Tormenta RPG - Tempestade no Mar Negro (ON) FECHADO
Enviado: 15 Jan 2018, 13:17
Tempestade no Mar Negro – Prólogo
Costa da Ilha de Zullai – Ilhas dos Piratas
(Fim da Tarde de Jetag 10 sob Cyd, 1410 CE)
Akan Juba Vermelha
- Preste atenção por onde anda, novato.
O pirata o atinge de surpresa, jogando-o sobre a carga empilhada no centro do rêmora, fazendo com que a corda que você segurava se solte momentaneamente, deixando a ponta da vela tremular agitada ao sabor do vento da tarde. Você quase cai, mas consegue se equilibrar, lutando contra o vento forte, até que Velasco surge ao seu lado, fazendo um laço com a ponta solta da corda e prendendo-a em um pino de madeira com um movimento rápido. Com a ajuda do velho marinheiro, você finalmente prende a corda da vela, somente para perceber que precisa mudar a posição da amarração mais uma vez.
- Não deixe que ele o incomode – diz Velasco, sorrindo para o seu rosto frustrado enquanto passa o nó para outro pino com naturalidade. - Todos já fomos novatos, um dia. Onnar cresceu nos rêmoras e sabe como os ventos mudam de surpresa quando nos aproximamos das ilhas. Um descuido e as ondas jogam o barco contra as rochas.
Os marinheiros agem rápido e evitam que o vento leve o pequeno barco de transporte de encontro a Ajur, uma ilha que parece uma rocha imensa, com um forte e um farol no topo, na ponta da Baía de Calena.
Logo atrás, os outros rêmoras seguem em fila na direção das águas calmas da baía, pontilhada por barcos de pesca e pequenos veleiros.
Assim que o barco estabiliza, Velasco lhe passa um odre de água fresca, e você se permite um momento de descanso para olhar para estibordo, onde o Cação Cego desliza em aparente tranquilidade.
“Somente os mais experientes capitães conseguem evitar os corais que se escondem sob as águas turbulentas do estreito”, disse Velasco, assim que o navio de Izzy Tarante chegou na entrada do estreito, no início da manhã, sendo recebido por uma esquadra de barcos de carga. “Apenas os rêmoras conseguem evitar as rochas afiadas e se aproximar da costa das ilhas sem grande perigo”, disse o pirata que se tornou seu tutor e amigo depois que você foi libertado da galé tapistana.
Sobrecarregados com pilhagem ou escravos libertados do império, os grandes navios têm muita dificuldade para atravessar o Estreito de Alrad com segurança, por isso se tornou comum nos últimos anos dividir uma parte da carga com os rêmoras, pequenos barcos de baixo calado, de um ou dois mastros, que seguem para as cidades costeiras evitando as barreiras de corais com mais facilidade.
Quando o Cação ancorou na entrada do estreito, muito antes do sol surgir, coube aos novatos transferir a carga pesada e reforçar a tripulação dos rêmoras, que sempre viajavam com o mínimo necessário para chegar até a costa de Belegar. Embora no início passar para um barco muito menor tenha sido estranho, depois de dias se acostumando com a rotina do cação, logo a viagem ficou tranquila. Com o vento soprando da popa, os barcos avançaram rápido pelas águas, seguindo próximos da costa de Zullai, que os marinheiros chamavam de Ilha dos Macacos. Somente agora, quando o dia entrou na hora final, o vento ficou mais forte, exigindo atenção.
Durante toda a travessia, a luz do sol tingiu as águas cristalinas do Estreito de Alrad de ouro e prata, fazendo com que você esquecesse o perigo que se esconde sob as ondas. No entanto, conforme o astro divino chega no fim de sua jornada diária, as ondas começam a assumir uma cor escura como vinho tinto, revelando instintivamente por que essas águas são conhecidas por todos os piratas das ilhas como Mar de Sangue.
Segundo Velasco, o estreito ganhou esse nome depois da devastadora batalha naval entre os primeiros capitães pelo domínio das ilhas, quase trinta anos atrás, e que culminou com a derrota dos filhos de Alrad, o Rei dos Piratas, e a formação da Irmandade. Os poucos piratas sobreviventes daquela época contam que o estreito ficou vermelho com o sangue de todos que morreram durante a batalha.
Com o sol poente às suas costas, a Ilha de Quelina se tornou uma linha negra contra o horizonte violeta. Apenas a chama de um farol corta a escuridão da costa, indicando a entrada da baia da mais poderosa cidade da região.
- Aquele é o farol do Castelo Negro – diz Velasco, acompanhando seu olhar para a luz dourada na costa de Quelina, enquanto prende a corda que você segurava. - Um dos fortes que defendem a entrada da baia de Quelina contra invasores.
