Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

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Maggot
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Maggot » 11 Jan 2017, 21:21

Cecilia & Drake

- Creio que ela ficará. Lidou bem com a situação irmãzinha.- Aurea riu sob o capacete, enquanto os homens no salão tentavam se recompor e Didrika consentia com as afirmações de Cecilia. Talvez homens menos sábios pensassem que aquilo mostrava covardia da parte dos yudenianos ali presentes, mas Cecilia e Drake sabiam melhor que isso. Ahriman havia destruído um dos homens de confiança da líder local sem esforço, movendo apenas uma mão. Aqueles rebeldes haviam simplesmente visto uma verdade: eles não tinham chances contra aqueles três. Poderiam matá-los, claro. Mas não sem perdas.Antes de ir embora, porém, a garota de armadura se virou para Cecilia. - Didrika não é muito forte individualmente. É uma combatente experiente, mas qualquer um de nós poderia matá-la sem ela ter alguma chance. Uma grande diferença em relação à Lorde Adelhelm. Mas não era isso que eu queria falar. Ela tem um soldado do lado dela que é talvez mais perigoso que vocês. Adolf Hertz, também conhecido como Professor. O que falta em experiência e talento para matar em Didrika o Professor tem de sobra. Diria que o único homem envolvido nessa guerra que é tão perigoso quanto ele é o Sr. Morte. - Ela indicou um homem em um canto da sala que encarava Cecilia, Drake e Ahriman. Um homem de aparência aquilina e com cabelo já se tornando grisalho, mas seu olhar predatório transmitia apenas uma coisa.

Crueldade.

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Ao lado do grupo, Drake se pronunciou, falando com Ahriman:

- Oh sim, fui avisado disso quando recebi a mensagem. Eu poderia hospedá-la em meu corpo junto com os outros. Me permita lhe explicar minha natureza Professor Drake. Antes de me tornar assim, eu era muito semelhante à sua raça. Meu povo perdeu seu mundo, e vivíamos em colônias móveis que viajavam pelos planos. Sklirynei, nos chamávamos. Nas viagens de uma de nossas naves vivas, chegamos a um plano hostil aonde demônios viviam. Aquele era Dethlok, o plano de Ragnar. Lá, todos os membros de minha tripulação foram mortos, mas eu sobrevivi. E eu encontrei um dos lordes demônios. Na época, eu era apenas um guerreiro. Achava que minha espada e minhas armas tecnológicas poderiam derrotar todos meus inimigos. Eu estava errado. Fui derrotado por Lady Lamashtu. Mas não fui morto. Algo me salvou. Hoje, sei o que era. Era minha pureza. Eu, como você, e como a Professora Faust, sou um Vazio. E aquilo havia atraído a atenção de outros seres. Os Diabos. Fui salvo pela intervenção dos mesmos, e passei a viver entre eles em Sombria, o reino de Tenebra. Durante os anos, eu me tornei a ponte entre demônios e diabos, pois viajava entre os planos livremente como um emissário de ambos. Me tornei mais sábio, e mais poderoso. Minha própria fisionomia se adaptava pelo convívio, e eu dominava as artes arcanas e os rituais proibidos de demônios e diabos. E durante esse tempo, formulei meu plano. E quando os deuses morreram, eu lhes ofereci um ultimato e o concretizei. Sem um plano, demônios e diabos morreriam. Suas fantásticas culturas seriam extintas, e seu magnífico poder esquecido pelo tempo. Eu os dei outra chance: os melhores, mais brilhantes e mais fortes entre eles teriam um novo plano para viver: eu. E eles aceitaram. Hoje, a Guerra de Sangue terminou. Demônios e diabos vivem no mesmo plano, no mesmo mundo. O título Ahriman, o Demonologista hoje não é apenas ultrapassado, é errado. Eu sou Ahriman, o Abismo e o Inferno. E caso seja sua vontade, meus hóspedes ficarão contentes em arrastar a criatura para dentro de mim.

__________

Zlaahael

Zlaahael estava pronto, e agora começava o embate entre ele e aquele que tanto visara matar, durante anos. Thwor Ironfist estava diante dele, o monstro que havia trazido a destruição a tantos, que havia matado Khinlanas, humilhado sua deusa e sequestrado Tanya. Ironfist tinha de morrer. O elfo conseguiu se manter focado e concentrou suas forças. Enquanto isso, Ironfist parecia fazer o mesmo, seus músculos inchando e seu corpo tomando um aspecto ainda mais perturbador. Zlaahael sabia o que era aquilo. A lendária fúria de combate do líder da Aliança Negra. O monstro rugiu, incansável e imparável, tomado por sua fúria. Mas ainda não atacou. Parecia focado em entrar em sua fúria, e logo Zlaahael pôde ver o porque.

