Ameaça Marinha

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Mælstrøm
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Mælstrøm » 27 Mar 2018, 19:31

Parte 1: Uma viagem pela Enseada dos Selakos

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Apesar de não demonstrem com clareza, Hoenheinn percebeu alguns sorrisos discretos e olhares mais confiantes no rosto dos tripulantes. Eles haviam parado suas tarefas para ouvir a voz do paladino e depois de tudo, voltaram ao trabalho gritando energicamente uns com os outros num senso de camaradagem e apoio mútuo. Os marujos andavam pra lá e pra cá, alguns meneando a cabeça para Hoenheinn. O imediato se aproximou em seguida com uma corda enrolada no torso.
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Meu nome é Legba. Obrigado por suas palavras. À noite os camaradas gostam de se juntar dentro do convés para contar histórias e relaxar. Cê é bem vindo.
O homem não sorria nunca e seus olhos estavam sempre vidrados, mas o paladino sabia que estava tentando ser amigável pelo tom de sua voz, bem menos agitado ou trovejante como outrora.

Aos poucos, o grupo de aventureiros contratado buscou se conhecer melhor. Maya e Úrsula trocaram palavras amigáveis de apoio e Tak mantinha à vista o que era importante com questões pragmáticas e norteando os rumos da conversa. Apesar do distanciamento cultural de sua raça, algumas coisas ainda eram básicas para o bom convívio geral.

Tak também foi saudar com os halflings curioso quanto ao que fumavam. No primeiro momento, os dois ficaram em silêncio olhando para o corpanzil do vardak e depois caíram na gargalhada. Depois de conseguir controlar as lágrimas e os risos, conseguiram falar.
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Togo e eu apostamos se você seria uma espécie de animal, sabe? Um animal do Circo do Froley... cada animal inteligentão por lá... mas nenhum deles falava.
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Desculpe essa risada exagerada, meu caro. Guto ri muito quando fuma... eu me chamo Togo Cachopardo e este é Guto Cachopardo, meu irmão. Então, você é interessado nessas verdinhas, não é?
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Não ligue para meu irmão caçula. Chamamos este fumo é de uma espécie de planta, a sibannac. Fazemos essa erva para o fumo recreativo, tirar as preocupações da cabeça...
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... relaxar o corpo...
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... viajar no mundo das ideias...
E ambos voltaram a rir. Eventualmente Togo ofereceu uma tragada a Tak e se ele quisesse, poderia continuar durante a tarde com eles.

Enquanto Hoenheinn preferiu uma abordagem geral aos tripulantes, Pietro preferiu conversar com uma só, a jovem de cabelos castanhos selvagens e olhos afiados, talvez com intenções mais individualistas. A despeito de seu comportamento galanteador a moça não parecia muito a fim de conversar. Seu semblante denotava pouca paciência e insatisfação causada provavelmente pela reunião dos tripulantes.
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Sally. Espero que proteja mesmo, pois está sendo pago pra isso. Ou melhor, quem sabe, não é mesmo?
E foi embora cuidar de seus afazeres. Alguns marujos não conseguem conter o riso em suas bocas e passam por Pietro com olhares zombeteiros.

Estes mesmos marujos passaram por onde Maya e Úrsula conversavam. E, dessa vez, não perderam a chance de dar uma boa olhada nas duas enquanto cochichavam algo. Enquanto a cavaleira não conseguia captar as palavras, Úrsula ouviu palavras bastante desagradáveis, menções desonrosas a sua aparência e à de Maya.
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O navio zarpou deixando para trás o porto da Colina dos Bons Halflings. As velas abertas pareciam gastas onde nas beiradas apresentavam uma cor amarronzada. O céu estava limpo e vento era forte, perfeitas condições para navegar. Logo "Angra Azul" perdeu de vista qualquer trecho de terra à vista. Quando Azgher inclemente despontava no centro do céu azul um sino foi tocado fazendo alguns marujos largarem os afazeres para descer ao convés. Era hora do almoço, mas os tripulantes tinham que revezar para o navio continuar funcionando normalmente.

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Quando algum dos aventureiros começou a se juntar a eles, o capitão Roger apareceu abrindo as portas de sua cabine.
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Meus caros, vocês comem comigo. O cozinheiro conseguiu um vinho de Sambúrdia. Delicioso! Venham, venham!
Para aqueles que decidirem ir, encontraram a mesa onde assinaram o contrato e uma outra mesa colada a essa forradas por uma toalha branca com flores bordadas nos quatro cantos e no centro. Havia dez pratos, todos de porcelana com detalhes circulares em azul e com talheres à disposição. Talheres eram peças raras, destinadas a quem tinha muito dinheiro ou quem se importava com ostentação. A comida era um porco assado com uma maçã na boca, onde havia vários pratos com salada, tomate, cebola e cenoura. Além do capitão, os halflings e os humanos comerciantes estavam presentes. Enquanto Togo e Guto eram amigáveis com todos, principalmente com Tak. Já os comerciantes conhecidos por Úrsula não pareciam muito dispostos a conversar. Oswaldo era mais sisudo, quieto e não dava olhares para ninguém. Mas Waldemar pelo menos acenou e fingia algum constrangimento ao cruzar olhares com a samaritana de Tenebra.
Nota do Mestre: Aqui é mais uma pequena cena onde podem ocorrer interações entre os personagens ou com os NPCs. Vocês podem gerir a conversa dando voz aos NPCs. Este é um bom momento para estreitar laços com os comerciantes, ou com o capitão. Testes serão pedidos neste caso.
Porém, alguns poderiam preferir almoçar com o restante da tripulação. O convés era amplo e escuro, onde as únicas divisórias eram destinadas aos quartos dos aventureiros e dos comerciantes. O cheiro abafado era suplantado pela maresia forte e algum cheiro de ferrugem e peixe também podia ser sentido, embora nenhum metal ou peixe pudesse ser visto ali. Havia um espaço mais ao fundo uma porta por onde o cheiro de ensopado de frango inundavam as narinas. Os aventureiros encontrariam uma tripulação neutra, onde ninguém pareceria notá-los. Se Hoenheinn estivesse presente, a reação seria um pouco melhor, com alguns cumprimentos, mas no modo geral os marujos não se importavam com os aventureiros. Queriam apenas comer rápido para descansar nas redes penduradas no canto oposto da cozinha. Se Úrsula estivesse ali, muitos olhares recairiam sobre ela, embora bastante rápidos e singelos. Exceto de um daqueles três desagradáveis (os outros dois continuavam o turno de trabalho).
Nota do Mestre: Aqui é mais uma pequena cena onde podem ocorrer interações entre os personagens ou com os NPCs. Vocês podem gerir a conversa dando voz aos NPCs. Este é um bom momento para estreitar laços com algum tripulante e conferir a ele uma história simples para uma conversa. Se houver tentativa de influenciar o NPC em alguma coisa, testes serão pedidos.
Após o almoço, havia toda a tarde livre. O mar espalhava-se por todos os lados, o calor estava forte, mesmo para o começo do outono.

