TRPG - Herdeiros da Guerra (Fechado)

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Lucena
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Lucena » 30 Nov 2017, 11:25

Crystalia ajeita suas roupas, garantindo que seus cabelos ainda estavam abaixo do capuz depois de tanto exercício, até ela notar que nem todos haviam sido capazes de se salvar. Nas rochas jazia o cruzado ruivo. A medusa se sente triste pela perda, mas sabe que não é seu luto nesta hora. Não sabia nada mais que o nome dele.
Agora guiada pela arruinada torre dos Libertadores ela sabe que não estava lá ao acaso, era seu dever como barda registrar o que via. Prontamente tira seu equipamento de escrita para suas mão e começa a tomar nota de tudo que via, das decorações da torre, do que havia sido destruído, do estado das pessoas que via lá. E especialmente do que o "Campeão de Keen" dizia.
Crys escreveu:Imagem
- Um aliado você diz, então algum Libertador? Foram derrotados pelo quê, exatamente? O quê acha que será pago?
- Alias, nomes completos, e alcunhas, por favor. Senhor Max....?
Pergunta ela enquanto escrevia rapidamente. Suas notas não eram uma transcrição poética, muito menos exata do que ocorria, mas sim fluxogramas de memórias e pensamente e detalhes que outros preferiam não notar. O tipo de coisa que realmente iria lhe ajudar quando estivesse escrevendo livros sobre oque aconteceu aqui.
Estou disposto a rolar qualquer teste necessário. Só dizer mestre.
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John Lessard
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por John Lessard » 30 Nov 2017, 12:30

Aquele homem, aquele devoto de Keen, guerreiro, finalmente se apresentava. Max era seu nome. John não pôde deixar de notar a maneira como caminhava, pisando firme, decidido. Ele também puxara assunto, condolências por Jinx.
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- Obrigado... Era um bom companheiro, embora só o conhecesse há dois dias... Mas na verdade, parecia que o conhecia há muito mais tempo. A propósito, sou John Lessard, Sir John Lessard.
O cavaleiro continuou em silêncio, enquanto Crys fazia perguntas ao homem. Era uma moça interessada e ávida. Sua atenção se desviou quando finalmente entraram na fortaleza, era sem sombras de dúvidas, magnífica. Max voltou a falar, John franziu o cenho.
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- Traição... Podemos ajudar de alguma forma? Depois disto... Eu temo que precisamos volta, há quem necessite de nossa ajuda lá embaixo. Isso seria possível?
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Mælstrøm
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Mælstrøm » 01 Dez 2017, 16:17

Um companheiro do grupo caíra para a morte certa. Ludmila não podia deixar de pensar que podia ser ela... se usasse uma armadura tão pesada quanto a do clérigo de Nimb. A morte era efêmera, assim como a vida, desde que fossem a dos outros, claro. Ludmila não teve tempo de conversar com Jinx e por isso sua morte torna-se apenas um detalhe esquecível... ou talvez nem tanto, pois ele tinha dons de cura, o que era útil de fato. Agora ela teria que tomar cuidados redobrados, evitar o perigo direto caso haja necessidade...

E parecia que situações arriscadas se tornariam frequentes. Após serem conduzidos pelos homens de armas liderados por Max, um cavaleiro libertador, entraram na famosa Torre dos Libertadores. O vento tornava o caminhar incômodo lançando os cabelos ruivos da ladina. Ludmila, que tinha Viúva Negra embainhada novamente, olhou para baixo, para a fortaleza ficando para trás. Deixar Nadinah podia ser um passo pra trás, mas entrar na torre voadora podia lhe oferecer novas oportunidades. Ludmila hora olhava para Aldred para ver o espírito do guerreiro, hora olhava para John que parecia abalado com a perda de Jinx. Apegados a tais sentimentos, podiam ser inúteis. Ludmilia precisava que pelo menos seu guerreiro mantivesse inteiro. Segurou sua mão com delicadeza para acompanha-lo e deixar claro que estava ao seu lado caso precisasse.

