TRPG - Herdeiros da Guerra (Fechado)

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Lord Seph
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Lord Seph » 06 Dez 2017, 17:43

Trevor ouve tudo quieto e pensativo. Ele já havia conversado com Cronomantes e podia dizer que eles deveriam ser mais temidos que os Necromantes, mas os relatos eram ainda piores.

Aquele grupo havia acolhido um devoto de uma deusa moribunda e irresponsável e para piorar deram todas as armas para esse idiota foder com contínuo tempo e espaço.

- Vocês perdem muito tempo com os deuses, por isso essas coisas acontecem.

Trevor fala sem se importar com a opinião dos outros.

- Não adianta mais choramingarmos, diga exatamente o que mudou, porque ainda sabem o que mudou e como podemos matar esse idiota e restabelecer o tempo, ou pelo menos arrumar o estrago já feito.

Trevor termina de falar enquanto observa seus anfitriões. E se toca que não tem como aquele grupo mal formado ter qualquer capacidade de ajudar.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
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Aldenor
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aldenor » 06 Dez 2017, 17:49

Aldred ouviu a história de Vanara enquanto sua boca ia pendendo.
Aldred
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... o que...
Depois Ludmila o assustou quando puxou sua manga e fez inquisições... o homem de nome Trevor também parecia consternado, falando algo sem sentido sobre os deuses e depois se ofereceu para "matar esse idiota".

Como assim? Aldred o olhou com assombro. Teria encontrado um homem poderoso e experiente?
Aldred
Imagem
E... eu não sei você, senhor Trevor, mas... eu me tornei aventureiro há menos de um mês. Isso aqui tá muito além da minha alçada...
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Lucena
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Lucena » 06 Dez 2017, 20:55

"O primeiro sinal de alguém de quem não posso depender. Se esquece por completo de minhas palavras assim que vê meus cabelos" pensou Crystalia, fitando Max enquanto houvia o relato de Vanara.

Crys escreveu:Imagem
- Bem interessante seu depoimento vago, senhora Vanara, ficará ótimo na página escrita. Mas agora faria bem uma elucidação mais completa, não?
A maga começa a falar mais, descrevendo como e porquê o sacerdote realizou seu plano.
Crys escreveu:Imagem
- Isto é um alívio de se ouvir, minha cara. Não que a interferir com o rio do tempo não seja ruim, mas quando você mencionou uma "destruição no tempo" em temi interferência lefeu. Agora uma tragédia de proporções épicas girando em torno de um artefato místico? Sim, um rumo muito mais apropriado para o conto, se me permite. E se vocês não conseguiram fazer nada para impedir-lo, nossas chance são de uma em um milhão!
Ela disse entre sorrisos para então ouvir seus companheiros. Trevor parecia determinado, o que era bom, mas também expressava seu desgosto por deuses, algo que Crystalia, que foi criada e ensinada por uma, não apreciava nem um pouco. "Além do mais, onde estariam os grandes épicos sem a interferência divina?"
Ludmilla e Aldred pareciam menos determinado no entanto, isso foi desapontador.

Crys escreveu:Imagem
- Aldred, ai Aldred, quê diriam seus ancestrais de te ver desistir tão cedo? Mas se precisa de algo para se sentir melhor, vale a pena lembrar que de acordo com as Leis Fundamentais da Numeromância: chances de um em um milhão acontecem nove a cada dez vezes.
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John Lessard
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por John Lessard » 07 Dez 2017, 07:46