Os dias se passaram sem que as habilidades dos aventureiros fossem requisitadas. O cotidiano era o mesmo: almoço ao meio dia, janta no começo da noite. Os marujos iam e vinham por todos os lados, mexendo em cordas, caixotes e vigiando o mar. Alguns pescavam, outros faziam averiguação do convés. Quando não estavam trabalhando, ou dormiam nas redes improvisadas ou cantavam, contavam histórias e bebiam à noite.

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Durante o anoitecer do quinto dia, antes da janta:
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Drácar a estibordo!
Gritou um marujo em cima de uma das velas enquanto manejava sua luneta. Boa parte da tripulação se agitou andando para a beirada do navio — e só não foram todos porque alguns dormiam na hora do descanso. Era possível ver na popa do navio em sua madeira escurecida um alongamento como se fosse uma cauda e suas várias velas estiradas. Seu movimento sugeria falta de direção completa, balançava ao sabor do mar. Os remos estavam imóveis, inclusive muitos deles faltando.

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O capitão logo foi chamado pelo imediato. Ao ver o navio ali parado, pegou sua própria luneta.
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Ele... não tem ninguém naquele navio. O que...
Súbito as palavras lhe faltaram. Ficou de olhos arregalados, suas mãos apertaram firme a amurada de madeira de seu navio. Sally se esticou pra ficar pendurada e espremeu os olhos.
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É o navio daqueles piratas escrotos! Eles nos atacaram há alguns dias... temos que dar o troco! Agora temos aventureiros!
O capitão olhou para sua tripulante como se fosse a primeira vez que a via. Estava estático.
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Pode ser uma armadilha...
A voz de Waldemar quase não fora ouvida, exceto por Togo.
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... ou podem ter se amotinado e morrido todo mundo. Afinal, são piratas!
Aquela perspectiva deu a Sally um sorriso desafiador.
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Deve ter alguma coisa de valor com eles. Vamos abordar, capitão Roger. Você nos deve isso! Use os aventureiros!
O homem parecia dividido, indeciso. Olhava para Waldemar compartilhando de seu medo, mas olhava também para Sally e para o restante de seus marujos, todos ansiando por uma resposta. Por fim, Roger virou-se para os aventureiros.
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O-o que vocês acham?
Dados dos Personagens
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 23 PA: 1 PE: 3 CA: 15 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Normal
Imagem - Lady Úrsula Angelica de Morel <> PV: 17 PA: 3 PM: 6/0 CA: 10 <> Luz do Dia: 1 <> Canalizar Energia Positiva: 5 <> Magias preparadas: Bênção, bênção, bom fruto, proteção contra o mal, santuário, santuário <> Condição: Normal
Imagem - Tak <> PV: 22 PA: 1 CA: 17 <> Patriota: 2 <> Moldar Rocha 1 <> Condição: Normal
Imagem - Maya Pinnend <> PV: 22 PA: 1 PE: 3 CA: 13 <> Patriota: 2 <> Desafio: 3 <> Pirueta de Nimb: não usado <> Condição: Normal
Imagem - Pietro Silverstone <> PV: 13 PA: 1 PM: 5/0 CA: 14 <> Bagual: CA: 15 PV: 35 <> Amaldiçoado: - <> Magias preparadas: Detectar portas secretas, armadura arcana, toque chocante, mísseis mágicos, mísseis mágicos <> Cápsula carregada: Bala de força <> Condição: Normal

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Aldenor
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Aldenor » 28 Mar 2018, 15:02

Pietro tinha um aspecto de "bon vivant", como diriam os afetados callistianos em seus termos pouco práticos. Ele gostava de apreciar a vida em todos seus aspectos. O prazer de andar descalço sobre a grama, uma cavalgada com Bagual em um entardecer límpido no horizonte, beber bom vinho élfico em uma lareira ou uma cerveja anã ao lado de amigos. E também havia a parte galanteadora, claro. O mundo era muito hostil e vazio para se passar sozinho.

Por isso, vendo a única mulher tripulante do Angra Azul, Pietro sentiu que podia dividir com ela suas agruras, histórias e, quem sabe, a rede. Porém, Pietro sentiu que o clima não era o mais apropriado no momento em que a mulher Sally suspirou largando o que estava fazendo com má vontade para dar atenção a ele, como se fosse obrigada. Sua resposta curta e grossa fizeram seu sorriso tornar-se amarelo na hora.
Pietro
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É tche, espero mesmo que eu seja pago, né. Vamos torcer para que eu possa ser útil.
E saiu dali com as mãos nos bolsos, mas não sem antes olhar mau humorado para os outros marujos rindo dele.
Pietro
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Que belos dentes vocês tem.
Sua irritação era palpável. Pietro saiu dali pisando firme indo pro outro lado do convés.

Angra Azul logo singrou pela Enseada dos Selakos e os problemas foram deixados para trás. O jovem pistoleiro observou o encontro do mar com o céu, percebendo que não havia tanta diferença assim das planícies, sem colinas ou montanhas. Toda a imensidão do horizonte sem obstáculos até aonde a vista alcançava. O sol quente fazia o suor escorrer pelas axilas, mas seu chapéu o protegia a vista, pelo menos e o rosto de ficar tão vermelho como camarão. Acostumado a planícies frias do lado oeste de Namalkah, divisa com as Uivantes, o jovem pistoleiro não gostava de sentir aquele calor todo.

Pietro não queria deixar Bagual preso o tempo todo lá embaixo, mas entendia que as pessoas ali podiam não gostar de ver um cavalo andando pra lá e pra cá, achando que ele teria medo do mar. Ora, não Bagual. Ele era um garanhão de Namalkah, uma espécime superior de cavalo. Um irmão tão verdadeiro quanto suas irmãs humanas.

A hora do almoço chegou e capitão Roger Guedes apareceu para chamá-los para comer. Pietro deu uma olhada de longe para dentro da cabine dele e viu dois homens gordos com caras de poucos amigos. Pietro era um bom namalkahniano e não gostava de gente gorda. Pesados demais para o cavalo, indicava uma vida de pouco movimento e fartura em demasia.
Pietro
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Capaz, capitão. Eu não sou chegado a maturrangos não. Vou lá no bochinho dos tripulantes, viu? Passar bem, tche.
E desceu para o convés abaixo tirando o chapéu da cabeça, deixando-o preso pela cordinha pendurado nas costas.

