Ameaça Marinha

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Mælstrøm
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Mælstrøm » 04 Mai 2018, 14:32

Parte 1: Uma viagem pela Enseada dos Selakos

Hoenheinn e Pietro retornaram com Tak para o convés a tempo de ver a bela cerimônia realizada por Úrsula. A princípio os marujos fizeram resistência a acompanhar os ritos, mas quando um dos mais velhos apareceu no convés do navio pirata acompanhado por alguns outros, todos começaram a segui-lo.
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Tenebra, deusa da noite, das criaturas noturnas e mortos-vivos;
Peço a ti, que ouça sua filha mais nova, ouça-me implorar a ti;
Guarde as almas daqueles que foram transformados em seus filhos sem seu real desejo;
e leve-os como a mãe severa mas amorosa que é;
para o local que serão felizes;
junto com seus deuses.
Disse acompanhado pelos demais. Depois, a jovem samaritana beijou seu símbolo e prosseguiu o ritual fúnebre, levando a mensagem às almas dos que jaziam mortos que seus corpos não seriam profanados novamente. Sozinha, deixou uma moeda em cada um deles e, depois, os empurrou para fora do convés, onde os corpos cairiam para eternidade nos braços do Oceano. O marujo mais velho começou a chorar emocionado.

O capitão fez um gesto para todos retornarem à Angra Azul e foi obedecido sem muito alarde. Os marujos, em sua maioria, estavam abalados ou pelo menos reflexivos com as palavras da pequena samaritana. Os quatro "rebeldes", Finn, Trevor, Jason e Sally mantinham-se à distância, embora pudessem ouvir tudo que fosse falado no convés. Os halflings também estavam ali, com suas bochechas avantajadas pesadas, boca pendente, surpresos com tudo. Os mercadores ahlenianos, entretanto, falaram algo.
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O que fez foi muito bonito, senhorita Úrsula.
Mas Waldemar foi interrompido pelo suspiro desaprovador de Oswaldo ao seu lado.
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Bom, meus caros, e agora? O que fazer? O que descobriram no navio pirata?
Indagou o capitão, cheio de ansiedade.
Dados dos Personagens
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 23/10 (não letal) PA: 1 PE: 3 CA: 15 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Normal
Imagem - Lady Úrsula Angelica de Morel <> PV: 17/15 PA: 3 PM: 6/0 CA: 10 <> Luz do Dia: 1 <> Canalizar Energia Positiva: 5/2 <> Magias preparadas: Bênção, bênção, bom fruto, proteção contra o mal, santuário, santuário <> Condição: Normal
Imagem - Tak <> PV: 22/13 PA: 0 CA: 17 <> Patriota: 2 <> Moldar Rocha 1 <> Condição: Normal
Imagem - Maya Pinnend <> PV: 22/18 PA: 0 PE: 3 CA: 13 <> Patriota: 2/1 <> Desafio: 3/1 <> Pirueta de Nimb: não usado <> Condição: Normal
Imagem - Pietro Silverstone <> PV: 13 PA: 1 PM: 5/0 CA: 14 <> Bagual: CA: 15 PV: 35 <> Amaldiçoado: não ativada <> Magias preparadas: Detectar portas secretas, armadura arcana, toque chocante, mísseis mágicos, mísseis mágicos <> Cápsula carregada: mísseis mágicos <> Condição: Normal

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RoenMidnight
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por RoenMidnight » 08 Mai 2018, 00:43

Quando voltou ao convés observou em silêncio os ritos da pequena devota de Tenebra. Observou o ritual em silêncio e de maneira respeitosa, já havia ouvido pelo menos um bom punhado de histórias sobre os clérigos da noite e sabia da fama que muitos tinham de serem malignos. Entretanto, ao observar aquela cena, não precisava se incomodar em invocar o dom fornecido por sua deusa para identificar as inclinações daquela menina. Sorriu. Balançou em positivo com a cabeça observando todo o rito.

Voltando para o Angra Azul, Hoenheinn trazia consigo o que ele e Pietro haviam achado de útil na embarcação pirata. Nas costas vinha carregando o saco com o dinheiro encontrado. Vinha com um sorriso confiante no rosto, muito bobo até para falar a verdade.
Hoenheinn
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Segura ai capitão, que a gente já fala disto.
Saltou em cima de uma caixa e levantou os braços chamando a atenção da tripulação.
Hoenheinn
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HOHOHO!

