhada de cima a baixo e comentou, rindo:

--- Pelos deuses, isto sim é um gladiador... ou fera... razoável! Não aquele orc, que você vendeu a cidade toda como um bugbear de quatro metros de altura, Ludwig! --- voltando-se a Uhtred, fez uma pequena mesura e retirou-se, mancando --- ... Com todo respeito é claro, senhor centauro.

Todos ficam um momento em silêncio, apenas escutando os passos mancos e as batidas de bengala ecoando pelo corredor. Até que, alguns segundos depois, o soldado disse e depois se retira:

--- Senhor Ludwig, este é Uhtred, um gladiador de Tolária. Ele deseja participar no espetáculo de hoje. Achei melhor trazê-lo até o senhor. Com licença...

--- Oh bom dia, Uhtred... me desculpe por ter visto toda a "delicadeza" daquele homem. Me acompanhe, por favor... --- ele convida o centauro a acompanhá-lo até sua sala, em uma das portas daquela galeria. --- Já ouvi um pouco de sua fama... você sabe como é, como organizador da arena tenho sempre que ficar atento às pequenas estrelas que estão surgindo por aí.

Os dois conversam e acertam um preço para a participação de Uhtred na arena. O centauro pagaria algumas peças de ouro para participar e, caso sobrevivesse até o final, receberia essas peças de volta mais uma parcela das apostas. Uhtred é levado até um cômodo onde poderia descansar até o combate principal, algumas horas mais tarde. Próximo do quarto, há uma área comum aos gladiadores que compreendia um refeitório. O centauro tomou um pouco de cerveja e comeu alguns pães, relembrando-se da última refeição que havia feito junto de Maahl, o anão gladiador companheiro de muitos combates.


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Liorav realiza uma prece para seu deus e volta a escutar as palavras de Lady Sophia. O som que a garota pronunciava pareceu para o clérigo como uma língua antiga, talvez algum dialeto pré idioma élfico atual. Mesmo com a sua compreensão impulsionada pelo poder de Soleil, Liorav não entendeu apenas um significado para o som que a garota pronunciava.

Ehthellenaril parecia uma variação de thellenari do élfico atual que significava "aquele que dorme" ou "o sonolento". Já se seguisse para línguas mortas ou antigas, Ehthel era a tradução de Éter e um dos possíveis sentidos de Lenaril é corruptor, destruidor. Juntando as duas, poderia significar algo como corruptor do éter, uma expressão que Liorav nunca havia ouvido antes. Algo também o dizia que poderia ser um nome próprio, mas não saberia dizer com certeza.

Além de escutar as palavras da nobre, o clérigo também gastou algum tempo procurando por pistas dentro do quarto. Vasculhou alguns lugares que pode pensar, entretanto não encontrou nada que pudesse ajudá-lo para identificar o que causava aquele mal à garota.

Indagou aos guardas e as aias se havia ocorrido outro caso parecido com o de Sophia, em que haviam invadido o quarto, mas não roubaram nada. Um dos homens disse que seria difícil encontrar um caso parecido, pois se nada era levado, na maioria das vezes as pessoas não se davam ao trabalho de avisar à milícia. Entretanto, uma das aias havia escutado Sir Ferwick conversar com um de seus subordinados sobre o primogênito da família Llanord, uma tradicional linhagem de nobres burgueses da cidade que controlavam boa parte dos bancos de Thorn, que sofria de condições semelhantes à Sophia.

Ao fundo, Liorav escutou o som de milhares de pessoas gritando. Ele olhou para a janela e viu a movimentação de pessoas indo em direção à Arena da cidade. Eles poderiam estar se divertindo... mas para o clérigo, havia muito trabalho a ser feito.

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--- Irys, minha querida... está na hora de acordaaaar... --- a jovem elfa escutou a voz de Ehlif ainda imersa em seus sonhos. --- Iryyyysssss...