O cavaleiro libertador que ostentava o símbolo do deus da guerra (irônico...) dizia que foram traídos por um aliado e por isso a torre dos mais famosos heróis de Arton tombou. Ludmila fechou o cenho pensando em como podia ter sido tão amaldiçoada assim pelos deuses para estar no exato momento e no exato local de um evento tão grandioso e tão irritante ao mesmo tempo. Ela não queria fazer parte disso. Como não conhecia o restante do grupo, apenas falou com Aldred com discrição.
Ludmila
Imagem
Do jeito que as coisas estão, poderemos ficar presos nessa torre mágica. Temos que descer, não podemos deixar os gnolls, Nadinah... os bandidos... eles precisam de nós lá embaixo.
Disse só para ele.

O cavaleiro John Lessard ofereceu o grupo em ajuda, mas pelo menos teve noção de que havia maior necessidade lá embaixo. Ludmila mostrou um meio sorriso.

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Aquila
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aquila » 05 Dez 2017, 17:34

Herdeiros da Guerra – Parte 4: Mestres do Destino

Torre dos Libertadores - Deheon...
(Noite de Jetag 17 sob Pace, 1409 CE)

O Campeão de Keen parece não ouvir as perguntas de Crystalia, andando na direção das escadarias meio perdido, absorto em seus pensamentos.

- Tinllins Folha Escarlate, Sacerdote de Glórienn, não era um libertador... - ele responde prontamente, apesar da aparente distração, a voz pesada ecoando pelo teto abobadado. - Ele era um guerreiro muito poderoso e inteligente, tanto que eu mesmo cheguei a cogitar sua nomeação como Cavaleiro Libertador, mas, no fim, descobrimos que ele se aproximou de nós apenas para roubar o poder da fortaleza...

Ele se vira para Crystalia, surpreendendo-se quando a vê anotar avidamente suas palavras. Ele se aproxima da barda e para diante dela com as mãos na cintura, um leve sorriso de divertidamente marcando o rosto austero e imponente.

- Tentamos impedi-lo, mas subestimamos sua determinação, e agora pagamos o preço máximo...

O guerreiro continua olhando para Crystalia com curiosidade, olhando para os lábios graciosos da barda, o único traço de seu rosto que escapa da sombra do manto pesado, e por um momento parece que ele vai avançar para retirar o capuz que a cobre (ele chega a avançar um passo da direção de Crystalia, enquanto ela anota), mas a pergunta final de John chama a sua atenção e ele se volta para o cavaleiro.

- Não há como voltar - ele diz.

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Editado pela última vez por Aquila em 06 Dez 2017, 10:25, em um total de 1 vez.

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Aldenor
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aldenor » 05 Dez 2017, 21:04

Aldred estava cansado e em choque. Parecia que não dormia há dias e agora lutava para manter o foco. Jinx havia caído para o buraco sem fim e aparentemente morrido. E agora eles estavam na Torre dos Libertadores de Valkaria! Heróis de sua adolescência e aquele quem ele encarava era ninguém menos que Max Reilly, um dos maiores guerreiros de Arton. Dizia-se que Arkam era o guerreiro mais forte, embora Aldred considerasse seu pai mais forte, mas Max estava em um nível completamente diferente. Cósmico, épico, lidava com situações que reles mortais artonianos como ele, Arkam ou mesmo seu pai podiam sonhar em lidar.

Mas de certa forma, Aldred não estava animado. Ludmila estava ao seu lado o tempo todo, ajudando-o, levando-o para dentro do ambiente colossal, famoso, estupendo que era a Torre dos Libertadores. Max falou com Crystalia e depois respondeu que não havia como voltar. As palavras de Ludmila ressoaram em sua cabeça. E depois de muito tempo, ele resolveu falar:
Aldred
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Espera, Max... Max. Temos que voltar, não podemos ficar aqui. Não tem como nos teleportar ou algo parecido?
Ele se aproximou do homem que era tido como um ídolo, mas sua atitude não parecia de a um fã.
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Lucena
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Lucena » 05 Dez 2017, 21:08

Por um instante Crystalia pensa que não receberá suas respostas, mas logo recebe uma enxurrada de informação. Anotando desesperadamente oque o guerreiro ditava, além de suas próprias teorias incompletas no ocorrido, ela mal percebe que ele havia parado a sua frente. Max avança na direção dela e com isso ela toma um passo para trás, nada confortável com o quase movimento da mão dele. Ele queria retirar seu capuz, provavelmente a considerava uma pessoa suspeita, uma estranha encapuzada anotando tudo que podia sobre ele. Ela queria ter lembrando de por a peruca hoje, mas alas, as coisas nem sempre saem como esperado e sem o capuz ele teria maior liberdade para se mover. Além de tudo, sempre confiou em reações a sua aparência como modo de julgar as pessoas.

