Arquétipos dos deuses

[ISMurff]

Não tiraria Megalokk nem a pau, devido a inúmera incidência de raças monstruosas que o cultuam (ou que ao menos prestam alguma homenagem). Eu retiraria Ragnar justamente por ser parecido com ele neste aspecto. Pra mim, os globinóides também seriam crias dele e que os deuses raciais seriam como o deus racial dos Fintroll, eles seriam apenas o primeiro de cada raça. Ragnar é filho do Megalokk, assim como Hynnin é de Nimb.

[Shion]

Mas é só trocar os cultos de um deus pro outro oras, nada de mais. Tem 500 raças cultuando Megalokk? Agora cultuam Ragnar, simples. A idéia é que esse tipo de coisa seja mudado no background todo, não convencer as raças a trocar de deus. Isso ajuda principalmente a amaciar o porque de um 'deus dos goblinóides' é na verdade deus da morte, porque ai engloba todas essas raças e com motivo (Allihanna) e não apenas 'fez porque quis'.

[Arquimago]

Eu curtia muito mais Divina Serpente que Tauron como deus da força.
Acho que deveria haver uma fusão sim entre Alihanna, Oceano e Megalokk fazem um sentido legal sendo um só.
Lena, Thyatis e Marah eu colocaria no mesmo portfolio também.
Não retiraria os patronos raciais como Glórien, Kallyandranoc e Ragnar, apesar de eu achar realmente que este último só é valorizado pela
ligação com os goblinóides.
Sszaass eu juntaria com o Hynnin, acho ele um deus meio inútil e essa junção seria mais interessante.
Khalmyr e Lin-Wu faria muito sentido essa fusão, e gostei da ideia do deus dragão como deus menor só como patrono dos tamurianos em vez de estar entre os maiores.
Valkaria eu não curto o portfolio dela só por ser deusa da ambição e dos humanos, não vejo muito sentido nela como deusa maior. Acho que ela pode ser deusa menor.
Tanna-Toh e Wynna poderiam ser uma só de boa.
Glorien talvez pudesse representar também as Artes já que os elfos são muito ligados a ela.
Cheguei a pensar na junção Tenebr/Ragnar também, por que ambos fazem sentido em termos de puxarem servos como sacerdotes negros e necromantes.

Enfim, é isso.

[Shion]

O legal é que não precisa "juntar" os deuses, apenas tornar alguns deles deuses menores e aumentar a área da ocupação do que fica.

Lena e Thyatis talvez faça sentido, mas vida e paz são coisas completamente diferentes, Marah não entra aqui.
Wynna e Tanna-Toh também não faz sentido, é como querer que teu professor de matemática diga que 2+2 é 5 porque é magico.
Na Tenebra também não encaixa pois tem criaturas vivas que fazem parte da alçada dela, amaldiçoadas e não "amaldiçoado pela morte". Se fossem apenas mortos-vivos faria mais sentido essa fusão com Ragnar. Na verdade, parece até que algo que "morreu mas não ficou morto" tem mais a cara de deus da vida do que da morte.

[BURP]

Quando eu falei que mitologia comparada não ia vir ao caso, é só que viraria uma discussão técnica demais. E, em última instância, não ajudaria muito, porque, como eu falei, vocês estão encarando a metafísica artoniana como uma ciência exata demais, e crenças e religiosidade, como se percebe estudando essas mitologias, podem ser tudo menos ciências exatas. Um mesmo deus de um determinado povo pode ter muitas formas, representar muitas coisas, ser mesmo deuses diferentes, ao longo de tempos diferentes, ou até tudo isso ao mesmo tempo. Muitas vezes eles revelam mais sobre os povos e as pessoas que os adoravam do que sobre si próprios, e mudavam (de personalidade, de arquétipo, de portfólio) de acordo com que as necessidades desses povos também mudavam. Só de ver a quantidade de versões diferentes que cada deus grego possui segundo estudos sobre a religiosidade antiga já daria uma dor de cabeça...

Então quando eu digo que os deuses de Arton são personagens antes do que arquétipos, o que eu quero dizer é justamente que as coisas não são necessariamente tão rígidas e bem definidas assim. Eles apenas estão lá, controlam determinados elementos, que são definidos mais pela personalidade deles do que o contrário, mas não há nada que diga quais elementos precisem ser ou determine exatamente como isso influencia o mundo mais diretamente - sabemos apenas que há uma relação, mas como essa relação se desenvolve não precisa ser determinada tão rigidamente que cada mestre não possa ter a sua visão.

Tipo, tentando dar um exemplo mais prático. Eu vejo muita gente se perguntando "do que Glórien era deusa antes de virar deusa dos elfos." Só que achar que cada deus precisa ter um portfólio é uma exatidão que nem sempre acontece numa religião ou mitologia. Talvez ela fosse só uma deusa sem portfólio nenhum, um ser cósmico nascido do Nada e do Vazio sem nenhum arquétipo, até que um dia ela criou o primeiro elfo e pensou, "ei, eu posso ser deusa disso." Ou nem pensou - os próprios elfos só começaram a adorar ela, e esse portfólio foi surgindo naturalmente.

Enfim. Dizer que eu to um bocado curioso sobre como vai ser a recepção do Mundo dos Deuses. Em última instância ele não é um livro sobre os deuses em si, e sim sobre os mundos deles, mas algumas coisas que aparecem lá devem bagunçar um bocado a concepção que se tem sobre eles.

[Aldenor]

Esse Mundo dos Deuses será só pra TRPG, né? Podia vir com uma versão 3D&Tzinha boladona.

[mister X]

Uma coisa da trilogia do Caldela que não curti foi isso: dizer que os deuses são imutáveis e que não podem fugir daquilo que são. Em Holly avenger só o que tem é deus fazendo cagada por seguir razões pessoais, e sinceramente, curto muito mais essa pegada do que deuses de conceitos absolutos.

[Lord Seph]

Eu já ignorei isso completamente e o motivo da queda de Glórienn foi por ter pedido arrego e não por não seguir mais o que ela é. Se fosse assim Ragnar já teria caído a bem mais tempo, já que ele relega totalmente seus deveres como deus da morte em prol dos goblinoides.

[Aldenor]

Como cê acha que Ragnar relega seus deveres como deus da morte?

[Lord Seph]

Não relega, simplesmente eu não vejo ele realmente fazendo algo relativo a deus da morte. Até Orcus é mais ativo nesse aspecto que ele.