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Um aspecto avermelhado tomava conta do bugbear gigante, e aumentava ainda mais seu corpo. Ironfist concentrava ainda mais sua força, e não havia dúvidas: ele estava pronto para acabar aquele combate em apenas um ataque.

__________

Yehudiah

A besta colossal ainda não havia se dado por vencida. Com suas garras e mandíbula, atacou as fadas de Yehudiah, trucidando o que encontrava. Mas era tarde. A cura das criaturas fez seu trabalho, e logo ele caiu dos céus, criando uma cratera no chão. Mas havia algo errado. Segundo as profecias, o Arauto não deixaria corpo para trás, apenas seu olho. E houve outro tremor, e logo Yehudiah viu que seus problemas estavam longe de terminar.

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Aquilo não estava lá antes. Havia surgido agora, no meio da tempestade de neve, perto do corpo da grande besta. Enorme, tão grande quanto o próprio castelo do antigo rei élfico Khinlanas. Mantido sob ilusão antes, mas agora,sua visão não estava impedida. O necromante viu aquilo e soube o que era.

"O Castelo do Rei"

Um reino inteiro havia sido perdido quando o Arauto da Destruição passou por ele. Não apenas destruído, mas apagado do mapa. Um reino precisava de um rei. Um rei, de um castelo. E ali estava Yehudiah, diante do mesmo. O morto não pôde evitar um suspiro. Seus problemas apenas aumentavam.
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Rick
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Rick » 12 Jan 2017, 00:54

O elfo fecha os olhos por um instante, então os abre novamente, fixando-os no inimigo. Os fios incandescentes que percorriam seu corpo vão se tornando azulados e expandindo, como se seu corpo, juntamente do corpo de Telumendil, se incendiassem com um fogo azulado. Cavaleiro, montaria e arma eram, neste instante, apenas um. Eram fúria, eram destruição. Eram pura força. Não havia dúvida nem hesitação, havia apenas desejo pela morte daquele que lhes havia tirado tudo.

Ao bater das asas da enorme besta, Zlaahael levanta o Senhor dos Labirintos acima de sua cabeça com ambas as mãos. Telumendil então dispara, deixando o corpo cair e usando toda sua aerodinâmica para aumentar o impacto que se seguiria. O machado brilhava com as chamas azuis invocadas por seu amo, destinado a cumprir seu objetivo. Aqui deveria acabar o reino de terror de Thwor Ironfist. O elfo então golpeia com raiva, o impacto liberando as chamas em linhas que se espalhavam do ponto de impacto formando desenhos intricados que lembravam um labirinto de energia.

- FORÇA. DO. IMPERADOR!!! - O cavaleiro berra ao desferir o golpe, junto ao rugido de Telumendil. Mas como se um não bastasse, ele ergue novamente o machado acima da cabeça e desfere um novo golpe. - OOOOOOOOOORGGH!!!

Ataques Múltiplos pra 2 Ataques Especiais II (Poderoso, Dano Gigante) com Acerto Crítico. -32 PMs. Ambos ataques com FA 61 (ou 63, se contar a Arena)
Zlaahael: PV: 20/20; PM: 4/24
Telumendil: PV: 20/20; PM: 0/20
Tholtarlang: Disparos: 15/15
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Padre Judas
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Padre Judas » 12 Jan 2017, 10:48

Yehudiah observou o castelo diante de si e olhou ao redor. Esperava que uma de suas Margaridas herdasse o Olho, mas ao invés disso estavam todas mortas e aquilo havia surgido no lugar. Suspirou e deu de ombros. Lendas ainda são lendas, afinal de contas.