Faz uma fila ai galera, que o Dia do Reencontro chegou mais cedo este ano.
Então enfiou a mão dentro do saco, pegou uma boa mãozada de moedas da bolsa e jogou para os marujos. Manteve um sorriso confiante e então continuou com o que falava.
Hoenheinn
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Esta é apenas uma parcela do que vocês merecem meus bons, uma compensação pelos prejuízos que tiveram até agora. O que é de direito lhes será dado no tempo certo.
Observava a reação dos marujos, iria entregar igualmente as moedas contidas ali entre cada um deles.
Me pague um café pelo o PicPay: @RoenMidnight
Grimório TRPG
=====Homebrew=====
Paladino Rework
Sectário do Crepúsculo

========================================================================================
PBF - Sangue e Desonra: Tsuru[TRPG]

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Aldenor
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Aldenor » 08 Mai 2018, 12:38

Pietro subiu as escadas com cuidado logo depois da criatura Tak e quando chegou ao convés do navio pirata, viu Úrsula sendo ajudada pelos marujos ao carregar os corpos de um lado e para o outro e a começar um ritual. Pietro parou para observar instintivamente e quase tomou um susto quando viu Bagual ali do lado.
Pietro
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Barbaridade... mas eu não te falei pra ficares com o capitão?
O relincho curto do cavalo foi quase um resmungo, mas serviu para indicar silêncio enquanto a samaritana adolescente entoava sua prece. Pietro, então, cruzou os braços e ficou observando.

E pensando.

O enterro de seu avô foi cerimoniado por um sacerdote de Khalmyr em Minua. As palavras recorriam à como ele foi um homem bom e justo em vida, mas o homem não podia saber do passado. Seu avô foi um feiticeiro implacável, fazia coisas que dificilmente seriam aprovadas por Khalmyr. E depois que largou essa vida pra trás, não era exatamente alguém "justo".

As encomendas das almas feitas pela menina pareciam mais sinceras e honestas, uma busca neutra pela paz dos corpos e não uma tentativa de se vangloriar com palavras bonitas e agradar as pessoas em sua volta.

Ao final do ritual, ela sozinha carregou os corpos pra fora do navio pirata e demonstrou bastante determinação com aqueles braços finos. Em seguida, o grupo retornou para o convés da Angra Azul. Pietro via o paladino carregando um lençol envolto das coisas que ele achou e saiu distribuindo os sacos de moedas a todos. O primeiro impulso foi sentir um aperto no estômago, mas depois de uma respiração profunda, Pietro coçou a têmpora tentando se convencer de aquilo era o certo...

O capitão parecia interessado em saber o que fazer. Estavam parados ali há muito tempo e devia querer continuar a viagem sem demora.
Pietro
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Então, meus camaradas. Tenho em mãos o diário de bordo e acredito que com ele podemos descobrir o que aconteceu de fato. Dei uma rápida lida lá no convés do pirata Francis Cahahahahahaaa... espera... >ham, ham< ... Francis Callistia e descobri que eles haviam capturado alguma criatura. E dias depois, sofreram ataques. Vários.
Disse caminhando por entre os tripulantes e seus companheiros. Andava com pose, botando uma banca de professor sabichão com um sorriso de canto. Mas ficou sério em seguida.
Pietro
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Eis minha teoria: a criatura capturada tinha amigos. Eles vieram para o revide e assassinaram a todos. Senhorita Úrsula, tu podes me corrigir se estiver enganado, mas mortos-vivos surgem espontaneamente quando sentem que deixaram algo pendente em vida ou coisa do tipo, né não?
Enquanto falava olhava para todos os marujos e especialmente para seus companheiros e parou em Úrsula.
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Lucena
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Lucena » 12 Mai 2018, 13:25

Era o fim do que chamavam de dia. O começo do domínio de sua deusa, porém tão diferente do que estava acostumado quanto a luz, mesmo que alguns humanos achassem que fosse a mesma coisa. E agora via ser realizada uma cerimônia muito diferente, porém com intenções que lhe eram bastante familiares. Este culto a Madrasta, a Tenebra, realmente resumia as experiências de Tak na superfície. Então com todo o respeito ele a seguiu rezando em sua própria lingua.
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- *Série de ruídos incompreensíveis para humanos.*
Mas logo o momento de espiritualidade passava e o de praticidade chagava. O capitão queria saber oque foi achado no navio.
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- Moedas. Mortos. Lixo. Pietro achou livro.
E espera o companheiro dividir sobre o que achou, indiferente a conversa sobre o dinheiro.
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- Tem como ter sido isso Pietro. Mas eu lembro. Muitos seres podem acordar os mortos. Com as presas. Com as garras. Com magia. Seres vindos da Madrasta. Perigo e poder. Tem que ter res-pei-to com eles. E ficar longe.
Everything Lives!

