Ameaça Marinha

[RoenMidnight]

Respirava fundo para não cortar ninguém enquanto falava, tentando se manter neutro por um momento. Fechou os olhos e por dentro repetia um mantra."Valkaria me dê paciência, por que se me der força agora eu quebro todos eles." Sentiu a presença do garanhão de Namalkah ao seu lado e aquilo ao seu lado estranhamente o dava um pouco mais de confiança.

Quando finalmente aquele que se chamava Jason terminou de falar abriu os olhos e soltou um suspiro. Seus olhos verdes dançaram de um lado ao outro, encarando cada um dos homens ali presentes.

Hoenheinn

Vamos deixar algumas coisas claras aqui na frente de todos.
Não faz nem um dia eu disse que conversaria com o Capitão ou a própria companhia sobre a situação de vocês.

Apontou o dedo para Sally e depois ao outro marujo que tinha lembranças de estarem na roda de conversa da noite anterior.

Hoenheinn

Vocês dois me viram prometendo isto, eu estou mentindo?

Cruzou os braços novamente e encarou Trevor, mas o que falava era para toda a tripulação.

Hoenheinn

Vocês estão no direito de querer abandonar o trabalho, mas estamos em alto mar. Quando chegarmos em Samburdia vocês tem todo o direito de pegar o seu dinheiro e nunca mais pisar no Angra Azul. Agora, como vocês podem perceber estamos em uma situação delicada e acho que da para notar que estamos fazendo, humildade a parte, muito bem o nosso trabalho para resolver...

Apontou para Trevor e Jason.

Hoenheinn

...e eu não estou vendo nenhum de vocês dois fazendo qualquer coisa para ajudar a resolver, apenas atrapalhar. Se vocês tem medo de maldição, eu não os julgo, mas como disse no início desta viagem vocês comigo estão sob a proteção de Valkaria. Os deuses sorriem para nós e estão nos protegendo.

Se alguma maldição foi jogada em cima de nós, refaço a minha promessa aqui agora novamente. Eu farei o impossível para que cada um seja liberto dela, eu levo o barco todo nas costas se necessário até as portas da Grande Catedral de Valkaria e falo para o próprio Hennd Kalamar abençoar a todos.

Agora sentia a raiva crescendo de novo no coração ao se virar para Jason e novamente falar alto o suficiente como se falasse para a tripulação.

Hoenheinn

Olha aqui ô seu ingrato, ninguém falou para nenhum de vocês pular com nós até lá. Vocês foram de entrometidos. Seu amigo deveria era estar grato de não estar agora lambendo o saco de Ragnar no pós vida, aquela menina mostrou mais compaixão no coração do que eu mesmo tenho.

E aquilo provavelmente era verdade, mas estava com tanta raiva da ingratidão do marujo que já não conseguia mais suportar ouvir aquilo e não dar uma resposta mal educada a ele. Continuou.

Hoenheinn

Se ela curou com mais afinco um e apenas fez um curativo no outro ela deve ter seus motivos, provavelmente não é uma escolha de quem vive ou quem morre. Ela parece saber o que faz e esta dando o melhor de si para manter todos vivos.

Não era tão bom curandeiro, mas tinha sido instruído o mínimo sobre como era a atuação de um em um campo de batalha.

Hoenheinn

No momento que subimos nesta embarcação cada um de vocês teve tempo mais que o suficiente para protestar sobre a presença de cada um de nós aqui. Se nossos métodos não agradam a vocês ficaremos felizes de seguirmos esta viagem de braços cruzados daqui para frente...

Aquilo era claramente um blefe, mesmo que quisesse jamais ia conseguir ficar sem fazer nada em uma situação que precisasse de sua ajuda.

Hoenheinn

... Se você esta tão preocupado assim com a lei e como ela deve ser seguida e no que é "o certo ou o errado" eu sugiro fortemente começar a começar a olhar para dentro de você mesmo.

Se o seu problema é conosco eu estou aqui de cara limpa esperando você vir tirar satisfação comigo.

