Arquétipos dos deuses

[Padre Judas]

A existência precede a essência. O elemento precede a existência do deus.

Como dito, os Arquétipos e Nichos existem antes de haver um deus para eles. O que ocorre é que um deus possui controle sobre aquele aspecto da realidade, e pode moldá-lo. Um deus maior da morte benévolo, por exemplo, poderia ser uma experiência radical, com o número de mortes "boas" (durante o sono, por exemplo, após uma vida longa) aumentando exponencialmente. O domínio de Ragnar provavelmente provoca o surgimento de muitas mortes horríveis e cruéis, porque ele é um sujeito horrível e cruel. Pelo menos é isso que o quadro Arquétipos: sua própria visão de mundo!, na pg. 164 (assim como a descrição de Arquétipo, na mesma página), dá a entender. Um deus dos sonhos de índole maligna permearia o sono das pessoas com pesadelos em grande quantidade.

Sobre a importância do Amor: temos o exemplo de Sandro, e também de Vanessa Drake, que jogou fora o próprio futuro por amor.

Um exemplo sobre esta questão de deuses, nichos e etc.: Lupan, o Deus Menor da Caça, morreu. A caça ainda existe, ainda há caçadores e comunidades inteiras que dependem da caça para sobreviver. Só que Lupan determinava como era a caça, qual o jeito certo de caçar. Provavelmente o Código de Honra do Caçador era dele. Agora é um "cada um por si", até que surja outro Deus Menor da Caça. E se este deus menor se tornar um Deus Maior, nossa, o número de caçadores e sua importância vai aumentar drasticamente. Surgirão Caçadores da Tormenta e outras categorias próprias e poderosas, etc.

Curioso é que se Megalokk cair, o número de monstros (e a ameaça que representam) diminuiria drasticamente.

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Falando em Megalokk: qual seria exatamente a diferença entre o Megalokk artoniano e o Indomável moreano?

[BURP]

O que acontece, Aquila, é que essas coisas simplesmente não estão escritas na pedra em Arton (ainda). É um pouco aquilo que já falei dos deuses serem personagens antes do que aspectos. Não há nada muito definido sobre como a cosmologia em Arton funciona. Não dá pra dizer que seja assim que Arton funcione, simplesmente. Tu pode assumir isso na tua mesa, mas não quer dizer que outra pessoa não possa ver de forma diferente, ou mesmo que não possa vir um suplemento futuro e determinar de outra forma, simplesmente porque não é algo que está definido.

Das questões que tu colocou, na verdade, uma só eu saberia responder: se Azgher morre, provavelmente Arton mergulharia sim numa noite eterna. Mas isso porque existem informações de que a única razão pela qual existe um ciclo de dia e noite em Arton é uma batalha ancestral entre Azgher e Tenebra. Nós não sabemos se a razão de existir um ciclo de vida e morte em Arton é realmente pelo papel dos deuses. A linha do tempo diz que a origem da vida é uma lágrima de Lena, e mais nada. Na verdade, como eu já falei em outra postagem, há aspectos da vida e pós-vida artoniana em que os deuses não tem influência nenhuma, o que corrobora o papel que o "deus da morte" no cenário acabou assumindo.

É uma característica do cenário ser assim. Esse tipo de questionamento metafísico só nunca foi desenvolvido pelos autores, por qualquer razão que eles podem ter. Então, em última instância, é possível se assumir uma variedade de visões diferentes.

[Lord Seph]

Indomável é mais sociável e criou uma raça de licantropos em vez de uma dádiva de Tenebra.

Na verdade não sabemos o que acontece se um deus maior morrer e essa é justamente a conversa entre Tanna-Toh e Glórienn no Inimigo do Mundo e onde vi que Tanna-Toh é a verdadeira ameaça do cenário.

Outra coisa que já descartei em definitivo é a hipérbole de todos conhecem os deuses do panteão. Isso é falso, principalmente se formos ver a conversa do Orion com um campônio após ser expulso da Ordem.

Agora imagina Lamnor antes mesmo da Grande Batalha ser imaginada, haveria motivo para um culto a Lin-Wu?

[Aquila]

Agora imagina Lamnor antes mesmo da Grande Batalha ser imaginada, haveria motivo para um culto a Lin-Wu?

