"Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

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Blackfox
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Blackfox » 02 Ago 2017, 23:17

A dor da mordida pareceu ter despertado Gael, acendendo a chama furiosa que queimava em seu interior. Entendendo que as criaturas a sua frente não possuíam qualquer capacidade mental que não fosse voltada a devorar carne fresca, o dobrador liberou um arco de chamas contra os mortos-vivos, queimando a carne apodrecida e provocando um guinchado terrível por parte dos inimigos. Incapaz de resistir ao calor, o inimigo já atingido anteriormente por Turok desabou no chão, com a fronte completamente carbonizada. A próxima a agir foi Catriona, mirando seu sabre num dos inimigos atingidos pelo ataque de Gael. Seu florete perfurou a carne morta, atravessando o crânio do lacedon e fazendo espirrar mais sangue negro. O inimigo tombou no chão com um baque surdo. Agora só restava mais um.

Novamente Absalon tentava forçar o poder do panteão a seu favor, mas os deuses pareciam ter excedido seu limite de tolerância com ele. Suas palavras ecoaram vazias no campo de batalha, sem provocar nenhum efeito fora do comum. Decidindo optar por uma abordagem mais direta, Turok deixou suas flechas na aljava e partiu para cima de um dos carniçais que atacava Gael, aliviando um pouco do fardo sobre o jovem dobrador. Seu golpe certeiro com o arco esmagou o crânio do inimigo já danificado pelas chamas, eliminado a ameaça dos carniçais. Mas antes que pudessem fazer qualquer coisa, Áster surgiu da parte traseira da balsa, já começando a tocar uma animada melodia em seu bandolim.

- Parabéns pela vitória, campeões do rio! - Saudou ele com um sorriso, nem parecendo que correra pela vida há poucos minutos atrás. - Nunca tive dúvidas sobre seu sucesso!

O anão lançou-lhe um olhar irritando, parecendo por um segundo pensar em contradizê-lo, mas logo voltou para a conduzir a balsa como se nada tivesse acontecido. Enquanto o bardo já começava a declamar poemas e falar sobre glórias vindouras, Catriona e Gael sentiam que algo estava errado. Suas visões começaram a embaçar e logo os sons do mundo pareciam cada vez mais distantes. O enjoo veio logo em seguida e já era quase impossível permanecer de pé. Áster parou de súbito, encarando os jovens com um olhar preocupado.

- Está tudo bem? - Questionou ele. - Perdoem-me a observação mas... vocês não parecem muito saudáveis no momento.

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Aldenor
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Aldenor » 03 Ago 2017, 11:20

Aquele combate insano havia acabado da mesma forma que começou, sem Gael entender porquê foram atacados e quem eram aquelas criaturas horripilantes de pele borrachuda.

O elfo apareceu em seguida. O tal de Áster. Ele sorria enquanto dedilhava um som no bandolim. Gael não estava de muito humor para música e alegria repentina. Sentia-se mal. Cambaleou até a beirada da balsa e ficou olhando o mar com o estômago revirado. Áster veio até ele e questionou sua saúde.
Gael
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Tô mal... tô mal, cara...
E em seguida sua antiga refeição logo se perdeu no Rio do Panteão.
Gael
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E lá se vai minha comida... que droga, me sinto péssimo...
Ele se joga no chão e se recosta ali mesmo.
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Chapéu Preto
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Chapéu Preto » 03 Ago 2017, 12:01

Após a queda do último morto-vivo Absalon olha para os lados esperando que pudesse haver mais deles. Anda até as bordas da embarcação dando uma última olhada para conferir. Tudo limpo. Depois de sentir-se mais seguro, Absalon volta seus olhos para os feridos. Estava em dúvida se curaria-os ou deixaria-os como estão. Provavelmente eles possuem meios de cicatrizarem melhor suas feridas, com certeza não iriam morrer com esses ferimentos, mas mesmo assim achou melhor perguntar. Sem olhar para nenhum deles, apenas soltou a pergunta no ar.
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-Hein, vocês que se feriram, eu consigo curá-los se assim quiserem, mas nada consigo fazer quanto ao seu enjoo pelas ondas do rio, sinto muito. E não, eu não sou um curandeiro ou qualquer coisa do tipo.
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Lord Seph » 03 Ago 2017, 12:23

Turok vê os estragos. E ouve seu empregado e quase responde de forma bem sem educação. Em vez disso ele fala.

- Melhor jogar esses corpos de volta ao rio. Agora deixa eu ver se temos mais surpresas.

Turok anda por toda embarcação, olhando para cada lugar daquela paisagem e ouvindo cada som possível, mesmo os cantos mais escuros ele podia ver um pouco.
Teste de Percepção LordSeph rolled: (11) + 12 = 23, 27 para ouvir e eu tenho Visão na Penumbra
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
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Blackfox
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Blackfox » 03 Ago 2017, 12:48

O anão obervou Gael por um tempo, como se estudasse os sintomas que apresentava, aproximando-se logo depois com a cara fechada como sempre. Fez um sinal para que o jovem se sentasse e tirou do bolso um pequeno frasco contendo um líquido verde de aparência nada agradável. Entre os resmungos de sempre, Gael conseguiu entender três coisas apenas:

- Médico... Salistick... Bebe essa droga!