Já viajavam há semanas sob a guarda dos homens do Mago. Os estandartes com seu emblema, a chama azulada sobre o fundo vermelho, passeando acima da cabeça do destacamento, um grupo de 40 homens, encarregado de levar Irys e Gulk. A ranger tentou descobrir para onde os levavam, mas não conseguiu. Usando de sua memória, sabia que já haviam cruzado a fronteira de Durkein com os Reinos do Norte e haviam passado por alguns ducados e condados que ela já havia percorrido alguns anos atrás. Durante todos aqueles dias, ela e Gulk haviam sido mal alimentados e dormiam pouco, tendo que acompanhar a marcha forçada dos soldados.

--- Vocês estão de provas que eu tentei ser doce e calmo... --- fraca e sem forças, era-lhe custoso se manter acordada --- Irys , sua vadia élfica, ACORDE OU COSTURAREI SUAS PÁLPEBRAS! --- o mago gritou, esbofeteando a elfa duas vezes. A dor injetou uma dose de adrenalina no sangue e ela despertou. O gosto de sangue em sua boca.

--- Ho... foi mais rápido do que eu esperava.

Irys abriu os olhos e estava em um túnel escuro e abafado, Gulk ao seu lado acorrentado por cinco guardas. Ehlif encarava-a com o rosto próximo do seu e, atrás dele, a elfa pode ver um portão de grades com uma cortina preta que permitia apenas um feixe de luz entrar no túnel a medida que o vento a balançava. Podia ouvir, entretanto, o grito de muitas pessoas atrás da porta, bem como um tremor ritmado que parecia estar sincronizado com os gritos das pessoas.

--- Todas as pessoas tem seus 15 minutos de fama, sabia Iryszinha? --- o mago iniciou, passando a mão pelos cabelos rubros da garota. --- Fique feliz, estarei lhe dando os seus! Fama e liberdade, se sobreviver, ou esquecimento se vier a morrer. O seu destino está nas suas mãos, minha cara. Se sobreviver, Iryszinha... venha me procurar. Tenho certeza que iremos rir disso tudo no final das contas.

Ele se ergueu e fez um sinal para os guardas que ergueram o portão de grades. Ele aproximou-se de Gulk que o recebeu tentando abocanhar-lhe.

--- E você, meu maninho... esmague!

Os homens que prendiam Gulk o arremessaram pela cortina e Irys pode ouvir a plateia lá fora urrando de emoção. Ela foi a próxima a passar as cortinas. A luz invadiu seus olhos e os gritos os seus ouvidos. Ela ficou alguns segundos até que seus sentidos se acostumassem e ela pudesse ver e ouvir com clareza.

Estava em uma arena circular, uma das maiores que já vira. Tinha cerca de 300 metros de diâmetro, com alguns obstáculos de pedras que pareciam ruínas de pilastras ou paredes. As arquibancadas abrigavam milhares de pessoas que gritavam, xingavam e torciam. A elfa avistou, no chão de terra vermelha, o seu tridente e sua espada curta, bem como a clava de Gulk, e, na frente dos dois, deparou-se com 8 gladiadores. Havia 5 humanos, um anão, um elfo e um centauro.

Uhtred estranhou quando, da saída das feras, a garota elfa saiu acompanhada de uma espécie de crocodilo humanoide. Os dois se entreolharam, mas ao contrário de se atacarem, os dois olharam na direção do centauro e dos outros gladiadores.

A voz do anfitrião da arena, amplificada magicamente, ecoou aos céus:

--- Senhoras e senhores! E o espetáculo principal do dia se iniciará agora! De um lado temos nossos 8 campeões. Os humanos são Hellium de vermelho, Tyrus de azul, Comarc de verde, Rob de branco e Trobald de preto! Todos antigos campeões da arena e favoritos de alguns de vocês.