Instruiu a seus Batedores que verificassem ao redor. Não avançaria cegamente.
Off:
BATEDOR OCULAR, 2N

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F0, H0, R1, A0, PdF0. PV 5, PM 5.
VU: Alien.
VR: Olhos Especiais*.
Kit: Batedor (Olho clínico*).
Vant.: Armadura Extra (fogo)*; Sentidos Especiais (Radar, Ver o Invisível)*.
Perícias: Sobrevivência.
Desv.: Devoção (servir Yehudiah); Inculto*; Modelo Especial.
ÉVORA, 2N

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F0 (perfuração), H0 (1 em combate), R1, A0, PdF1 (perfuração). PV 5, PM 5.
VU: Humano*.
VR: Aventureiro Nato.
Kit: Ladino (Rei do crime*).
Vant.: Sentidos Especiais (Audição Aguçada, Radar, Ver o Invisível).
Perícias: Crime¹.
Desv.: Código de Honra (Derrota); Devoção (servir Yehudiah).
BAÚ DO JUDAS
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Aldenor
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Aldenor » 14 Jan 2017, 06:04

A risada de Aurea fez Cecília sorrir com o canto do rosto. Depois que Didrika consentia o que ela queria, seus homens tentavam recuperar os ânimos. Ela cruzou os braços vendo as pessoas se mexerem e Aurea comentou novamente sobre as capacidades da líder rebelde e sobre sua arma secreta, Adolf Hertz ou o Professor. Cecília deslisou os olhos discretamente em direção ao homem de semblante brutal.
Cecília
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Hum...
Enquanto isso, o Demonologista explica suas origens e deixa Cecília um pouco perturbada.

"Por que diabos essa criatura está a meu serviço assim? Só porque Sabbah indicou?"

Ela cerra os punhos e se livra de tais pensamentos. Ela queria falar com o Professor, mas preferiu deixar para depois.
Cecília
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Então, estamos resolvidos. Didrika, você pode nos arrumar algum tipo de tenda - de preferência limpa - para nos acomodarmos?
Depois ela se vira para Aurea.
Cecília
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Imagino que quando o Vestígio surgir, estaremos a par mesmo estando aqui, correto?
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Lord Seph
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Lord Seph » 14 Jan 2017, 07:09

Drake ouve a história e sorri ao pensar que se livraria de Lenneth, mas ainda restava uma pergunta.

- Mesmo que você a absorva, Ahriman, eu ainda estarei ligada a ela? Ou o contrato que fiz com ela será quebrado?
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
-Neil Young.
o lema dos 3D&Tistas
"-seremos o ultimo foco de resistência do sistema"
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Maggot
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Maggot » 14 Jan 2017, 19:00

Zlaahael

O elfo avançou contra o monstro, disposto a destruí-lo com todas as suas forças. Focou toda a força do Senhor do Labirinto, e com a fúria de toda sua raça, ele atacou. Suas mãos carregavam mais do que a força de Tauron. Mais do que sua própria força. Seus dois ataques carregavam a força de todos os elfos que um dia haviam sido mortos pelas tropas de Ironfist. Carregava a força de um império glorioso. Carregavam a força do amor do guerreiro pela sua perdida Princesa Tanya.

Mas não fora o suficiente perante a força de Thwor Ironfist, Senhor da Aliança Negra.

- Você é fraco. - Ouviu a voz de Ironfist dizer. O machado havia feito cortes no monstro, sim. Mas aquilo não havia feito Ironfist nem mesmo parecer perto de cair. Pelo contrário. [FA dos dois=61] Ironfist só parecia mais furioso agora. As feridas que deixavam uma imensa marca de queimadura borbulhavam em sangue fervente e carne queimada, mas Ironfist era muito pior que qualquer monstro que Zlaahael já havia visto. - Quer ver o que é poder, Aranarth? Eu vou te mostrar o que é poder.- Sua enorme mãozorra segurou a cabeça de Telumendil, impedindo a criatura de fugir. Ele ergueu a lâmina, e era possível ver o terror que Thwor invocava em seus inimigos. Aquilo era o Punho de Ferro. A ruína de Glórienn. A Foice de Ragnar. E com toda sua fúria, ele atingiu Zlaahael e Telumendil em dois ataques fulminantes. [FD: 23 e 26. Ambos reduzidos à 0 PV's]

O elfo e sua besta foram arremessados contra um pilar, o destruindo no processo. Zlaahael tentou se erguer, mas não conseguia. Sentia o gosto do próprio sangue na boca, e por instinto procurou por Telumendil. O chamou, a voz débil, involuntariamente. Não houve resposta. Viu Ironfist parado ao lado do amigo, e uma luz vindo em sua direção. Seus olhos se encheram de lágrimas. Sabia que alma era aquela, por mais que quisesse negar.

Telumendil estava morto. E agora, Ironfist vinha em sua direção.

- ARANARTH, FIQUE ABAIXADO!

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Vários tiros foram disparados contra Ironfist, mas o monstro habilmente se defendia com sua arma. E então, um tiro maior.