Falava aquelas ultimas palavras diretamente para o Jason. Naquela altura Hoenheinn já estava pronto para brigar, se alguém atacasse ele provavelmente atacaria de volta. Estava mais interessado em terminar aquela situação para ajudar aos outros aventureiros que estavam na outra embarcação.

Se voltou para toda a tripulação.

Hoenheinn

Repito, se vocês não estão felizes com o seu capitão e suas condições de trabalho eu estou me dispondo a conversar com o capitão e a companhia assim que chegarmos a Samburdia, represento vocês felizmente e faço disto meu objetivo. Não estou dizendo para tolerarem as atuais condições para sempre, mas apenas até o fim desta viagem, acredito que o Capitão vai estar disposto a ao menos tentar suavizar dentro do possível as condições na viagem atual.

Fez questão de olhar com o canto de olho para ver qual seria a expressão do capitão mediante a aquela afirmação.

Hoenheinn

Entretanto agora, preciso ajudar aos outros, cada segundo que passo aqui é um segundo a menos que estou resolvendo aquele problema ali.

Apontou com o dedão a embarcação logo atrás, esperava uma tréplica, um soco, uma espadada, um tiro, meia dúzia de palavrões... esperava tudo. O sangue ainda fervia e a adrenalina o impedia de sentir o vento frio que soprava pelo o convés do navio.

Diplomacia: (8) + 8 = 16

[Aldenor]

Pietro acariciou a crina de Bagual antes de mandá-lo de volta para Angra Azul. Já que Hoenheinn estava lá, Bagual teria um aliado.

Pietro

Te bandeia pra lá. Fiques tranquilo, não ataque ninguém a não ser que tentem te atacar. Ou ao capitão. Lembra-te que dependemos do frouxo para o nosso soldo. Agora vou dar uma aumentada no montante.

E deu um tapa no lombo do garanhão antes dele saltar para o outro lado. Descendo a escada, Pietro notou como os degraus estavam escorregadios. Talvez o navio estivesse afundando lentamente... Era melhor se apressar nas vistas. Tak havia dito que tinha mais mortos andantes no interior da popa, então podiam estar em perigo.

Sozinho, Pietro torcia para não encontrar nenhuma ameaça óbvia. Talvez fosse tolo por escolher este caminho, mas para falar a verdade ele sempre fora solitário.

O chão estava ensaboado. Água do mar era salgada e mais escorregadia do que aquela dos rios nos quais estava acostumado. Andando um passo de cada vez, fazendo sua bota aos poucos encharcar, Pietro decidiu sacar sua pistola arcana, Mexares e encaixar uma cápsula mágica no tambor.

Pietro

...

Silencioso, andou até a mesa e tentou ler o que tinha escrito nos papeis à mostra e no livro aberto.

Ação de Pietro
Movimento: prepara detectar portas secretas.
Movimento: move até c-2

[LordVrikolaka]

Úrsula notou o que estava havendo. O lugar estava bastante traiçoeiro, e haviam o dobro de mortos-vivos do que haviam os que desceram. Cadê o paladino e o moço do cavalo e... arma de fogo mágica? Ela suspirou. Mas viu-se cercada por eles. E temeu pela sua vida. Mas notou que eles estavam com um pouco de dificuldade. Ela se encolheu. Talvez tivesse que abusar um pouquinho da boa vontade da Mãe... E começou a repetir em sucessão.

Mãe, traga luz para os que não enxergam sob a sua escuridão!

Ela disse, fazendo quatro pequenas esferas de luz, e posicionando-as cada uma delas em um canto da sala, para iluminar perfeitamente o lugar. Mas continuou, fazendo uma nova oração.

E mãe, feche o corpo da sua filha, cubra-me com seu manto sagrado!

Disse, emanando uma energia poderosa de dentro dela, e súbita. Aquilo certamente protegeria a moça contra qualquer investida. Afinal, em um confronto de seis contra três, ela teria que se proteger de algum jeito...

Gasto um ponto de ação para uma ação adicional.
Ação Padrão: casto Globos de Luz, posiciono eles em a1, a6, h1, h6.
Ação Padrão: casto Santuário. CD 16 de Vontade para eles me atacarem.

