"Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

[Blackfox]

Turok atrapalhara-se um pouco com as crianças no início, mas comprar doces para os pequenos foi o bastante para que começassem a celebrá-lo como um herói novamente. Enquanto estavam distraídos com as guloseimas, o meio-dríade aproveitou-se para esgueirar-se para longe de toda a atenção que atraíra, partindo em direção às portas da igreja de Valkaria, onde os grupos de aventureiros já começavam a se reunir. Seus sentidos apurados foram capazes de perceber padrões estranhos em alguns cidadãos. Enquanto na maioria dos casos as pessoas simplesmente se divertiam juntas sem se preocupar com o que acontecia a seu redor, haviam algumas poucas pessoas observando tudo o que acontecia com um foco e disciplina não condizentes com simples plebeus. Seus instintos de caçador lhe diziam que alguma coisa estava errada, mesmo que não pudesse ter certeza de exatamente o que.

Voltando a Catriona e Gael, a faísca do romance parecia estar começando a se acender entre os dois aventureiros, mas ainda era muito cedo para afirmar qualquer coisa. Ao ver a aglomeração que acontecia frente ao templo da ambição, a aristocrata começou a guiar o dobrador novamente. Entre a breve caminhada trocavam risos e pareciam apreciar a companhia um do outro, consequentemente ficando alheios para os movimentos que Turok percebera. A igreja de Valkaria apesar de recente era um prédio grande, e o espaço fechado a sua esquerda dava sinais de que passaria por uma expansão em breve. Catriona reconhecera os mesmos padrões ondulados do cinturão de Gael nas espiras roxas que adornavam as paredes externas. Na porta haviam duas estátuas idênticas da deusa, trajando armaduras completas e erguendo seus manguais, prontas para a batalha. Uma aura de inspiração parecia emanar do local sagrado, como se a própria deusa os desafiasse a se tornarem uma versão melhor de si mesmos.

Absalon passeara seus olhos através das mercadorias disponíveis na barraca, parando-os sobre um kimono finamente trabalhado, portando o símbolo do deus dragão bordado com esmero em suas costas. Talvez considerando a ignorância do jovem como um sinal de que não conhecia muito de sua cultura, os anciões não se irritaram com o fato de ele ter referido-se ao símbolo sagrado como uma cobra. O humano sorriu mostrando quase todos os dentes e começou:

- É uma ótima escolha, garoto! - Ele puxou mais um trago do charuto antes de continuar. - Essa obra de arte foi bordada utilizando as melhores sedas de Tamu-ra! Apenas hoje pela quantia de 50 TO!

Absalon olhou para o tecido mais uma vez. Era realmente belo, além de conseguir disfarçá-lo melhor do que as roupas que utilizava no momento. O corvo apontou os outros materiais que o usurpador pedira, explicando minuciosamente sobre seu método de produção. Absalon ouviu-o até que de súbito reconheceu a cabeleira negra de Milena a distância. Ela não o vira ainda, já que do ângulo onde o usurpador se encontrava, permanecia oculto pelas pessoas que aglomeravam-se nas barracas próximas. Ele precisava ser rápido. O corvo ajeitou os óculos e observou-o por um instante, considerando sua pergunta. Tirando um velho pergaminho de debaixo das caixas atrás de si, ele colocou o estranho objeto sobre a mesa. O sorriso do humano morreu por um segundo, observando o colega intrigado.

- Nós encontramos isso no meio de nossas mercadorias algum dias atrás. - Começou ele, com um tom sério. - Não sabemos o que é ou de onde veio, só que parece emanar algum tipo de energia sombria. Algo... Profano. - O velho engoliu em seco, como se somente tocar no pergaminho o deixasse desconfortável. - Francamente não quero colocar um preço nisso. Só quero que desapareça. Mas sou obrigado a lhe dizer algo. - Ele parou por alguns instantes, olhando para os dois lados antes de continuar. - Algo sobre esse pergaminho não agrada aos deuses. Se resolver levá-lo recomendo muito cuidado.