Sir John Lessard apoiou-se no local mais próximo, usando sua outra mão para esfregar às têmporas. Destruição do Tempo, realidade diferente... Lançou um olhar para o lado, com sua convicção destruída, viu que a moça de capuz, era uma medusa. Aquilo não era nada. Em meio aquele turbilhão de loucuras épicas, aquilo não era nada. Mas é claro que sempre haveria algo mais para lhe surpreender, e isto foi o que Trevor, o recém conhecido, disse. Quanto poder, quanta coragem, quanta sabedoria... Ou quanta idiotice. Ele realmente queria matar o cara destruiu o tempo espaço e Crys parecia realmente ávida em induzir Aldred a entrar naquela nova missão. O cavaleiro tomou a frente, respirando fundo.
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- Escutem... Eu persegui bandidos e tomei um forte em ruínas há menos de um dia, não durmo faz quase dois. Meus feitos e de meus companheiros podem parecer, digamos... Menores diante disso tudo, mas eu realmente gostaria de um local para mim e meu grupo descansarmos, por gentileza. Crys e trevor também podem vir, se quiserem, entretanto você parecem ávidos, com toda esta nova situação... Peço desculpas, mas não posso fazer isto.
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aldenor » 07 Dez 2017, 09:20

Aldred balançou a cabeça concordando com a determinação de John. O cavaleiro parecia ter envelhecido dez anos em um dia.
Aldred
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Eu concordo. Crystalia, não sei o que tu sabe sobre meus ancestrais, mas... não acho que nenhum deles pulou tantas etapas como você pede que eu faça. Eu deveria, por exemplo, ser capaz de dar uma boa luta para o campeão de Keenn, Max Reilly. Mas eu sequer o faria se mexer se o desafiasse. Não conheço você ou o Trevor, talvez vocês sejam muito mais experientes, vívidos... mas eu, sir John, Ludmila, Ji... hã... Kain, Djana, Nadinah... não temos essas qualidades épicas.
Disse sem o menor problema. Para Aldred aquilo tudo era loucura e tinha dúvidas se até mesmo alguém como seus pais pudessem lidar com aquela proporção.
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Aquila
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aquila » 07 Dez 2017, 17:17

Herdeiros da Guerra – Parte 4: Mestres do Destino

Torre dos Libertadores - Deheon...
(Noite de Jetag 17 sob Pace, 1409 CE)
Ludmila
E agora, Varana? O que acontece conosco? A realidade vai se estabilizar totalmente diferente do que vivíamos... é isso? Podemos ser apagados da história?
- Existe a possibilidade de que todos nós sejamos aniquilados pela nova realidade... - diz Varana, olhando no rosto de cada um de vocês, - mas também existe a possibilidade de que isso não aconteça... Preciso de tempo para estudar as anotas que Tinlinns deixou para trás, para ver se existe alguma referência sobre o que está acontecendo, mas o importante agora é não sair da fortaleza...

Varana estende a mão e tenta tocar a fina poeira brilhante que se espalha pelo ar, mas a substância etérea a atravessa seus dedos como se não existisse, enquanto ela observa com uma expressão vazia.

- De alguma forma, estamos protegidos pelo poder das Areias do Tempo, mas não sei o quanto isso vai durar...

- Eu... estou conectada a fortaleza por um encanto que me permite sentir as mentes de todos que estão no seu interior, ou mesmo próximos dela, dependendo de onde estamos. Foi assim que eu percebi a presença de todos vocês, quando se aproximaram da fortaleza, e pude enviar ajuda... - Ela olha de relance para Max, que a observa, preocupado. - Essa conexão me permite vislumbrar os pensamentos daqueles que estão na torre, superficialmente ou não, dependendo da força mental de cada um, e isso me permitiu sentir os pensamentos de Tinllins, antes dele concluir seu encantamento...

- O encanto não poderia levá-lo para longe, mas todo o seu pensamento estava concentrado em matar aquele que ele considera o causador de toda a sua dor: Thwor Punho de Ferro, o comandante da Aliança Negra. Tinllins queria matá-lo antes de ascender ao poder, mesmo que fosse antes de nascer...