Ela puxa seu capuz para trás e toma um passo em direção ao campeão de Keenn.
Crys escreveu:Imagem
- "Não há como voltar" ora ora, não podemos ter algo assim, podemos?
- Veja bem, meu caro Libertador, o que tenho aqui em meu livro não é só o começo de uma estória, é a semente de um épico. E se você acha que este sacerdote traidor pôde invocar tragédias tão grandiosas que impediriam sua publicação, então não conhece Crystalia Stonehart.
A medusa, recém revelada toma um instante para eixar suas serpentes respirarem depois de tanto tempo sobre panos. Elas logo saboreavam o calor do ar e Crystalia pode voltar a falar, com ainda mais confiança em seu tom.
Crys escreveu:Imagem
- Eu posso lhe garantir, Campeão de Keenn, que quer queiram quer não, os detalhes deste épico virão a luz. Então que tal começar a descrever a situação em que acham estarem "presos" e sem esperança de "volta".
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aquila » 06 Dez 2017, 12:50

Herdeiros da Guerra – Parte 4: Mestres do Destino

Torre dos Libertadores - Deheon...
(Noite de Jetag 17 sob Pace, 1409 CE)

Os soldados se espalham pelo salão de entrada de uma forma que não esconde o treinamento militar, assumindo suas posições de uma forma natural, como um grupo que trabalha a muito tempo unido, a ponto de apenas um gesto demonstrar mais do que palavras. Seus rostos abatidos mostram que todos chegaram ao limite, nenhum deles parece ter dormido muito, mas ninguém se permite relaxar, independente de exibirem o símbolo sagrado de Keenn ou de outras divindades.

É difícil definir que tipo de tropa eles representam, pois os equipamentos dos guerreiros não se diferenciam muito dos equipamentos dos arqueiros e batedores. Apenas um deles, um homem de cabelo raspado e olhos escuros, com tatuagens pelas partes do corpo que escapam da roupa leve, carrega um cajado que denuncia suas habilidades, mesmo que ele traga a arma atrás da nuca, como um bastão de luta.

Varris segue logo atrás do grupo, observando o movimento dos soldados enquanto o comandante se preocupa com outras questões, acompanhado de uma dupla de guerreiros que andam juntos, um homem e uma mulher.

Quando Crystalia revela sua natureza, todos os soldados reagem ao comando de Varris, os músculos tensos nos punhos nas armas, mas um movimento da mão do Campeão de Keenn faz com que se afastem.

- Eu estava certo... - ele diz, sorrindo de uma forma um pouco hesitante. - Conheci uma medusa, quando era um pouco mais jovem, durante uma aventura em Altrim... Foi um encontro conturbado, devo dizer, mas, no fim, nos tornamos... amigos, e, bem, você fala de uma forma que me lembrou dela...

Max observa a barda com curiosidade, enquanto seus guerreiros parecem relaxar, todos exceto Varris, cujo olhar trai sua displicência, mas ante que o Libertador possa responder, uma voz feminina, espectral, soa do centro da câmara.

- Tinllins de Madeira Vermelha, o mais fervoroso e dedicado sacerdote de Glórienn, a Deusa dos Elfos, fundador da Sociedade da Folha Escarlate, destruiu o próprio tempo, Crystalia Stonehart.

Um brilho violeta surge no centro do salão, tomando a forma de uma mulher bonita, de longos cabelos castanhos, trajando um manto rubro de aparência muito antiga, decorado com fios de ouro, sobre um vestido escuro, diversos anéis nos dedos delgados. O ar parece tremer ao redor dela, enquanto se materializa, apoiada em um cajado que emana uma aura perturbadora.

A mulher anda com a imponência arrogante dos arquimagos, o som do cajado batendo no chão de pedra ressoa pela abobada majestosa, mas quando ela se aproxima do grupo, todos conseguem perceber a dor e o cansaço extremos que a afligem. Max se coloca ao lado dela no momento em que seus olhos verde-escuros brilham com o peso dos sentimentos...

- Varana!