"Um canhão?!"

O estrondo pôde ser ouvido por toda Khalifor. Um estampido gigantesco, que abalou as próprias estruturas do salão aonde estavam, quando uma imensa bola de canhão foi lançada contra Thwor, o atingindo e o carregando consigo para fora do salão, o arremessando da torre para o abismo até a cidade. O atirador logo se revelou, se aproximando de Zlaahael e o erguendo em seu ombro.

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Zlaahael se lembrou, embora sua visão estivesse embaçada. Kalandrael Jaeger. Estivera com ele em Malpetrim, haviam lutado juntos contra o Vestígio de Tauron. O homem que estivera atirando do telhado e convencera Zlaahael a não fugir.

- Você fez um puta estrago meu amigo... Por onde devemos seguir para fugir daqui? Em menos de dez minutos teremos um exército e o próprio Thwor nos seguindo.
Alma de Telumendil: Essa alma trás uma sensação de conforto e amizade, de nostalgia e um último semblante de inocência perdido. Caso absorvida por Zlaahael, o mesmo pode gastar 2PM para simular a vantagem Parceiro com o dono desta alma, como um dia fizera.
______________

Cecilia & Drake

- Meus... hóspedes podem resolver qualquer acordo que você tenha feito, não se preocupe meu caro. Se esta for sua vontade, o contrato será desfeito, e nunca mais precisará lidar com o ser em questão em sua vida.

Enquanto isso, Didrika ordenou que aposentos fossem entregues ao grupo, mas Aurea interviu:

- Não será necessário Didrika, o Doutor tem tudo sob controle. - E então, para Cecilia. - Os aposentos já estarão prontos quando voltarmos, minha mãe já iniciou o processo. Teremos todas necessidades atendidas e não precisaremos conviver com eles. Não se engane pelo papo de causa nobre, são todos... Humanos. Mortais. Seres como eu, você, Ahriman e porque não, o Professor Drake, não devemos nos misturar. Eles terão curiosidade, e então desprezo, e então acharão que somos mortais como eles, e por fim, adeus aliança. Vão pegar nossas coisas de valor como "coletas para os esforços de guerra".


________________

Yehudiah

Os batedores entraram no castelo, mas Yehudiah nada viu no mesmo. Apenas escuridão, e o vazio. E então, as portas se abriram. Em um amplo salão que não fora visto pelos batedores de alguma forma, haviam várias mesas. Nessas mesas, espectros de memórias um dia vividas por pessoas daquele reino. Hoje, apenas memórias, sombras de uma ideia distante. Mas havia uma pessoa viva. No centro, vestido de branco, sentado em um trono, estava um homem. Ele exalava majestade, experiência e poder. E surpreendentemente, era um humano. Yehudiah reconheceu as feições descritas na lenda. Do último Rei. Aquele que desaparecera junto do Arauto da Calamidade, junto de seu reino.

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- Quem vem a meu castelo depois de tanto tempo? Quem mais além de mim derrotou o Arauto? Quem és tu? Venha, se apresente. Diga seu nome perante o senhor de terras não mais existente. Apresente-se perante a mim, Alencar II. O Rei Nada.
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Padre Judas » 15 Jan 2017, 18:33

O mago e sua serva caminhavam pelos corredores vazios, previamente avaliados por seus Batedores. Não havia nenhuma ameaça aparente. Somente a escuridão e o silêncio.
Yehudiah
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- Este lugar parece um túmulo.
Continuam até uma porta que não havia sido vista antes. Ele ergue uma sobrancelha, curioso.
Yehudiah
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- As surpresas nunca terminam, não é?
Fantasmas, lembranças, sentavam-se em torno das mesas. Seus Batedores espalharam-se rapidamente pelo ambiente. Seu mestre entrou, dando pouco atenção às sombras que se reuniam ao redor. Seu interesse estava no trono, e naquele sentado nele. Ele sabia quem era.

Sua Majestade interpelou-o. Yehudiah caminhou até o trono com a postura de um dignatário. Mas ele havia nascido na corte de Lenoriénn, sabia se comportar diante de um rei. Curvou-se levemente enquanto Évora ajoelhava-se atrás dele.
Yehudiah
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- Saudações, Vossa Majestade. Sou Yehudiah, um mago e pesquisador lenoriennse. É uma honra conhece-lo.
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Rick » 21 Jan 2017, 10:35

O elfo tentava se levantar com dificuldade, procurando pelo amigo no meio do caos. Quando vê a esfera branca que se aproximava e começava a lhe rodear, se dá conta do acontecido. Ele abdica então de todo esforço, tombando para frente, sobre os próprios braços, dobrados para manter seu tronco a alguns centímetros do chão. Seus olhos ficam molhados e as lágrimas finas e hesitantes rolam. Vinha sendo difícil conseguir sentir qualquer tipo de emoção nos últimos tempos, mas não se sente surpreso por tal reação diante da perda do melhor amigo.