Tecido Roxo: 10 TO
Tinta: 8 TO

[Chapéu Preto]

Absalon quando escuta o preço do Kimono não consegue deixar de ficar espantado com o valor e abre a boca inconscientemente, para não importa o quão bonito era, o ex-escravo não tinha esse Tibar todo, bem na verdade tinha, mas aí seria um problema para arranjar hospedagens, comida, locomoção... Enquanto estava realmente pensando se valeria a pena pegar o kimono notara a presença de Milena. Ela ainda estava longe, mas ao vê-la não conseguiu deixar de sentir um calafrio. Sabia que encontraria ela na feira, felizmente não ocorreu antes. Absalon se acalma um pouco, se lembra que ninguém hoje pode lhe fazer qualquer mal graças a benção permitida pela Deusa da Paz, todavia é melhor ser precavido e não dar chance aos dados do deus do caos.

- É realmente muito bonito, tirando as roupas élficas é o tecido mais belo que já vi, contudo não posso comprá-lo, no futuro quem sabe? Farei uns serviços para o prefeito, coisa de aventureiro e acho que terei mais Tibares para comprar esse kimono, apesar que, quando eu salvar a cidade o senhor bem que poderia me fazer um desconto não é? - Absalon falava e a cada virgula olhava para Milena, logo mais voltava os olhos para o senhor. - Enfim, vou querer o tecido roxo e a tinta preta, rápido por favor, tenho uns compromissos. Não se preocupe, eu levo o pergaminho sem problemas. Sou aventureiro, conheço locais sagrado para guardar este pergaminho profano. - Voltava a cuidar de Milena.

Ao pegar o Tecido roxo, Absalon rapidamente laçará seu pescoço e tampará seu rosto até esconder seu nariz. Abrirá a tinta e irá com o dedo puxar um pouco e ir passando sem movimentos bruscos no cabelo castanho. O resto que sobrar irá passar em volta dos olhos.

[Aldenor]

Gael olhou a igreja de Valkaria com total desinteresse. Sua mente estava presa no tempo, há poucos minutos, quando Catriona tinha chegado perto demais. Perto demais. O coração dele palpitou forte fazendo explodir uma sensação de urgência. Não sabia o que fazer, mas Catriona o guiou novamente, dessa vez para o "trabalho". Gael pensava nisso ainda quando passaram pelas duas estátuas da deusa da humanidade. Subitamente sentiu-se inspirado, ideias surgiam em sua mente. Pegando na mão de Catriona, ele encara seus olhos verdes.

Gael

O que você fez?

A inspiração, entretanto, não se traduziu em palavras claras...

[Blackfox]

Assim que seus dedos tocaram o pergaminho, Absalon sentiu um frio não natural percorrer sua espinha. A preocupação do vendedor deveria ser realmente genuína, mas ele não tinha tempo para se preocupar com isso agora. Milena ainda estava em sua cola e ele precisava seguir para onde sabia que não seria encurralado sozinho novamente. Os tamuranianos sorriam agradecidos, fazendo repetidas reverências ao jovem e dizendo coisas naquele idioma desconhecido. Enquanto dirigia-se para a igreja, Absalon passou por Turok, que corria seus olhos através do festival, como se procurasse por algo. O meio dríade então saiu de sua vigilância, percebendo a aproximação do outro. Era hora de ir.

Os aventureiros reunidos frente à igreja da ambição eram tipos exóticos para dizer o mínimo. Cerca de aproximadamente trintas pessoas das mais variadas raças e talentos, os seis grupos de heróis já começavam a interagir entre si. Alguns deles já se conheciam antes do convite do prefeito, mas a maioria só tivera suas primeiras interações no caminho até Gorendill. Mesmo que estivesse entretida em seu diálogo com Gael, a audição de Catriona captou alguns deles revelarem estranhos encontros com mortos-vivos carregando moedas douradas. Talvez fosse mera coincidência... Ou o início de algo muito mais sinistro. Enquanto a aristocrata divagava, o dobrador tirou-a de seus devaneios pegando em suas mãos. Ele parecia sério.

