- Eu posso responder isso. - Antes que o homem diante dele pudesse responder, uma voz surgia por trás dos dois. Atrás deles, como se sempre estivesse ali, estava uma figura que não podia ser chamada exatamente de humano. Gilliard na verdade não arriscaria chamá-lo de qualquer raça que ele conhecesse. A figura tinha pele branca como mármore, com pequenas depressões em linhas descendo de sua cabeça careca como se fossem cortes ritualísticos encontrado em seres tribais. Possuía tatuagens vermelhas no rosto, o que fazia com que a palidez de sua pele se acentuasse. Seus olhos eram completamente negros, exceto pelas pupilas amarelas envoltas por uma leve auréola rubra. Quand sua boca se abriu para falar, o elfo reparou que seus dentes eram afiados. Para completar aquela figura, no lugar de suas orelhas possuía dois aparatos estranhos, como se feitos de aço negro.
- Nos encontramos nos restos do que alguns estudiosos arcanos de Arton chamavam de Plano dos Sonhos, um mundo parcialmente acessado por mortais quando dormiam. Ao mesmo tempo, nos encontramos na fronteira de todos os planos elementais. E também nos restos do planeta divino de Wynna. Eu chamaria isto de... A Fonte da Magia. Sim, me parece um bom nome.
O outro mago, que ainda segurava a garota, encarou o homem com uma expressão séria:
- E você saberia disso como?
- Eu sou um estudioso meu caro. E esta não é a primeira deusa que encontro. Suponho que ela esteja convocando todos os conjuradores arcanos de Arton para devorá-los e recuperar sua divindade. E suponho que pessoas com características similares às minha tenham resistência aos... Encantos da deusa. Quando digo características, me refiro à...
- Vazios.
- Exatamente. Suponho que já tenha familiaridade com o termo então. - O estranho ser fez uma mesura. - Eu sou Ahriman.
O homem pareceu relaxar levemente, ainda segurando a garota que tentava pular.
- Alexander.
- E você, nosso caro amigo? Vejo que se veste de elfo, mas meus hóspedes me dizem que és outra coisa. Como eles. Como eu. Não é um ser vivo como os outros, correto?
A rocha em que estavam se aproximava cada vez mais do turbilhão que era a deusa.
- Logo teremos de enfrentar uma deusa. Não esperava fazer isso novamente tão cedo. - Murmurou Ahriman.
- Entendo a sensação. - Alexander respondeu.
Ao redor deles, mais e mas magos se jogavam no abismo infinito, se juntando às centenas de milhares de mãos fantasmagóricas que se agarravam aos pés da deusa. Os três pareciam ser os únicos ali que estavam livres do controle. Não muito depois, uma mulher pareceu surgir em uma pedra não muito longe deles, se erguendo confusa. Gilliard não conseguiu evitar o suor em sua testa. Aquilo era mesmo real. Ele estava diante de uma deusa, e sua única saída era lutar.
Vocês tem uma rodada até estarem no campo que circula Wynna e chamarem a atenção do Vestígio de Wynna.
Gilliard recupera 9PM, e recebe o excedente de seu máximo como dano.
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Zlaahael
Ele tinha que escapar de Lennórien. Tinha de voltar para Tanya. Passou correndo pelos portões, saindo para a rua, correndo desesperado em direção à saída mais próxima da cidade. Tinha de voltar. E então, foi impedido. Não sabia imediatamente o que havia acontecido, mas sentiu um forte impacto na lateral de seu rosto, que o arremessou contra um muro que um dia enfeitar a casa de um vizinho nobre. Com a visão turva, se virou para tentar ver o que o atingia. Era uma criatura de tamanho similar à um ogro, trajando uma armadura de ferro negro coberta de espinho e sangue seco. Em alguns dos espinhos, os cadáveres de elfos repousavam. Antes que o elfo pudesse reagir, a criatura ergueu a mão, e Zlaahael sentiu seu corpo ser puxado em direção ao monstro. Ele tentou forçar à própria vontade contra a da criatura, mas nada adiantou. Seu corpo voou e atingiu os espinhos da armadura do inimigo, que o perfuraram. Zlaahael cuspiu sangue e caiu no chão aos pés do inimigo. O que era aquela coisa?! Aquele era o fruto dos trabalhos da Aliança Negra em Lennórien? Aquilo era a razão pelo bairro fantasma?