Código: Selecionar todos

[quote="Pelleas"][img]https://i.imgur.com/qkSeY1p.png[/img]
 [/quote]

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LordVrikolaka
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por LordVrikolaka » 12 Mai 2018, 17:14

Úrsula voltava para o navio com cuidado, usando de Bagual para conseguir levá-la para lá e para cá. Era um cavalo extremamente esperto e gentil. Ela não fazia muito ideia do porque o cavalo agia daquela forma, era surpreendente. Ela viu as reações dos marinheiros, e houve até um que chorou com seu rito. Não esperava que isso acontecesse. Estava com os músculos doendo pelo esforço físico. Ela suspirou. Foi surpreendida no entanto com o sr. Waldemar cumprimentando-a pelo que tinha feito, no qual ela meio que baixou os olhos e respondeu em gentileza.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Ahm... não foi nada, isso não chega nem perto dos ritos que a minha mãe faz.
Oswaldo entretanto não gostava nada daquilo. Mas porque? Não era nada que lhe dizia respeito, ela só fez o padrão que qualquer clérigo faria, só que baseado na sua própria religião. Se fosse uma clériga de Khalmyr, ela teria feito igualzinho. Ou de Lena. Ele tinha um ódio tão grande dela, a ponto de não gostar dela fazer a coisa certa?

Bom, nada disso importava agora. O paladino garantia em dar uma parcela do tesouro para os marinheiros, e enquanto isso o resto do grupo ouvia a conversa sobre o que potencialmente tinha acontecido. O pistoleiro explicava, e ela ouvia com atenção. Com tudo reportado, e o que Tak adicionou, ela disse.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
...É como Tak disse, uma das formas. Essa forma mais específica me lembra mais de fantasmas do que de zumbis, vou ser honesta. Mas mortos-vivos podem vir de vários tipos de históricos, desde um simples necromante erguendo seus corpos, uma maldição, algum tipo de doença conspurcada como o toque de um carniçal - que não foi o caso, aqueles eram zumbis comuns mesmo...
Ela disse, colocando a mão no lábio inferior, pressionando-o horizontalmente bem de leve. Estava pensativa. Ficou assim por alguns instantes, e depois soltou para poder falar.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Se foi o que aconteceu, há algum vestígio dentro do navio sobre o que havia ali? Quem eles haviam capturado? Talvez o ser capturado tenha invocado algo que matou os piratas, e depois conspurcou o navio como punição por tê-lo feito... Ou realmente, amigos do cara o fizeram. Ou mesmo o próprio ser matou a todos, e depois conspurcou tudo. Há muitas opções que poderiam ser a verdade, algumas que eu não até não pensei ainda...
Disse. E logo teve um estalo.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Ele disse no diário que tipo de criatura era? Se era uma pessoa, ou um monstro?

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Aldenor
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Aldenor » 13 Mai 2018, 09:57

Pietro ouvia Tak comentar sobre as formas que os mortos-vivos podiam surgir e Úrsula acompanhou seu raciocínio.
Pietro
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Uhum, uhum. Conheço uma ou duas coisas sobre isso. Tem razão.
Disse o pistoleiro de maneira lacônica, demonstrando uma modéstia sobre seus conhecimentos. A criatura Tak teria ofendido um mago empolado, mas não Pietro, que apenas assentiu com a cabeça como se o que ouvira não fosse absolutamente óbvio. Úrsula deu uma outra sugestão do que poderia ter ocorrido.
Pietro
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Não havia vestígios aos meus olhos. O diário não especifica que tipo de criatura era, mas Francis diz que houve vários ataques posteriores à captura. Ele não menciona o que fizeram com o bicho... Bah, que porcaria.
Ficou sem paciência por sentir peças faltando do quebra-cabeças. Pietro olhou para Hoenheinn em seguida dando de ombros como quem diz: "e agora?"
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Mælstrøm
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Mælstrøm » 15 Mai 2018, 17:10

Parte 1: Uma viagem pela Enseada dos Selakos

Os marujos comemoram efusivos quando Hoenheinn apresentou moedas para todos. Aquelas expressões carrancudas e até mesmo tristes — especialmente depois do ritual de Úrsula — mudaram para rostos cheios de sorrisos. Muitos cumprimentaram o paladino enquanto começavam a dividir o tesouro. Até mesmo os quatro tripulantes distantes do resto, Finn, Sally, Jason e Trevor se aproximaram para pegar suas respectivas partes. Quando os três homens pegaram o que lhes era devido, retornaram para o isolamento no navio, mas Sally ficou, causando um estranhamento em Trevor.
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Obrigada, Hoenheinn. Você é um bom homem.
Tinha um sorriso triste enquanto falava, depois se isolou em algum canto na embarcação, mas distante dos outros três. Trevor tentou se mover até ela, mas foi impedido por Jason com um meneio negativo da cabeça.

Pietro, Tak e Úrsula comentavam sobre o que podia significar os escritos naquele diário, mas sem uma conclusão definitiva.