- O fato é que a ascensão do monstro foi apenas o primeiro sinal de um evento que mudou o mundo, um evento cujos resultados são sentidos pelas próprias divindades que zelam sobre tudo... O plano de Tinllins funcionou, não tenho dúvida, mas não sei a que ponto... Pode ser que as famílias de alguns de nós, aquelas que viviam distantes de todos os grandes eventos, não tenham sido afetadas, ou tenham sido afetadas apenas parcialmente, mas certamente aqueles envolvidos direta ou indiretamente nos eventos seguiram destinos diferentes dos que conhecemos...
John Lessard
- Escutem... Eu persegui bandidos e tomei um forte em ruínas há menos de um dia, não durmo faz quase dois. Meus feitos e de meus companheiros podem parecer, digamos... Menores diante disso tudo, mas eu realmente gostaria de um local para mim e meu grupo descansarmos, por gentileza. Crys e trevor também podem vir, se quiserem, entretanto você parecem ávidos, com toda esta nova situação... Peço desculpas, mas não posso fazer isto.
- Todos estamos cansados - diz Max, a voz grossa ecoando como o estrondo de um trovão em comparação com a suave de Varana, - mas precisamos resolver o que está acontecendo o mais rápido possível...

- Ele está certo, Magnus - diz a maga, a voz fraca quase abafada pela voz do guerreiro, mas, ainda assim, ela consegue chamar a sua atenção. - Ele está certo. Por favor, ele está certo... Todos precisamos descansar, um pouco... P-podemos lidar com isso amanhã... ou depois, não sei... agora, agora eu quero apenas descansar e pensar...

A maga não espera pela resposta do homem e se teleporta instantaneamente, desaparecendo no ar em um brilho violeta. O guerreiro fica olhando para o vazio com uma expressão confusa, antes de se voltar para todos com o rosto indecifrável.

- Larissa, leve todos para a ala dos hóspedes e os apresente para Aida, sim? Ela vai arranjar um quarto para todos... - A guerreira chamada Larissa se adianta, olhando para todos cordialmente. - Depois disso, está dispensada para ir descansar, também... Todos estão dispensados...

- Senhor, precisamos dizer aos servos o que está acontecendo... - diz Varris, meio surpreso. - Todos têm família... lá fora... Precisam saber...

- Trataremos disso amanhã - diz Max, pondo fim a discussão. - Eles sabem que a fortaleza foi atacada, mas por hora deixe-os aproveitarem a ignorância...

Max então se despede de todos e se retira, seguindo para uma das escadarias com Varris e alguns dos guerreiros, enquanto o restante começa a se dispersar, sozinhos ou em grupo.

- Venham comigo, por favor - diz Larissa, fazendo um sinal para que a sigam na direção de uma grande porta de madeira, entalhada com esculturas em alto-relevo, à esquerda do salão de entrada.

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Seus passos ecoam como sussurros pelos corredores escuros da fortaleza, claramente muito maior por dentro do que por fora. Enquanto seguem para os dormitórios, vocês passam por corredores altos, decorados por esculturas em relevo no padrão orgânico que domina a arquitetura da fortaleza, ladeados por diversas portas de madeira entalhadas, reforçadas com o mesmo metal cinzento dos candelabros e lustres, que se acendem quando vocês se aproximam. É impossível determinar a idade da fortaleza, mas os objetos da decoração contam a história de reinos e civilizações perdidas.

Depois de subirem uma escadaria estreita, vocês chegam em uma sala comunal ricamente decorada com tapetes dos povos da Grande Savana, mesas de madeira de lei, cadeiras estofadas e almofadas, de onde saem uma série de corredores. Uma mesa no centro, iluminada pelas velas mágicas, foi abastecida com comida e bebida - frutas, carnes, queijos, pães e outras coisas apetitosas - cujo aroma se espalha suavemente pelo ambiente.

Uma mulher de meia idade, de cabelos castanhos, e uma jovem de cabelos ruivo-alaranjados, estão na sala, sentadas a mesa, conversando, ambas trajando vertidos cinzas, ricamente bordados.

- Aquelas são Aida e sua filha, Hanna - diz Larissa, assim que vocês chegam na sala. - Por favor, não digam nada para elas sobre o que está acontecendo. Max vai contar quando for a hora certa... Hanna não tem ninguém além da mãe, mas Aida vem de uma família grande, com uma longa história de mordomos e governantas...

- Senhora Aida, que bom que está aqui - diz Larissa, enquanto a mulher se levanta. - Recebemos alguns hóspedes que precisam de um lugar para passar a noite. Mestre Max me pediu para deixá-los sob seus cuidados...