Absalon e Turok chagaram exatamente na hora em que as pesadas portas de madeira se abriam, revelando o interior do templo. Se o exterior lhes parecera belo, o interior era ainda mais. Retratadas nas paredes estava um misto de história e lenda, contando as aventuras vividas pelos maiores heróis de Arton. Era realmente uma inspiração para a maioria dos aventureiros reunidos ali. Maioria, porque se no resto daquelas pessoas o lugar gerava uma sensação positiva, para o usurpador cada passo no interior da igreja era mais torturante que o anterior. Absalon sentia suas ambições mais fracas, seus sonhos aos poucos pareciam grandes demais para que pudesse alcançá-los. Não. Aqueles pensamentos não eram seus. Valkaria o estava desafiando. Era quase como se a deusa da ambição quisesse ver até que ponto sua determinação suportaria.

Para guia-los através da igreja havia um grupo mediano de sacerdotes, cuja quase absoluta maioria parecia ter sido ordenada recentemente. Dois deles ficaram parados à porta, conversando com os aldeões que já começavam a se acumular ali. Os demais os guiaram até a parte frontal do templo, onde após passarem por uma porta ao lado esquerdo do altar principal, surgiram em um amplo e bem cuidado jardim, onde três figuras já os esperavam. A primeira delas era um halfling de sorriso amigável e roupas de batedor. Sua barba seguia um padrão estranho, parecendo imitar o formato de seu cabelo. A segunda era um homem alto de figura imponente, rosto cortado por cicatrizes e portando um olhar severo. As roupas elegantes e a postura firme quase lhe denunciavam como o prefeito da cidade. Quanto à terceira figura, ela ainda não havia lhes visto porque estivera de costas durante certo tempo, parecendo distraída ao folear um grosso livro. Mas quando o barulho de passos ficou mais próximo, a mulher virou-se de repente, sorrindo para os aventureiros.

- Dou a todos minhas boas vindas e meus agradecimentos. - Começou o homem mais velho, ajeitando-se com a ajuda do bastão que o auxiliava a caminhar. Guss Nossin não parecia ter idade o bastante para mancar daquele jeito, o que levava a associar seu problema de locomoção a outra causa. - Creio que estão mais que curiosos para saber o que planejo para recuperar nossa economia e como seus serviços se encaixarão nisso, mas peço que esperem até o final de minha explicação para apresentarem suas dúvidas. Mas primeiramente, meu nome é Guss Nossin e sou o prefeito desta cidade. Esses a meu lado são Helena Meldheryll, a clériga de Valkaria responsável por este tempo, e Felingos Paga-Lanches, o líder da guilda dos batedores e que proporcionou o festival.

- Como devem saber, Gorendill experimentou um crescimento econômico e cultural súbito anos atrás, brutalmente interrompido por eventos recentes. - O prefeito resumiu rapidamente alguns detalhes, mas não parecia ser o tipo de pessoa que gostava de ater-se ao passado. - Todos esses acontecimentos quebraram o espírito de nosso povo, que antes ávido por mudança agora prefere viver seus dias de cabeça baixa, engolindo a paz da morosidade oferecida pelo antigo conselho. - O prefeito pareceu genuinamente furioso com a situação, mas conseguiu conter-se. - Mas eu me recuso a ficar de braços cruzados e passar o resto de meus dias sentando numa varanda à espera de Leen! Infelizmente, diversos problemas começaram a aparecer nos últimos anos. Bandidos nas estradas, monstros ficando cada vez mais ousados, um alarmante aumento na taxa de mortos-vivos... - Ele fez uma breve pausa, dando um suspiro cansado. - Sem contar o fato de que a milícia parece cada vez mais alheia a tudo isso.

- Gorendill precisa de aventureiros. - Continuou ele, com um olhar determinado encarando os grupos parados a sua frente. - Precisamos de heróis para enfrentar os perigos com os quais não podemos lidar sozinhos. Quando ao detalhe do pagamento, não precisam se preocupar. - Sorriu ele. - Cada missão realizada terá uma recompensa apropriada, além de outros benefícios e oportunidades sobre os quais discutiremos outra hora. - O prefeito encarou-os novamente. - Agora façam suas perguntas, por favor.

Guss Nossin

Felingos Paga-Lanches

Helena Meldheryll

[John Lessard]

Catriona arqueou a sobrancelha, depois estreitou os olhos verdes, maneou a cabeça para o lado e por fim fez um beicinho para Gael.

- O quê?