A viagem, então, continuou dias afio até que a batalha contra os mortos-vivos se tornara uma lembrança distante.

Parte 2: Terras Estranhas

Os ventos estavam favoráveis. O capitão Roger Guedes estava animado e otimista nos últimos dias. Sua tripulação estava satisfeita com o ouro recebido pelos aventureiros, cobrindo suas perdas pelo ataque dos piratas e mesmo os "conspiradores" pareciam quietos. Sally, entretanto, agora já demonstrava seus sorrisos a todos — especialmente a Hoenheinn — e até mesmo os comerciantes pareciam em um clima de harmonia. Waldemar conversava com Úrsula procurando saber se estava tudo bem, se estava precisando de algo e até mesmo Oswaldo parou de destilar suas palavras venenosas. Tak acabou sendo seguido por Guto e Togo por todos os lados com suas piadas, seu fumo forte e suas risadas.
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Meus queridos, é com prazer que eu anuncio a nossa chegada à Collarthan pela manhã do dia seguinte. Estamos próximos e bem, graças aos aventureiros.
As palmas se sucederam ao choque de canecas de cerveja no convés mesmo, durante o almoço especial promovido pelo capitão. Dessa vez a comida destinada a ele e aos comerciantes agora dividia-se com os tripulantes no meio do convés. Todos esboçavam sorrisos felizes, esquecendo quase totalmente do perigo que sofreram dias atrás ao confrontar os zumbis do navio pirata.

Uma sombra cobriu o convés enquanto os marujos se divertiam com cantorias e brindes exagerados de suas canecas.
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Mas o que é isso...?
Olhou um marujo pra cima e lá seus olhos ficaram vidrados. Outros ignoravam aquela sobra, era apenas uma nuvem rápida que tapou o sol.
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O que houve, Kaleb?
Mohamed, seu amigo que também viera do Deserto da Perdição, olhou para cima e sua boca pendeu. Suas mãos agitadas puxaram Pietro sentado ao seu lado. Nada disse, não conseguia, parecia engasgado. O jovem pistoleiro ergueu os olhos e viu.

Não demorou para alguém gritar. Logo, todos olharam para cima e o silêncio imperou por alguns segundos.

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Um dragão gigantesco com focinho longo e largo como um crocodilo despontava nos céus até mergulhar violentamente à retaguarda do navio erguendo um paredão de água, fazendo o navio sacolejar absurdamente. Vários marujos voaram para o mar no mesmo instante. Pietro e Úrsula se juntaram aos que não conseguiram se segurar em nada, mergulhando no abismo infinito.

O dragão tinha escamas variando do verde ao azulado e seus olhos eram negros como as profundezas do oceano. Sua boca abriu e de lá um jato ácido atingiu Angra Azul. Os tripulantes corriam para todos os lados, os comerciantes desesperados. Tak, Maya e Hoenheinn conseguiram evitar as inúmeras gotículas ácidas que corroeram pessoas até os ossos diante de seus olhos. O vardak viu Togo derreter até a morte em sua frente. O paladino reconheceu Jason e Finn se abraçando para a morte quando suas carnes se misturavam em um grande e asqueroso líquido fumegante.

A tragédia se abatia. O navio não aguentou um segundo jato de ácido e se partiu ao meio afundando em poucos minutos. O dragão mirava com seus malignos olhos negros as pessoas se debatendo na água tentando sobreviver.
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Este território agora é meu e vocês não podem passar. Desapareçam...
Sua voz trovejava. Sua bocarra se abriu e o ácido fumegante atingiu todas as pessoas que ainda tentavam sobreviver nos escombros da Angra Azul. Morreram sufocados ou derretidos.

O dragão saltou para o ar e suas asas bateram imponentes derramando uma pequena chuva sobre a região e partiu para o horizonte em direção a Collarthan. Os aventureiros, entretanto, não padeceram neste último ataque. Valentes, fortes, protegido pelos deuses, determinados. Todos tiveram suas capacidades testadas e conseguiram evitar o pior. Nadaram com seus próprios braços, ou apoiados em pedaços do navio até terra firme, após algumas horas perdidos. Até mesmo Bagual, um exemplar de Namalkah conseguira sobreviver através do nado com seu forte corpo.

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Aos poucos, os pedaços da Angra Azul podiam ser vistas ao longo da praia. No horizonte uma densa floresta despontava com montanhas bem a norte. Quando os aventureiros saiam do navio, viram também outro sobrevivente.
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Por Khalmyr... o que aconteceu... isto é uma tragédia... t-temos que chegar a Collarthan o mais rápido possível e avisá-los... oh, pelos deuses! O horror! O horror!
O homem jazia ajoelhado com os cabelos desgrenhados e cheios de areia. Choramingava encarando suas mãos.