- Sejam bem-vindos - diz a senhora, fazendo uma reverência formal, sem se importar com a aparência de Crystalia. - Por favor, venham comigo. Hanna, querida, ajude-me a levar os hóspedes para os quartos, sim? Venha... Alguém está com fome? Fiquem à vontade para se servirem. Por favor, por aqui. Temos quartos para todos, mas se preferirem, temos quartos de casal, também.

Ela olha para Aldred e Ludmila, quando fala a última parte.

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Os quartos que vocês receberam são pouco maiores do que os que vocês escolheram na antiga fortaleza das colinas, mas todos estão impecavelmente limpos, decorados com móveis de aparência sólida, ricamente trabalhados. Candelabros de prata com cristais emanam uma luz clara que parece desaparecer nas paredes de pedra escura de uma forma harmoniosa.

Nenhum dos quartos têm lareira, e as grandes janelas, ocultas atrás de cortinas altas, não abrem.

Banheiras com água quente foram preparadas para todos, fumegando trás de biombos delicados, ao lado de mesinhas com roupas limpas e itens de banho. Pequenas pedras redondas, colocadas no fundo das banheiras, aquecem a água até o ponto ideal, sem queimar.

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Editado pela última vez por Aquila em 13 Dez 2017, 08:37, em um total de 1 vez.

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Aldenor
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aldenor » 07 Dez 2017, 19:09

Aldred começava a pensar nas implicações das coisas que estavam acontecendo a partir de uma explicação mais acurada de Vanara. Pelo menos, para ele parecia ser o suficiente para entender que o mundo havia acabado. Mas talvez não para ele ou sua família, pois pelo que lembrava os Maedoc vieram do Deserto da Perdição, sem nenhum contato ou relação com Lamnor.

Lembranças daquele livro, o Tomo da Dragoa, compilado por um tal de Maedrax de Sckharshantallas - dito o verdadeiro fundador de sua família Maedoc - voltavam à sua mente. Aldred havia lido quando era criança, pois as gravuras eram bonitas. Mas quando começou a estudar história na Universidade de Valkaria não teve muita paciência para ler a fundo. Sabia que o tomo era uma bela fonte histórica, um livro antigo que jazia na enorme prateleira de livros de sua mãe, mas não passavam de histórias, relatos e... tudo que acontecera podia ser respondido por ela.

Afinal, a Rainha vivia nele.

Aldred olhou para os lados tentando vê-la, mas não aparecia. A criança só se fazia ver quando havia alguma situação de perigo para poder absorver os poderes dracônicos que eventualmente Aldred despertaria. Sua ausência poderia significar um período de tranquilidade, mas já houve outras situações difíceis que ela não aparecia. Agora mesmo era um destes momentos.

Aldred andava de corpo presente, mas sua mente viajava tentando lembrar dos Castell de Trebuck de onde sua linhagem vinha. Os trebuckianos eram descendentes dos sambur, de Samburdia, que por sua vez eram formados por uma mescla de nativos e colonos lamnorianos... não dava pra saber muito bem, mas pela cor da pele e pela arte dos Castell de Trebuck era possível entender que tinha inspiração lamnoriana.

E isso seria ruim. E se sua bisavó Cecília Castell não tivesse nunca existido? O que seria de seu bisavô Antenod? Provavelmente seu avô, seu pai e ele mesmo não teriam nascido...

Aldred ouviu uma mulher que parecia uma governanta falar sobre um quarto de casal, mas preferiu não falar nada. Decidiu, por fim, aceitar o banho, mas não a comida. Era muito tarde para comer e, além disso, já havia comido na fortaleza.

Antes de ir para o quarto (com ou sem Ludmila), ele puxa sir John Lessard pelo braço.
Aldred
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John... as coisas vão se resolver...?
Queria incentivar o cavaleiro, mas acabou saindo uma pergunta incerta. Depois, Aldred se recolheu.
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Lord Seph » 07 Dez 2017, 19:51

Trevor nada diz após as explicações, apenas aceita a estadia forçada e se recolhe.