--- Os novos competidores são Arkoen, um anão calejado e campeão das liças subterrâneas!
--- Ehthellenaril, um combatente élfico que aliará magias a cortes rápidos e velozes de seu sabre.
--- E um conhecido de alguns de vocês que já visitaram a arena de Tolaria! O centauro Uhtred que, recentemente, ganhou a sua liberdade através dos combates na arena.
--- Senhoras e senhores, as apostas já podem começar!


A arena explodiu em urras e gritarias, e os homens responsáveis por aceitar as apostas foram inundados de frequentadores querendo garantir algum dinheiro pela vitória de seu campeão favorito.

--- Já, do outro lado, temos uma fera reclusa diretamente da Latvéria! As lendas contam de seus feitos e homens que já matou nos pântanos sombrios daquele reino. Foi necessário mais de 40 homens para trazê-lo de lá e, mesmo assim, muitos pereceram durante a jornada! Junto dele, uma jovem elfa que foi condenada por crimes horrendos no reino dos orelhas pontudas! Aniquilou aldeias inteiras e, se os rumores estiverem certos, assistiu a morte de seus pais sem derramar nenhuma lágrima!

--- O primeiro round será nossos 8 campeões contra a elfa e no fera crocodilo. Aquele que desferir o golpe final em um dos dois ganhará um bônus, bem como vocês que apostaram nesse campeão. O próximo round será uma disputa entre os gladiadores que tiverem sobrevividos ao embate à fera e a criminosa!

--- Vocês já tem seus favoritos, senhoras e senhores?? ---
e o povo explodiu em vaias e urras --- Pois então... que os jogos comecem!



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OFF: Estamos de volta pessoal!

Ramon, DonaKei e JJ, darei alguns posts caso vocês queiram interagir ou escrever a reação de seus personagens. Depois irei iniciar o combate
Dornelles, rolei um número muito baixo em Percepção para você =/ . Tu não encontrou nada.
Galahad ... manda bala =D
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por Dornelles » 23 Dez 2014, 20:22

Liorav pensava no que fazer a seguir, tendo encontrado uma pilha enorme de NADA no quarto. Como detetive, ele era um ótimo joalheiro. Olhava pela sacada, frustrado com o enigma, quando escutou o brado anunciando a grande luta. Um anão, um monstro, uma assassina, algo sobre espada... E o nome. Aquele nome. Um tiro no escuro, mas ISSO ele havia escutado bem.

Chamando seu contratante, Liorav explica com calma velada o que supunha.

-Sir John, temos uma chance. Se pudermos localizar essa pessoa, podemos reverter essa situação de Lady Sophia. Vou até a Arena, ver o que se passa. Se quiser trazer alguns homens, eles podem vir a calhar.

No caminho, Liorav explica sua teoria sobre ser um ataque premeditado, sobre a troca das juntas da porta e outra pessoa de posses estar na mesma situação que lady Sophia Ferwick. O quanto antes resolvessem isso, melhor.
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por Galahad » 24 Dez 2014, 20:05

Arvoui seguia para a cidade, ainda que a cidade não fosse grande, não deixava de ser impressionante, pois, assim como as de seu povo, mostrava uma perfeita simbiose com as árvores ali, só nesse caso as árvores eram os três ents. Talvez fosse bom aquela cidade não ser muito grande, ser apenas um pouco maior que a cidade em que ficara por anos, isto ajudaria se acostumar com novos lugares, mas ainda que a próxima fosse muito maior, o elfo a "enfrentaria" sem temor, era necessário para sua jornada, e o ajudaria a crescer. Por hora, Arvoui planejava encontrar os moradores da cidade, conversar com eles, aprender mais sobre o local, e o que ela teria para oferecer, e acima disso, estava curioso para saber como seriam as pessoas que moravam em casas que fazia parte de ents.