Ninguém mais sobreviveu ou conseguiu chegar às margens daquele pedaço de terra.
Nota do Mestre:
É isso mesmo.

O ato 2 começa com um dragão marinho atacando e destruindo completamente a Angra Azul e agora os personagens estão perdidos em terras desconhecidas. Com seus próprios recursos podem conseguir se reorientar e seguir o conselho do capitão Roger Guedes ou fazer qualquer outra coisa que quiserem.

Os equipamentos de vocês não serão perdidos. Vocês podem escolher os motivos que lhes convir para não terem se perdido no mar. Aqueles que quiserem perdê-los completamente ganharão 1 PA extra neste ato.
Dados dos Personagens
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 23 PA: 1 PE: 3 CA: 15 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Normal
Imagem - Lady Úrsula Angelica de Morel <> PV: 17 PA: 3 PM: 6/0 CA: 10 <> Luz do Dia: 1 <> Canalizar Energia Positiva: 5 <> Magias preparadas: Bênção, bênção, bom fruto, proteção contra o mal, santuário, santuário <> Condição: Normal
Imagem - Tak <> PV: 22 PA: 1 CA: 17 <> Patriota: 2 <> Moldar Rocha 1 <> Condição: Normal
Imagem - Maya Pinnend <> PV: 22 PA: 1 PE: 3 CA: 13 <> Patriota: 2 <> Desafio: 3 <> Pirueta de Nimb: não usado <> Condição: Normal
Imagem - Pietro Silverstone <> PV: 13 PA: 1 PM: 5/0 CA: 14 <> Bagual: CA: 15 PV: 35 <> Amaldiçoado: não ativada <> Magias preparadas: Armadura arcana, armadura arcana, toque chocante, toque chocante, mísseis mágicos <> Cápsula carregada: nenhuma <> Condição: Normal
Editado pela última vez por Mælstrøm em 15 Mai 2018, 18:55, em um total de 1 vez.

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Aldenor
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Aldenor » 15 Mai 2018, 18:50

Foram vários dias de calmaria no convés e ventos fortes para as velas.

Pietro, entretanto, não estava calmo. Detestava ficar sem saber sobre algo e não poder pesquisar. Leu e releu o diário do capitão Francis Callistia diversas vezes até perder totalmente a graça sobre seu sobrenome de frouxo. Pietro ficou com raiva por não achar mais graça naqueles caipiras empolados que não sabiam montar e jogou o diário no fundo de sua mochila para nunca mais olhá-lo.

Pelo menos, até o dia seguinte. Bagual ficava nervoso em alguns dias pelo tédio, mas Pietro tentava evitar isso escovando e conversando com ele. Às vezes insistia para algum tripulante conversar com ele também e ficou até surpreso por alguns se arriscarem mesmo. O bom humor era geral, contagioso.
Pietro
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Bastou o ouro no bolso para o sorriso sair, né não?
Comentou dia desses com Hoenheinn. Mesmo que Sally tenha começado a dar mais bola para ele, Pietro não se sentiu enciumado. Não tinha nada com a mulher e havia de admitir que o paladino havia conseguido instaurar a paz.

E ele não conseguira decifrar as palavras do capitão frouxo.

Um dia, o capitão Roger apareceu junto com os comerciantes e os halflings no convés e uma grande mesa foi preparada. Cozidos, legumes e bebida foram distribuídos para toda a tripulação numa grande confraternização sem classes, sem hierarquia. Pietro ficou feliz e começou a desfrutar daquilo sem se importar, mas o capitão era um idiota mesmo, e cínico. Aquilo era uma afronta e se ele fosse um marujo não aceitaria aquilo nunca. Começara a entender a postura carrancuda do Jason, Finn e do Trevor...

Foi quando a sombra pairou sobre eles. Pietro não deu bola à primeira vista, mas logo percebeu os olhares pasmos para cima.
Pietro
Imagem
Bah, o que tanto olham para...
As palavras morreram na boca. A garganta ficou seca. Era um dragão. Era a morte com asas. A julgar pelas escamas, pela cor...

Não havia tempo de mais nada. A criatura se jogou no mar fazendo uma onda gigantesca chocar violentamente com Angra Azul. Sem se segurar em nada, exceto sua pistola, Pietro voou longe e sentiu o baque nas costas da água.

Era escuro, terrível, sufocante. Começou a bater suas pernas rapidamente, sentindo os pulmões arderem. Subiu à superfície a tempo de ver um jato de ácido destruir Angra Azul ao meio. Pessoas voavam e derretiam. Pietro só pensava em Bagual.