A despeito do cheiro forte de peixe e ferrugem e dos olhares indiferentes, Pietro sentiu-se melhor ali. Claro que preferia uma boa comida, um conforto maior, mas a presença de comerciantes e outros abastados podia lhe proporcionar indigestão. Ele preferia o assunto do povo no qual tinha mais em comum do que aqueles de cima. Sentou-se em um banquinho com outros marujos e comeu sua cumbica de ensopado de frango.
Pietro
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Bah, tche! Tem um pouco de frango nesse meu caldo.
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Você tem sorte. Aqui no meu só tem osso e pele.
Pietro deu um sorriso amargo pra ele. Ele dera sorte e isso não era lá muito justo. Ficou pensando se não teria sido melhor comer o provável banquete preparado para os mercadores do que vir aqui roubar a comida dos marujos. Bom, ninguém o impediu, então a culpa era deles também.
Pietro
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Que bosta, heim.
Comeu seu frango.

Durante a tarde o tédio veio forte. A despeito dos olhares curiosos e talvez reprovadores, Pietro levou Bagual pra cima, fazendo-o andar um pouco. Ele conversava com o cavalo normalmente enquanto tomava seu chimarrão, seu acessório indispensável para viagens. Todos os finais de tarde lá estaria ele com seu cavalo olhando o mar enquanto pensava na vida tomando seu chimarrão.

A noite, chamavam para a janta e Pietro sempre preferia estar ao lado dos comuns, ouvindo suas histórias. Mas dessa vez ficava calado a maior parte do tempo ouvindo e tomando o restinho da erva diária em seu chimarrão. Ria com todos, fazia um comentário aqui, uma pergunta ali, mas nunca atraia as atenções para si.

Até que no final do quinto dia foi encontrado um navio a deriva. Abandonado, segundo o capitão. Um navio pirata, segundo Sally. E ela queria vingança. Os comerciantes, covardes, achavam que deviam ignorar aqueles lá. Mas não Sally. A garota queria saber o sabor da vingança e foi apoiada pelo cotoco de gente chamado Togo. Roger Guedes, então, jogou a decisão para o grupo, bunda mole que era.

Pietro coçou o cabelo com a cara fechada.
Pietro
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Não conheço estes ratos do mar ou suas práticas. Parece mesmo uma arapuca, mas esta pode ser uma oportunidade de crescer o valor do pagamento de miséria da tua companhia mercantil, capitão. Eu digo pra irmos.
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jamilkender
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por jamilkender » 29 Mar 2018, 09:53

Enquanto Hoenheim animava os tripulantes com suas palavras de inspiração, Maya, Úrsula e Tak conversavam sobre turnos de guarda e defesa mútua.
Tak escreveu:Imagem
- Sim claro. Vocês iam dormir a noite. Tem cama para todos então. Tak vigiar a noite. Dormir de dia. Vardak povo da terra sob a terra. Sol fere os olhos.
Maya
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Acho que também posso ajudar na vígilia à noite, Tak, pelo menos por uma parte do período. Também vai ser bom ter alguém com quem conversar!
Continuou também cochichando com Úrsula.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Ahm... T-tá legal! Já teve alguns que me olharam de forma extremamente indecente... Horrível...
Maya
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Vamos ficar atentas. Ouvimos muitas histórias em Portsmouth sobre marinheiros de outros reinos que não sabem se portar e deviam dançar na ponta da corda para aprender a respeitar a pureza das mulheres...
Com o fim do discurso e a dispersão da tripulação, Maya finalmente viu os marinheiros desrespeitosos. Como não ouviu o que eles diziam, apenas fechou a cara. Não muito tempo depois, a "Angra Azul" partiu e a viagem começou. Maya deixou a maior parte de suas armas no quarto, mantendo apenas sua adaga à cintura. Talvez depois encontrasse um lugar mais prático para deixar a alabarda com um acesso fácil.

===

E logo era hora do almoço!
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Meus caros, vocês comem comigo. O cozinheiro conseguiu um vinho de Sambúrdia. Delicioso! Venham, venham!
Maya não ia recusar uma oportunidade daquelas. Na cabine do capitão, uma mesa posta, com alguma suntuosidade para um ambiente tão diferente do que ela estava acostumada: talheres, pratos de porcelana e um caprichado porco assado. Esperou o capitão se sentar para tomar seu lugar, e foi uma companhia agradável durante a refeição. Ao contrário do que esperava, os comerciantes halflings eram gentis, educados e bons convivas; talvez fossem exceções à regra. Já os comerciantes conhecidos pela lady Úrsula... pareciam mais estranhos.
Maya
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Desculpe-me a curiosidade, senhor Oswaldo, senhor Waldemar... mas de onde provém, que mal lhes pergunte?
Oswaldo encheu a boca de comida, evitando ter que responder prontamente -- dando a deixa para Waldemar responder:
Waldemar
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Oh, oh, sim... somos de Ahlen. Sim.
Percebendo que sua curiosidade não ia muito longe naquela conversa, Maya estendeu a pergunta ao anfitrião:
Maya
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E você, capitão? É sambur? Garim?
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Na verdade, nasci em Wynlla, mas passei tantos anos viajando pelo mar que me considero um filho do Oceano.
Wynlla! Pelo menos não era um bielefenn fedido -- provavelmente a única coisa pior do que os halflings ali na mesa. Mantendo a compostura, Maya tentou ser uma companhia até mais agradável do que os halflings. Enquanto eles talvez só estivessem sendo eles mesmos, Maya queria mostrar que um portsmouther poderia ser mais educado, gentil e gente boa do que eles.
OFF: Maya está tentando melhorar a atitude tanto do capitão quanto dos comerciantes para consigo. Diplomacia com o Oswaldo: 10. Diplomacia com o capitão: 26.
No geral, apesar de alguns silêncios e desconfortos, foi uma boa refeição. Com sorrisos, histórias engraçadas e reminiscências, ela foi uma companhia agradável naquela e nas refeições seguintes. Não demorou muito para Maya começar a se acostumar à rotina do navio. No tempo livre, ela fazia a manutenção de suas armas e armadura, e treinava combate desarmado com o ar...

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=====

No quinto dia, o primeiro incidente real. Um navio abandonado, aparentemente pertencente aos piratas que haviam roubado o "Angra Azul" em sua última viagem. A guria sangue-nos-olhos queria vingança -- algo correto e aprovado por Keenn -- enquanto outros mais borra-botas ficavam com medo de ser uma armadilha.