Depois de entregar o frasco para o jovem, Hurimm retornou a seu posto. Turok já se preparava para ajudar Áster a se livrar dos corpos quando um brilho no chão manchado de negro chamou sua atenção. Ele fez sinal para que o elfo parasse e se aproximou com cautela. Caído no piso de madeira estava uma moeda dourada, cerca de três vezes mais que um tibar de ouro comum, onde estava esculpido o desenho de uma caveira e um padrão de runas misterioso. O meio-dríade estendeu a mão para pegá-la, mas parou pensando um pouco melhor. Seu sexto sentido de caçador lhe dizia que alguma coisa estava errada. A moeda parecia emanar da mesma energia profana que animara os lacedons há pouco tempo atrás.

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Lord Seph
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Lord Seph » 03 Ago 2017, 13:02

Turok vê o estranho objeto e sente nada de bom nele. Se ele fosse um animal igual ao pai ele teria fugido ou não.

- Alguém sabe alguma coisa sobre esses bichos e se essa coisa aqui no chão tem algo a ver?

Aquilo era certamente ligado a magia e Turok não sabia nada sobre isso.
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por John Lessard » 03 Ago 2017, 16:10

Os inimigos finalmente caíram, Catriona sorriu de satisfação, cambaleou um pouco, mas manteve-se firme, mesmo apesar dos ferimentos. Gael não parecia nada bem.
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- Eu me sinto ótima... Quer dizer - apoiou-se na murada meio cambaleante - tirando essas mordidas que sofri...
Seu olhar recaiu sobre a moeda, curiosa, tentou lembra-se de algo que pudesse ajudar, de livros de história e religião que já havia lido.
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Personagens em Pbfs:
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Aldenor » 03 Ago 2017, 16:44

Gael resmunga um pouco, achando estranho aquela atitude do anão. Aquelas palavras: "médico" e "sallistick" nada significavam pra ele. O anão logo saiu lhe entregando um frasco. O jovem monge deu uma cheirada e achou ruim. Lembrou que seu mestre Jouji falava que remédios de gosto ruim são os melhores. Então, aquilo era um remédio? Decidiu beber tudo.

Depois de limpar os lábios com as costas da mão, Gael se aproximou dos corpos para jogá-los no mar e ajudar Áster e aquele homem de cabelo esverdeado de cara fechada. E assim o fez, não ligado para o faro do homem ter parado para olhar o chão manchado de sangue.
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Blackfox » 03 Ago 2017, 17:19

Com a adrenalina da batalha aliviando-se em Catriona, ela começou a sentir as dores do combate, mas aquilo não seria o bastante para domar seu espírito desbravador. Enquanto respondia à pergunta de Áster, a nobre teve sua atenção atraída para o estranho objeto que Turok observava com cautela. Aquele símbolo lhe parecia familiar, mas ainda assim era difícil fazer uma associação. Ela parou por um momento, massageando as têmporas e procurando em seu acervo mental algo útil sobre ele. E foi quando uma faísca estalou e uma enxurrada de informações chegou. Não era a toa que a jovem tivera dificuldade em lembrar daquilo. O livro onde havia visto a moeda já estava velho e em pedaços na época em que o leu, de modo que ela só conseguira entender parte da história. A caveira esculpida era o símbolo de um antigo rei necromante que fora uma pedra no sapato de Deheon durante o processo de colonização do reino. As histórias diziam que ele havia juntado muito ouro durante seus saques e os utilizara para realizar alguma espécie de ritual profano que deu origem àquelas moedas malditas. O resto do conto divergia sobre o que acontecera depois. Na verdade a própria existência desse monarca sombrio era tema de debate entre os estudiosos do reinado. Mas aquela moeda... Poderia ser um prova circunstancial para atestar que o necromante realmente existira. Só depois de completar seu pensamento a nobre percebeu que os corpos dos lacedons não estavam mais ali. Gael os jogara de volta às águas do rio panteão, o que infelizmente não bastara para livrar-se do cheiro pútrido que havia permanecido na balsa. O dobrador percebeu que parte de seu vigor já havia retornado, e embora ainda se sentisse um pouco aéreo, sentia que logo estaria melhor.

- Finalmente! - Gritou Hurimm, chamando a atenção de todos.

Ao olhar mais atentamente, já era possível ver o porto de Gorendill, que apesar de seu tamanho acima da média para uma cidade daquelas proporções, possuía poucos barcos ancorados nele. Ao que parecia, poucos foram aqueles que atenderam ao chamado do prefeito. Depois de se aproximarem mais um pouco, já era possível ver os aldeões sussurrarem e se entreolharem, certamente falando sobre os recém-chegados. O sorriso retornou ao rosto de Áster enquanto a balsa chegava cada vez mais perto de seu destino. O cheiro de peixe assado tomava conta do ar, fazendo os aventureiros se lembrarem de que não haviam comido desde o dia anterior.

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Aldenor
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Re: "Para o Norte, meu Jovem!" (TRPG - Tópico ON)

Mensagem por Aldenor » 03 Ago 2017, 17:26

Gael coçou o cabelo enquanto olhava desanimado para o porto se aproximar. As pessoas ali não pareciam nada interessantes. Olhou de volta para as pessoas da balsa com quem lutara ao lado e lembrou do outro rapaz que ofereceu cura.
Gael
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Ow, se você puder fazer a gentileza...
Disse com um meio sorriso enquanto mostrava o braço com as marcas profundas da mordida. Não sangrava mais, porém os buracos dos dentes estavam dolorosos.
Gael
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Mas se você não é curandeiro, como espera me curar?
Disse com uma cara confusa e um tanto desconfiada.
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