O marinheiro olha para a luz do farol com um olhar distante.
- Houve um tempo em que avistar o farol me deixava mais tranquilo, pois eu sentia que havia chegado em casa… mas agora, depois da traição de Malthus, não consigo parar de pensar que isso não vai durar.
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Uma miríade de estrelas já domina o céu noturno, tingido de violeta, quando os rêmoras finalmente chegam em Calena, a maior cidade de Zullai. Um grupo de marinheiros leais a Izzy Tarante já espera os barcos nos atracadouros, pronto para levar as mercadorias para os depósitos, sob o olhar atento dos guardas da capitã.
O Cação Cego balança suavemente no lado oposto do porto, onde as águas são profundas o suficiente para abrigar os navios carregados de armas dos capitães da irmandade. Apenas o Cação e outros dois veleiros menores estão prontos para partir, mas inúmeros barcos e navios se amontoam nas docas ao longo da costa da baía, sendo reparados ou em diferentes estágios de cosntgrução.
- Finalmente terminou – diz Velasco, jogando um balde de água sobre o corpo suado, para se refrescar, enquanto você carrega o último barril de cerveja para as carroças. – Chega de Trabalho. Mal posso esperar para tomar uma garrafa de rum de verdade, depois de todo esse tempo no mar. Não aguento mais nenhum gole daquele grog aguado do Cação. Venha, Akan, vamos para o Âncoras, para comemorar sua chegada às ilhas. Dessa vez eu pago, mas assim que você ganhar seu primeiro soldo, a noite fica por sua conta.
- Isso se não continuarmos atacando apenas as galés dos minotauros – diz Onnar, jogando um saco de farinha em uma carroça, com irritação. – Malditos sejam os minotauros, mas precisamos de mais do que comida e recrutas. Precisamos atacar um navio mercante, antes que sejamos nós implorando por trabalho nas docas ou nos rêmoras.
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Objetivos
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Dados dos Personagens
Crym • PV 27/27; PA 1/1; CA 20 <> Carga: Normal.
Peter • PV 30/30; PM 8/8; PA 1/1; CA 21 <> Carga: Normal.
Akan • PV 42/42; PA 1/1; CA 19 <> Carga: Normal.
Clara • PV 21/21; PA 9/9; PA 1/1; CA 15 <> Carga: Normal.
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Costa da Ilha de Zullai – Ilhas dos Piratas
(Fim da Tarde de Jetag 10 sob Cyd, 1410 CE)
Akan Juba Vermelha
- Preste atenção por onde anda, novato.
O pirata o atinge de surpresa, jogando-o sobre a carga empilhada no centro do rêmora, fazendo com que a corda que você segurava se solte momentaneamente, deixando a ponta da vela tremular agitada ao sabor do vento da tarde. Você quase cai, mas consegue se equilibrar, lutando contra o vento forte, até que Velasco surge ao seu lado, fazendo um laço com a ponta solta da corda e prendendo-a em um pino de madeira com um movimento rápido. Com a ajuda do velho marinheiro, você finalmente prende a corda da vela, somente para perceber que precisa mudar a posição da amarração mais uma vez.
- Não deixe que ele o incomode – diz Velasco, sorrindo para o seu rosto frustrado enquanto passa o nó para outro pino com naturalidade. - Todos já fomos novatos, um dia. Onnar cresceu nos rêmoras e sabe como os ventos mudam de surpresa quando nos aproximamos das ilhas. Um descuido e as ondas jogam o barco contra as rochas.
Os marinheiros agem rápido e evitam que o vento leve o pequeno barco de transporte de encontro a Ajur, uma ilha que parece uma rocha imensa, com um forte e um farol no topo, na ponta da Baía de Calena.
Logo atrás, os outros rêmoras seguem em fila na direção das águas calmas da baía, pontilhada por barcos de pesca e pequenos veleiros.
Assim que o barco estabiliza, Velasco lhe passa um odre de água fresca, e você se permite um momento de descanso para olhar para estibordo, onde o Cação Cego desliza em aparente tranquilidade.
“Somente os mais experientes capitães conseguem evitar os corais que se escondem sob as águas turbulentas do estreito”, disse Velasco, assim que o navio de Izzy Tarante chegou na entrada do estreito, no início da manhã, sendo recebido por uma esquadra de barcos de carga. “Apenas os rêmoras conseguem evitar as rochas afiadas e se aproximar da costa das ilhas sem grande perigo”, disse o pirata que se tornou seu tutor e amigo depois que você foi libertado da galé tapistana.