Mesmo se fosse, o que isso importava? Era uma chance de exercício real e de fazerem algo de útil. Pietro, que andava mais com os tripulantes, concordava e deixou sua opinião clara. Maya foi na onda:
Maya
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Concordo com o vaqueiro. Vamos lá, capitão -- os tripulantes vão apreciar a vingança, e nós estamos aqui para garantir justamente a segurança de todos vocês.
Ato contínuo, já foi buscar suas armas -- com ou sem abordagem, era melhor estar em equipamento completo.
@alvarofritas / RPGista

BURP disse: Eu fico imaginando como é pra vocês ver um autor como o Jamil. Normalmente autores tem uma visão bem conservadora do próprio jogo - combo é apelão, não pode estragar meu jogo, o mestre tem que proibir. O Jamil ouve um combo desses e ainda manda "olha, faz isso e isso e tu ainda consegue fazer a mesma coisa três vezes por rodada." =P

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RoenMidnight
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por RoenMidnight » 29 Mar 2018, 15:54

Ficou feliz com a nova confiança incutida na tripulação diante de suas palavras, olhava para os homens trabalhando até que finalmente foi abordado pelo o imediato.
Legba
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Meu nome é Legba. Obrigado por suas palavras. À noite os camaradas gostam de se juntar dentro do convés para contar histórias e relaxar. Cê é bem vindo.
Hoenheinn
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Fico feliz de saber isto, estarei lá com vocês.
Fez um meneio de cabeça respeitoso com tão sisudo companheiro de viagem, mas que notava estar tentava ser amigável.

Correu os olhos pelo o barco tentando identificar cada um dos tripulantes e principalmente com o intuito de saber onde cada um dos aventureiros se encontrava, respirou fundo e pensou que eventualmente deveria conversar com eles.

Tirou um tempo para conversar de amenidades com a tripulação até o momento em que o navio finalmente partiu.

Quando finalmente foram para suas cabines o paladino achou que seria de bom tom não
andar armadurado em um barco e acabar afundando no pior dos casos, ficou apenas com roupas comuns, sua espada na cintura e o tabardo.

Aproveitou o momento e achou que seria um bom momento para indagar os outros quando todos se reunissem ali, se sentou no chão do lado de suas coisas e disse.
Hoenheinn
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Bem, acho que não conversamos muito ainda, então acho que seria legal nos reapresentarmos e termos uma prosa porque eu gosto de conhecer as pessoas com que ando.

Novamente, eu sou o Hoenheinn Mitternach e eu ando por aí tentando resolver problemas.

Tem uma coisa que está coçando no fundo da minha mente desde que começamos a conversar sobre este trabalho… o que vocês acham disto tudo? Particularmente me parece que o capitão está muito bem para uma tripulação tão insatisfeita.
Eventualmente, olhou então para as duas moças disse.
Hoenheinn
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Não estou inferindo que vocês não sabem e não conseguem se cuidar, mas parte do que eu fiz lá em cima tem a ver com vocês.

Não é a primeira vez que ando em um navio, então conheço o tipo, vou me esforçar para que nenhum deles ouse querer tocar em vocês. Acho que se tiverem respeito por nós não vão fazer bobagem.
Falava sempre tranquilo e tentando se manter positivo, se mantinha relaxado, o vai e vem do barco o deixava um pouco sonolento ainda com uma expressão quase preguiçosa.

Mais tarde naquele dia o capitão apareceu na cabine, parou de falar e prestou atenção no que ele disse.
Roger Guerdes
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Meus caros, vocês comem comigo. O cozinheiro conseguiu um vinho de Sambúrdia. Delicioso! Venham, venham!
Olhou para o capitão ainda meio preguiçoso e respondeu.
Hoenheinn
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Espero que não se sinta ofendido capitão, mas vou ter que declinar da proposta. Os marujos e eu ficamos de comermos juntos e trocar algumas histórias.
Alcançando um dos limões em sua bagagem se levantou e foi até o local onde os marujos comiam. O cheiro de ferrugem e peixe inundou as narinas de Hoenheinn que fez força para não fazer uma expressão que mostrasse estar incomodado. Felizmente aquele cheiro era suplantado pelo o cheiro de frango.

Ao ver a tripulação se sentiu estranhamente alegre, quase em casa enquanto andava até o local reservado para os aventureiros. No caminho um dos marujos levantou uma mão para o jovem que respondeu fazendo um cumprimento conhecido no reinado, trocando um rápido toque de mãos seguido de um soquinho.

Sentou a frente do vaqueiro e vendo que a conversa ali era a comida.
Hoenheinn
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No meu tem um pouco de frango, mas também acho que tem uma pedra… ou é um osso, isto?
Deu de ombros, pegou a fruta que trazia consigo cortou no meio e espremeu uma das metades no caldo e disse.
Hoenheinn
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Minha mãe sempre me dizia que quando andar de barco tentar comer limões, nunca perguntei o porque, mas como é minha mãe deve ter alguma sabedoria nisto.
E ofereceu a outra metade para Pietro, se voltou então para o marujo ao lado.

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Hoenheinn
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Então, o que vocês fazem para matar o tempo aqui?
Antes que ele tivesse a oportunidade de responder o que estava ao lado de Pietro disse.
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A gente costuma contar histórias ao longo dos dias, mas vira e mexe alguém puxa uma gaita ás vezes até um bandolim e a gente toca uma ou duas canções.

A noite também rola uma jogatina de dados, por que você não vem junto?
Guardou aquela informação e seguiu conversando amenidades com os outros ali, ria com eles e tentava manter um clima de camaradagem com aqueles homens. Conforme os dias passavam tentava ajudá-los em seus trabalhos com o que era possível e aproveitava da boa relação que tinha com eles. Nos finais de tarde via o sol se pondo no horizonte pouco antes de acompanhar Maya a distância em seus treinos, admirava o fato dela se esforçar tanto.

No terceiro dia notou um dos marujos a observando em um desses, momentos, suspirou e foi até ele, pegando ele pelo o braço.

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A princípio ele se assustou, mas as palavras de Hoenheinn eram bem amistosas apesar de um pouco provocativas.

Hoenheinn
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Oh, seu bunda mole. Você parece estar meio atoa aqui, bora me ajudar a praticar um pouco que eu tô me sentindo os músculos pedindo exercício.

No final do quarto dia resolveu que seria uma boa ideia de ir aproveitar as rodas de jogo que rolavam no navio. Os marujos eram bem animados ali e notou que uma garrafa de bebida passava de mão em mão, aproveitou e deu uma golada ele próprio e resolveu que não era má ideia participar da jogatina.

Nas suas duas primeiras partidas lucrou um pouco, se sentia sortudo e resolveu apostar o dobro em um terceiro jogo e logo perdeu mais do que havia ganho. Isto foi o suficiente para desanimar e não querer mais tanto, apenas aproveitava o momento junto dos outros, finalmente perguntou em uma roda de conversa que rolava ali.
Hoenheinn
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O que pegou que o pessoal aqui estava incomodado com o capitão quando a gente chegou aqui?
Um dos marujos mais bêbado que os outros olhou para ele e respondeu falando alto e quase cuspindo.
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Quando eu subi aqui para trabalhar para esta companhia o povo me dizia que era trampo bom, trampo bem pago, trampo digno… balela pura, o capitão paga abaixo do preço do mercado.