Quando finalmente adentrava a cidade, a visão dos habitantes deixava Arvoui sem palavras. Via que como a sua própria raça tinha subdivisões, aquele povo também tinha; o primeiro que vira lembravam humanos com longas barbas que se misturavam com os pelos do corpo, e apesar de terem traços masculinos e de não usarem vestimentas, não se via órgãos típicos do gênero; em seguia via os seres que deveriam ser as fêmeas daquele povo, apresentavam traços delicados e belos que poderiam rivalizar com as mais belas elfas, era curioso como possuíam traços que tornava cada uma mais única que a outra, se perguntava se elas era vaidosas com seus "cabelos" como as mulheres de outras raças, assim como se perguntava se haveriam bardas entre elas; o ultimo tipo que encontrava era curioso, aparentava servi de animal de estimação dos outros habitantes daquela cidade, lembravam pequenos ents, andavam sempre juntos de seus donos, indagava qual seria o nível de inteligencia daqueles seres. Algo que ficava na mente de Arvoui era a dúvida de como aqueles seres se reproduziam, se nasceriam de frutos ou sementes, se haviam a ajuda de animas como pássaros, mas isso talvez nunca descobriria, pois não iria perguntar aquele tipo de coisa.

A reação dos habitantes a Arovui o lembrava da recepção dos haflings da cidade em Zelfbrid, só que Arvoui ficava sem mais jeito ali, pois não sabia como deveria se comportar com aquele povo, o que dizer ou fazer, e não queria cometer um erro grave logo no começo de sua jornada, ofendendo daquele povo. Quando se os habitantes se aproximavam, Arvoui tentava pronunciar o élfico ancestral da melhor forma possível.

---Eu agradeço tão amistosa recepção, sou Arvoui El'than, e enquanto estiver em vossa cidade, farei de tudo para respeitar seus costumes.

Arvoui ficava um pouco confuso quando o levavam até a grande árvore morta que havia na cidade, visão que pesava um pouco no coração do elfo, pois ver aquela majestosa árvore, que poderia ter sido um ent, morta era algo triste para o elfo, mas não falava disso para seus anfitriões, não querendo os ofender. Inicialmente não entendia os entalhes nas árvores, mas logo compreendia quando um dos seres masculinos explicava que eram os nomes de outros que passaram pela cidade, deixando o nome naquela árvore como parte de um "ritual" para a Jornada que ali começava.

"Quantos será que já passaram por aqui?"

O elfo recebia de bom grado a curiosa pena que lhe entregavam, ainda que de inicio ficava um pouco tenso que "ferir" aquela árvore já caída, mas logo via que a inscrição era feita através de magia, sem precisar danificar a árvore, entendia agora o porque daqueles inscritos no objeto, quando finalmente acabava de escrever seu nome, Arvoui notava dois nomes que lhe prendia a atenção: Raemi, sua mentora na Academia; e de Fëanor; um colega da Academia, e que estudava a linha da Abjuração, algo curioso, pois sua irmã gêmea, Mythallnar, seguia a linha da Transmutação. Se perguntava quando aquelas marcas foram feitas, se Raemi a fizera antes de entrar na Academia, ou então, se de alguma forma, as notícias da morte de sua mentora estavam erradas; quanto ao seu amigo Fëanor tinha quase certeza que isso acontecera nos últimos anos, após a Academia, pois com certeza ele teria contado sobre ter estado naquele lugar, lembrava do jeito calmo e educado de Fëanor, sempre prestativo, ajudando sempre que podia, sendo amigo de quase todos, o que era um contraste com sua irmã, Mythallnar, uma maga Transmutadora, apesar dela ser alguém que também buscava o conhecimento com entusiasmo, era alguém bem mais curiosa, até demais na opinião de alguns, o que gerava alguns conflitos, mas ainda assim, Arvoui considerava ambos amigos, até um pouco mais no caso de Mythallnar.

"Onde será que eles estão?"

Arvou tocava no entalhe dos nomes daquelas duas pessoas tão importantes para ele, e ainda que soubesse que o tempo passava dali de forma diferente, tinha que perguntar para eles.

