Os quatro encaravam O Mal Acorrentado. Um de seus últimos deuses. Dos antigos, pelo menos. Os quatro não sabiam como haviam se unido, mas sabiam que naquele momento, tinham de ser aliados. Alguns possuíam mais afinidades uns com os outros. Outros virtualmente se odiavam. Mas eles já haviam enfrentado vários dos seus deuses mortos, e iriam vencer mais esse.
Azgher cavalgava uma enorme serpente emplumada, voando por cima da abominação negra e vermelha da qual correntes quilométricas se arrastavam. Aquele era certamente o mais perigoso dos deuses mortos que ele havia visto. Havia já consumido todo um reino desde que emergira do mar. Não podia sequer imaginar o outro ser, aquele que vinha do outro lado do continente. Se os dois se encontrassem, seu mundo estaria terminado. Ele apenas esperava que Heredrimm e seus aliados pudessem parar o mesmo. Ainda que ele desprezasse os aliados do mesmo. Ele ergueu sua cimitarra, brilhando como o próprio sol, chamas douradas se manifestando do céu. Mas naquele momento ele teve uma visão. Um anão de tamanho descomunal e aparência perturbadora. Seu braço direito era uma massa rubra, e ao ver aquilo, o Paladino Solar se sentiu perturbado. Aquele braço não deveria existir.
O Rei Caído.
Juntamente do santo do deserto, circulando aquela abominação por cima, um dragão longo voava levando nuvens consigo em seu corpo em forma de serpente. Montado nele, trajado em armadura oriental completa, o Samurai Lin-Wu observava a criatura, se perguntando quando eles atacariam. Precisavam de ordem, e ele sabia que podia contar com Azgher para isso. Mas será que o Minotauro e o General em terra podiam ter a disciplina par esperar o momento certo para atacar? E então, o sinal foi dado quando o Paladino Solar abriu os céus, e o poder destrutivo da própria estrela de chamas surgiu, iluminando aquele mundo abandonado pelas trevas pela primeira vez em anos. O ryuujin de Lin-Wu rugiu e trovões de energia pura e limpa se manifestaram, e Lin-Wu desceu em direção ao Mal Acorrentado. E ali, naquele momento, ele teve uma visão. Uma mulher. Seus olhos eram brancos, mas ela enxergava com mais clareza que todos. Ela representava honra. Ela o representava. Quem diabos era aquela mulher?
Akira
No chão, preparados para enfrentar uma criatura que devoraria exércitos, dois homens. Talvez o termo homens não se aplicasse mais a eles. No primeiro, seu corpo de músculos maiores que os corpos de homens dourados pela exposição ao sol eram superados em estranheza pela cabeça bovina, com uma coroa de chamas emoldurada acima de seus chifres. Em suas mãos, um enorme machado em chamas, que o mesmo conseguia carregar com uma mão só. Ele rugiu ao ver o monstro se aproximar e começou a andar em direção à besta do apocalipse. Pois ele era mais que um minotauro. Ele era o maior guerreiro de toda a existência. O algoz de Tiamat. Ele era Tauron. Avançou, erguendo o machado acima de sua cabeça, e então teve uma visão. Um elfo, de cabelo e barba azul. O elfo carregava uma alfange, e ele derrubava dragões. Ele derrubava um minotauro gigantesco, que trazia uma sensação de similaridade à Tauron. O minotauro rosnou quando se viu novamente no mundo. Que diabos aquele elfo fazia em sua mente?
Zlaahael.
Ao ver o minotauro correndo, o humano sorriu agressivamente.
- Não vou me deixar ser superado por esse pedaço de picanha arrogante.- Rosnou, erguendo o próprio machado com uma mão e disparando em direção ao deus, rindo durante todo o caminho, e com um salto gigantesco, choveu como um meteoro de fúria sobre o monstro. Ele era o Último Marechal. O Guerreiro Supremo. Ele era Keenn. Enquanto caía, porém, ele viu outro ser. Um arqueiro. Seus alvos nunca o viam. Ele parecia o minotauro, mas era mais humano. O que diabos...? Mas ele enfrentava um dragão. Não, seu alvo era mais que um dragão. E isso Keenn podia respeitar. E ele não precisava mais ver nada, pois sabia que o que viesse pela frente valeria a pena. Pois o combate era mantido vivo pelo ser em sua visão.
Gatrius
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Zlaahael e Akira
Era chegado o grande dia. No meio da noite, sem aviso prévio eles foram retirados de suas camas, seus aposentos e seus pensamentos. Foram teleportados. Dez pessoas. Eles viram o mundo sendo moldado ao seu redor. Tinham de estar prontos. E então algo deu errado. Viram a enorme caveira diante deles, vindo devorá-los. O grupo de estranhos foi consumido. Quando Zlaahael e Akira acordaram, estavam sozinhos. Akira não reconhecia o lugar, masZlaahael arregalou os dois olhos ao ver aonde estava. O chão tão limpo que refletia os visitantes, agora corrompido e manchado de sangue. Os antigos vitrais, quebrados. Os um dia orgulhosos estandartes das grandes casas nobres, agora estacas aonde os corpos dos grandes líderes élficos que haviam sido mortos eram expostos.
E no topo, acima do trono, estava o cadáver orgulhoso de Khinlanas. Mas não era aquilo que importava.
Era quem estava diante do trono.
Com uma espada maior que o próprio corpo enorme, com presas capazes de esmagar uma cabeça humana. Um saiote de guerra em sua cintura.
- Ah... Então as previsões do lich estavam certas. Fico feliz. - Ele desceu os degraus, seus músculos se inchando pela fúria bárbara. - Eu me lembro de você agora. Não de Khalifor. De antes. De quando eu peguei sua princesa diante dos seus olhos e o deixei impotente no chão. Vejo que trouxe uma amiga. Excelente.
Thwor Ironfist.
Eles estavam diante de Thwor Ironfist. Algo estava errado. Algo estava muito errado. Eles não deveriam estar ali. Deveriam estar enfrentando o Vestígio de Ragnar.
________________________MATEM THWOR IRONFIST
O Rei Caído e Gatrius
- Eu gostaria disso Gatrius.
Foram as últimas palavras da garota antes de Gatrius partir por intermédio de magia. E agora, do topo de uma árvore anormalmente grande em Tollon ele via o conflito. O titã, um monstro enorme e corrupto que parecia-se com um anão, enfrentava seu alvo. Cecília. Uma figura pequena, mas imponente. E algo dizia ao minauro que ela era a figura mais perigosa entre os três ali.
A rainha observava o Rei Caído com desprezo nos olhos
- Vai realmente me enfrentar? Você tem certeza disso? Eu não terei piedade dessa vez. Vou te matar várias vezes até que nem mesmo seu senhor possa te trazer de volta... Helden.
Cecilia ria em sua forma transformada e corrupta.