É foda, a gente vem aqui, passa dias no mar sem ver família para ser um fodido e mal pago.
Os outros marujos ali concordavam com o que ele falavam, uns resmungando, outros disparando xingamentos e outros falando variações do que este mesmo havia dito. Foi quando ouviu uma voz feminina logo atrás de si e reconheceu a marinheira que antes havia relhado com Legba.
Sally
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É por isto que não consigo aceitar o que aquele lambe botas do Legba estava falando.

O Capitão já paga abaixo do que a Companhia do Mar do Dragão-Rei geralmente oferece, não bastasse isto ele ainda se nega a contratar aventureiros para cortar custos, mesmo que estas águas que estamos agora sejam perigosas.
A mulher então bufou e cruzou os braços antes de continuar.
Sally
Imagem
Ele só resolveu contratar vocês desta vez por que da ultima vez fomos atacados por piratas e perdemos quase tudo e pasme você o capitão não fez nada para impedir.

Ninguém aqui, claro, recebendo o que recebe ia se arriscar a lutar contra os piratas, então a gente só se entregou e torceu para aquele maluco do Ridley Godwin cortasse a garganta de um só pela a diversão.

Ao menos eles não usaram os canhões em nós...
Hoenheinn
Imagem
Isto explica muita coisa… bem, se estes piratas voltarem a nos abordar eles vão se arrepender desta vez e bem, acho que tenho um novo problema para resolver quando finalmente chegarmos a Samburdia.
Deu um sorriso para a moça e depois para o restante dos marujos e concluiu.
Hoenheinn
Imagem
Vou fazer o possível que tiver a minha disposição para melhorar está budega aqui.
E finalizou dando um novo gole daquela bebida vagabunda que todos bebiam, ouviu o berro de aprovação de todos.

No outro dia ficou feliz de ter bebido pouco comparado com alguns dos marujos que pareciam estar de ressaca, e ficou mais feliz ainda quando ouviu o grito do marujo que anunciava a chegada de problemas.

O peito de Hoenheinn se enchia de ânimo, estava ali a oportunidade que tanto queria para demonstrar seu heroísmo depois de tanto tempo procurando ela finalmente vinha de bom grado no horizonte.

Ouviu que aqueles eram os mesmos piratas que haviam atacado antes e era tudo o que precisava saber naquele momento. Viu receio na voz do capitão e jogando a escolha para os aventureiros e aquilo o irritou. Apesar disto tentava esconder um sorriso de ânimo.

Olhou ao redor e Pietro já parecia animado por arrumar um jeito de aumentar os ganhos com aquele trabalho. Maya concordava com o vaqueiro.

Olhou para o capitão e prontamente disse.
Hoenheinn
Imagem
Ora, você é o capitão deste navio esta decisão deveria ser sua.
E antes que alguém pudesse responder qualquer coisa já apontava para o navio emendando um plano.
Hoenheinn
Imagem
Se eles estão armando uma arapuca para nós, vamos preparar outra para eles. Aqueles são os piratas que atacaram este navio antes e esperam um saque fácil, vamos surpreendê-los com nossa presença aqui.

Deixem que nos saltem a bordo, e então quando estiverem confiantes nós os atacamos, vamos dar o gosto de dar o troco para a tripulação e levar esses marujos de água doce a justiça.
Falava com ânimo, quase começando um novo discurso tentando fazer com que todos ficassem tão empolgados quanto ele próprio estava.
Obter Informação (9) + 4 (carisma) = 13. 2 TO perdidos.
Me pague um café pelo o PicPay: @RoenMidnight
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LordVrikolaka
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por LordVrikolaka » 31 Mar 2018, 09:56

Úrsula parecia nitidamente constrangida com os comentários. E notava que os três estavam olhando e fazendo novamente tais comentários nojentos.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
A moça pelo menos se sensibilizou com aquilo, e pediu para tomar cuidado. Ela balançou a cabeça em confirmação e respondeu por fim, dessa ver para o Sr. Tak e para a Srta. Maya, apesar de ser nítido o incômodo dela.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Bom... Eu preciso de descanso para conseguir me conectar com a minha deusa... Então... se tiver algo que eu possa fazer que não exija algo que eu possa ter problemas para me conectar à Deusa, eu posso fazer sem problema... Eu normalmente rezo à meia-noite, então posso ficar até essa hora acordada...
Disse, querendo ser útil. Não era isso o que sempre desejava? Ser útil às pessoas, mostrar que não é porque Tenebra é uma deusa tida como má, que nem ela e especialmente seus devotos eram inerentemente maus? Ela até queria ajudar a tripulação, mas aqueles três marujos realmente desencorajaram-na...

A jovem foi chamada para aquela refeição, e simplesmente não conseguia olhar nos olhos de nenhum dos dois. Estava bastante incomodada, e estava nítido aquilo. Comeu relativamente pouco (embora isso não fosse tão estranho; sua estatura e seu peso pareciam coerentes com o quanto comia...), mas menos do que o normal para ela, algo obviamente impossível deles saberem... Ela comeu bem quieta (apesar de mostrar que estava acostumada a usar tantos tipos de talheres diferenciados...), sem interagir muito a menos que sua atenção fosse chamada.

Os dias foram passando pelo navio, e sua rotina era bem simples: passava boa parte do dia rezando e observando os trabalhos dos marujos, talvez até mesmo ajudando com alguma coisinha bem menor (como chamar alguém, se necessário), e à meia-noite, a jovem saía do quarto do navio, para olhar para o céu noturno e fazer as suas orações. Sentia os olhares gentis da sua Deusa tocando-a. Mas uma presença a assustou na terceira noite. Após suas orações, estava pronta para voltar pro quarto quando um dos marujos a abordou. Por sorte, nenhum dos que olhavam-na com olhares lascivos.
Marujo escreveu:Imagem
...Estranho 'vê uma criança por aqui. É filha de algum dos mercadores?
Úrsula olhou sem entender, mas mostrou um sorriso nervoso. Afinal de contas, era tarde para a maior parte da tripulação (incluindo os aventureiros), e Úrsula sabia melhor que ninguém que pessoas maldosas podiam usar a escuridão trazida pela Deusa para cometer atos vis. Mas não parecia o caso.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Ahm... Não, apesar que eu conheço os dois mercadores Ahlenianos. Eu vim com eles, mas não tenho qualquer laço sanguíneo com eles... Eles só estão vendendo a mercadoria da minha família...
Respondeu a jovem gentilmente. O marujo mais idoso olhou sério, mas aquiesceu. E disse logo em seguida.
Marujo escreveu:Imagem
Tá... Só uma dica: não anda por aí à noite não. É perigoso 'prá você, 'fia.
Ele disse, mostrando preocupação com ela. Mas a jovem mostrou um sorriso, agora um pouco menos nervoso, e replicou.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Ah... Não se preocupe. Eu tenho plena ciência dos perigos que pode me oferecer. Apesar que também não posso deixar de prestar homenagens e minhas orações à Deusa.
Agradeço à preocupação, de verdade, mas também não posso deixar que algumas pessoas que realizam atos vis me impedirem de rezar.