--- Espero não está sendo indelicado, mais gostaria de saber quando essas duas pessoas passaram por aqui. Elas são pessoas especiais para mim, as conheci no nosso reino de origem.

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blue
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por blue » 25 Dez 2014, 23:28

Um dos seres com traços masculinos, que se apresentara como BarbaLonga ao elfo e o levara até a árvore morta, respondeu a sua pergunta:

--- Lady Raemi passou por aqui fazem 5 anos, em sua procura pelo Criador. Ajudou a nossa vila reforçando algumas das casas presas em Windmaker e construindo outras no corpo de Leafdrop --- ele disse, sorrindo ao se lembrar da mentora de Arvoui. O elfo fez as contas em sua cabeça e chegou a conclusão de que Raemi havia ido para lá um pouco antes de ir para a frente de batalha. --- O jovem Fëanor ainda nos visita frequentemente, a sua Jornada parece seguir os mesmos passos da Jornada de Raemi, ao tentar encontrar o Criador. Entretanto ele não teve a mesma sorte e nos visita algumas vezes por semana quando se cansa de vagar pela Floresta dos Sussurros.

BarbaLonga guia Arvoui pelo restante da Cidade da Origem, apresentando-o a alguns pontos do pequeno lugar. O elfo achava engraçado um local tão pequeno e com tão pouco habitante ser chamado de cidade, e ainda não havia entendido se aquela era a única cidade ou se haviam outras. O "tour" não demora muito mais que 10 minutos, terminando em uma estalagem onde Arvoui pode guardar os seus pertences e aproveitar de uma refeição típica do local, um prato feito de raízes, frutos e verduras. O mago descobriu também alguns detalhes das três raças daquele lugar.

Chamavam aqueles que eram parecidos com BarbaLonga de Semelhantes e, após observar com mais atenção um grupo deles, notou que suas feições eram bastante parecidas, com leves detalhes que os tornavam diferentes uns dos outros. Fosse o tamanho do nariz, a barba mais ou menos longa ou o formato ou finura do queixo, ainda sim Arvoui tinha a impressão de que eles eram parecidíssimos, quase como se fossem versões da mestra criatura. Os seres de traços femininos eram chamados de Companheiras e os que lembravam os animais domésticos eram os Diminutos. Os nomes das outras raças pareciam ter algum motivo que o mago não entendeu, entretanto os habitantes da cidade também não souberam responder. Disseram apenas que tinham sido os nomes que o Criador havia lhes dado.

Falando no Criador, Arvoui notou a referência àquela figura em diversos lugares da Cidade. Nos vitrais de algumas janelas, nos objetos de decoração e até em algumas estátuas espalhadas pelas ruas, o elfo podia ver a figura de um anão parrudo com uma enorme barba branca, um monóculo no olho esquerdo e um nariz gorducho. Tiras de couro pendiam-lhe de sua roupa, onde ferramentas estavam presas. Nas mãos, um martelo e um formão eram exibidos de forma imponentes. Ele era cultuado e reverenciado pelas três raças da Cidade e, em algumas ocasiões, os habitantes se referiam a ele como Pai Criador.
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jirayajonny
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por jirayajonny » 27 Dez 2014, 21:11

Gulk desistiu de lutar contra as correntes a muito tempo, melhor polpar energia para lutar mais tarde. Contudo, a fome e o sono enfraqueceram o homem-crocodilo.

Agora, em meio aquele alvoroço de pessoas, Gulk vê homens do outro lado com armas em mão... E um homem em cavalo... Ou um Cavalo... Vai saber!

Isso parece problemas...