Sobrecarregados com pilhagem ou escravos libertados do império, os grandes navios têm muita dificuldade para atravessar o Estreito de Alrad com segurança, por isso se tornou comum nos últimos anos dividir uma parte da carga com os rêmoras, pequenos barcos de baixo calado, de um ou dois mastros, que seguem para as cidades costeiras evitando as barreiras de corais com mais facilidade.
Quando o Cação ancorou na entrada do estreito, muito antes do sol surgir, coube aos novatos transferir a carga pesada e reforçar a tripulação dos rêmoras, que sempre viajavam com o mínimo necessário para chegar até a costa de Belegar. Embora no início passar para um barco muito menor tenha sido estranho, depois de dias se acostumando com a rotina do cação, logo a viagem ficou tranquila. Com o vento soprando da popa, os barcos avançaram rápido pelas águas, seguindo próximos da costa de Zullai, que os marinheiros chamavam de Ilha dos Macacos. Somente agora, quando o dia entrou na hora final, o vento ficou mais forte, exigindo atenção.
Durante toda a travessia, a luz do sol tingiu as águas cristalinas do Estreito de Alrad de ouro e prata, fazendo com que você esquecesse o perigo que se esconde sob as ondas. No entanto, conforme o astro divino chega no fim de sua jornada diária, as ondas começam a assumir uma cor escura como vinho tinto, revelando instintivamente por que essas águas são conhecidas por todos os piratas das ilhas como Mar de Sangue.
Segundo Velasco, o estreito ganhou esse nome depois da devastadora batalha naval entre os primeiros capitães pelo domínio das ilhas, quase trinta anos atrás, e que culminou com a derrota dos filhos de Alrad, o Rei dos Piratas, e a formação da Irmandade. Os poucos piratas sobreviventes daquela época contam que o estreito ficou vermelho com o sangue de todos que morreram durante a batalha.
Com o sol poente às suas costas, a Ilha de Quelina se tornou uma linha negra contra o horizonte violeta. Apenas a chama de um farol corta a escuridão da costa, indicando a entrada da baia da mais poderosa cidade da região.
- Aquele é o farol do Castelo Negro – diz Velasco, acompanhando seu olhar para a luz dourada na costa de Quelina, enquanto prende a corda que você segurava. - Um dos fortes que defendem a entrada da baia de Quelina contra invasores.
O marinheiro olha para a luz do farol com um olhar distante.
- Houve um tempo em que avistar o farol me deixava mais tranquilo, pois eu sentia que havia chegado em casa… mas agora, depois da traição de Malthus, não consigo parar de pensar que isso não vai durar.
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Uma miríade de estrelas já domina o céu noturno, tingido de violeta, quando os rêmoras finalmente chegam em Calena, a maior cidade de Zullai. Um grupo de marinheiros leais a Izzy Tarante já espera os barcos nos atracadouros, pronto para levar as mercadorias para os depósitos, sob o olhar atento dos guardas da capitã.
O Cação Cego balança suavemente no lado oposto do porto, onde as águas são profundas o suficiente para abrigar os navios carregados de armas dos capitães da irmandade. Apenas o Cação e outros dois veleiros menores estão prontos para partir, mas inúmeros barcos e navios se amontoam nas docas ao longo da costa da baía, sendo reparados ou em diferentes estágios de cosntgrução.
- Finalmente terminou – diz Velasco, jogando um balde de água sobre o corpo suado, para se refrescar, enquanto você carrega o último barril de cerveja para as carroças. – Chega de Trabalho. Mal posso esperar para tomar uma garrafa de rum de verdade, depois de todo esse tempo no mar. Não aguento mais nenhum gole daquele grog aguado do Cação. Venha, Akan, vamos para o Âncoras, para comemorar sua chegada às ilhas. Dessa vez eu pago, mas assim que você ganhar seu primeiro soldo, a noite fica por sua conta.
- Isso se não continuarmos atacando apenas as galés dos minotauros – diz Onnar, jogando um saco de farinha em uma carroça, com irritação. – Malditos sejam os minotauros, mas precisamos de mais do que comida e recrutas. Precisamos atacar um navio mercante, antes que sejamos nós implorando por trabalho nas docas ou nos rêmoras.
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Objetivos
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Dados dos Personagens
Crym • PV 27/27; PA 1/1; CA 20 <> Carga: Normal.
Peter • PV 30/30; PM 8/8; PA 1/1; CA 21 <> Carga: Normal.
Akan • PV 42/42; PA 1/1; CA 19 <> Carga: Normal.
Clara • PV 21/21; PA 9/9; PA 1/1; CA 15 <> Carga: Normal.
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