[jamilkender]

Restabelecida, Maya desceu a escotilha acompanhada de Tak, à frente, e Úrsula, atrás. Úrsula aliás, parecia ser uma boa garota. Ia ser difícil conversar com ela sobre essa crença maligna que ela parecia professar.

Quando finalmente chegaram lá embaixo, Tak avisou:

Tak

— Erro meu. São seis.

Maya revirou os olhos. Não estava vendo os zumbis muito bem, até que contrário ao que ela podia imaginar, Úrsula lançou um milagre divino de luz, iluminando o compartimento escuro. Maya não hesitou; firmou os pés bem separados no chão encharcado que balançava muito mais, e aplicou um golpe contra o zumbi à sua frente, não sem antes proferir mais um grito de guerra (também para tentar chamar atenção dos colegas que os deixaram para trás):

Maya

— POR PÁTRIA E GLÓRIA! HOEN! PIETRO! ÀS ARMAS, ÀS ARMAS!

Ação de Maya

Livre: ativa a postura abraço da montanha, +2 nos ataques, -2 na CA
Livre: ativa o desafio glória, +1 nos ataques para ela mesma, Tak e Úrsula.
Padrão: ataca o zumbi em a5 com 27, dano 19 (corte).

Condicionais: se for atingida por um ataque corpo-a-corpo, gasta 1 PE e usa aparar ataque corpo-a-corpo.

[Mælstrøm]

Parte 1: Uma viagem pela Enseada dos Selakos



Bagual e Hoenheinn estavam no meio de um círculo de pessoas. Enquanto falava, alguns marujos abaixavam ou balançavam as cabeças. O garanhão de Namalkah as vezes fazia seu casco se fazer ouvido quando algum burburinho começava durante a explanação do paladino. O capitão e o imediato permaneciam em silêncio esperando a longa explicação e argumentação terminarem. Quando foram encarados, o capitão desviou o olhar. Um silêncio profundo se estendeu após Hoenheinn ter se exacerbado e demonstrado alguma raiva.

O que o Roenráin disse é verdade. Ele nos garantiu que estamos bem e eu confio no deus dele. Capitão Jor confia no deus dele. Em Sambúrdia a gente resolve os problemas. O capitão já me disse que vai ouvir a gente.

N-na verdade é deusa. Valkaria. E o Oceano não liga muito para...

Sua voz foi abafada pelo burburinho que se sucedeu. Os marujos agora debatiam entre si, vozes ecoando em cacofonia. Mas Jason e Finn se sobressaíram depois de um momento calados.

Você fala de conversar com o capitão depois de chegar em Sambúrdia. Não queremos isso, queremos resolver isso agora.

Disse para o imediato e para o paladino.

Como podemos confiar em você? Como podemos confiar que aquela menina não fez um trabalho bruxo contra a gente? Sua palavra não vale muito, você não conhece ela direito e a gente não conhece você.

Jason deu um passo no meio do espaço circular onde Hoenheinn estava. Bagual cascou o piso mais uma vez com sua proximidade, mas não acuou o marujo.

Eu tenho um problema sim com você. Se acha o amigão de todo mundo, mas não passa de um mercenário. Quando receber seu ouro vai se vagabundear em outro lugar e nossas vidas aqui continuarão no mar. Não venha com essa não, "camarada".

Após um grito de guerra — que pode ser ouvido por todo o convés pirada— um pirata desmorto teve a cabeça partida em duas pela lâmina cortante da alabarda de Maya. Dois mortos-vivos já estavam feridos pelas garras atrozes de Tak e avançaram sobre ele aplicando duas pancadas. Uma delas resvalou em seu peito peludo causando uma dor moderada, mas o segundo acertou em cheio seu focinho enchendo os olhos de lágrimas.

Tak é atingido duas vezes e sofre 10 de dano.

Dois cambaleantes zumbis se aproximaram de Úrsula. Sua aura mágica forçava um salvo-conduto na batalha, onde era necessário força de vontade para atacá-la. Um dos zumbis chegou a erguer o punho fechado, mas subitamente perdeu seu interesse. Seus olhos vermelhos moveram-se para outro alvo. Mas o outro ao seu lado não pareceu ter sido afetado e lhe desferiu um soco dolorido no ombro.