O Campeão de Keen a segura com gentileza nos braços, antes que ela caia. A mulher respira com dificuldade, um fio de sangue escorre de seu nariz e mancha o lábio rubro, a mão aperta o braço do guerreiro com força, mas ela continua olhando para ele. Max limpa o sangue do rosto dela. Eles nada dizem, mas de alguma forma parece que não precisam, os rostos próximos parecem expressar tudo que sentem.

- Eu estou bem, Magnus... - ela diz, depois de um momento, enquanto o guerreiro a coloca no chão, apoiando-a gentilmente. - Preciso apenas de um momento... para me recuperar... - Ele duvida, mas ela confirma com um olhar decidido.

Apoiada no cajado e no guerreiro, a maga se volta para vocês.

- Eu sou Varana, uma... aliada dos Libertadores de Valkaria. Não se preocupem, não pretendo traí-los. Infelizmente, não há como voltar, pelo menos não agora... Tinllins destruiu o tempo como o conhecíamos, alterando a realidade de forma devastadora - prova de que conseguiu o que queria - então não sabemos o que pode estar lá embaixo.

- Estamos seguros na fortaleza, por enquanto, mas a realidade está se ajustando a mudança e não sei o que pode acontecer se sairmos do encanto...

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Editado pela última vez por Aquila em 06 Dez 2017, 14:54, em um total de 1 vez.

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Aldenor
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aldenor » 06 Dez 2017, 14:42

Destruiu o tempo?

Aquilo não fazia sentido nenhum. Aldred não entendia nada do que acontecia ali em sua volta.
Aldred
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O que isso significa, milady Vanara? Como um sacerdote de uma deusa pequena pode destruir o tempo? O tempo? O que quer dizer com isso?
Ele parecia irritado, sem paciência. Efeitos da falta de sono. Ele cambaleou até Vanara e Max, mas não queria ser ameaçador, embora parecesse descompensado.
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Aquila » 06 Dez 2017, 16:35

Herdeiros da Guerra – Parte 4: Mestres do Destino

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Max dá um passo a frente quando Aldred se aproxima, mas Varana o detém com um movimento de pulso, da mesma forma que ele havia feito com seu grupo de guerreiros poderosos.

- Ele conseguiu destruir o tempo mudando o passado... - diz a maga, se afastando gentilmente dos braços do guerreiro, andando a passos lentos pela câmara. - O correto é dizer que ele destruiu o nosso presente, apenas uma leve ondulação no infindável Rio do Tempo, cujo escoar das águas nem mesmo os deuses podem impedir...

- Por muitos anos, Tinllins foi apenas o sacerdote-mor de uma deusa desesperada e arruinada, realmente, mas isso não o impediu de procurar uma forma de ajudá-la, não importando de que forma. Por anos, ele viajou pelos mundos atrás de outros como ele, pregando e reunindo o legado de sua terra devastada, com o objetivo de restaurá-la, mas em um dado momento, ele desapareceu... Quando retornou, a cerca de um ano, ele parecia realmente capaz de realizar o que sempre prometeu, restaurar a glória de sua deusa, mas não percebemos que ele havia mudado...

Varana respira profundamente, pensativa.

- Imagine que você vive em um reino maravilhoso, um lugar de belezas incríveis, onde a magia e a natureza são partes da vida, e mesmo a mais simples das habilidades é uma prece em honra a sua deusa. Tinllins vivia em um lugar assim, antes de tudo ser devastado e sua família massacrada. Isso seria suficiente para arruinar a mente de um homem, mas, ainda assim, ele se apegou à esperança enquanto todos se afastavam, consumidos pela dor.

- Essa esperança lhe deu forças para enfrentar a dor da perda, e por muito tempo ele ficou cada vez mais confiante em seu propósito, trabalhando para restaurar o que havia perdido em honra da memória de sua família... somente para ver tudo desabar novamente. Quando Nivenciuén foi devastada pela Tormenta, Tinllins também foi destruído. Perder sua família e tudo que amava pela segunda vez o enlouqueceu.

- Quando ele voltou, começou a reunir os elfos para recriar seu reino em um lugar distante, além do deserto, um trabalho que o ajudamos a realizar, pois concordamos que era algo bom... Depois de ter formado um grupo formidável em Arton, nos o ajudamos a encontrar os elfos que viviam nos mundos além do mundo, dentre eles um poderoso cronomante chamado Zahradan.