Nadou em direção à embarcação, meio gritando, meio gemendo de desespero. Não via Bagual em lugar nenhum!!! Nadou, e viu a segunda onda de ácido sobre a água. A chuva maldita queimou muitos que ainda tentavam se agarrar à sobrevivência no mar. Morreram, mas Pietro mergulhou nesse momento para evitar as gotas de ácido. Viu pessoas afundarem meio derretidas e imóveis. Muitas pessoas. Teriam morrido todos? Não via Bagual!!!

Seu corpo já cansava. Não dava mais pra continuar ali. Nadou, nadou, nadou e achou um baú gigantesco percebeu que ali era onde os equipamentos estavam. O baú flutuava e seu cadeado mantinha-se intacto! Agarrando-se ao baú, Pietro nadou, nadou e encontrou terra firme, uma praia ladeada por muitas árvores. Um lugar desconhecido. Saindo da água, viu Bagual de pé, à beira da praia.
Bagual
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IIiiiiiiiiriririr....
Relinchou, mas tremia de cansaço. Pietro o abraçou e acariciou sua crina, fechando os olhos e mencionando palavras calmas para seu irmão-cavalo. Não demorou muito para o pistoleiro perceber que os outros aventureiros contratados estavam vivos e haviam chegado à praia. Além dele, o capitão Roger também.

Mais ninguém. A constatação era clara e óbvia para ele.
Pietro
Imagem
Um dragão marinho. Um maldito... dragão... marinho. Olha, eu não conheço magias para me orientar. Não sei onde estamos, embora não seja difícil achar o norte. Precisamos de... referências. Barbaridade... por mil infernos de Ragnar!
Estava irritadíssimo. Tinha seus equipamentos, os aventureiros, o capitão. Mas muita gente acabou morrendo sob o ataque do dragão.

Pietro andou até o capitão e o tirou do chão, dando-lhe um tapa na cara para parar de choramingar.
Pietro
Imagem
Temos que sair daqui, tchê, não há tempo para lamentar. O dragão pode voltar para terminar o serviço... já que este lugar é dele agora, né não? Vejam... aquela floresta é úmida, tropical. Há uma chance de estarmos em Sambúrdia. Mas precisaremos de abrigo antes de anoitecer... estes lugares costumam ter bichos muito grandes à espreita de gente incauta como nós. Peguem suas coisas e vamos safar fora.
Magias preparadas
Mísseis mágicos, armadura arcana x2, toque chocante x2

Toque chocante na agulha.
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LordVrikolaka
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por LordVrikolaka » 17 Mai 2018, 19:22

Em um momento, tudo parecia feliz. Muito feliz. Os marinheiros estavam satisfeitos, festejavam pelo dinheiro que conseguiram, e por terem feito a coisa certa. Era até engraçado como os marinheiros agora a viam como uma adulta, quase. Ela tinha feito o que era o certo a se fazer, mas mesmo isso era algo bizarro. Até mesmo Waldemar - e, pasmem, até Oswaldo - estava tratando-a melhor. Tinha o fato que não dava para ter uma conclusão definitiva.

Sua rotina no navio não mudou muito: era uma garota bem tímida, e evitava o contato com Azgher se possível. Era muito branca, e não queria machucar a pele dela. Via o Deus-Sol todos os dias, é claro, mas ele compreenderia porque ela era mais tímida em sua presença. Mesmo que houvesse o respeito ao Deus-Sol, o corpo dela era feito para durar mais na escuridão que sob a luz dele. Continuava dividindo a atenção com a tripulação, e com os mercadores, mas estava feliz.

A felicidade durou pouco.



Ela mal notou o que houve a princípio. Estava comendo. Foi quando ela foi simplesmente arremessada para fora do navio, com um solavanco. Só viu as bolhas de ar escapando de sua boca, e a escuridão chegar até ela. Ela batia os braços, desesperada, tentando se elevar para cima, gritando de dor pela onda que a jogou para fora do navio.

Era a hora dela?

Ela começava a perder as forças enquanto tentava nadar, e ouvia os gritos abafados. Sentia a água ficar cada vez mais pesada, e algo se dissipando em cima de sua cabeça. Fechou a boca com força, e tentava nadar desesperada.

Mas sabia que estava morrendo ali.

Tudo ficava escuro. Ela estava perdendo as forças.

??? escreveu:Imagem
Filha.
Úrsula ouviu, de algum lugar. Era sua consciência falando? Era sua mãe? Talvez alguma consolação pela morte, para relaxá-la quando a morte viesse levá-la?
??? escreveu:Imagem
Você não vai morrer aqui. Eu não vou deixar.
Úrsula não sabia o que estava havendo. Sentia o corpo ficar mais leve. Via um par de pupilas brancas olhando fixamente para ela.
??? escreveu:Imagem
Você tem trabalho a fazer ainda. Não é a sua hora, não ainda.
Sua mente vagou para outros lugares. Demorou para se focar em um deles, e mesmo assim, teve muita dificuldade de o fazer. Só lembrava-se do céu estrelado. E da pessoa que estava olhando-a de cima para baixo.