Úrsula é atingida pelo zumbi em E-5 e sofre 3 de dano.

Iniciativa

Tak 21 <<< SUA VEZ
Maya 6
Úrsula 3
Piratas zumbis

A cada passo a água se espalhava, o navio balançava. Pietro carregava mais uma de suas cápsulas mágicas na pistola, mas dessa vez pensando em um feitiço nada bélico, mas sim investigativo. Súbito, ouviu um grito abafado de Maya não muito longe dali, atravessando a parede de madeira.

Os pergaminhos espalhados não tinham letras muito fáceis de se identificar com uma rápida olhada. Já o livro aberto era mais fácil. Era o diário de bordo do antigo capitão. Seu nome é Francis Callistia.

• "29/03/1410
  A captura do embusteiro foi deveras desagradável. Sinto que o cheiro nunca mais sairá de meus aposentos.
  A peleja, pelo menos, agradou os rapazes depois de tantos dias pela enseada. Deixo registrado a inabilidade apenas
  do meu funcionário Billy Perna-Torta, que deveria ter seu nome alterado para Billy Mão-de-Alface."
  
  (...)
  
  "02/04/1410
  Não tenho encontrado tempo para registros mais. Os ataques estão cada vez mais frequentes e muitos rapazes já foram jogados
  ao mar. Precisamos encontrar terra firme, mas por alguma maldição dos deuses não estamos conseguindo. A bússola está quebrada,
  inútil, ou os rapazes estão mesmo com tanto medo que não conseguem entendê-la direito. Malditos embusteiros fedidos!"

O último registro do diário era de doze dias atrás. A pouca iluminação do lugar o impedia de ver mais detalhes da mesa ou dos cantos. As sombras podiam ocultar uma série de mistérios...

Dados dos Personagens
- Hoenheinn Mitternach <> PV: 23 PA: 1 PE: 3 CA: 15 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Normal
- Lady Úrsula Angelica de Morel <> PV: 17/14 PA: 2 PM: 6/0 CA: 10 <> Luz do Dia: 1 <> Canalizar Energia Positiva: 5/4 <> Magias preparadas: Bênção, bênção, bom fruto, proteção contra o mal, santuário, santuário <> Condição: Normal
- Tak <> PV: 22/12 PA: 1 CA: 17 <> Patriota: 2 <> Moldar Rocha 1 <> Condição: Normal
- Maya Pinnend <> PV: 22 PA: 0 PE: 3/2 CA: 13/11 <> Patriota: 2 <> Desafio: 3/2 <> Pirueta de Nimb: não usado <> Condição: Postura Abraço da Montanha; Normal
- Pietro Silverstone <> PV: 13 PA: 1 PM: 5/0 CA: 14 <> Bagual: CA: 15 PV: 35 <> Amaldiçoado: não ativada <> Magias preparadas: Detectar portas secretas, armadura arcana, toque chocante, mísseis mágicos, mísseis mágicos <> Cápsula carregada: detectar portas secretas <> Condição: Normal

[RoenMidnight]

Hoenheinn não deu muita atenção para o erro do imediato sobre o gênero de sua deusa. Não, tinha algo bem mais interessante ali a frente. Sua atenção estava totalmente voltada para os baderneiros.

Finn

Você fala de conversar com o capitão depois de chegar em Sambúrdia. Não queremos isso, queremos resolver isso agora.

Hoenheinn

Eu vou ter que repetir que agora não é hora? Vocês não poderiam arrumar confusão em um momento melhor? Poderia ter esperado até amanhã ou resolvermos o problema com aquele barco ali.

Começava a ficar levemente cansado daquilo foi quando...

Jason

Como podemos confiar em você? Como podemos confiar que aquela menina não fez um trabalho bruxo contra a gente? Sua palavra não vale muito, você não conhece ela direito e a gente não conhece você.

Hoenheinn

Existe uma diferença básica entre eu e você com relação a julgar pessoas, mas não devo explicações a alguém como você. Sou muitas coisas, mas mentiroso é algo que não sou se eu disse que vou fazer algo eu vou fazer este algo.