- Durante o tempo desaparecido, Tinllins desenvolveu muito sua habilidade mágica, se tornando um conjurador poderoso e meticuloso, com grande capacidade para a manipulação do tempo, um poder dominado por poucos estudiosos. Zahradan era um dos maiores mestre da arte em todos os mundos, e por um tempo Tinllins estudou com ele para aprimorar suas habilidades, mas seu interesse pelas Areias do Tempo não era puramente acadêmico.

- Quando a Ordem da Ampulheta percebeu suas intenções, era tarde demais. Tinllins roubou a Areia do Tempo acumulada durante milênios pela ordem, para executar um plano arriscado: voltar no tempo e impedir a destruição de sua raça.

- Mas o poder das Areias do Tempo é forte demais para qualquer mortal manipular. Mesmo com o item, Tinllins não conseguiria recuar muito no tempo a ponto de realizar uma mudança significativa ou duradoura, a menos que conseguisse energizar o encanto com uma fagulha de poder divino. Infelizmente, nós abrimos as portas para que ele entrasse na fortaleza, um santuário criado pelo poder de Valkaria.

Varana parece cansada, depois da longa explicação, se apoiando no cajado.

- Tentamos detê-lo, mas havia poucos de nós na fortaleza, quando ele chegou, algo que agora percebemos ter sido parte do plano... Eu, Iris e Gregorius, o enfrentamos, mas não conseguimos impedi-lo... Eu sobrevivi, mas ambos foram jogados no tempo... Quando percebi que ele havia conseguido, o poder que Tinllins havia liberado estava descontrolado, pois a realidade já começava a se ajustar... Usei toda o meu poder para estabilizar o efeito, mas aparentemente a poeira residual afetou o mundo ao redor, quando a Torre caiu.

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Editado pela última vez por Aquila em 07 Dez 2017, 13:18, em um total de 1 vez.

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Mælstrøm
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Re: Tormenta RPG - Herdeiros da Guerra (ON)

Mensagem por Mælstrøm » 06 Dez 2017, 17:23

Nunca existiram situações em que Ludmila sentiu-se incapaz de fazer alguma coisa. Por mais que a prisão pelos homens de Ronnan tivesse limitado seu arco de atuações, ela ainda sentia o controle da situação, sabia que surgiria uma janela de oportunidade para agir. Quando viveu com Jacob em seu navio era a mesma coisa. Apesar de saber que não podia ir e vir como quisesse, Ludmila sabia que podia libertar-se de seu claustro como exatamente o fez.

Assim, ela vivia suas aventuras, viajando aqui e ali, lidando com situações ordinárias onde o sobrenatural mantinha-se envolto numa penumbra de mistérios. Até conhecer esse grupo de aventureiros, pelo menos. O fato de Viúva Negra ter ganho habilidades, as vozes que ouvia, a influência externa em suas ações... tudo isso em poucas horas durante a noite fez Ludmila vivenciar algo diferente, exótico, fora de seu controle. E isso a deixava irritada, como quando não era levada à sério nas brincadeiras com seus irmãos na infância.

Mas agora Ludmila vivenciava uma experiência para além de seus sonhos. Era tão distante, era tão bizarro que ela demorou para processar as informações. Pela cara de Aldred ele podia ter até entendido, mas não compreendia o significado daquelas palavras. O mundo havia acabado, o tempo ruído e tudo seria diferente. Ludmila entendeu isso rapidamente, pois sua mente sempre fora afiada. A ladina ergueu as mãos sobre a cabeça, olhando o vazio, desconcertada... era uma avalanche de pensamentos complexos de causa e efeito.

Depois de arfar com dificuldade, a mente trabalhando a mil, a jovem ladina puxou a manga de Aldred, mas se direcionou a Varana.
Ludmila
Imagem
E agora, Varana? O que acontece conosco? A realidade vai se estabilizar totalmente diferente do que vivíamos... é isso? Podemos ser apagados da história?
Era uma possibilidade. Mesmo que Ludmila não entendesse desses assuntos arcanos, era uma possibilidade de um "efeito borboleta". Um detalhe alterado podia reverberar em infinitas causas e consequências e até mesmo prevenir o nascimento de cada um deles.

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