Imagem

A mão branca e magra demais tocou seus cabelos, em uma carícia. Era uma mulher de cabelos negros, tão linda que dava vontade de morrer só por estar na presença dela, vestida em um vestido comprido aberto dos lados, e uma capa, onde seu fundo dava para ver todas as estrelas. Conseguia ver até a Constelação do Golfinho, seu signo. Seus olhos tinham escleras escuras e sua íris e pupila eram totalmente brancas e brilhantes, como se fossem duas enormes estrelas que brilhavam.
??? escreveu:Imagem
Meu bebê.
A mulher dizia, com um sorriso maternal no rosto. Se abaixava para olhar no seu rosto, e acariciava seu rosto.
??? escreveu:Imagem
Arton ainda precisa de você. Não posso simplesmente deixar você vir para meus braços, mesmo que eu mesma gostaria que acontecesse.

Disse, beijando sua testa.
??? escreveu:Imagem
Eu escolhi você a dedo. Sua família a dedo. Não iria deixar que minha eleita se perdesse contra um filho idiota de Kallyadranoch.
A jovem reconheceu, sua visão clareando o suficiente para olhá-la. Sentia-se leve, como se estivesse tentando tragar o ar para dentro dos seus pulmões.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
...Mãe Tenebra?
A deusa sorriu.
Tenebra escreveu:Imagem
Se lembra?
E ela se lembrou.
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Era uma enorme festa dos nobres. Lady Shivara Sharpblade havia visitado a cidade, algo que devia ter sido feita pelo Sr. Thormy quando ainda era rei-imperador, e todos os nobres do reino se enfiaram dentro da casa dela. Era diferente ainda. Lembrava-se dos escudos que mostravam a estrela de Tenebra. Lembrava-se dos soldados devotos da Deusa, prostrados para manter as pessoas ali dentro seguras. Úrsula se lembrava que já conseguia fazer seus primeiros milagres, e que foi pedido pelo seu pai para mostrar para a própria Rainha-Imperatriz. A Rainha fingiu se impressionar muito - ou se impressionou mesmo com tão pouca idade ser capaz de fazer aquilo, ela não estava certa. É claro que seu pai queria que se casasse, que melhorasse a família.

Foi quando Vitor veio chamá-la. Seu irmãozinho mais novo. Parecia alegre, inesperadamente alegre. Chamou-a para perto, para ver seus amigos, e a jovem era inocente. Apenas para jogar uma quantidade enorme de Acácia-Tenebris, de um balde, em cima de sua cabeça. Todos os nobres arregalaram os olhos olhando para a tinta escorrendo pelo corpo dela, estragando roupas, cabelos e dignidade, enquanto o irmão mais novo ria feito um maníaco, extremamente satisfeito pela sua peça ter dado certo.
Vitor escreveu:Imagem
Isso que dá você ser "o especial", sua aberração! Hahahahaha!
Foi um dos piores dias da sua vida. Os nobres de Ahlen riram dela, sua mãe se enfureceu, seu pai se enfureceu. Queria ter o porte de Tenebra, não deixar suas emoções saírem, mas ela era apenas... idiota. Chorou. Muito. É claro, Thalita veio cuidar dela logo em seguida, ameaçando-o com um florete, mesmo que irritasse seu pai Florêncio, que achava muita graça do que aconteceu com a garota.

Pois mesmo que fosse "a abençoada", se sentia presa dentro do próprio corpo. Precisava sair.
Tenebra escreveu:Imagem
Eu me lembro que você decidiu mudar naquele dia. Não duvido que ficará mais parecida comigo, cada vez mais, enquanto crescer.
A deusa disse, acariciando seus cabelos novamente.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
...É o que eu quero mais que tudo.
Disse Úrsula parecendo envergonhada. Parecia ter dificuldade de se aceitar pelo que era.
Tenebra escreveu:Imagem
Agora quero que acorde. Você está segura. Ele já foi. E lembre-se minha filha:
A deusa tornou a dizer, aproximando seu rosto do dela. Mas sentiu como se a voz dela se afastava dela, assim como ela.
Tenebra escreveu:Imagem
Você está pré-destinada a ser minha melhor filha.
E sentiu seus olhos se fecharem....
Quando abriu os seus olhos, Úrsula notou o que havia acontecido. Estava pendurada nas costas de Tak. Dava para ver seu baú que estavam suas coisas dentro do navio, boiando no meio da água. Era um baú relativamente pequeno, mas suas coisas estavam a salvo. Mas isso simplesmente não importava. Onde estavam?
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Tak? ...Graças à Deusa, Tak...
Ela nem sabia que foi ela que se segurou nos pelos dele. Fez isso de forma inconsciente, como se outra pessoa tivesse segurado por ela.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Onde estão os outros? O que aconteceu?
A jovem disse, boiando livremente com o ser dos subterrâneos. Mas logo estavam na beira da praia. Estava horrorizada. Se encolheu, e escondeu seu rosto entre as pernas. O capitão estava vivo, graças à Deusa, e os seus companheiros também. Mas nenhum outro. Onde estavam os tripulantes?