E então o homem deu um passo a frente e Hoen não conseguiu deixar de largar um sorriso com aquele ato, agora ele próprio já estava provocando mesmo.

Jason

Eu tenho um problema sim com você. Se acha o amigão de todo mundo, mas não passa de um mercenário. Quando receber seu ouro vai se vagabundear em outro lugar e nossas vidas aqui continuarão no mar. Não venha com essa não, "camarada".

Hoenheinn

É incrível. Como é que você faz para cada uma das palavras que saem de sua boca estarem erradas? Se você faz questão de ser antipático e me julga por tão pouco acho que só existe uma língua a qual você entende...

Levou sua mão até a bainha de sua espada, removeu a arma e a jogou para Legba sem tirar os olhos do homem a sua frente.

Hoenheinn

Um merdinha como você eu lido de mãos nuas. Primeiro as damas.

O marujo então saltou para cima do paladino com um soco facilmente telegrafável vindo de longe já preparando o golpe. Com um movimento rápido o loiro desviou o punho que vinha em direção ao seu queixo para o lado com seu braço esquerdo enquanto o direito se projetava para frente no intuito de agarrar o oponente.

Para a surpresa do paladino ele era mais rápido do que o esperado e aquele movimento que havia feito havia deixado ele completamente com a guarda exposta. Viu estrelas e sentiu seu nariz se partindo quando o punho de Jason acertou sua fronte, sentiu outro soco e por um momento pensou que iria cair. Trincou os dentes e logo o mundo parou de girar, o homem já preparava para dar outro soco mas recobrada sua consciência não passou de um mero resvalo em seu peito.

Seus olhos brilhavam com o fogo da raiva que sentia e avançou. O marujo parecia confiante por conta de seu golpe de sorte e aquilo havia feito sua guarda abaixar, o jovem então acertou um soco em seu abdomen que fez o homem se contorcer para a frente aquilo permitiu conectar um cruzado em seu queixo e finalmente joga-lo no chão do convés com um barulho seco.

Respirava profundamente pela a boca olhando para ele, esperando que levantasse. Quando viu que não ocorreria, levou um dedão ao nariz e sentiu a dor, apertou de lado e expeliu uma bolota de sangue. Olhou então para a tripulação e gritou.

Hoenheinn

Alguém mais pensa como ele sobre mim e os outros aventureiros? Vamos lá eu quero ouvir.

O sangue vermelho saia de seu nariz, mas seus olhos brilhavam com um verde vivo.

[Aldenor]

O grito de Maya atravessou a parede de madeira fazendo Pietro sentir o coração parar, a espinha gelar, e os pelos de seu braço eriçarem. Mas o grito morreu na garganta. Sua mão remanescia firme apesar do susto, pois para manejar uma arma mágica daquelas era preciso mesmo pulso firme. Seu dedo no gatilho mantinha-se incólume, controlado. Se disparasse ali podia desperdiçar uma boa oportunidade de encontrar alguma passagem secreta. Piratas eram como bandoleiros, só que ao invés de cavalos, usavam balsas de madeira e ao invés de atacar estradas, atacavam o mar. Bandoleiros escondiam seu saque nas planícies, montanhas ou cavernas. Piratas podiam ter lugares ocultos em seus navios. Por que não?

Pietro

Fiuuuuu...

Seu alívio era palpável. Dando de ombros e mais passos controlados olhou para a mesa. Pergaminhos com letras minúsculas demais. A luminosidade e o balançar do navio pirata não deixavam que entendesse prontamente. Mas o diário tinha coisas interessantes em letras maiores e mais rebuscadas. Era o diário de bordo do capitão...

Pietro

... Francis Callistia. Callistia. Hehehehehe...

Um nome frouxo para um pirata. Será que ele era temido? Será que a tripulação da Angra Azul realmente perdeu para esse biltre com nome de fracassado? Callistia era um reino ao norte de Namalkah que faz fez parte do Reino dos Cavalos. Mas eram muito diferentes em sua cultura. Os nobres eram empolados demais e o povo muito caipira, preguiçoso, adoravam passar dias e dias a beira de um rio pescando. Pietro nunca foi um homem preconceituoso, mas conhecera um ou dois callistianos para comprovar sua rudeza e falta de ambição com a vida.