Às vezes acho que sou o único que imagina como os deuses eram antes da Grande Batalha... Como já foi dito que nada que diz respeito aos deuses é definitivo, prefiro não comentar sobre o que era Lin-Wu antes de Tamu-ra; ou quem cultuava Azgher antes dos Sar-Allan; ou Valkaria antes da queda...

[BURP]

Provavelmente Lin-Wu fosse só um deus desconhecido, adorado por um povo misterioso do extremo norte. Ou talvez fosse conhecido com outro nome, ou se acreditasse que outro deus ocupasse o seu lugar. Penso em como se costumava crer que a Divina Serpente era uma deusa maior, até que se travou contato com os minotauros de Tapista.

Em uma viagem maior de possibilidade, imagina se o caso de Lin-Wu não é o mesmo? Talvez ele realmente seja um deus menor confundido com um deus maior, como a Divina Serpente era antigamente, e o vigésimo deus do Panteão na verdade seja uma divindade desconhecida dos povos do Grande Norte, ou algo assim.

(Claro, isso levantaria a questão de que sabemos já que Sora é um mundo dos deuses. Mas dá pra imaginar saídas possíveis pra essa encruzilhada, se for o caso. Aliás, acho que Sora vai ser um dos mundos mais surpreendentes do Mundos dos Deuses =P).

[ISMurff]

Unica coisa que eu sei de Lamnor é que Khalmyr era conhecido como Hendryl. E há nas Crônicas de Tormenta um povo bárbaro que cultuava Tenebra e Azgher ao mesmo tempo.

[Padre Judas]

Unica coisa que eu sei de Lamnor é que Khalmyr era conhecido como Hendryl. E há nas Crônicas de Tormenta um povo bárbaro que cultuava Tenebra e Azgher ao mesmo tempo.

Parece que esse povo ainda existe. Só que eles são uma pequena população que vive além de Quelina.

[Lord Seph]

Eu evito citar Tauron e a DS. Principalmente pelo cheiro de retcon nas Guerras Táuricas.

Essa questão de quem eram os 20 deuses são irrelevantes, o negócio é haver 20 deuses no panteão, independente de quem seja ou de sua importância.

Kally voltou, em minha opinião, por causa de haver o desejo por puro poder. Se os Lefeu fossem aquilo que o mundo buscava, então teríamos um Lefeu como deus maior e se povo pedisse por um deus maior do pudim de ameixa, então teríamos um.

O vazio que os artonianos sentiram não fora devido a perda do aspecto dos elfos como algo presente da realidade, mas a simples falta de haver 20 deuses lá e não deve ter sido diferente quando Kally e Tillian caíram.

[BURP]

Eu cito Tauron/Divina Serpente como exemplo, já que, mesmo que tenha sido um retcon mal disfarçado mesmo, é uma prerrogativa que o cenário dá. Então dá pra explorar essa possibilidade em uma mesa ou campanha se quiser.

Imagino que o caso do Kallyadranoch tenha mais a ver com a devoção bastante fervorosa que ele passou a receber, mesmo que de um grupo específico (dragões). Afinal, a deusa que caiu também era de um grupo bem específico, os elfos. Não precisa ter a ver com um "desejo geral de poder," mas os livros do cenário sempre deixaram a entender que o papel de deus maior está mais relacionado à devoção do que qualquer coisa. Uma das justificativas pra Lin-Wu ser um deus maior é que, mesmo que o seu número de seguidores seja restrito, a devoção deles é forte o bastante pra manter ele nessa posição.

Nesse sentido, dá pra dizer que na verdade os dragões salvaram Arton de ter a Tormenta transformada em um deus maior =P

[Shion]

A existência precede a essência. O elemento precede a existência do deus.

Mais ou menos, mais ou menos... Em Tormenta o Nada e o Vazio fizeram os deuses, e eles que criaram o mundo como quiseram, não o contrário. Os deuses não nasceram da necessidade ou pelos aspectos serem importantes, e sim os deuses que moldaram esses aspectos e os fizeram como os artonianos os vêem. Antes de Glorienn criar os elfos não tinha elfo nenhum, por exemplo.