O vento pareceu um uivo, e a criatura o olhava de cima, pronta para massacrá-lo. O ser monstruoso ergueu as duas manzorras e as desceu contra o peito do elfo, que cuspiu mais sangue e soltou um ganido mudo de dor enquanto o ar era roubado de seus pulmões. O ser fedia à morte, mas Zlaahael nada conseguia ver dentro da armadura. Nas memórias de Holgor, se lembrou de ter visto Din'an comentar algo sobre "o fruto da magia de Gaardalok". Poderia ser aquilo?
___________________________________É atingido pelo primeiro soco do inimigo estando desprevenido, mas ignora com Duro de Ferir. Com o segundo ataque do inimigo, Zlaahael agora está Caído e recebe 19 de dano ao se chocar contra a armadura. Por fim, o inimigo dá dois ataques contra Zlaahael, totalizando o dano dessa rodada em 130.
Gatrius e Akira
O Sol Negro da Calamidade continuava sua destruição, absorvendo o mundo ao seu redor. No lugar que antes era a capital de Hongari, uma cratera começava a se formar. O minauro, ainda preso pela corrente de Hesen, conseguia se firmar no lugar, mesmo de cabeça para baixo. Tinha seu arco preparado, quando reparou algo. O deus não mais parecia lutar. Pelo contrário, estava... parado. Como se aguardasse algo. Mas por alguma razão, o deus não se mexia para atacar.
Akira porém, não tinha tanta sorte. Voando, a samurai avançou, mas sentiu o poder do Sol Negro a absorvendo. O mundo rodou ao seu redor, e então ela desapareceu, tragada para a escuridão eterna.
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Akira
Primeiro, ela viu a escuridão. E então, veio o frio. O frio que congelava os ossos e queimava a pele. Sentiu seu corpo inchar contra sua vontade, enquanto flutuava no vácuo do universo. E então, tudo mudou. Cores tomaram o mundo. Ela viu um milhão de cores impossíveis em um turbilhão que não deveria existir, e então se chocou contra rocha maciça. Primeiro, ela conseguiu respirar. E então sentiu o impacto da fraqueza. Vomitou. Olhou ao redor. Já havia visto aquele lugar em seus sonhos. Flutuava em uma pedra no meio daquele turbilhão de cores, e viu que haviam várias outras pedras, todas sendo atraídas em direção à grande mulher no meio. A Deusa da Magia.
Akira olhou para o lado, com dificuldade para se erguer, e viu Midori. Ela estava em uma pedra, junto de três homens. Um era o mago de pele negra, trajes luxuosos e tatuagens que estava enfrentando Verhängnis antes com elas. Outro era um elfo de armadura azulada e cabelos loiros. E o outro, era um ser estranho, de pele extremamente branca e trajes negros, não identificável como nada que Akira jamais havia visto.
O que diabos...?
Akira sofre 50 de dano por exposição ao espaço, e 5 pontos de dano em Força, Destreza e Constituição.
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O Rei Caído
O chão tremia sob seus passos colossais. Quando o colosso pisou próximo às fronteiras de Fortuna, ele não encontrou resistência à sua altura. Não que esperasse. A primeira vila foi esmagada sem demora. Mas com a viagem do Colosso Rubro, a loucura tomava. Logo, havia um séquito o seguindo. Em poucas semanas, ele havia cruzado Fortuna deixando um rastro de destruição e Lefeu para trás. E com ele, uma tropa que chafurdava na escatologia e no sadismo, com orgias de violência e matéria vermelha sendo feitas em honra aos Lefeu. Apenas o jovem Presa se mantinha longe disso, sempre repousando no ombro do Rei, descendo apenas para caçar sua presa. E logo o Rei reparou que essas presas eram principalmente outras pessoas, e agora ele tinha uma grande fazenda logo aos seus pés. Foi quando cruzou para Lomatubar pela primeira vez que o Rei teve uma barreira real. Já advertidos de sua vinda, havia um exército o esperando em Lomatubar. Toda uma tropa do Império de Tauron. Um alvo para aonde jogar seus seguidores. Mas havia alguém... Interessante liderando aquela tropa. O Rei não sabia o que era, mas quando ele avistou o Centurião que liderava aqueles soldados, soube que o minotauro era diferente.
O mortal o encarava de alguns metros da planície aonde estavam. Era enorme, mesmo para um minotauro. E parecia não ter medo do que era lefeu.
- HOMENS! ORDEM!
Ali, em um campo aberto em Lomatubar, o Rei teria seu primeiro grande combate em nome de seu senhor.
Em nome da Tormenta.