Porém, ela ouvia outros aventureiros conversarem em sua volta, e aquilo lhe chamava a atenção, afinal eles também diziam terem enfrentando mortos vivos e encontrado moedas. A moça guardou aquilo para si, muito atenta. As portas do templo se abriram e ela voltou a pegar na mão de Gael.

- Ah, depois conversamos sobre isso... Veja, chegou a hora.

Adentraram o templo e a nobre aventureira olhava para tudo com grande admiração e curiosidade, se pudesse olhar-se em uma espelho, diria que seus olhos brilhavam com aquela nova descoberta. Parou ao lado do monge, quando as três figuras se apresentaram... A clériga lia algo. Catriona cerrou os punhos, ouvindo em segundo plano o que o prefeito dizia: aventuras e missões, era tudo o queria, porém naquele momento queria algo mais. Aproximou-se da recém apresentada Helena, clériga de Valkaria, quase ao mesmo em que o prefeito terminava de falar e abria espaço para as perguntas.

- Hm, Olá! Sou Catriona Hartgeden... Será que eu poderia dar uma olhada neste livro? É sobre o quê?

Disse, discretamente tentando espiar por cima do ombro da clériga.

[Lord Seph]

Turok havia sentido uma estranha presença nas redondezas, mas acaba deixando para lá e vai para a tal igreja. Era um lugar bonito, Turok não podia negar, mas já havia visto coisa mais bela na natureza.

Turok ouve todas as conversar próximas a si e a do prefeito que imaginava mais gordo. Então finalmente ouve aquilo que interessava.

- Eu tenho uma pergunta: o que exatamente devemos enfrentar e onde vamos enfrentar esse problema.

Turok foi direto, não gostava de perder tempo com rodeios.

[Chapéu Preto]

Absalon sabia que o arqueiro era um homem de poucas palavras, e gostava disso, falar na maiorias das vezes só foi prejudicial para Absalon. Deste modo apenas ficou ao seu lado sem dizer nada. Como vieram juntos na balsa, sua atitude jamais seria vista como suspeita e assim poderia ficar em teoria, protegido da Milena.
Após escutar toda a apresentação, Absalon pensou em falar, mas seu companheiro o surpreendeu falando primeiro. As perguntas eram de fato às mais importantes para a situação, e por isso o ex-escravo voltou seu olhar para o prefeito que logo iria responder a pergunta.

[Aldenor]

Gael ainda estava sob o "efeito Catriona", quando ela o puxou novamente para a Igreja de Valkaria. O assunto foi deixado de lado. Gael estava concentrado na questão e por isso não deu bola para as pessoas à volta. Somente dentro da igreja que ele passou a perceber as outras pessoas. Eram todos aventureiros pela aparência nada mundana dos camponeses e plebeus. Gael agora estava um tanto cabisbaixo, pensativo.

Logo três pessoas se destacaram. Um halfling e dois humanos. Um deles apresentou-se como o prefeito, uma espécie de líder local. Era o tal contratante que o fizera se despedir de Jouji antes de embarcar na balsa até Gorendill. Ele prometia aventura e missões. A região parecia perigosa de uns tempos para cá, embora Gael não soubesse porque. Era isso! Podia perguntar sobre isso, pois não tinha outras ideias.

Gael

Oi. Gael aqui. Ei, escuta, por que cresceu o número de perigos nos últimos anos?

O monge ergueu a mão para poder falar e depois apontou o polegar para si quando se apresentou. O meio tamuraniano parecia distante.

[Blackfox]

Depois de o prefeito explicar o básico da situação, alguns aventureiros começaram a fazer seus questionamentos, especialmente sobre os perigos que enfrentariam ou como a situação havia se complicado tanto a ponto de a milícia não conseguir resolver os problemas que deveria. Mas enquanto a maioria das pessoas ali preocupava-se com a aventura, a atenção de Catriona desviara-se no momento em que avistou o grosso livro carregado pela clériga de Valkaria. O objeto possuía uma capa de couro já velha, além de páginas amareladas que davam-no um ar antigo. Quando questionada, Helena abriu novamente um sorriso e respondeu:

- Oh, este livro? - Ela passou a mão pela capa. - É um antigo tomo eclesiástico da ordem dos Caçadores de Relíquias. - Seu olhar assumiu um tom sonhador, como se a menção evocasse boas memórias. - Tempos atrás eu costumava viajar este continente de leste a oeste, mas há cerca de dois anos a deusa me deu a missão de erguer este templo e inspirar outros a desfiarem os perigos deste mundo. - Ela suspirou, dando um breve pausa. - Às vezes sinto saudades da adrenalina da aventura, mas minha missão sempre virá em primeiro lugar.