O homem pareceu confuso, e olhou sério pra jovem.
Marujo escreveu:Imagem
Clériga? 'Daquela deusa má? ...Não achei que uma criança fosse se devotar à uma deusa dessas...
A jovem já esperava tal tipo de reação. Ela sorriu, e se apoiou no parapeito olhando para o céu noturno e estrelado que mal oferecia iluminação, mas mostrava um sorriso inspirado.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Ah, ela não é má. Eu sei que há pessoas que usam da escuridão para fazer coisas ruins para as pessoas. Mas também existem pessoas que a utilizam para fazer o bem, e cuidar das pessoas. A escuridão não é ruim, e tampouco a noite, então não devemos julgá-la apenas pelos atos ruins que algumas pessoas fazem. O que devemos fazer é respeitar que ela pode ser perigosa, e que pode ser usada para o mal, mas que também trás alento, frescor e beleza ao mundo, e que pode ser usada para proteger alguém.
Úrsula respondeu, mostrando um sorriso agora para o marujo, que aquiesceu, parecendo um tanto confuso.
Marujo escreveu:Imagem
...'Tá legal... Bom, vou parar de te encher, e 'voltá a 'trabaiá. Se 'quisé 'comê com a gente um dia aí, eu fico de olho 'pra nenhum engraçadinho vir te 'enchê. Boa sorte...
O homem falou, estendendo suas últimas palavras pra saber o nome dela, que ela prontamente respondeu.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Úrsula. Boa noite, muito prazer, e agradeço mesmo sua preocupação, e seu convite. Eu vou aceitar.
Disse já se despedindo do senhor e indo para seu quarto dormir, acordando alguém caso fosse o caso para fazer a sua "vigília noturna".
Naquela tarde, a presença dela se fez, comendo com a tripulação dessa vez. Avisou o capitão, e especialmente Maya (e também tentar tranquilizá-la um pouco, falando que tentaria ficar mais próxima do Paladino, a quem ela achava que seria o melhor para tranquilizar alguém) Ainda tinha um daqueles nojentos olhando para ela, aquele dentuço nojento, mas todos pareciam até apreciar um pouco a presença dela. O senhor, que ela não sabia o nome, estava ali perto, assim como o vaqueiro que parecia extremamente interessado em manter vigília sobre ela, e tendo todo o cuidado do mundo (e ela não sabia porque), e o paladino, então tentava ficar próximo dos três. Ela era extremamente educada, e respondia perguntas que podiam fazer a ela, e tentava sempre mostrar que era acessível e queria mostrar que era gentil e queria só ajudá-los. Só que, é claro, tentava ignorar completamente aquele canalha. Notou que não era a tripulação toda, e isso deixou-a com o coração mais aquecido.

Adicionou algo à sua rotina: passou a escrutinar o navio, cuidando para melhorar a salubridade do navio. Queria ajudar a evitar doenças nos tripulantes, quer seja estancando algum ferimento que pudesse ter sido causado por um acidente de trabalho, ou aconselhando práticas melhores, caso fosse necessário e cabível (obviamente, tentaria não ser incômoda, oferecendo suas dicas ou sua ajuda só quando expressamente permitido pela pessoa). Apesar disso, mantinha as suas outras obrigações - tentaria dividir os dias entre a cúpula de mercadores e aventureiros, ora com a tripulação. Afinal de contas, ela queria agradar a todos. Era o que Tenebra queria não é mesmo?

Mas o quinto dia... parecia... ter um evento fora da rotina.
Teste de Carisma. Bônus de +4.
Vrikolaka - 1d20+4: [7] +4 = (11).
Falha, eles não pareceram notá-la.
Aquele burburinho ao verem o navio pirata deixou-a apreensiva, e era claro isso. Ela não era bem uma aventureira, e aquilo tinha muito cara de uma armadilha. Mas o que fazer? A jovem sabia que já tinham dois, a Maya e aquele cara de chapéu, louquinhos para pular no navio e serem "aventureiros"... Ela suspirou.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
...Eu acho perigoso demais. É bem possível que seja uma armadilha, e isso me preocupa bastante. Eu... não acho que viriam entretanto, a menos que seja uma armadilha bem elaborada, já que o navio está a deriva... Se tiver algo, só se for uma armadilha elaborada... Ou algo pior ali dentro... Precisamos estar muito atentos, mas eu não estou gostando nada disso... Mas... eu posso ajudar, no que eu puder.
A jovem disse, tentando por seus pensamentos em prática. Ela sabia que podia ser uma armadilha, mas sabia que eles iriam uma hora tentar pilhar o navio. E aquilo realmente deixava-a com medo. Mas sabia que estavam contando com ela, e era seu dever como devota das Trevas em proteger aquela tripulação. Seria um meio até de mostrar que Tenebra não se resumia a apenas devotos maus...
Editado pela última vez por LordVrikolaka em 31 Mar 2018, 23:02, em um total de 1 vez.

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Lucena
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Lucena » 31 Mar 2018, 11:14

Tak escreveu:Imagem
- Não tem pra quê. Não sinto dor agora. Talvez depois.
Disse Tak aos mercadores halfling, lhes dando a impressão que não tinha entendido direito o objetivo das ervas. O vardak os viu mais tarde, na cabine do capitão, quando foi se unir a ele para a refeição. Mas ao ver a mesa um pãnico começou a subir no seu peito. Ele não sabia como iria comer aquilo que estava na mesa, muito menos como usar os utensílios que os outros usavam.
Tak escreveu:Imagem
- Eu não posso. Perdão. Não posso comer com vocês.
E desse para comer com os marujos. Sinceramente não era muito melhor, mas pelo menos não gastaria suas rações. Ele simplesmente foi para um canto e bebeu seu caldo, deixando qualquer pedaço de pele ou osso para trás e comendo qualquer pedaço de carne pequeno o bastante. E os dias seguiram assim, ele vigiava na noite mais profunda, depois que todos estavam dormindo e descansava depois do almoço, quando o sol era mais forte. Tal arranjamento o deixava longe de todos os outros da tripulação, menos talvez de Lady. Um dia ele ainda a perguntaria a que divindade servia.

Até que chegou o dia em que a comoção no convés foi tão grande que o tirou de seu sono. Ele não entendeu muito além que inimigo se aproximavam, então tratou de se preparar para o combate e vestir suas lentes para que o sol não o ferisse.
Everything Lives!

