Mensagem
por rookvalente » 17 Jan 2020, 01:17
Atmosfera de Sangue:
Em uma palavra: LEGEN... (wait for it)... DARY
Duas obras que ela me lembrou:
Histórias de Robôs - coletânea de contos (organizada por Asimov).
Tem um conto que fala do extermínio da vida na Terra por causa de uma praga microscópica...
DARK e sua linha temporal inexorável.
Aconteceu daquele jeito, porque aconteceu daquele jeito!
Pessoalmente, gosto desse tipo de viagem no tempo. Gosto muito.
Então, com meu gosto e as duas obras que tem alguma semelhança, considerei ótimo.
Aceitei a ambientação do parágrafo inicial: uma nave em órbita em rota de colisão. Gosto de uma história maior que eu. Ela não começa comigo, eu só sintonizei agora, tô de gaiato, sou um espectador não convidado.
A indiferença dela, o ranço ao falecido-herói-infiel, o desprezo por sua herança... tudo faz parte de um "porquê".
Isso me comprou. Gerou empatia mesmo. Se ela não gosta, ele deve ter aprontado alguma… Adoro os podres obscuros dos herois
O desenrolar da trama foi marcante.
Ficção científica é minha predileção, então eu conheço boa parte do cardápio e muitos dos ingredientes se repetem em Asimov, Clarke, Herbert, Wells e em praticamente qualquer autor. A questão é: Bolinho de arroz, Sushi, ou Risoto?
O uso que você fez foi muito bom. Foi um uso possível, mas não previsível. Lógico, mas não óbvio demais. Assumiu ignorâncias dos personagens, sem explicar cada milímetro, mas também explicou sua perícia e habilidade, sem fazê-los deuses.
A Protagonista? Menos artificial que Susan Calvin e menos que Miranda, do filme VIDA (2017).
Quero saber mais do general, e quanto da fama dele é devida à Evlyn.
Quero saber se o avanço tecnológico é derivado da viagem dela (aposto que sim).
Quero saber os tipos de equipamentos que foram plantados na cápsula dela para estudarem a tempestade estática.
Quero saber mais dos Vitrilianos, se eles são como os aliens de Homem de dois mundos, ou de um conto que fala de aliens que respiram cloro e disputam naves e planetas com a humanidade (Clarke?)
Quero saber... Deu pra entender, né?
Ficção não é um jogo de respostas e você jogou muito bem com as perguntas que usou como deck.
Aprendendo todo dia que não é porque me deram uma bagagem pra carregar, que eu não tenho a escolha de seguir sem ela.Só levo comigo o que é meu.