- Só peço que tome cuidado quando estiver lendo. – Disse a sacerdotisa passando o livro com cuidado para Catriona. – Sabe... Geralmente não vou emprestando tomos importantes para qualquer um mas você tem algo diferente. – Disse ela com um olhar intrigado.

As perguntas de Turok e Gael completavam uma a outra e o prefeito decidiu responde-las ao mesmo tempo.

- Como a maioria dos grandes problemas, estes também começaram pequenos. Depois que o império de Tauron covardemente invadiu nossa cidade, o povo estava assustado e desejava segurança mais do que nunca. - Seu olhar parecia um pouco triste, mas não perdera a intensidade. - E sempre existem aqueles capazes de qualquer coisa para obter vantagem, mesmo que para isso precisem manipular os medos dos outros e sugar tudo o que eles tem. E foi exatamente isso que aconteceu. – Apertando com força seu bastão, ele continuou. – Alguns indivíduos mais ricos e bem situcionados começaram a utilizar de sua influência para fazer lavagem cerebral nos aldeões. Fazê-los desistirem de suas ambições e voltarem ao velho esquema de dominação que existia aqui antes que eu assumisse o poder.

- A opinião pública começou a se voltar contra os que enfrentavam a maré de pessimismo e se Valkaria não tivesse nos enviado a senhorita Helena, as coisas estariam bem piores. – A clériga deu um pequeno sorriso, mas permanecia focada. – Nos anos recentes conseguimos muitos progressos como o evento do qual participaram agora a pouco. Difícil de acreditar que até alguns meses atrás a maioria daquelas pessoas ainda estava escondendo-se em suas casas. – Seu ânimo parecia renovado. Pensar sobre as vitórias recentes devia ser uma boa terapia. – Mas enquanto nos preocupávamos com o interior da cidade deixávamos de lado o que estava de fora dos muros. Confiando que a milícia faria seu trabalho, confesso que fui negligente em sua supervisão. – Ele suspirou decepcionado. – Recentemente descobrimos que um alarmante número de membros pertencentes à organização que deveria nos proteger estavam sendo subornados para permitir que o perigo se acumulasse a nossa porta.

Guss estava visivelmente abatido, mas continuou.

- Com muito esforço, conseguimos identificar os corruptos e retirá-los da organização. Mas como consequência, a milícia está fraca e em processo de recuperação. – Ele retomou seu olhar firme. - Por isso precisamos de vocês. Não temos capacidade para lidar com tais problemas sem ajuda. – Ele começou a locomover-se de um lado para o outro enquanto falava, sempre apoiado no cajado. – Por mais que minha principal vontade agora seja descobrir os culpados pelo suborno de nossos protetores, temos preocupações mais urgentes. Sem os milicianos para barra-los, os bandidos atacam cada vez mais viajantes, afugentando o comércio para longe de Gorendill. Isso tem que parar. – Ele respirou fundo após ter acabado suas explicações novamente. – Caso resolvam nos emprestar seu poder, darei mais detalhes da situação crítica em que nos encontramos agora. Mas peço que antes de tomarem suas decisões pensem que esta pode ser última chance que esta cidade tem de se recuperar. Este povo precisa ter esperança novamente. E quem melhor para inspirar isso do que verdadeiros heróis?

[Lord Seph]

Turok ouve o que o prefeito diz e quase boceja. Por que raios o povo demora tanto para explicar coisas simples, pensou Turok.

- Por mim ok caçar algumas pessoas, diga o provável local e posso ir até lá com um grupo de caça.

Turok preferia usar termos familiares para discutir isso.

- Ah sim, eu gostaria de informar algo que percebi antes, mas prefiro falar depois que o grupo esteja formado e não tenha risco de informação fazar.

Turok foi simples e seco. Era provável alguém se irritar com suas falas, mas quem se importava, Turok era o melhor farejador dessa região.