Sua visão estava embaçada e se sentia completamente perdido, aproveitando o calor familiar da alma que circundava em torno dele. Há vários anos carregava consigo o peso do passado, uma pedra invisível de várias toneladas, amarrada firmemente ao seu torso, forçando seu corpo para baixo o tempo todo. Ao encontrar aquele que lhe tirou tudo, sentiu as amarras de tal pedra lhe deixando, tornando sua existência mais leve. Mas agora, sentia que as amarras que haviam sido tiradas retornavam. Mais fortes, mais resistentes, e com uma pedra milhares de vezes maior. Não tinha forças, nem vontade para sustentá-la mais. Deixaria-se ser esmagado e daria um fim à sua penitência.

Foi pego de surpresa quando sentiu que Jaeger estava lhe ajudando a se levantar. Não havia reparado em mais nada do que aconteceu entre a morte do amigo e a chegada do mesmo, o mundo deixou de existir naquele momento e retornou de repente, cheio de dor e frustração. A alma do amigo enfim toma seu lugar no peito de Zlaahael enquanto ele olhava em volta tentando entender onde estava e o que acontecia. Seu corpo estava em frangalhos, assim como sua mente. Ele olhava débil para o outro, levando algum tempo para entender a pergunta. Então indica a direção com a cabeça, tentando conduzi-lo para o portal que havia deixado recentemente.

O cavaleiro seguia Jaeger num estado quase catatônico. Nem se lembra de quando pegara o Senhor do Labirinto, que arrastava como se levasse uma montanha no frágil braço, ou Tholtarlang, que pendia nas costas com sua aljava desproporcional. Seu espírito estava quebrado e ele havia perdido a chance de ter novamente uma vida. Perdera a chance de lutar contra o vazio que lhe corroía por dentro, pouco a pouco. Não havia mais nenhuma barreira. Mesmo assim ele não conseguia se preocupar com isso. Sentia apenas culpa, decepção e tristeza.
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Maggot
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Maggot » 27 Jan 2017, 11:18

Zlaahael

O lefou carregava Zlaahael em seu ombro, e fazia mira com o outro braço. Um hobgoblin se aproximou, e a cabeça dele foi estourada por uma bala. O homem fez carga em uma velocidade assustadora, recarregando a bacamarte e novamente fazendo mira, com apenas uma mão. Ele claramente tinha prática. Mais dois hobgoblins, mais dois tiros. Guardou a arma, puxou uma pistola, enquanto desciam as escadas.

- Aonde Aranarth?

Zlaahael dava instruções com a cabeça, o corpo bambo afetado pelo impacto físico e emocional do conflito contra Ironfist. Cada passo nas escadas deixava um rastro de sangue para trás, um rastro que seria seguido por mais goblinoides. Ele podia ouvi-los, vindo em sua direção. Jaeger ergueu novamente a arma de fogo, e um goblinoide virou o corredor. Como se já soubesse que o inimigo vinha, ele atirou sem pensar duas vezes, tingindo a parede com o sangue e miolos do oponente. O mundo escurecia ao redor de Zlaahael, e cada degrau era um esforço. Completaram a curva das escadas, e deram de frente com todo um esquadrão hobgoblin já preparado.

- Merda. Algum outro caminho Aranarth?

O elfo fez um não com a cabeça, e Jaeger resmungou enquanto os goblinóides vinham em sua direção. Soltou o elfo por um instante e puxou explosivos de sua bolsa, jogando-os na direção dos inimigos. A explosão fez chover pedaços e sangue. Ergueu Zlaahael do chão, finalizou alguns hobgoblins que ainda gritavam, e continuou a carregá-lo.

- Não morra aqui, caralho. Você ainda tem uma luta pela frente.

Continuou carregando a seguindo as instruções. Passaram por mais uma porta, e então um salão com os cadáveres de vários goblinóides mortos por Zlaahael em sua subida. Mais uma porta, e começaram a descer as escadas. Estavam perto do portal. Zlaahael sentia-se perdendo os sentidos, mas tinha de se manter ali. E então, ouviram o rugido e o estrondo. Um portão havia sido aberto a força. E ambos sabiam a quem pertencia aquele rugido.