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[quote="Pelleas"][img]https://i.imgur.com/qkSeY1p.png[/img]
 [/quote]

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Mælstrøm
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Mælstrøm » 31 Mar 2018, 16:22

Parte 1: Uma viagem pela Enseada dos Selakos

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Azgher se escondia nas nuvens no horizonte preparado para desaparecer em poucos minutos e dar lugar à Tenebra. Um sopro forte agitava o mar tornando necessário certos cuidados para a abordagem. Angra Azul era um veleiro grande que dependia de suas três velas quadrangulares para singrar pelo mar, então não foi difícil manejá-lo até o drácar à deriva. A embarcação dos piratas era comprida, com a proa alongada de uma criatura cheia de dentes e um prolongamento na popa como se fosse uma cauda. Seu mastro parecia intacto, mas os remos estavam relaxados, com alguns faltando em diversos lugares.

O capitão franziu as sobrancelhas quando Hoenheinn o intimou a ele mesmo tomar sua decisão, mas Maya e Pietro já estavam preparados para a abordagem. Úrsula, a princípio, parecia contrária a ideia que podia terminar em uma armadilha. Mas, no fim, decidiu que seria útil no que fosse decidido. Tak, por outro lado, não pensava em outra alternativa a não ser se preparar para o combate a exemplo da cavaleira. Sally mostrava os dentes radiante e piscou o olho para Pietro. Ela mesma pegou uma cimitarra e subiu em uma corda. Outros três marujos pegaram em armas também, os mesmos detestáveis marujos de olhares desrespeitosos. Apesar disso, eles estavam concentrados, com sorrisos de canto de boca e olhares matreiros e focados no navio pirata. A ideia de ir à forra os deixavam animados. Além disso, Úrsula e Maya haviam notado como eles haviam evitado o contato com as duas durante aqueles dias.

Legba, o imediato, não iria abordar, mas falou com o paladino.
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Tenha cuidado, senhor.
Disse genuinamente preocupado com Hoenheinn.

Togo teu um tapinha na coxa de Tak.
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Se conseguir achar algum fumo roubado, senhor Tak, por favor traga pra nós. "Ladrão que rouba ladrão, está perdoado diante dos olhos de Khalmyr".
Pediu cheio de sorrisos.

Incentivado por outros tripulantes, o velho Esteban se aproximou de Úrsula com as mãos segurando as bordas da própria camisa.
Imagem
Menina Úrsula, num entendo muito de religião, mas o Capitão Jor é bom pra quem é bom cum ele. Vô pedir pra ele cuidá de você.
E arremessou uma moeda no mar. Parecia ser uma demonstração de afeto de algumas pessoas nas quais ela ajudara nos dias anteriores.

Não demorou muito para Angra Azul se mover em direção ao drácar. O vento forte foi manobrado com eficiência e em poucos minutos estavam navegando em direção ao desconhecido. Os três marujos com cimitarras e adagas em mãos beijavam medalhas presas no pescoço. Sally não tinha mais o belo sorriso nos lábios, comprimindo os olhos encarando a frente. Os aventureiros estavam na amurada esperando a proximidade. O silêncio só era perturbado com as águas quebrando no casco do navio e na ventania aguda. Fora os marujos que abordariam e os que cuidavam de manejar o veleiro, os demais esperavam logo atrás dos aventureiros segurando a respiração.

Lentamente os cascos se chocaram e Sally deu o primeiro salto da intrincada rede de cordas. Pousou sem nenhum estardalhaço. Os demais três marujos saltaram em seguida pulando simplesmente a amurada. Era um salto fácil pra quem era acostumado à vida no mar. Sem muito esforço, Hoenheinn e Maya saltaram para o outro lado. Tak agarrou-se nas cordas e fez seu salto também em seguida. Pietro buscou seu cavalo e deu carona a Úrsula para fazerem a travessia tranquila.

O convés do drácar estava vazio à parca luminosidade da noite. Tak sentiu suas narinas serem invadidas por um cheiro ferroso de sangue, mas foi Úrsula quem viu o primeiro pirata.
Imagem
...
Silencioso, um morto-vivo. Um zumbi, para ser mais exato. Sua pele parecia borrachuda, gasta e seus olhos eram cadavérico. Na altura das costelas havia um buraco horrendo onde deveriam estar seus órgãos internos. Úrsula identificou como as mordidas de alguma coisa...

Um dos marujos acendeu uma tocha e logo todos puderam ver o cadáver ambulante se levantar do lado de um barril virado e cambalear em direção aos aventureiros. Não muito distante, outros começaram a se levantar de lugares aleatórios. Todos apresentavam a pele enrugada, rasgada, borrachuda e apresentavam buracos grotescos na altura do estômago e costelas.

Imagem
Iniciativa

Pietro
Maya
Sally
Tak
Finn
Úrsula, Hoenheinn
Piratas mortos
Trevor
Jason
Dados dos Personagens
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 23 PA: 1 PE: 3 CA: 15 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Normal
Imagem - Lady Úrsula Angelica de Morel <> PV: 17 PA: 3 PM: 6/0 CA: 10 <> Luz do Dia: 1 <> Canalizar Energia Positiva: 5 <> Magias preparadas: Bênção, bênção, bom fruto, proteção contra o mal, santuário, santuário <> Condição: Normal
Imagem - Tak <> PV: 22 PA: 1 CA: 17 <> Patriota: 2 <> Moldar Rocha 1 <> Condição: Normal
Imagem - Maya Pinnend <> PV: 22 PA: 1 PE: 3 CA: 13 <> Patriota: 2 <> Desafio: 3 <> Pirueta de Nimb: não usado <> Condição: Normal
Imagem - Pietro Silverstone <> PV: 13 PA: 1 PM: 5/0 CA: 14 <> Bagual: CA: 15 PV: 35 <> Amaldiçoado: - <> Magias preparadas: Detectar portas secretas, armadura arcana, toque chocante, mísseis mágicos, mísseis mágicos <> Cápsula carregada: Bala de força <> Condição: Normal

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Aldenor
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Aldenor » 31 Mar 2018, 22:31

Pietro beijava sua Mexares preparando uma cápsula mágica na agulha. Com um assovio chamava Bagual para o convés superior. Assim que seu garanhão chegou na superfície, o jovem pistoleiro acariciou sua crina e lhe disse algumas coisas no ouvido. Estava preparando o espírito lutador de seu "guarda costas" para o que quer que fosse. Subiu em sua sela com o movimento mais natural do mundo e agora ambos eram um só.