Quando viu Pietro falar sobre os perigos dali, ela balançou a cabeça em afirmação. Mas também falou.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
...Nós precisamos achar os outros também! ...E se tem gente que tá viva ainda e perdida?
A voz estava muito chorosa. Ela não tinha lembranças exatas do que aconteceu, talvez pro seu próprio bem. Mas sabia que tinha visto gente morrer naquele caos. Céus... que Tenebra e Oceano protejam suas almas...

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Lucena
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Re: Ameaça Marinha

Mensagem por Lucena » 17 Mai 2018, 20:54

Guto. Togo. Ele estava com eles na hora. Era fácil ser amigo deles, eles eram alegres, de coração aberto, cheiro familiar e nome fácil de pronunciar.

Tak sentiu o cheiro antes de ver o que ouve.

Togo derretia a sua frente, Guto horrorizado. Saindo das águas uma criatura como ele nunca havia visto antes (havia sim, mas a Madrasta o salvara da memória). Um lagarto gigante, poderoso, orgulhoso, assustador, um supremo predador (tão diferente das criaturas que não mais conhecia, abatidas, raivosas, pálidas e sem asas, escravizadas).

O barco não durou nada, mais pessoas morrendo ou caindo no mar. Tak tentou, realmente tentou, segurar Guto, tentar leva-lo para a superfície, desviar dos destroços, mas foi fútil. Quando ele emergiu Guto não estava mais lá (seus itens também não estavam mais quem liga para isso?). Mais ainda havia quem precisava de salvamento, pois a sua frente, boiando, o vardak via o corpo da clériga Úrsula.

Depois de nadar para ela Ta a coloca sobre suas costas, não conseguia saber se ainda respirava, mas não poderia não tentar salvar a serva da Madrasta, já devia algo a ela e devia muito mais a sua deusa (suas orelhas, cortadas na metade, queimavam no pensamento que ela também seria perdida).

Com muita ajuda da maré, Tak e Úrsula logo chegariam a praia. Ela era um ambiente completamente diferente do que conhecera em terra, ele não sabia o que esperar. Mas logo algo bom aconteceu, a Lady começa a acordar.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
Tak? ...Graças à Deusa, Tak...
Tak escreveu:Imagem
- Sim Lady. Graças a Madrasta.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
- O monstro. Muitos se forma. Togo... Eu vi Togo...
Soubesse mais dos sons da língua vardak, Úrsula teria reconhecido um choro. Mas mesmo assim era fácil adivinhar por contexto.
Tak escreveu:Imagem
Guto e muitos outros foram ao mar. Não tem como saber quem vive. Só teve como pegar você. Mas não acho...
Os sons novamente. A catástrofe fora repentina demais para processar direito. Logo estava na praia, com uns poucos outros sobreviventes.
Pietro
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Temos que sair daqui, tchê, não há tempo para lamentar. O dragão pode voltar para terminar o serviço... já que este lugar é dele agora, né não? Vejam... aquela floresta é úmida, tropical. Há uma chance de estarmos em Sambúrdia. Mas precisaremos de abrigo antes de anoitecer... estes lugares costumam ter bichos muito grandes à espreita de gente incauta como nós. Peguem suas coisas e vamos safar fora.
Lady Úrsula escreveu:Imagem
...Nós precisamos achar os outros também! ...E se tem gente que tá viva ainda e perdida?
As palavras de Pietro eram práticas, se Tak estivesse num estado mental normal concordaria por elas. Mas ele não conseguia ver tamanho desastre, ver o fim de seus primeiros amigos na inóspita Superfície, e ficar emocionalmente impassivo. Mas as palavras de Úrsula atiçaram sua esperança.
Tak escreveu:Imagem
-Achar os outros. Sim! Guto e Sally e Legba e Jason e Finn e os outros! Juntos somos mais fortes!

- Mas não Togo...
Disse em sua voz rouca de pesar. Mesmo que não fosse possível ver lagrimas por baixo do pelo vardak, a perda do amigo era clara em sua voz.
Tak perde todo seu equipamento e dinheiro no naufrágio. Ganha 1 PA.
Everything Lives!

Código: Selecionar todos

[quote="Pelleas"][img]https://i.imgur.com/qkSeY1p.png[/img]
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Trancado

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