Trevor aceita o banho e a comida, pois ainda não havia jantado naquela noite. Seus novos companheiros estavam abalados e sem rumo e Trevor nada podia fazer, por enquanti.

No quarto ele lê os livros do que restou de sua família e talvez tudo aquilo não importasse mais.

- Bem, Astolfo, não há nada a ser feito. Vigie a porta.

São as ordens de Trevor e o fim daquele dia em um quarto estranho e sem um futuro ou mesmo um passado.
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por John Lessard » 12 Dez 2017, 07:06

John seguia distraído pelos corredores, seguindo pessoas sem rostos. Palavras iam e vinham, mas ele não prestava atenção, como ecos distantes de vidas esquecidas. Não reparava mais na imponência, nem da particularidades dos locais visitados, muito menos nas pessoas e seus anseios, desejos, exigências.

"Tempo destruído..."

O cavaleiro tinha a alabarda de Jinx apoiada no ombro, espada na cintura e escudo nas costas. Sua mente estava preenchida pelos gnolls, o forte e os bandidos... Talvez nunca os visse de novo, não pôde terminar de ajudá-los. Parecia errado que um único ato, pudesse afetar todo a realidade e ninguém pudesse fazer nada a respeito. Parou em frente uma porta, quando seus olhos cinzentos captaram os lábios de Aldred se mexendo, perguntando algo.

"Ele ainda coloca sua fé em mim? O que eu posso fazer?"

- Se depender de mim, sim... Mas temo que não dependam, não mais.

Adentrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Não reparou nos detalhes enquanto deixava a alabarda cair no chão ressoando por todo o ambiente. Em seguida desprendeu o cinto da espada, largou o escudo encostado na cama e começou a desfivelar o cinto sua armadura, que caiu pesada no chão. Largou suas roupas no canto e finalmente adentrou na banheira com água quente. Relaxou os músculos, fechou os olhos. Dormiu.
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aquila » 13 Dez 2017, 12:13

Herdeiros da Guerra – Parte 4: Mestres do Destino

Torre dos Libertadores - Deheon...
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Aldred

"<Descendente!>"

O grito mental da Rainha Eterna o desperta bruscamente do pesadelo perturbador onde estava, um mundo devastado dominado pela escuridão.

"<Descendente, acorde! Há mais alguém no castelo. Alguém como eu... Eu o vi andando pelos andares superiores...>"

Ainda imerso no sonho, as palavras da Rainha Eterna demoram a fazer sentido em sua mente. O lençol gruda no seu corpo suado, enquanto você se coloca de prontidão, sentindo o peso suave do corpo da garota pressionar o seu com uma urgência impudica. Quando você finalmente percebe onde está, a memória começa a se desfazer, restando apenas imagens fragmentadas de uma outra vida.

No sonho, você andava pelas muralhas de Grevanhall, observando o exército posicionado ao longo da margem do rio congelado, uma força de defesa desgastada pelas batalhas sem fim... Um sino distante anuncia a alvorada, despertando-o das memórias de sua infância, mas você sabe que a noite não terminará, pois o Sol esta morto, substituído por uma fraca estrela dourada, brilhando no horizonte como um farol de esperança. Uma brisa fria sacode os seus cabelos compridos, trazendo pouco alivio ao corpo cansado, coberto pela armadura de batalha.

A armadura é pesada, mas é o pergaminho com o selo de sua mãe em suas mãos que você não consegue segurar... Seu pai está morto, diz a carta, confirmando algo que você havia sentido.

Apoiado na beirada da muralha, você sente o toque de Alexandra em seu pescoço tenso. O toque quente é gostoso e reconfortante. Você se vira e olha para ela, , imaginando o quanto ela é forte. Tendo perdido seu próprio pai a pouco tempo, ela tenta lhe ajudar, lutando contra os sentimentos que surgiram entre vocês dois, no meio de tanto sofrimento...

"<Descendente!>"
Aldred desperta antes dos demais. As janelas ainda estão escuras, como se ainda fosse noite, mas ele está totalmente descansado, mesmo depois do sonho estranho que teve.
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