O silêncio imperava. Dava pra sentir a respiração pesada e a ansiedade de todo mundo. Mas Pietro mantinha-se firme e calmo, com a mão sobre seu irmão-cavalo. Lentamente os dois navios se encostaram, num baque inesperadamente suave. Bagual balançou a cabeça incomodado, pois o chão nunca estava firme para fixar suas patas. Era agora preciso atravessar as amuradas de ambas embarcações, o que seria bem fácil para um garanhão de Namalkah.

Pietro olhou para Úrsula e notou que a menina era um palito de tão magra e frágil. Sem dizer nenhuma palavra, esticou sua mão para ela subir. A menina, então, subiu e foi colocada à sua frente. Seus ombros encolhidos, seus cabelos absurdamente negros à frente. Pietro sentiu um cheiro agradável, bem diferente do que era de se esperar de uma sacerdotisa das trevas... Sempre fora ensinado a respeitar as devotas da deusa que era a esposa do justo Khalmyr.

Fazendo um som com a boca, Bagual atendeu o comando e saltou sem nenhuma dificuldade, embora fazendo algum barulho. Pietro estreitou os olhos e via pouca coisa, apenas sombras na penumbra da noite recém chegada. Porém, quando um dos marujos acendeu uma tocha, conseguiu constatar o perigo. Os piratas apresentavam a pele cadavérica, morta e aquele caminhar bamboleante típico de quem já morreu e esqueceu de deitar.
Pietro
Imagem
Barbaridade... taí algo que tu não vê todo dia. Guria, se puderes descer de Bagual...
Disse sacando sua pistola do coldre de dentro de seu sobretudo, dando outro beijo nela.
Pietro
Imagem
Atire primeiro, pergunte depois.
Um estampido como uma explosão de pólvora e um projétil energético se projetou até um dos piratas caquéticos.
Ação de Pietro
Movimento: saca a arma.
Padrão: uso bala de força a menos de 9m. Ataque 22, acerto. Dano 8 no zumbi em j 4.
Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem
Imagem Imagem

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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por jamilkender » 01 Abr 2018, 11:35

O capitão fora convencido rapidamente; Maya terminou de juntar seu pequeno arsenal e fitou o horizonte e o drácar inimigo, onde mostraria pela primeira vez suas habilidades de combate para seus novos companheiros.

Apreensão.

Finalmente próximos ao barco, alguns saltaram pelo cordame, outros em saltos magníficos de um convés a outro -- Maya ficou impressionada com o garbo e elegância do cavalo de Pietro. Talvez ele fosse mesmo um legítimo garanhão de Namalkah... Mas sua distração logo foi suplantada pela dura realidade. Quando um dos marujos acendeu uma tocha, puderam ver um dos tripulantes do navio, se movendo com olhos vazios de vida, pele putrefata, pedaços faltando.

Maya suprimiu uma vontade de vomitar, forrando seu coração com aço. Teve vontade de usar um grito de guerra de Portsmouth, mas achando que teria pouca adesão, usou algo mais genérico:
Maya
Imagem
VAMOS CHUTAR BUNDA DE MORTO-VIVO GALERA! TIRA O PÉ DO CHÃO!!
Buscou então a cobertura do mastro principal, já imaginando que o ideal seria defender a clériga, para garantir que ela fizesse alguma coisa...
Maya
Imagem
Não sei se é sua especialidade, Úrsula, mas uma ajudinha divina pra mandar esse pessoal pro descanso eterno seria uma ótima!
Preparou então a alabarda para receber com violência o primeiro morto inquieto que se aproximasse demais, usando uma postura particularmente agressiva.
Ação de Maya
Livre: usa desafio (glória), Maya e seus aliados recebem +1 nas jogadas de ataque.
Movimento: se move até m4 (6 quadrados).
Livre: assume postura abraço da montanha.
Padrão: prepara para atacar a primeira criatura hostil que entre no alcance da alabarda.

Condicionais: se for atingida por um golpe corpo-a-corpo, usa aparar ataque corpo-a-corpo.
@alvarofritas / RPGista

BURP disse: Eu fico imaginando como é pra vocês ver um autor como o Jamil. Normalmente autores tem uma visão bem conservadora do próprio jogo - combo é apelão, não pode estragar meu jogo, o mestre tem que proibir. O Jamil ouve um combo desses e ainda manda "olha, faz isso e isso e tu ainda consegue fazer a mesma coisa três vezes por rodada." =P

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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Mælstrøm » 01 Abr 2018, 19:05

Parte 1: Uma viagem pela Enseada dos Selakos

Imagem

Os piratas mortos vagavam com um sopro de não-vida em seus corpos. Pietro antecipou-se a todos e começou a luta revelando sua pistola arcana. Sally ao seu lado abriu bem os olhos e deixou um sorriso selvagem tomar o rosto.
Imagem
Você tem muitas surpresas, não é mesmo?
Por mais que o pistoleiro tenha começado a luta, foi Maya quem o protocolara com sua declaração de guerra. Avançando com a leveza de sua armadura, armada com sua haste cortante, a cavaleira se posicionou na frente de Bagual com a arma em riste.

Sally rangeu os dentes antes de saltar sobre o pirata morto-vivo à sua frente. Sua cimitarra percorreu um arco talhando uma linha sangrenta no peito de seu adversário mudo. Ele não parou de se mover, como se nada tivesse acontecido, mas da abertura de sua pele putrefata escorria um sangue enegrecido e fedido.

Imagem
Iniciativa

Pietro
Maya
Sally
Tak <<< SUA VEZ
Finn
Úrsula, Hoenheinn
Piratas mortos
Trevor
Jason
Dados dos Personagens
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 23 PA: 1 PE: 3 CA: 15 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Glória [10 rodadas]; Normal
Imagem - Lady Úrsula Angelica de Morel <> PV: 17 PA: 3 PM: 6/0 CA: 10 <> Luz do Dia: 1 <> Canalizar Energia Positiva: 5 <> Magias preparadas: Bênção, bênção, bom fruto, proteção contra o mal, santuário, santuário <> Condição: Glória [10 rodadas]; Normal
Imagem - Tak <> PV: 22 PA: 1 CA: 17 <> Patriota: 2 <> Moldar Rocha 1 <> Condição: Glória [10 rodadas]; Normal
Imagem - Maya Pinnend <> PV: 22 PA: 1 PE: 3 CA: 13 <> Patriota: 2 <> Desafio: 3/2 <> Pirueta de Nimb: não usado <> Condição: Glória [10 rodadas]; Normal
Imagem - Pietro Silverstone <> PV: 13 PA: 1 PM: 5/0 CA: 14 <> Bagual: CA: 15 PV: 35 <> Amaldiçoado: não ativada <> Magias preparadas: Detectar portas secretas, armadura arcana, toque chocante, mísseis mágicos, mísseis mágicos <> Cápsula carregada: nenhuma <> Condição: Glória [10 rodadas]; Normal

Trancado

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