Após ler a página final do diário do homem, decidiu pegá-lo. Virando-se de costas, Pietro olhou bem pela penumbra o resto do ambiente. Uma estante com livros, duas portas de um lado, uma porta do outro, na direção do grito de Maya.

Pietro

Pendurem pra mim, gurias.

Sussurrou enquanto levantava lentamente sua pistola para mirar em algum canto. Sabia que Tak e Maya eram fortes o suficiente para dar conta dos zumbis. Hoenheinn tinha Bagual para ajudá-lo. Todos estavam bem cobertos. Ele estava sozinho.

Apertou o gatilho.

Ação de Pietro
Movimento: pega o livro do capitão.
Padrão: conjura detectar portas secretas. A dispersão de 9m de raio afeta a sala inteira.

[Lucena]

- Um pouco mais...

Disse o vardak em cima da mesa, continuando a cortar os zumbis com suas garras.

Ataque em 2c: 22, dano 5. Ataque em 2e: 20, dano 5.

Vendo que os mortos agora atacavam a clériga, ele pula para o chão, por pouco não escorregando. E novamente usa suas garras atrozes.

Acrobacia para mover 13. Gasto 1PA. Ataque em e4: 16, dano 10. Ataque em e5: 22, dano 5.

- Mortos podres! Usam suas patas contra uma serva da Madrasta sua Mãe! Bom cargo o nosso de rasgar todos vocês!

[jamilkender]

Será que dariam conta sozinhos daqueles zumbis? Tak estava acertando seus golpes com aquelas garras grandonas e assustadoras — até parecia na imaginação de Maya que faziam "AAAGH" — e apesar da iluminação provinda pela clériga tivesse ajudado, Maya já não tinha certeza se ela serva de Tenebra (afinal de contas... clérigos de Tenebra nunca poderiam iluminar nada não é mesmo?). Ou talvez por iluminar a sala ela tivesse sofrido alguma punição, já que a proteção que havia pedido não parecia ter funcionado tanto?

Enquanto se distraía com esses pensamentos, tentou dar alguns passos para trás e para o lado, tentando colocar outro zumbi, ainda intocado pelas garras de Tak, no alcance da alabarda. Escorregou uma perna, abrindo um espacate, mas conseguiu apoiar a base da alabarda no chão e se reequilibrar.

Irritada, apenas desceu a lâmina com força, não se importando com um golpe belo ou preciso: o tempo corria.

Ação de Maya

Livre: teste de Acrobacia para se deslocar sem cair, resultado 10
Movimento se desloca para d4
Padrão: ataca o zumbi em b4 com 13 e Ataque Poderoso, dano 24 (corte).

Condicionais: se for atingida por um ataque corpo-a-corpo, gasta 1 PE e usa aparar ataque corpo-a-corpo.

[LordVrikolaka]

Úrsula colocou aquela barreira para si, iluminando o lugar bem o suficiente para que Maya e Tak lutassem sem problemas. Mas, ela não sabia se aquele morto-vivo que acertou seu ombro, e que fez ela gemer de dor foi um golpe de sorte dele. Ela não gostou nem um pouco daquilo. Mas ela estava presa àquela magia, não podia revidar os ataques. E os dois estavam com um pouco de dificuldade. Mas ela teria que fazer o certo. Canalizou sua essência divina novamente, para curar seus dois companheiros e a si mesma, com medo que os dois simplesmente não aguentassem o tranco daqueles mortos-vivos.

Tenebra, cuide de seus filhos, que lutam contra outros filhos descontrolados!

Disse, tentando emanar energia positiva. Mas talvez fosse uma área cheia de energia negativa, não sabia, mas sentiu a energia sair de forma extremamente débil...

Ação Padrão: usei Canalizar Energia Positiva para curar os três (Maya, Tak e Úrsula).
Vrikolaka - 1d8 = (1)
Curei 1 de vida... great :v