Ironfist havia retornado.

Aceleraram o ritmo, Zlaahael enxergando o mundo como um borrão naquele momento. Em passos rápidos, puderam ver o portal, e então ouviram o barulho atrás deles. Thwor vinha em sua direção. Jaeger jogou o corpo de Zlaahael inteiro sobre as costas, e se acelerou, deixando sua bolsa cair para trás. Retirou o cigarro da boca, e o jogou nela, enquanto continuava a correr. Zlaahael pôde ver o rosto de Ironfist surgiu naquela escadaria escura que levava para um porão antes de Jaeger alcançar o portal, e antes da grande explosão consumir toda sua visão do local.

__________

Acordou em uma cama. Aquilo não era o templo do Forjador. Jaeger estava ao seu lado, fumando, aparentemente ferido, seu corpo coberto de curativos.

- Ah... Você finalmente acordou Aranarth. Tem alguém que queria muito falar com você.

Bateu três vezes na mesa, e duas mulheres que cuidavam deles se retiraram. Zlaahael notou algo primariamente: ambas eram elfas. Sua mente começou a clarear, e começou a ter uma ideia de aonde estava. Quando as elfas saíram, um homem entrou no lugar delas. Também um elfo. Zlaahael arregalou os olhos.

- Nós estávamos lhe procurando Herenyaavar. Fazia muito, muito tempo.

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Ele conhecia aquele homem. Era óbvio que conhecia. O homem que durante certo tempo fora seu mentor e veterano. E também seu comandante, tanto tempo atrás, quando ele ainda era um membro da Guarda Real de Lennórien. Aquele era o Cavaleiro Comandante da Guarda Real, Morion.

- Você tem um dever para com seu povo. Nós temos. E segundo Jaeger, você é ainda mais poderoso do que era na época de Lennórien. E segundo os relatórios, enfrentou Ironfist pessoalmente, até mesmo conseguiu feri-lo. Nós precisamos dessa força, Zlaahael. Estamos formando um exército. Contamos com aliados. Contamos com Força real. Temos os outros membros sobreviventes da Guarda Real conosco.

O homem o encarou firmemente, e então continuou.

- Precisamos de você para a Vingança Élfica. Está conosco?

__________________________________________

Yehudiah

- Seja bem vindo. Você tem a aura dos mortos. Como eu. Mas não sinto nada vindo de ti. És Vazio, não é? Bom. Muito bom. Apenas assim teria alguma chance de derrotar o Arauto verdadeiramente. Sabe aonde estamos? - O homem passou a mão em seu trono, e começou a andar pelo salão. - Quando eu estava vivo, era um filho de Tenebra. Um semideus, vocês diriam. E em minha batalha final contra o Arauto, vi que estava prestes a perder. Então, minha mãe desapareceu com meu reino, o levou para as Sombras. Aonde eu poderia enfrentar meu inimigo até estar forte o suficiente para matá-lo eu mesmo. Mas eu não sabia o preço. Nunca poderei morrer verdadeiramente. E enquanto você estiver aqui, você também não. E mais importante do que isto, ele também não. Até que caia pelas mãos de alguém como nós. Um Vazio. Profecias são... complexas, Yehudiah. Enganam. Espadas, magias... Nada disso o mata. Apenas o derruba, para que se erga mais poderoso. Ele está sonolento, mas cada vez mais próximo de acordar. Ele também é filho de minha mãe. E do deus da Ressurreição.

O Rei Nada parecia falar mais consigo mesmo do que com Yehudiah, mas ainda transmitia a mensagem.

- Tentei trazer aventureiros para cá durante séculos. Todos falharam, e foram transformados nas sombras que você pôde ver lá fora. Tentei trazer companhia para mim na forma de donzelas e nobres para formar uma corte. Todos morreram. E eu aqui, continuo. Mas você... Você não foi chamado, Yehudiah de Lennórien. Como veio parar aqui?


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Drake & Cecilia
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Lord Seph
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Re: Theothanatos: Réquiem para os Deuses - ON

Mensagem por Lord Seph » 27 Jan 2017, 11:44

- Então só resta aguardar, ou Lady Cecília deseja algo mais?

Drake espera uma resposta que fosse só aquilo, ele não queria outra ação impensada naquele ponto.
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