-- Treeeeeetaaaaaa... -- Gulk resmunga, direcionado a Irys

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Galahad
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por Galahad » 27 Dez 2014, 21:47

Arvoui se emocionava ao ouvir as palavras de BarbaLonga, ainda que sua mestra estivesse estado lá antes de ir para a guerra, o que significava que não estaria viva como desejava, ainda assim ficava feliz em saber que estaria trilhando o mesmo caminho que sua mentora, e também saber que um de seus amigos estaria por ali deixava o elfo um pouco aliviado, pois não tivera notícias de mais de nenhum depois que o grupo de estudos especial se separara após a notícia da morte de Reimu, mas ficava triste saber que Fëanor não estava indo bem em sua Jornada, talvez tivesse a chance de o encontrar e descobrir o porque disso.

"O ajudar, ou ele me ajudar, poderia ser parte de nossas Jornadas. Isso é agora para se ver"

--- Se me permite perguntar, quando foi a última vez que Fëanor estivera na cidade?

Após ouvir a resposta de BarbaLonga, Arvoui seguia com ele, e quando chegavam em algum lugar onde haviam habitantes, o elfo dava um aceno de cabeça educada, e se se aproximassem, o elfo se apresentava educadamente. E após o "tour", o qual Leon prestava bastante atenção para não esquecer nenhum detalhe, seguia para a estalagem, onde comia a refeição que lhe fora dada, e mesmo que sentisse falta de carne, não falava disso, por respeito àquele povo.

O que Arvoui escutava a seguir era fascinante também, aprendia os nomes das outras raças que ali habitavam, ainda que o amigo ainda não compreendesse o porque daqueles nomes, talvez pudesse fazer especulações depois a partir dela, pois no momento o que mais interessava era aquele que os habitantes chamavam de Pai Criador. Pela forma que ele era representado, ele parecia algum tipo de ferreiro ou artesão, e seguindo essa linha de pensamento, e o fato dele ser chamado de Pai Criador, o elfo imaginava que aquela anão seria o responsável pela criação daquela raça.

--- Senhor Barbalonga, é seguro eu presumir que este Pai Criador é o responsável pela criança das raças que vejo aqui? Se sim, como um anão fez isso tudo? Seria ele uma divindade maior?

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blue
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Re: Eä - Aventura

Mensagem por blue » 03 Jan 2015, 11:32

--- Fëanor passou por nossa cidade há alguns dias. Ele está indo atrás do Pai Criador, da mesma forma que Lady Raemy fez --- Barbalonga explica --- Ele se dirigiu até o templo ao Criador na Floresta dos Sussurros. Fica há uns dois dias de caminhada ao norte.

Sobre o anão Criador, o Semelhante disse:

--- Ele é o pai de todos os habitantes que você vê aqui na nossa Cidade, Senhor Arvoui. Os membros das nossas raças não se reproduzem, mas são criados pelas mãos do próprio Criador. --- Barbalonga leva o elfo até a estátua com o martelo e o formão em mãos --- Suas ferramentas foram presentes dados pela própria Rainha Féerica.

Arvoui bem sabia que a Rainha Féerica era uma dos 12 heróis que haviam salvado Eä séculos atrás. Sua lenda dizia que havia sido uma fada que fora salva por Vincent, o líder dos 12, e que se tornara sua companheira de jornadas. Barda e versada no canto, a Rainha fundou o Eä'Singen e uniu o seu território às terras de seu reino natal, o reino féerico. Entretanto, isso provocou não apenas a ligação física de Eä com as terras das fadas, mas também com as terras de suas contrapartes malignas, as Ne'fois.

Devido a energia arcana estar intrinsicamente ligada ao território de Eä'Singen, o reino se comporta de formas estranhas, e Arvoui sabia bem disso. Parecia como se o próprio reino fosse um protagonista daquele lugar, como uma entidade onipresente (e possivelmente onipotente) que regesse uma espécie de ordem caótica ali. O elfo já havia escutado histórias de viajantes que haviam levado horas para cruzar o reino todo, mas também outros que tomaram anos para tal feito. As próprias Cidades da Origem eram algo que pareciam não estar fixas em um local físico, devido a forma como os Trigêmeos e os habitantes daquele local falavam.
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